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PF diz que assassinato de Bruno e Dom não teve mandante


Envolvimento de facções criminosas também foi descartado; Univaja diz que investigadores 'desconsideram informações' prestadas pela entidade

Por , Rayssa Motta/São Paulo e enviado especial a Atalaia do Norte
 Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira, 17, que os assassinos do indigenista Bruno Pereira e do repórter britânico Dom Phillips agiram sozinhos e que o crime não teve um mandante. O envolvimento de facções criminosas também foi descartado.

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"As investigações apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito", diz um trecho do comunicado.

As linhas de investigação foram consideradas inicialmente tanto por causa do trabalho desenvolvido por Bruno, que orientava moradores a denunciar irregularidades nas reservas indígenas, quanto pela presença de traficantes de drogas e armas, caçadores ilegais, madeireiros e garimpeiros na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, onde os dois desapareceram.

Os policiais federais desconfiam, no entanto, que mais pessoas tenham participado do assassinato. Até o momento, estão presos Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. A corporação avalia novas prisões nos próximos dias.

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A PF voltou ao local de buscas nesta sexta para tentar resgatar o barco usado pelo jornalista e o indigenista, que segundo Pelado foi afundado próximo ao ponto onde os corpos foram enterrados, em uma área de mata às margens do rio Itaguaí. É o segundo dia de buscas pela embarcação. Desta vez, os policiais vão contar com apoio dos indígenas da região e dos membros da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava).

Os restos mortais localizados pela equipe na última quarta-feira, 15, foram transportados ontem de Manaus para Brasília, onde serão feitos os exames necessários para verificar a identidade e a causa da morte. A conclusão da perícia deve sair em até dez dias e pode dar pistas também sobre a dinâmica do crime.

Indígenas criticam

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A Univaja, entidade para a qual o indigenista Bruno Pereira prestava serviços ao ser assassinado na Amazônia, criticou que a PF tenha descartado crime de mando na investigação.

"Com esse posicionamento, a PF desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela Univaja em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021", diz um trecho do comunicado divulgado pela entidade.

A manifestação diz ainda que Bruno se tornou alvo de um grupo criminoso responsável pela invasão de terras indígenas na região. Segundo a Univaja, Pelado e dos Santos fazem parte dessa quadrilha. A nota relata ainda que outros integrantes da Univaja receberam ameaças de morte.

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Há diversas denúncias de crimes sobrepostos na região do Javari. Exploradores ilegais costumam também ter relações com garimpeiros e traficantes de drogas. A área, localizada na tríplice fronteira com Colômbia e Peru, é conhecida pela intensa operação de traficantes.

Na última quarta-feira, dia 15, em entrevista realizada em Manaus, ao ser perguntado se o terceiro investigado de envolvimento no assassinato seria o mandante do crime, o superintendente da PF no Amazonas, delegado Eduardo Alexandre Fontes, desconversou: "Não posso dizer ainda. A investigação está em andamento e é sigilosa".

 Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira, 17, que os assassinos do indigenista Bruno Pereira e do repórter britânico Dom Phillips agiram sozinhos e que o crime não teve um mandante. O envolvimento de facções criminosas também foi descartado.

"As investigações apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito", diz um trecho do comunicado.

As linhas de investigação foram consideradas inicialmente tanto por causa do trabalho desenvolvido por Bruno, que orientava moradores a denunciar irregularidades nas reservas indígenas, quanto pela presença de traficantes de drogas e armas, caçadores ilegais, madeireiros e garimpeiros na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, onde os dois desapareceram.

Os policiais federais desconfiam, no entanto, que mais pessoas tenham participado do assassinato. Até o momento, estão presos Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. A corporação avalia novas prisões nos próximos dias.

A PF voltou ao local de buscas nesta sexta para tentar resgatar o barco usado pelo jornalista e o indigenista, que segundo Pelado foi afundado próximo ao ponto onde os corpos foram enterrados, em uma área de mata às margens do rio Itaguaí. É o segundo dia de buscas pela embarcação. Desta vez, os policiais vão contar com apoio dos indígenas da região e dos membros da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava).

Os restos mortais localizados pela equipe na última quarta-feira, 15, foram transportados ontem de Manaus para Brasília, onde serão feitos os exames necessários para verificar a identidade e a causa da morte. A conclusão da perícia deve sair em até dez dias e pode dar pistas também sobre a dinâmica do crime.

Indígenas criticam

A Univaja, entidade para a qual o indigenista Bruno Pereira prestava serviços ao ser assassinado na Amazônia, criticou que a PF tenha descartado crime de mando na investigação.

"Com esse posicionamento, a PF desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela Univaja em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021", diz um trecho do comunicado divulgado pela entidade.

A manifestação diz ainda que Bruno se tornou alvo de um grupo criminoso responsável pela invasão de terras indígenas na região. Segundo a Univaja, Pelado e dos Santos fazem parte dessa quadrilha. A nota relata ainda que outros integrantes da Univaja receberam ameaças de morte.

Há diversas denúncias de crimes sobrepostos na região do Javari. Exploradores ilegais costumam também ter relações com garimpeiros e traficantes de drogas. A área, localizada na tríplice fronteira com Colômbia e Peru, é conhecida pela intensa operação de traficantes.

Na última quarta-feira, dia 15, em entrevista realizada em Manaus, ao ser perguntado se o terceiro investigado de envolvimento no assassinato seria o mandante do crime, o superintendente da PF no Amazonas, delegado Eduardo Alexandre Fontes, desconversou: "Não posso dizer ainda. A investigação está em andamento e é sigilosa".

 Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

A Polícia Federal (PF) informou nesta sexta-feira, 17, que os assassinos do indigenista Bruno Pereira e do repórter britânico Dom Phillips agiram sozinhos e que o crime não teve um mandante. O envolvimento de facções criminosas também foi descartado.

"As investigações apontam que os executores agiram sozinhos, não havendo mandante nem organização criminosa por trás do delito", diz um trecho do comunicado.

As linhas de investigação foram consideradas inicialmente tanto por causa do trabalho desenvolvido por Bruno, que orientava moradores a denunciar irregularidades nas reservas indígenas, quanto pela presença de traficantes de drogas e armas, caçadores ilegais, madeireiros e garimpeiros na região do Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, onde os dois desapareceram.

Os policiais federais desconfiam, no entanto, que mais pessoas tenham participado do assassinato. Até o momento, estão presos Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, e o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos. A corporação avalia novas prisões nos próximos dias.

A PF voltou ao local de buscas nesta sexta para tentar resgatar o barco usado pelo jornalista e o indigenista, que segundo Pelado foi afundado próximo ao ponto onde os corpos foram enterrados, em uma área de mata às margens do rio Itaguaí. É o segundo dia de buscas pela embarcação. Desta vez, os policiais vão contar com apoio dos indígenas da região e dos membros da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari (Unijava).

Os restos mortais localizados pela equipe na última quarta-feira, 15, foram transportados ontem de Manaus para Brasília, onde serão feitos os exames necessários para verificar a identidade e a causa da morte. A conclusão da perícia deve sair em até dez dias e pode dar pistas também sobre a dinâmica do crime.

Indígenas criticam

A Univaja, entidade para a qual o indigenista Bruno Pereira prestava serviços ao ser assassinado na Amazônia, criticou que a PF tenha descartado crime de mando na investigação.

"Com esse posicionamento, a PF desconsidera as informações qualificadas, oferecidas pela Univaja em inúmeros ofícios, desde o segundo semestre de 2021", diz um trecho do comunicado divulgado pela entidade.

A manifestação diz ainda que Bruno se tornou alvo de um grupo criminoso responsável pela invasão de terras indígenas na região. Segundo a Univaja, Pelado e dos Santos fazem parte dessa quadrilha. A nota relata ainda que outros integrantes da Univaja receberam ameaças de morte.

Há diversas denúncias de crimes sobrepostos na região do Javari. Exploradores ilegais costumam também ter relações com garimpeiros e traficantes de drogas. A área, localizada na tríplice fronteira com Colômbia e Peru, é conhecida pela intensa operação de traficantes.

Na última quarta-feira, dia 15, em entrevista realizada em Manaus, ao ser perguntado se o terceiro investigado de envolvimento no assassinato seria o mandante do crime, o superintendente da PF no Amazonas, delegado Eduardo Alexandre Fontes, desconversou: "Não posso dizer ainda. A investigação está em andamento e é sigilosa".

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