O ex-chefe da Defesa Civil de Salvador Gustavo Pedreira Ferraz, homem de confiança de Geddel Vieira Lima e do PMDB na Bahia, se disse 'traído' ao descobrir que parte do dinheiro que foi buscar para candidatos peemedebistas baianos nas eleições de 2012 foi encontrada no bunker dos R$ 51 milhões. Ele resolveu colaborar com as investigações e assumiu ter buscado malas de dinheiro para Geddel em São Paulo em depoimento prestado à Polícia Federal no dia 8 de setembro.
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Gustavo desabafou à PF. Ele diz que o ministro 'disse à época, que o dinheiro seria utilizado nas campanhas dos Prefeitos e vereadores do PMDB no Estado da Bahia', no entanto, se sentiu traído 'se sentiu traído por Geddel, por ele ter ficado com o dinheiro'.
Ferraz alega que o dinheiro 'serviria pra ajudar a campanha de inúmeros candidatos do PMDB nas eleições de 2012 na Bahia'.
As digitais do diretor da Defesa Civil foram identificadas nos sacos plásticos que envolviam os R$ 51 milhões no apartamento emprestado pelo empresário Silvio Antônio Cabral Silveira. Digitais de Geddel também aparecem nas notas de dinheiro da maior apreensão da história da Polícia Federal brasileira. Até mesmo a fatura da empregada do deputado Lucio Vieira Lima (PMDB-BA), irmão de Geddel, foi achada no apartamento, que fica a apenas 1,2 km da casa do ex-ministro e de sua mãe.
Ao pedir a prisão de Ferraz, a Procuradoria da República no Distrito Federal afirmou que o agente público seria o interposto de Geddel Vieira Lima que foi buscar propinas em um hotel em São Paulo junto ao operador de Eduardo Cunha, Altair Alves Pinto. Ele foi denunciado pela Procuradora-Geral da República Raquel Dodge.
Ferraz disse acreditar que 'suas digitais foram identificadas no material encontrado durante a busca, uma vez que no ano de 2012, a pedido de Geddel Vieira Lima, transportou de São Paulo/SP para Salvador/BA dinheiro de contribuição para campanhas do PMDB da Bahia'.
Segundo o operador, ele buscou uma mala de dinheiro junto a um interposto não identificado em um hotel em São Paulo e voltou para a capital baiana em um voo fretado. Um motorista do PMDB teria o buscado no aeroporto e o levado à casa de Geddel, aonde os valores foram conferidos, segundo seu depoimento à PF.
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