Notícias e artigos do mundo do Direito: a rotina da Polícia, Ministério Público e Tribunais

Opinião|Nossa reação evitará o caos


A descrença na classe política já se repetiu em pleitos anteriores. Cidadãos votaram em determinados candidatos apenas como protesto. A primeira vez que me lembro foi quando lançaram a candidatura do inofensivo rinoceronte Cacareco, em 1959. O risco de hoje é visível e irá gerar consequências, creio eu, as mais danosas que se pode imaginar para São Paulo e seus moradores

Por Antonio Cláudio Mariz de Oliveira

As perguntas mais frequentes que fazem os amigos e mesmo os meros conhecidos:  O que está acontecendo? O que vamos fazer? Será que ele ganha as eleições? O que está havendo com todos? A essas indagações e a outras no mesmo sentido, as respostas, quando alguém as dá, são sempre titubeantes, inseguras, inconvincentes. Com efeito o apoio, refletido nas pesquisas, a um dos candidatos à Prefeitura de São Paulo é absolutamente surpreendente, carente de explicações razoáveis. Assim, as perguntas acima ficam sem resposta.

No entanto, sob a minha ótica, incalculavelmente mais espantoso, assustador, terrivelmente enigmático é o apoio a ele dado. Não é um determinado segmento social, não são as pessoas que moram em certo bairro, não se está falando de uma categoria profissional, não pertencem a uma raça ou a uma religião, nem professam ideologia, não são nem os pobres, nem os ricos e sequer compõe a classe média. Quem são então? São todos, de todos os credos, profissões ou classes sociais. O candidato empolgou. Está captando simpatia geral das mais várias origens. E, tão preocupante quanto, é a inércia, a falta de reação dos segmentos mais lúcidos e esclarecidos que não compactuam, mas nada fazem.

Os enigmas que acompanham esse fenômeno crescem quando o questionamento é sobre o porquê de sua popularidade. Lembre-se que o candidato não apresenta um plano de governo; nenhuma pauta programática; não tem definição ideológica; nos debates ofende, mas se esquiva de qualquer discussão pontual. Enfim é o perfeito anticandidato. Representa a negação do sistema. Talvez aí resida a sua força. Está refletindo a contrariedade em um sistema político insatisfatório que não atende aos anseios e às aspirações da sociedade.

continua após a publicidade

A descrença na classe política já se repetiu em pleitos anteriores. Cidadãos votaram em determinados candidatos apenas como protesto. A primeira vez que me lembro foi quando lançaram a candidatura do inofensivo rinoceronte Cacareco, em 1959.

O Cacareco não assumiria mesmo que eleito, obviamente. O risco de hoje é visível e irá gerar consequências, creio eu, as mais danosas que se pode imaginar para São Paulo e seus moradores. E mais grave: abrirá um precedente político aterrorizante. A política poderá ser exercida sem qualificação, ideologia ou programas de ação e de conduta. Vale dizer, estamos correndo o risco de exercermos a democracia e a cidadania em um contexto absolutamente desconhecido até então, marcado pela ausência de parâmetros, critérios e princípios, diria eu, talvez até inexistentes. Será o reinado do non sense, do ilogismo, da distopia total. E, dessa para o caos é um pequeno passo.

É imprescindível que reajamos pelo voto, pois do contrário decretaremos um futuro de ruptura política, institucional e social de consequências desastrosas, inimagináveis.   A nossa inércia será comparsa, cúmplice das sombras caóticas que se abaterão sobre nós.

As perguntas mais frequentes que fazem os amigos e mesmo os meros conhecidos:  O que está acontecendo? O que vamos fazer? Será que ele ganha as eleições? O que está havendo com todos? A essas indagações e a outras no mesmo sentido, as respostas, quando alguém as dá, são sempre titubeantes, inseguras, inconvincentes. Com efeito o apoio, refletido nas pesquisas, a um dos candidatos à Prefeitura de São Paulo é absolutamente surpreendente, carente de explicações razoáveis. Assim, as perguntas acima ficam sem resposta.

No entanto, sob a minha ótica, incalculavelmente mais espantoso, assustador, terrivelmente enigmático é o apoio a ele dado. Não é um determinado segmento social, não são as pessoas que moram em certo bairro, não se está falando de uma categoria profissional, não pertencem a uma raça ou a uma religião, nem professam ideologia, não são nem os pobres, nem os ricos e sequer compõe a classe média. Quem são então? São todos, de todos os credos, profissões ou classes sociais. O candidato empolgou. Está captando simpatia geral das mais várias origens. E, tão preocupante quanto, é a inércia, a falta de reação dos segmentos mais lúcidos e esclarecidos que não compactuam, mas nada fazem.

Os enigmas que acompanham esse fenômeno crescem quando o questionamento é sobre o porquê de sua popularidade. Lembre-se que o candidato não apresenta um plano de governo; nenhuma pauta programática; não tem definição ideológica; nos debates ofende, mas se esquiva de qualquer discussão pontual. Enfim é o perfeito anticandidato. Representa a negação do sistema. Talvez aí resida a sua força. Está refletindo a contrariedade em um sistema político insatisfatório que não atende aos anseios e às aspirações da sociedade.

A descrença na classe política já se repetiu em pleitos anteriores. Cidadãos votaram em determinados candidatos apenas como protesto. A primeira vez que me lembro foi quando lançaram a candidatura do inofensivo rinoceronte Cacareco, em 1959.

O Cacareco não assumiria mesmo que eleito, obviamente. O risco de hoje é visível e irá gerar consequências, creio eu, as mais danosas que se pode imaginar para São Paulo e seus moradores. E mais grave: abrirá um precedente político aterrorizante. A política poderá ser exercida sem qualificação, ideologia ou programas de ação e de conduta. Vale dizer, estamos correndo o risco de exercermos a democracia e a cidadania em um contexto absolutamente desconhecido até então, marcado pela ausência de parâmetros, critérios e princípios, diria eu, talvez até inexistentes. Será o reinado do non sense, do ilogismo, da distopia total. E, dessa para o caos é um pequeno passo.

É imprescindível que reajamos pelo voto, pois do contrário decretaremos um futuro de ruptura política, institucional e social de consequências desastrosas, inimagináveis.   A nossa inércia será comparsa, cúmplice das sombras caóticas que se abaterão sobre nós.

As perguntas mais frequentes que fazem os amigos e mesmo os meros conhecidos:  O que está acontecendo? O que vamos fazer? Será que ele ganha as eleições? O que está havendo com todos? A essas indagações e a outras no mesmo sentido, as respostas, quando alguém as dá, são sempre titubeantes, inseguras, inconvincentes. Com efeito o apoio, refletido nas pesquisas, a um dos candidatos à Prefeitura de São Paulo é absolutamente surpreendente, carente de explicações razoáveis. Assim, as perguntas acima ficam sem resposta.

No entanto, sob a minha ótica, incalculavelmente mais espantoso, assustador, terrivelmente enigmático é o apoio a ele dado. Não é um determinado segmento social, não são as pessoas que moram em certo bairro, não se está falando de uma categoria profissional, não pertencem a uma raça ou a uma religião, nem professam ideologia, não são nem os pobres, nem os ricos e sequer compõe a classe média. Quem são então? São todos, de todos os credos, profissões ou classes sociais. O candidato empolgou. Está captando simpatia geral das mais várias origens. E, tão preocupante quanto, é a inércia, a falta de reação dos segmentos mais lúcidos e esclarecidos que não compactuam, mas nada fazem.

Os enigmas que acompanham esse fenômeno crescem quando o questionamento é sobre o porquê de sua popularidade. Lembre-se que o candidato não apresenta um plano de governo; nenhuma pauta programática; não tem definição ideológica; nos debates ofende, mas se esquiva de qualquer discussão pontual. Enfim é o perfeito anticandidato. Representa a negação do sistema. Talvez aí resida a sua força. Está refletindo a contrariedade em um sistema político insatisfatório que não atende aos anseios e às aspirações da sociedade.

A descrença na classe política já se repetiu em pleitos anteriores. Cidadãos votaram em determinados candidatos apenas como protesto. A primeira vez que me lembro foi quando lançaram a candidatura do inofensivo rinoceronte Cacareco, em 1959.

O Cacareco não assumiria mesmo que eleito, obviamente. O risco de hoje é visível e irá gerar consequências, creio eu, as mais danosas que se pode imaginar para São Paulo e seus moradores. E mais grave: abrirá um precedente político aterrorizante. A política poderá ser exercida sem qualificação, ideologia ou programas de ação e de conduta. Vale dizer, estamos correndo o risco de exercermos a democracia e a cidadania em um contexto absolutamente desconhecido até então, marcado pela ausência de parâmetros, critérios e princípios, diria eu, talvez até inexistentes. Será o reinado do non sense, do ilogismo, da distopia total. E, dessa para o caos é um pequeno passo.

É imprescindível que reajamos pelo voto, pois do contrário decretaremos um futuro de ruptura política, institucional e social de consequências desastrosas, inimagináveis.   A nossa inércia será comparsa, cúmplice das sombras caóticas que se abaterão sobre nós.

Opinião por Antonio Cláudio Mariz de Oliveira

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.