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Ouça Ramagem e Bolsonaro tramando como livrar Flávio do inquérito das ‘rachadinhas’


Áudio de uma hora e oito minutos apreendido pela PF na Operação Última Milha, que desmontou a Abin paralela, indica plano do ex-diretor da Agência e do ex-presidente , acompanhado do general Augusto Heleno, então chefe do GSI, para afastar auditores fiscais que espreitaram senador; advogado de Bolsonaro diz que áudio mostra que Bolsonaro não queria favorecimento; Ramagem diz que ex-presidente sabia da gravação e não queria ‘jeitinho’

Por Pepita Ortega
Atualização:

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo do áudio de uma reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno (então chefe do Gabinete de Segurança Institucional) e o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem discutem um plano para anular o inquérito das rachadinhas - investigação que fechou o cerco ao senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do ex-chefe do Executivo.

Moraes esclareceu que alvos da quarta fase da Operação última Milha pediram acesso aos autos – o que inclui a gravação. Nessa linha, o ministro do STF alertou que uma divulgação parcial e até mesmo uma manipulação do áudio “tem potencial de geração de inúmeras notícias incompletas ou fraudulentas em prejuízo à correta informação à sociedade”. Foi com base nesse argumento que Moraes retirou o sigilo da gravação.

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Foto: Pedro Kirilos / Estadão Conteudo
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Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten saiu em defesa do ex-presidente, dizendo que a conversa “só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e o seu povo”. Ele citou especificamente um trecho retirado do áudio no qual Bolsonaro diz que não estaria procurando o favorecimento de ninguém.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Alexandre Ramagem disse que Bolsonaro sabia que estava sendo gravado e que havia o aval do então presidente. “Essa gravação não foi clandestina”. Ele disse ainda que o áudio da conversa depois recuperada em seu celular foi descartado. “O presidente sempre se manifestou que não queria jeitinho. Muito menos tráfico de influência.”

A gravação foi encontrada pelos investigadores da Operação Última Milha e remonta a um encontro realizado em agosto de 2020, também com a participação da advogada de Flávio. A conversa citou os auditores da Receita responsáveis pelo relatório de inteligência fiscal que baseou a investigação do caso Queiroz – revelado pelo Estadão. O encontro ocorreu um mês depois da prisão de Queiroz no escritório de Frederick Wasseff em Atibaia.

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Procurado, Flávio disse que nunca teve contato com integrantes da Abin. “Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro”, disse o senador.

Ouça a íntegra do áudio da reunião:

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A conversa inclui Bolsonaro, o chefe do GSI, Augusto Heleno, o delegado Alexandre Ramagem, hoje deputado federal, e as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach. Na reunião, eles conversam sobre a operação Furna da Onça, que implica Flávio Bolsonaro e outros políticos.

As advogadas reclamam dos procedimentos da Receita, acusam ter havido irregularidades nas ações internas de apuração sobre o caso e pedem ajuda de órgãos do governo para conseguir provas contra os auditores. Ela sugere uma atuação o Gabinete de Segurança Institucional no caso. Jair Bolsonaro, por sua vez, defende que seja procurado o chefe da Receita, José Tostes Neto. Além disso, o presidente fala de um Canuto, que seria Gustavo Canuto, ex-ministro de seu governo depois transferido para a Dataprev. Bolsonaro diz, no áudio que, caso haja alguém gravando, não está pedindo favorecimento nenhum.

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Veja os principais trechos da conversa gravada:

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Gravação de uma hora e oito minutos foi apreendida pela PF na Operação Última Milha, que desmontou a 'Abin paralela'

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo do áudio de uma reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno (então chefe do Gabinete de Segurança Institucional) e o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem discutem um plano para anular o inquérito das rachadinhas - investigação que fechou o cerco ao senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do ex-chefe do Executivo.

Moraes esclareceu que alvos da quarta fase da Operação última Milha pediram acesso aos autos – o que inclui a gravação. Nessa linha, o ministro do STF alertou que uma divulgação parcial e até mesmo uma manipulação do áudio “tem potencial de geração de inúmeras notícias incompletas ou fraudulentas em prejuízo à correta informação à sociedade”. Foi com base nesse argumento que Moraes retirou o sigilo da gravação.

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Foto: Pedro Kirilos / Estadão Conteudo

Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten saiu em defesa do ex-presidente, dizendo que a conversa “só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e o seu povo”. Ele citou especificamente um trecho retirado do áudio no qual Bolsonaro diz que não estaria procurando o favorecimento de ninguém.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Alexandre Ramagem disse que Bolsonaro sabia que estava sendo gravado e que havia o aval do então presidente. “Essa gravação não foi clandestina”. Ele disse ainda que o áudio da conversa depois recuperada em seu celular foi descartado. “O presidente sempre se manifestou que não queria jeitinho. Muito menos tráfico de influência.”

A gravação foi encontrada pelos investigadores da Operação Última Milha e remonta a um encontro realizado em agosto de 2020, também com a participação da advogada de Flávio. A conversa citou os auditores da Receita responsáveis pelo relatório de inteligência fiscal que baseou a investigação do caso Queiroz – revelado pelo Estadão. O encontro ocorreu um mês depois da prisão de Queiroz no escritório de Frederick Wasseff em Atibaia.

Procurado, Flávio disse que nunca teve contato com integrantes da Abin. “Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro”, disse o senador.

Ouça a íntegra do áudio da reunião:

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A conversa inclui Bolsonaro, o chefe do GSI, Augusto Heleno, o delegado Alexandre Ramagem, hoje deputado federal, e as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach. Na reunião, eles conversam sobre a operação Furna da Onça, que implica Flávio Bolsonaro e outros políticos.

As advogadas reclamam dos procedimentos da Receita, acusam ter havido irregularidades nas ações internas de apuração sobre o caso e pedem ajuda de órgãos do governo para conseguir provas contra os auditores. Ela sugere uma atuação o Gabinete de Segurança Institucional no caso. Jair Bolsonaro, por sua vez, defende que seja procurado o chefe da Receita, José Tostes Neto. Além disso, o presidente fala de um Canuto, que seria Gustavo Canuto, ex-ministro de seu governo depois transferido para a Dataprev. Bolsonaro diz, no áudio que, caso haja alguém gravando, não está pedindo favorecimento nenhum.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou o sigilo do áudio de uma reunião em que o ex-presidente Jair Bolsonaro, o general Augusto Heleno (então chefe do Gabinete de Segurança Institucional) e o ex-chefe da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem discutem um plano para anular o inquérito das rachadinhas - investigação que fechou o cerco ao senador Flávio Bolsonaro, filho 01 do ex-chefe do Executivo.

Moraes esclareceu que alvos da quarta fase da Operação última Milha pediram acesso aos autos – o que inclui a gravação. Nessa linha, o ministro do STF alertou que uma divulgação parcial e até mesmo uma manipulação do áudio “tem potencial de geração de inúmeras notícias incompletas ou fraudulentas em prejuízo à correta informação à sociedade”. Foi com base nesse argumento que Moraes retirou o sigilo da gravação.

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Foto: Pedro Kirilos / Estadão Conteudo

Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten saiu em defesa do ex-presidente, dizendo que a conversa “só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e o seu povo”. Ele citou especificamente um trecho retirado do áudio no qual Bolsonaro diz que não estaria procurando o favorecimento de ninguém.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Alexandre Ramagem disse que Bolsonaro sabia que estava sendo gravado e que havia o aval do então presidente. “Essa gravação não foi clandestina”. Ele disse ainda que o áudio da conversa depois recuperada em seu celular foi descartado. “O presidente sempre se manifestou que não queria jeitinho. Muito menos tráfico de influência.”

A gravação foi encontrada pelos investigadores da Operação Última Milha e remonta a um encontro realizado em agosto de 2020, também com a participação da advogada de Flávio. A conversa citou os auditores da Receita responsáveis pelo relatório de inteligência fiscal que baseou a investigação do caso Queiroz – revelado pelo Estadão. O encontro ocorreu um mês depois da prisão de Queiroz no escritório de Frederick Wasseff em Atibaia.

Procurado, Flávio disse que nunca teve contato com integrantes da Abin. “Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro”, disse o senador.

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A conversa inclui Bolsonaro, o chefe do GSI, Augusto Heleno, o delegado Alexandre Ramagem, hoje deputado federal, e as advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach. Na reunião, eles conversam sobre a operação Furna da Onça, que implica Flávio Bolsonaro e outros políticos.

As advogadas reclamam dos procedimentos da Receita, acusam ter havido irregularidades nas ações internas de apuração sobre o caso e pedem ajuda de órgãos do governo para conseguir provas contra os auditores. Ela sugere uma atuação o Gabinete de Segurança Institucional no caso. Jair Bolsonaro, por sua vez, defende que seja procurado o chefe da Receita, José Tostes Neto. Além disso, o presidente fala de um Canuto, que seria Gustavo Canuto, ex-ministro de seu governo depois transferido para a Dataprev. Bolsonaro diz, no áudio que, caso haja alguém gravando, não está pedindo favorecimento nenhum.

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Moraes esclareceu que alvos da quarta fase da Operação última Milha pediram acesso aos autos – o que inclui a gravação. Nessa linha, o ministro do STF alertou que uma divulgação parcial e até mesmo uma manipulação do áudio “tem potencial de geração de inúmeras notícias incompletas ou fraudulentas em prejuízo à correta informação à sociedade”. Foi com base nesse argumento que Moraes retirou o sigilo da gravação.

Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem Foto: Pedro Kirilos / Estadão Conteudo

Após a divulgação do áudio, o assessor e advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten saiu em defesa do ex-presidente, dizendo que a conversa “só reforça o quanto o presidente ama o Brasil e o seu povo”. Ele citou especificamente um trecho retirado do áudio no qual Bolsonaro diz que não estaria procurando o favorecimento de ninguém.

Em vídeo divulgado em suas redes sociais, Alexandre Ramagem disse que Bolsonaro sabia que estava sendo gravado e que havia o aval do então presidente. “Essa gravação não foi clandestina”. Ele disse ainda que o áudio da conversa depois recuperada em seu celular foi descartado. “O presidente sempre se manifestou que não queria jeitinho. Muito menos tráfico de influência.”

A gravação foi encontrada pelos investigadores da Operação Última Milha e remonta a um encontro realizado em agosto de 2020, também com a participação da advogada de Flávio. A conversa citou os auditores da Receita responsáveis pelo relatório de inteligência fiscal que baseou a investigação do caso Queiroz – revelado pelo Estadão. O encontro ocorreu um mês depois da prisão de Queiroz no escritório de Frederick Wasseff em Atibaia.

Procurado, Flávio disse que nunca teve contato com integrantes da Abin. “Simplesmente não existia nenhuma relação minha com Abin. Minha defesa atacava questões processuais, portanto, nenhuma utilidade que a Abin pudesse ter. A divulgação desse tipo de documento, às vésperas das eleições, apenas tem o objetivo de prejudicar a candidatura de Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro”, disse o senador.

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