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O turismo pós-covid: retomando a retomada


Por Guilherme Paulus
Guilherme Paulus. Foto: Divulgação

Os números da entrada de turistas internacionais ao Brasil em 2019, recentemente divulgados pelo Ministério do Turismo e a Embratur, mostram conquistas importantes para a indústria no ano passado antes de sermos fortemente atingidos pela pandemia da Covid-19. Entre os 6,3 milhões de estrangeiros que visitaram o país no ano passado, registramos aumento em diversos mercados estratégicos, como China (22%), Portugal (21%), Estados Unidos (10%), França (8%), Reino Unido (6%), Itália (4%), entre outros.

Também tivermos registro de aumento de turistas com os países beneficiados pela isenção da obrigatoriedade de visto, outra grande conquista positiva para o nosso segmento: Austrália (33%), Japão (24%) e Canadá (8%). Os estados de São Paulo (pela ampla capacidade de seus eventos), Rio de Janeiro (pelas características únicas da Cidade Maravilhosa) e Paraná (pelas Cataratas do Iguaçu, uma nas 7 Novas Maravilhas da Natureza) foram os mais visitados, com 2,3 milhões de turistas, 1,2 milhão e 1 milhão, respectivamente.

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Além disso, a Argentina, um dos nossos principais parceiros no setor com alta demanda de turistas para o nosso país, segue como o principal mercado emissor, com quase 2 milhões de visitantes no ano passado. Os Estados Unidos, historicamente o segundo mercado mais estratégico para o país, enviou quase 600 mil turistas ao Brasil. Essa era uma medida que sempre esteve no campo das discussões políticas e finalmente conseguiu ser viabilizada; com reforço nesses mercados a partir da grande mobilização do Ministério do Turismo e Embratur.

Mas esse cenário de estabilidade e tendência de ampliação foi diretamente afetado pela pandemia da COVID-19, que tomou o planeta de surpresa e praticamente suspendeu a indústria do turismo. No entanto, vale reconhecer que o Governo Federal, especialmente através da Embratur e do MTur, tem mostrado empenho em socorrer o setor.

Primeiro, com a MP 948 que permite que empresas de turismo não precisem reembolsar imediatamente valores de reservas canceladas. Em seguida, já em maio, 5 bilhões de reais destinados à proteção de negócios turísticos - 80% para os pequenos empresários que são os mais afetados pela falta de turistas. E ainda a MP 936, que permitiu a manutenção de milhares de empregos no setor.

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O próximo passo será uma ampla campanha promocional para ativar o turismo interno, com detalhes que devem ser divulgados em breve pelos órgãos federais, um grande estímulo ao turismo doméstico que, segundo a própria Organização Mundial do Turismo, deve se recuperar primeiro.

A exemplo do carioca que vai para a Serra Fluminense, o paulista, que viaja para os litorais Norte e Sul ou para os hotéis do interior do estado, ou seja, movimentação entre as principais capitais para os seus entornos. Destaque também para as rotas de ecoturismo, como Bonito, Pantanal e Amazônia, os grandes destinos premiados como Fernando de Noronha, Porto de Galinhas, Maceió, Salvador, Natal, demais capitais do Nordeste, e o próprio Norte do país, com a Ilha de Marajó, Alter do Chão, entre outros. Vale destacar ainda a retomada do Ceará como grande hub internacional, e detentor de mais de 8 cidades de forte apelo turístico-hoteleiro, com destaque para Fortaleza e Jericoacoara. E como não citar o Sul do Brasil? A Serra Catarinense, Balneário Camboriú, Florianópolis e a encantadora Serra Gaúcha, Gramado e Vale dos Vinhedos, que também despontam na preferência do brasileiro.

As companhias aéreas nacionais serão beneficiadas com o retorno via turismo doméstico, com a segurança dos próprios aeroportos brasileiros e medidas de higienização e distanciamento, e pelas próprias aeronaves, que como curiosidade, renovam o ar-condicionado a cada 3 minutos, o que torna a viagem ainda mais tranquila e com altos índices de biossegurança certificada. Os navios, que retomam sua operação na próxima temporada de cruzeiros marítimos, 2020/2021, responsáveis pelo desenvolvimento de diversas cidades portuárias, seguem também com um planejamento seguro para o próximo ano. Acreditamos muito na retomada via turismo regional, nas viagens de carro e na recuperação completa do nosso setor, obviamente com todas as medidas e protocolos de segurança em dia, o que vai ser o diferencial competitivo de empresas sérias e comprometidas com o bem-estar de turistas, funcionários, fornecedores e de toda a comunidade no entorno de destinos turísticos importantes e que dependem 100% da economia gerada pelo nosso negócio.

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A união de entidades do setor também faz toda a diferença nesse cenário, com um trabalho excepcional desenvolvido pela ABAV (Associação Brasileira das Agências de Viagens), ABIH (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira), FOHB (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil), ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e demais entidades que representam os agentes de viagens e os guias de turismo, um forte propulsor para a nossa economia.

O turismo é uma indústria fundamental para o Brasil; gera milhões de empregos e renda e tem impacto direto no nosso PIB. A pandemia mostra que o desafio é gigante, mas igualmente gigante será a determinação de todos nós que movimentamos esse setor, essa fábrica de sonhos tão essencial para nossa identidade nacional e a nossa economia.

*Guilherme Paulus, fundador da CVC e do Grupo GJP

Guilherme Paulus. Foto: Divulgação

Os números da entrada de turistas internacionais ao Brasil em 2019, recentemente divulgados pelo Ministério do Turismo e a Embratur, mostram conquistas importantes para a indústria no ano passado antes de sermos fortemente atingidos pela pandemia da Covid-19. Entre os 6,3 milhões de estrangeiros que visitaram o país no ano passado, registramos aumento em diversos mercados estratégicos, como China (22%), Portugal (21%), Estados Unidos (10%), França (8%), Reino Unido (6%), Itália (4%), entre outros.

Também tivermos registro de aumento de turistas com os países beneficiados pela isenção da obrigatoriedade de visto, outra grande conquista positiva para o nosso segmento: Austrália (33%), Japão (24%) e Canadá (8%). Os estados de São Paulo (pela ampla capacidade de seus eventos), Rio de Janeiro (pelas características únicas da Cidade Maravilhosa) e Paraná (pelas Cataratas do Iguaçu, uma nas 7 Novas Maravilhas da Natureza) foram os mais visitados, com 2,3 milhões de turistas, 1,2 milhão e 1 milhão, respectivamente.

Além disso, a Argentina, um dos nossos principais parceiros no setor com alta demanda de turistas para o nosso país, segue como o principal mercado emissor, com quase 2 milhões de visitantes no ano passado. Os Estados Unidos, historicamente o segundo mercado mais estratégico para o país, enviou quase 600 mil turistas ao Brasil. Essa era uma medida que sempre esteve no campo das discussões políticas e finalmente conseguiu ser viabilizada; com reforço nesses mercados a partir da grande mobilização do Ministério do Turismo e Embratur.

Mas esse cenário de estabilidade e tendência de ampliação foi diretamente afetado pela pandemia da COVID-19, que tomou o planeta de surpresa e praticamente suspendeu a indústria do turismo. No entanto, vale reconhecer que o Governo Federal, especialmente através da Embratur e do MTur, tem mostrado empenho em socorrer o setor.

Primeiro, com a MP 948 que permite que empresas de turismo não precisem reembolsar imediatamente valores de reservas canceladas. Em seguida, já em maio, 5 bilhões de reais destinados à proteção de negócios turísticos - 80% para os pequenos empresários que são os mais afetados pela falta de turistas. E ainda a MP 936, que permitiu a manutenção de milhares de empregos no setor.

O próximo passo será uma ampla campanha promocional para ativar o turismo interno, com detalhes que devem ser divulgados em breve pelos órgãos federais, um grande estímulo ao turismo doméstico que, segundo a própria Organização Mundial do Turismo, deve se recuperar primeiro.

A exemplo do carioca que vai para a Serra Fluminense, o paulista, que viaja para os litorais Norte e Sul ou para os hotéis do interior do estado, ou seja, movimentação entre as principais capitais para os seus entornos. Destaque também para as rotas de ecoturismo, como Bonito, Pantanal e Amazônia, os grandes destinos premiados como Fernando de Noronha, Porto de Galinhas, Maceió, Salvador, Natal, demais capitais do Nordeste, e o próprio Norte do país, com a Ilha de Marajó, Alter do Chão, entre outros. Vale destacar ainda a retomada do Ceará como grande hub internacional, e detentor de mais de 8 cidades de forte apelo turístico-hoteleiro, com destaque para Fortaleza e Jericoacoara. E como não citar o Sul do Brasil? A Serra Catarinense, Balneário Camboriú, Florianópolis e a encantadora Serra Gaúcha, Gramado e Vale dos Vinhedos, que também despontam na preferência do brasileiro.

As companhias aéreas nacionais serão beneficiadas com o retorno via turismo doméstico, com a segurança dos próprios aeroportos brasileiros e medidas de higienização e distanciamento, e pelas próprias aeronaves, que como curiosidade, renovam o ar-condicionado a cada 3 minutos, o que torna a viagem ainda mais tranquila e com altos índices de biossegurança certificada. Os navios, que retomam sua operação na próxima temporada de cruzeiros marítimos, 2020/2021, responsáveis pelo desenvolvimento de diversas cidades portuárias, seguem também com um planejamento seguro para o próximo ano. Acreditamos muito na retomada via turismo regional, nas viagens de carro e na recuperação completa do nosso setor, obviamente com todas as medidas e protocolos de segurança em dia, o que vai ser o diferencial competitivo de empresas sérias e comprometidas com o bem-estar de turistas, funcionários, fornecedores e de toda a comunidade no entorno de destinos turísticos importantes e que dependem 100% da economia gerada pelo nosso negócio.

A união de entidades do setor também faz toda a diferença nesse cenário, com um trabalho excepcional desenvolvido pela ABAV (Associação Brasileira das Agências de Viagens), ABIH (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira), FOHB (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil), ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e demais entidades que representam os agentes de viagens e os guias de turismo, um forte propulsor para a nossa economia.

O turismo é uma indústria fundamental para o Brasil; gera milhões de empregos e renda e tem impacto direto no nosso PIB. A pandemia mostra que o desafio é gigante, mas igualmente gigante será a determinação de todos nós que movimentamos esse setor, essa fábrica de sonhos tão essencial para nossa identidade nacional e a nossa economia.

*Guilherme Paulus, fundador da CVC e do Grupo GJP

Guilherme Paulus. Foto: Divulgação

Os números da entrada de turistas internacionais ao Brasil em 2019, recentemente divulgados pelo Ministério do Turismo e a Embratur, mostram conquistas importantes para a indústria no ano passado antes de sermos fortemente atingidos pela pandemia da Covid-19. Entre os 6,3 milhões de estrangeiros que visitaram o país no ano passado, registramos aumento em diversos mercados estratégicos, como China (22%), Portugal (21%), Estados Unidos (10%), França (8%), Reino Unido (6%), Itália (4%), entre outros.

Também tivermos registro de aumento de turistas com os países beneficiados pela isenção da obrigatoriedade de visto, outra grande conquista positiva para o nosso segmento: Austrália (33%), Japão (24%) e Canadá (8%). Os estados de São Paulo (pela ampla capacidade de seus eventos), Rio de Janeiro (pelas características únicas da Cidade Maravilhosa) e Paraná (pelas Cataratas do Iguaçu, uma nas 7 Novas Maravilhas da Natureza) foram os mais visitados, com 2,3 milhões de turistas, 1,2 milhão e 1 milhão, respectivamente.

Além disso, a Argentina, um dos nossos principais parceiros no setor com alta demanda de turistas para o nosso país, segue como o principal mercado emissor, com quase 2 milhões de visitantes no ano passado. Os Estados Unidos, historicamente o segundo mercado mais estratégico para o país, enviou quase 600 mil turistas ao Brasil. Essa era uma medida que sempre esteve no campo das discussões políticas e finalmente conseguiu ser viabilizada; com reforço nesses mercados a partir da grande mobilização do Ministério do Turismo e Embratur.

Mas esse cenário de estabilidade e tendência de ampliação foi diretamente afetado pela pandemia da COVID-19, que tomou o planeta de surpresa e praticamente suspendeu a indústria do turismo. No entanto, vale reconhecer que o Governo Federal, especialmente através da Embratur e do MTur, tem mostrado empenho em socorrer o setor.

Primeiro, com a MP 948 que permite que empresas de turismo não precisem reembolsar imediatamente valores de reservas canceladas. Em seguida, já em maio, 5 bilhões de reais destinados à proteção de negócios turísticos - 80% para os pequenos empresários que são os mais afetados pela falta de turistas. E ainda a MP 936, que permitiu a manutenção de milhares de empregos no setor.

O próximo passo será uma ampla campanha promocional para ativar o turismo interno, com detalhes que devem ser divulgados em breve pelos órgãos federais, um grande estímulo ao turismo doméstico que, segundo a própria Organização Mundial do Turismo, deve se recuperar primeiro.

A exemplo do carioca que vai para a Serra Fluminense, o paulista, que viaja para os litorais Norte e Sul ou para os hotéis do interior do estado, ou seja, movimentação entre as principais capitais para os seus entornos. Destaque também para as rotas de ecoturismo, como Bonito, Pantanal e Amazônia, os grandes destinos premiados como Fernando de Noronha, Porto de Galinhas, Maceió, Salvador, Natal, demais capitais do Nordeste, e o próprio Norte do país, com a Ilha de Marajó, Alter do Chão, entre outros. Vale destacar ainda a retomada do Ceará como grande hub internacional, e detentor de mais de 8 cidades de forte apelo turístico-hoteleiro, com destaque para Fortaleza e Jericoacoara. E como não citar o Sul do Brasil? A Serra Catarinense, Balneário Camboriú, Florianópolis e a encantadora Serra Gaúcha, Gramado e Vale dos Vinhedos, que também despontam na preferência do brasileiro.

As companhias aéreas nacionais serão beneficiadas com o retorno via turismo doméstico, com a segurança dos próprios aeroportos brasileiros e medidas de higienização e distanciamento, e pelas próprias aeronaves, que como curiosidade, renovam o ar-condicionado a cada 3 minutos, o que torna a viagem ainda mais tranquila e com altos índices de biossegurança certificada. Os navios, que retomam sua operação na próxima temporada de cruzeiros marítimos, 2020/2021, responsáveis pelo desenvolvimento de diversas cidades portuárias, seguem também com um planejamento seguro para o próximo ano. Acreditamos muito na retomada via turismo regional, nas viagens de carro e na recuperação completa do nosso setor, obviamente com todas as medidas e protocolos de segurança em dia, o que vai ser o diferencial competitivo de empresas sérias e comprometidas com o bem-estar de turistas, funcionários, fornecedores e de toda a comunidade no entorno de destinos turísticos importantes e que dependem 100% da economia gerada pelo nosso negócio.

A união de entidades do setor também faz toda a diferença nesse cenário, com um trabalho excepcional desenvolvido pela ABAV (Associação Brasileira das Agências de Viagens), ABIH (Associação Brasileira da Indústria Hoteleira), FOHB (Fórum dos Operadores Hoteleiros do Brasil), ABRASEL (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) e demais entidades que representam os agentes de viagens e os guias de turismo, um forte propulsor para a nossa economia.

O turismo é uma indústria fundamental para o Brasil; gera milhões de empregos e renda e tem impacto direto no nosso PIB. A pandemia mostra que o desafio é gigante, mas igualmente gigante será a determinação de todos nós que movimentamos esse setor, essa fábrica de sonhos tão essencial para nossa identidade nacional e a nossa economia.

*Guilherme Paulus, fundador da CVC e do Grupo GJP

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