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Pezão é condenado por Bretas a 98 anos de prisão na Operação Boca de Lobo


Sentenciado pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro, ex-governador poderá recorrer em liberdade

Por Fábio Grellet/Rio e Rayssa Motta/São Paulo

O ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (MDB) foi condenado em primeira instância a 98 anos, 11 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A sentença foi expedida nesta sexta-feira, 4, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, em processo aberto a partir das investigações da Operação Boca de Lobo, desdobramento da Lava Jato que levou o emedebista à cadeia em 2018.

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Essa foi a primeira condenação de Pezão no âmbito da Lava Jato fluminense. O ex-governador vai seguir em liberdade até o trânsito em julgado da ação. Outros dez réus foram condenados por Bretas, entre eles o também ex-governador Sérgio Cabral (MDB), de quem Pezão foi vice.

Na sentença, o juiz apontou como agravante a conduta social 'altamente reprovável'. "A culpabilidade é elevada, pois Luiz Fernando Pezão foi um dos principais agentes nos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos e assim agiu valendo-se dos cargos de confiança em que ocupou no Governo Cabral, bem como da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados ao elege-lo para vice-governador e governador. Mercantilizou a funções públicas obtidas meio da confiança que lhe foi depositada pelos cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua conduta deve ser valorada com maior rigor do que a de um corrupto qualquer", escreveu Bretas.

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O ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Foto: Wilton Júnior / Estadão

A investigação que levou ao processo foi aberta a partir de informações prestadas por Carlos Miranda, apontado como operador financeiro de Cabral, em acordo de colaboração premiada. Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público Federal acusou Pezão de receber dinheiro ilícito por integrar um esquema de corrupção liderado pelo antecessor. "Em período compreendido entre 03/2007 a 03/2014, Pezão, no exercício das funções de secretário de obras e vice-governador e em razão desses cargos públicos, recebeu de Sérgio Cabral, por 84 vezes, vantagens indevidas consistente no pagamento de dinheiro, em espécie, de origem ilícita", acusa o MPF.

Segundo a denúncia, de 2007 a 2014, Cabral pagou R$ 150 mil mensais a Pezão. O benefício incluiria até um 13º salário. Pezão também foi acusado de receber R$ 11,4 milhões da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), entre 11 de junho de 2014 e 3 de junho de 2015.

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Cabral, por sua vez, foi condenado a 32 anos, nove meses e cinco dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

COM A PALAVRA, OS EX-GOVERNADORES

O Estadão tentou contato com Pezão e com a defesa de Cabral para que se pronunciem sobre a condenação, sem sucesso até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestação.

O ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (MDB) foi condenado em primeira instância a 98 anos, 11 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A sentença foi expedida nesta sexta-feira, 4, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, em processo aberto a partir das investigações da Operação Boca de Lobo, desdobramento da Lava Jato que levou o emedebista à cadeia em 2018.

Essa foi a primeira condenação de Pezão no âmbito da Lava Jato fluminense. O ex-governador vai seguir em liberdade até o trânsito em julgado da ação. Outros dez réus foram condenados por Bretas, entre eles o também ex-governador Sérgio Cabral (MDB), de quem Pezão foi vice.

Na sentença, o juiz apontou como agravante a conduta social 'altamente reprovável'. "A culpabilidade é elevada, pois Luiz Fernando Pezão foi um dos principais agentes nos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos e assim agiu valendo-se dos cargos de confiança em que ocupou no Governo Cabral, bem como da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados ao elege-lo para vice-governador e governador. Mercantilizou a funções públicas obtidas meio da confiança que lhe foi depositada pelos cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua conduta deve ser valorada com maior rigor do que a de um corrupto qualquer", escreveu Bretas.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Foto: Wilton Júnior / Estadão

A investigação que levou ao processo foi aberta a partir de informações prestadas por Carlos Miranda, apontado como operador financeiro de Cabral, em acordo de colaboração premiada. Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público Federal acusou Pezão de receber dinheiro ilícito por integrar um esquema de corrupção liderado pelo antecessor. "Em período compreendido entre 03/2007 a 03/2014, Pezão, no exercício das funções de secretário de obras e vice-governador e em razão desses cargos públicos, recebeu de Sérgio Cabral, por 84 vezes, vantagens indevidas consistente no pagamento de dinheiro, em espécie, de origem ilícita", acusa o MPF.

Segundo a denúncia, de 2007 a 2014, Cabral pagou R$ 150 mil mensais a Pezão. O benefício incluiria até um 13º salário. Pezão também foi acusado de receber R$ 11,4 milhões da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), entre 11 de junho de 2014 e 3 de junho de 2015.

Cabral, por sua vez, foi condenado a 32 anos, nove meses e cinco dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

COM A PALAVRA, OS EX-GOVERNADORES

O Estadão tentou contato com Pezão e com a defesa de Cabral para que se pronunciem sobre a condenação, sem sucesso até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestação.

O ex-governador do Rio de Janeiro Luiz Fernando Pezão (MDB) foi condenado em primeira instância a 98 anos, 11 meses e 11 dias de prisão pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A sentença foi expedida nesta sexta-feira, 4, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, em processo aberto a partir das investigações da Operação Boca de Lobo, desdobramento da Lava Jato que levou o emedebista à cadeia em 2018.

Essa foi a primeira condenação de Pezão no âmbito da Lava Jato fluminense. O ex-governador vai seguir em liberdade até o trânsito em julgado da ação. Outros dez réus foram condenados por Bretas, entre eles o também ex-governador Sérgio Cabral (MDB), de quem Pezão foi vice.

Na sentença, o juiz apontou como agravante a conduta social 'altamente reprovável'. "A culpabilidade é elevada, pois Luiz Fernando Pezão foi um dos principais agentes nos esquemas ilícitos perscrutados nestes autos e assim agiu valendo-se dos cargos de confiança em que ocupou no Governo Cabral, bem como da autoridade conquistada pelo apoio de vários milhões de votos que lhe foram confiados ao elege-lo para vice-governador e governador. Mercantilizou a funções públicas obtidas meio da confiança que lhe foi depositada pelos cidadãos do Estado do Rio de Janeiro, razão pela qual a sua conduta deve ser valorada com maior rigor do que a de um corrupto qualquer", escreveu Bretas.

O ex-governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. Foto: Wilton Júnior / Estadão

A investigação que levou ao processo foi aberta a partir de informações prestadas por Carlos Miranda, apontado como operador financeiro de Cabral, em acordo de colaboração premiada. Na denúncia apresentada à Justiça, o Ministério Público Federal acusou Pezão de receber dinheiro ilícito por integrar um esquema de corrupção liderado pelo antecessor. "Em período compreendido entre 03/2007 a 03/2014, Pezão, no exercício das funções de secretário de obras e vice-governador e em razão desses cargos públicos, recebeu de Sérgio Cabral, por 84 vezes, vantagens indevidas consistente no pagamento de dinheiro, em espécie, de origem ilícita", acusa o MPF.

Segundo a denúncia, de 2007 a 2014, Cabral pagou R$ 150 mil mensais a Pezão. O benefício incluiria até um 13º salário. Pezão também foi acusado de receber R$ 11,4 milhões da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor), entre 11 de junho de 2014 e 3 de junho de 2015.

Cabral, por sua vez, foi condenado a 32 anos, nove meses e cinco dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

COM A PALAVRA, OS EX-GOVERNADORES

O Estadão tentou contato com Pezão e com a defesa de Cabral para que se pronunciem sobre a condenação, sem sucesso até a publicação desta reportagem. O espaço está aberto para manifestação.

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