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Opinião|O que nos aguarda?


O mundo precisa de quem zele pela natureza. A Justiça climática pode começar com a proteção do verde, da água, da atmosfera. Com a redução do descarte de resíduos sólidos. Com a descarbonização. Fazer aquilo que não pode ser feito pela máquina e responder às demandas atuais é o segredo para a sobrevivência digna dos jovens que nasceram a partir do ano 2000

Por José Renato Nalini

A imersão na disruptiva revolução industrial atordoa e não deixa perceber o avanço exponencial das tecnologias. Tudo se transforma, impactando a realidade mutante. Alguns dizem que a epidemia da Covid19 trouxe à humanidade um momento de reflexão e de freio em sua volúpia por alcançar metas cada vez mais ambiciosa. Não penso assim. Aquilo que paralisou nossa azáfama parece já ter saído do radar da maioria das pessoas.

Quase um milhão de seres humanos perdeu a vida, vítima da tragédia. Mas, assim como não houve oportunidade de vivenciar o luto, também não se fez a homenagem funérea que habita a tradição brasileira. Muito poucas as missas, o culto à memória, a presença da ausência dessas almas, tantas delas queridas, ceifadas pelo vírus maldito.

Não se nota uma reversão do ritmo frenético das atividades produtivas. O fato de se exigirem novas qualificações, que não foram objeto da educação convencional, não provoca uma reação concreta do setor que delas necessita. A iniciativa privada não participa da inadiável mudança do ensino tupiniquim, cada vez mais à rabeira, quando comparado com Países mais adiantados.

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Observa-se que a classe mais favorecida, se antigamente fazia com que seus rebentos fossem estudar no exterior só na pós-graduação, hoje preferem que eles já cursem escolas no estrangeiro, a partir do ensino médio. A escolha de Universidades americanas para o bacharelado é cada vez mais frequente.

Nos Estados Unidos, o mecenato funciona. No Brasil, as tentativas de fazer com que a Universidade se aproxime do mercado é execrada por ideologias arcaicas. Daí o descompasso entre os cursos superiores e a real necessidade do país. Inunda-se a sociedade de bacharéis, no estudo anacrônico e superado que prioriza a memorização e não obriga a pensar. O drama é que depois de anos de frequência às aulas, os portadores de diplomas não conseguem sobreviver com o exercício da profissão para a qual, presume-se, deveriam ter sido preparados.

A cada semestre, milhares de bacharéis são arremessados ao mercado e sobrevivem exercitando vários instrumentos. Os que podem se submetem à memorização de tudo aquilo que já viram durante o curso, entregando-se inclusive a “coachs” que são especialistas em preparar candidatos aos concursos públicos. Notadamente para as carreiras jurídicas. Pois o Brasil, reitere-se o que tem sido divulgado e não merece comentários nem reações, possui – sozinho – mais Faculdades de Direito do que a soma de todas as outras que existem no restante do planeta.

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Um dos efeitos perversos é o crescimento vegetativo e descontrolado de mais cargos, estruturas e até Tribunais, para acolher os diplomados e tornar o sistema Justiça cada vez mais complexo, lento e burocrático.

O desalento dos que não são aproveitados, embora portadores de um “cartucho” universitário gera uma epidemia silenciosa de transtorno mental. É preciso fazer um levantamento sério sobre as anomalias de comportamento que acometem os que se consideram aptos para o desempenho de funções de relevo e não encontram espaço na burocracia estatal.

Urge mostrar à juventude que existem outros caminhos, abertos pela demanda. A Inteligência Artificial pode ser aliada ou algoz. Quem souber trabalhar com ela encontrará fórmulas de sobrevivência, criando startups que resolvem problemas aparentemente insolúveis. Também é conveniente lembrar que a IA não vai extinguir todas as profissões. Há coisas que ela ainda não sabe fazer e que talvez nunca aprenda. Por exemplo: plantar árvores. Cuidar das mudas plantadas e fazê-las sobreviver. Também os cuidados com os idosos, numa fase da História em que haverá mais velhos do que jovens.

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O mundo precisa de quem zele pela natureza. A Justiça climática pode começar com a proteção do verde, da água, da atmosfera. Com a redução do descarte de resíduos sólidos. Com a descarbonização. Isso é o que se delineia no futuro próximo. Fazer aquilo que não pode ser feito pela máquina e responder às demandas atuais, quase todas elas entranhadas no maior perigo que a humanidade corre, desde que ela começou a se espalhar pela Terra, é o segredo para a sobrevivência digna dos jovens que nasceram a partir do ano 2000.

A realidade se imporá e, por mais que o anacronismo resista a sair de cena, o ambiente do trabalho se transformará. É o momento propício para a reflexão instigante: o que nos aguarda logo mais, no amanhã?

A imersão na disruptiva revolução industrial atordoa e não deixa perceber o avanço exponencial das tecnologias. Tudo se transforma, impactando a realidade mutante. Alguns dizem que a epidemia da Covid19 trouxe à humanidade um momento de reflexão e de freio em sua volúpia por alcançar metas cada vez mais ambiciosa. Não penso assim. Aquilo que paralisou nossa azáfama parece já ter saído do radar da maioria das pessoas.

Quase um milhão de seres humanos perdeu a vida, vítima da tragédia. Mas, assim como não houve oportunidade de vivenciar o luto, também não se fez a homenagem funérea que habita a tradição brasileira. Muito poucas as missas, o culto à memória, a presença da ausência dessas almas, tantas delas queridas, ceifadas pelo vírus maldito.

Não se nota uma reversão do ritmo frenético das atividades produtivas. O fato de se exigirem novas qualificações, que não foram objeto da educação convencional, não provoca uma reação concreta do setor que delas necessita. A iniciativa privada não participa da inadiável mudança do ensino tupiniquim, cada vez mais à rabeira, quando comparado com Países mais adiantados.

Observa-se que a classe mais favorecida, se antigamente fazia com que seus rebentos fossem estudar no exterior só na pós-graduação, hoje preferem que eles já cursem escolas no estrangeiro, a partir do ensino médio. A escolha de Universidades americanas para o bacharelado é cada vez mais frequente.

Nos Estados Unidos, o mecenato funciona. No Brasil, as tentativas de fazer com que a Universidade se aproxime do mercado é execrada por ideologias arcaicas. Daí o descompasso entre os cursos superiores e a real necessidade do país. Inunda-se a sociedade de bacharéis, no estudo anacrônico e superado que prioriza a memorização e não obriga a pensar. O drama é que depois de anos de frequência às aulas, os portadores de diplomas não conseguem sobreviver com o exercício da profissão para a qual, presume-se, deveriam ter sido preparados.

A cada semestre, milhares de bacharéis são arremessados ao mercado e sobrevivem exercitando vários instrumentos. Os que podem se submetem à memorização de tudo aquilo que já viram durante o curso, entregando-se inclusive a “coachs” que são especialistas em preparar candidatos aos concursos públicos. Notadamente para as carreiras jurídicas. Pois o Brasil, reitere-se o que tem sido divulgado e não merece comentários nem reações, possui – sozinho – mais Faculdades de Direito do que a soma de todas as outras que existem no restante do planeta.

Um dos efeitos perversos é o crescimento vegetativo e descontrolado de mais cargos, estruturas e até Tribunais, para acolher os diplomados e tornar o sistema Justiça cada vez mais complexo, lento e burocrático.

O desalento dos que não são aproveitados, embora portadores de um “cartucho” universitário gera uma epidemia silenciosa de transtorno mental. É preciso fazer um levantamento sério sobre as anomalias de comportamento que acometem os que se consideram aptos para o desempenho de funções de relevo e não encontram espaço na burocracia estatal.

Urge mostrar à juventude que existem outros caminhos, abertos pela demanda. A Inteligência Artificial pode ser aliada ou algoz. Quem souber trabalhar com ela encontrará fórmulas de sobrevivência, criando startups que resolvem problemas aparentemente insolúveis. Também é conveniente lembrar que a IA não vai extinguir todas as profissões. Há coisas que ela ainda não sabe fazer e que talvez nunca aprenda. Por exemplo: plantar árvores. Cuidar das mudas plantadas e fazê-las sobreviver. Também os cuidados com os idosos, numa fase da História em que haverá mais velhos do que jovens.

O mundo precisa de quem zele pela natureza. A Justiça climática pode começar com a proteção do verde, da água, da atmosfera. Com a redução do descarte de resíduos sólidos. Com a descarbonização. Isso é o que se delineia no futuro próximo. Fazer aquilo que não pode ser feito pela máquina e responder às demandas atuais, quase todas elas entranhadas no maior perigo que a humanidade corre, desde que ela começou a se espalhar pela Terra, é o segredo para a sobrevivência digna dos jovens que nasceram a partir do ano 2000.

A realidade se imporá e, por mais que o anacronismo resista a sair de cena, o ambiente do trabalho se transformará. É o momento propício para a reflexão instigante: o que nos aguarda logo mais, no amanhã?

A imersão na disruptiva revolução industrial atordoa e não deixa perceber o avanço exponencial das tecnologias. Tudo se transforma, impactando a realidade mutante. Alguns dizem que a epidemia da Covid19 trouxe à humanidade um momento de reflexão e de freio em sua volúpia por alcançar metas cada vez mais ambiciosa. Não penso assim. Aquilo que paralisou nossa azáfama parece já ter saído do radar da maioria das pessoas.

Quase um milhão de seres humanos perdeu a vida, vítima da tragédia. Mas, assim como não houve oportunidade de vivenciar o luto, também não se fez a homenagem funérea que habita a tradição brasileira. Muito poucas as missas, o culto à memória, a presença da ausência dessas almas, tantas delas queridas, ceifadas pelo vírus maldito.

Não se nota uma reversão do ritmo frenético das atividades produtivas. O fato de se exigirem novas qualificações, que não foram objeto da educação convencional, não provoca uma reação concreta do setor que delas necessita. A iniciativa privada não participa da inadiável mudança do ensino tupiniquim, cada vez mais à rabeira, quando comparado com Países mais adiantados.

Observa-se que a classe mais favorecida, se antigamente fazia com que seus rebentos fossem estudar no exterior só na pós-graduação, hoje preferem que eles já cursem escolas no estrangeiro, a partir do ensino médio. A escolha de Universidades americanas para o bacharelado é cada vez mais frequente.

Nos Estados Unidos, o mecenato funciona. No Brasil, as tentativas de fazer com que a Universidade se aproxime do mercado é execrada por ideologias arcaicas. Daí o descompasso entre os cursos superiores e a real necessidade do país. Inunda-se a sociedade de bacharéis, no estudo anacrônico e superado que prioriza a memorização e não obriga a pensar. O drama é que depois de anos de frequência às aulas, os portadores de diplomas não conseguem sobreviver com o exercício da profissão para a qual, presume-se, deveriam ter sido preparados.

A cada semestre, milhares de bacharéis são arremessados ao mercado e sobrevivem exercitando vários instrumentos. Os que podem se submetem à memorização de tudo aquilo que já viram durante o curso, entregando-se inclusive a “coachs” que são especialistas em preparar candidatos aos concursos públicos. Notadamente para as carreiras jurídicas. Pois o Brasil, reitere-se o que tem sido divulgado e não merece comentários nem reações, possui – sozinho – mais Faculdades de Direito do que a soma de todas as outras que existem no restante do planeta.

Um dos efeitos perversos é o crescimento vegetativo e descontrolado de mais cargos, estruturas e até Tribunais, para acolher os diplomados e tornar o sistema Justiça cada vez mais complexo, lento e burocrático.

O desalento dos que não são aproveitados, embora portadores de um “cartucho” universitário gera uma epidemia silenciosa de transtorno mental. É preciso fazer um levantamento sério sobre as anomalias de comportamento que acometem os que se consideram aptos para o desempenho de funções de relevo e não encontram espaço na burocracia estatal.

Urge mostrar à juventude que existem outros caminhos, abertos pela demanda. A Inteligência Artificial pode ser aliada ou algoz. Quem souber trabalhar com ela encontrará fórmulas de sobrevivência, criando startups que resolvem problemas aparentemente insolúveis. Também é conveniente lembrar que a IA não vai extinguir todas as profissões. Há coisas que ela ainda não sabe fazer e que talvez nunca aprenda. Por exemplo: plantar árvores. Cuidar das mudas plantadas e fazê-las sobreviver. Também os cuidados com os idosos, numa fase da História em que haverá mais velhos do que jovens.

O mundo precisa de quem zele pela natureza. A Justiça climática pode começar com a proteção do verde, da água, da atmosfera. Com a redução do descarte de resíduos sólidos. Com a descarbonização. Isso é o que se delineia no futuro próximo. Fazer aquilo que não pode ser feito pela máquina e responder às demandas atuais, quase todas elas entranhadas no maior perigo que a humanidade corre, desde que ela começou a se espalhar pela Terra, é o segredo para a sobrevivência digna dos jovens que nasceram a partir do ano 2000.

A realidade se imporá e, por mais que o anacronismo resista a sair de cena, o ambiente do trabalho se transformará. É o momento propício para a reflexão instigante: o que nos aguarda logo mais, no amanhã?

Opinião por José Renato Nalini

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