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PF faz buscas em 4 Estados contra facções do tráfico por compra de votos e ameaça até com uso de PMs


Ofensivas abertas no Rio de Janeiro, Amazonas, Rio Grande do Sul e Sergipe investigam desde compra direta de votos até esquema de cooptação de eleitores para mudança de domicílio eleitoral e influência de grupos que barravam a entrada de candidatos em bairros, com suposta inércia de policiais

Por Pepita Ortega
Atualização:
Polícia Federal prendeu, em Sinop, em Mato Grosso, uma coordenadora de campanha de um candidato a prefeito flagrada pagando R$ 2,5 mil em espécie para um eleitor Foto: Polícia Federal

A três dias das eleições 2024, a Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira, 3, operações em ao menos três Estados para investigar desde a compra direta de votos até esquema de cooptação de eleitores para mudança de domicílio eleitoral e a ameaças a candidatos, por parte de pessoas ligadas a uma facção do tráfico de drogas, com suposta inércia de policiais militares. As ofensivas foram abertas nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro e Sergipe.

As operações apuram supostos crimes de associação e organização criminosa, inscrição fraudulenta, uso de documento falso, criminosa, corrupção eleitoral, corrupção de menores, abolição do estado democrático de direito, utilização de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral.

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No Amazonas, a Operação Tupinambarana Liberta vasculha cinco endereços para desbaratar uma quadrilha de faccionados e agentes públicos que cometia crimes eleitorais em prol de uma candidatura à prefeitura de Parintins. O inquérito viu inclusive o uso de estruturas de Estado, como a Polícia Militar, para benefício de uma chapa concorrente à Prefeitura de Parintins.

Entre os alvos da ofensiva estão o ex-secretário da Cultura do Amazonas Marcos Apolo, o ex-secretário de Administração Fabrício Barbosa, o ex-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas Armando do Valle, o ex-chefe de Rondas Ostensivas (grupo de elite da PM) Jackson Ribeiro e o ex-chefe do setor de inteligência da Rocam Guilherme Navarro.

Segundo a PF, há vídeos mostram autoridades públicas “articulando para influenciar diretamente nas eleições da cidade de Parintins, mediante diversas condutas escusas e formas ilegais de atuação”. A suspeita é a de que a reunião teria sido feita para favorecer a candidata Brena Dianná (União Brasil). Na terça-feira, 1, o Ministério Público do Amazonas abriu um inquérito sobre o caso.

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A Justiça Eleitoral proibiu os investigados de acessarem Parintins. O caso levou inclusive ao aumento do efetivo da PF no município. O nome da operação faz referência aos apelidos dados à cidade de Parintins, “Ilha Tupinambarana, Ilha da magia”.

O inquérito apura supostas ameaças de líderes comunitários ligados a uma facção de tráfico de drogas, proibindo o acesso de candidatos à prefeitura a certos bairros. A PF diz ter encontrado indícios de possível inércia de agentes públicos para coibir tais ameaças em prol de uma candidatura à Prefeitura de Parintins.

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“As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal”, indicou a corporação.

Apreensão de R$ 20 mil em espécie com assessora parlamentar

Em outra ação, também em Manaus, a PF apreendeu R$ 20 mil em espécie com uma assessora parlamentar, que embarcava para Benjamim Constant do Aeroporto de Flores. A assessora não tinha comprovação do saque e nem sabia a origem do dinheiro. Segundo a PF, o parlamentar que a acompanhava assumiu que o dinheiro era dele.

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A Polícia Federal instaurou inquérito policial sobre o caso e encaminhou os investigados para a Superintendência Regional para prestar esclarecimentos.

Operação Nômade Eleitoral mira uma quadrilha que tentava arregimentar eleitores e fazê-los mudar de domicílio eleitoral Foto: Polícia Federal

Quadrilha pagava eleitores para mudarem domicílio eleitoral

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No Rio de Janeiro, a Operação Nômade Eleitoral mira uma quadrilha que tentava arregimentar eleitores e fazê-los mudar de domicílio eleitoral. Agentes cumpriram seis ordens de busca e apreensão em casas de investigados em Itaguaí, Santa Cruz e na capital fluminense.

Segundo a PF, um candidato à vereador e seus cabos eleitorais forneciam comprovantes de residência falsos para os possíveis eleitores, comprando votos, para que eles se alistassem ou alterassem seu domicílio eleitoral para a cidade de Itaguaí.

Alguns dos alvos da ofensiva foram flagrados no cartório do Juízo da 105ª Zona eleitoral, em Itaguaí, pagando multas eleitorais de eleitores supostamente cooptados.

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A ofensiva apura supostos crimes de organização criminosa, inscrição fraudulenta, uso de documento falso, oferecer vantagem ilícita em troca de voto e corrupção de menores - muitas das pessoas levadas à sessão eleitoral para a inscrição ou alteração do domicílio eleitoral eram menores de idade, diz a PF.

Coação de eleitores em Campos

Há ainda a uma Operação do Rio de Janeiro para investigar a coação de eleitores e compra de votos nas eleições municipais de Campos dos Goytacazes.

Agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão contra suspeitos de guardar o dinheiro usado para a compra de votos. Os alvos também seriam responsáveis pela coação de eleitores para que votassem em um candidato a vereador do munícipio.

Segundo a PF, o inquérito teve início com a prisão de um candidato a vereador de Campos, suspeito de ter envolvimento com a morte de um cabo eleitoral.

Compra de votos em Sergipe

Já em Sergipe, a Operação Listagem mira um grupo que comprava votos. A casa de um investigado foi vasculhada na zona rural de Lagarto. A investigação teve início após denúncias sobre supostas movimentações suspeitas de compra de votos em um povoado do município.

Durante o inquérito, a PF encontrou listas de nomes de diversos eleitores indicando a organização do esquema de compra de votos.

Apoio de facção a candidato no RS

No Rio Grande do Sul, a Operação Integridade Eleitoral mira a interferência de facção criminosa no processo eleitoral da cidade de São Borja. A PF apura a cooptação de eleitores com a “distribuição de vantagens indevidas e a não declaração de gastos eleitorais”.

Agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão - 11 de busca domiciliar e cinco de busca pessoal. As investigações identificaram suposto “apoio pessoal, material e financeiro de grupo criminoso atuante na região a candidato a cargo eletivo no município”.

Prisão em Mato Grosso por caixa 2

Nesta quarta, 2, a Polícia Federal prendeu, em Sinop, em Mato Grosso, uma coordenadora de campanha de um candidato a prefeito do município. Ela foi flagrada pagando R$ 2,5 mil em espécie para um eleitor. Foi enquadrada por caixa 2.

A prisão ocorreu quando os agentes cumpriam mandado de busca e apreensão em endereço ligado à campanha de um candidato a prefeito. O local – uma casa com uma placa de “aluga-se” e cortinas abaixadas - funcionava como um comitê não oficial de campanha.

Polícia Federal prendeu, em Sinop, em Mato Grosso, uma coordenadora de campanha de um candidato a prefeito flagrada pagando R$ 2,5 mil em espécie para um eleitor Foto: Polícia Federal

A três dias das eleições 2024, a Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira, 3, operações em ao menos três Estados para investigar desde a compra direta de votos até esquema de cooptação de eleitores para mudança de domicílio eleitoral e a ameaças a candidatos, por parte de pessoas ligadas a uma facção do tráfico de drogas, com suposta inércia de policiais militares. As ofensivas foram abertas nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro e Sergipe.

As operações apuram supostos crimes de associação e organização criminosa, inscrição fraudulenta, uso de documento falso, criminosa, corrupção eleitoral, corrupção de menores, abolição do estado democrático de direito, utilização de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral.

No Amazonas, a Operação Tupinambarana Liberta vasculha cinco endereços para desbaratar uma quadrilha de faccionados e agentes públicos que cometia crimes eleitorais em prol de uma candidatura à prefeitura de Parintins. O inquérito viu inclusive o uso de estruturas de Estado, como a Polícia Militar, para benefício de uma chapa concorrente à Prefeitura de Parintins.

Entre os alvos da ofensiva estão o ex-secretário da Cultura do Amazonas Marcos Apolo, o ex-secretário de Administração Fabrício Barbosa, o ex-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas Armando do Valle, o ex-chefe de Rondas Ostensivas (grupo de elite da PM) Jackson Ribeiro e o ex-chefe do setor de inteligência da Rocam Guilherme Navarro.

Segundo a PF, há vídeos mostram autoridades públicas “articulando para influenciar diretamente nas eleições da cidade de Parintins, mediante diversas condutas escusas e formas ilegais de atuação”. A suspeita é a de que a reunião teria sido feita para favorecer a candidata Brena Dianná (União Brasil). Na terça-feira, 1, o Ministério Público do Amazonas abriu um inquérito sobre o caso.

A Justiça Eleitoral proibiu os investigados de acessarem Parintins. O caso levou inclusive ao aumento do efetivo da PF no município. O nome da operação faz referência aos apelidos dados à cidade de Parintins, “Ilha Tupinambarana, Ilha da magia”.

O inquérito apura supostas ameaças de líderes comunitários ligados a uma facção de tráfico de drogas, proibindo o acesso de candidatos à prefeitura a certos bairros. A PF diz ter encontrado indícios de possível inércia de agentes públicos para coibir tais ameaças em prol de uma candidatura à Prefeitura de Parintins.

“As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal”, indicou a corporação.

Apreensão de R$ 20 mil em espécie com assessora parlamentar

Em outra ação, também em Manaus, a PF apreendeu R$ 20 mil em espécie com uma assessora parlamentar, que embarcava para Benjamim Constant do Aeroporto de Flores. A assessora não tinha comprovação do saque e nem sabia a origem do dinheiro. Segundo a PF, o parlamentar que a acompanhava assumiu que o dinheiro era dele.

A Polícia Federal instaurou inquérito policial sobre o caso e encaminhou os investigados para a Superintendência Regional para prestar esclarecimentos.

Operação Nômade Eleitoral mira uma quadrilha que tentava arregimentar eleitores e fazê-los mudar de domicílio eleitoral Foto: Polícia Federal

Quadrilha pagava eleitores para mudarem domicílio eleitoral

No Rio de Janeiro, a Operação Nômade Eleitoral mira uma quadrilha que tentava arregimentar eleitores e fazê-los mudar de domicílio eleitoral. Agentes cumpriram seis ordens de busca e apreensão em casas de investigados em Itaguaí, Santa Cruz e na capital fluminense.

Segundo a PF, um candidato à vereador e seus cabos eleitorais forneciam comprovantes de residência falsos para os possíveis eleitores, comprando votos, para que eles se alistassem ou alterassem seu domicílio eleitoral para a cidade de Itaguaí.

Alguns dos alvos da ofensiva foram flagrados no cartório do Juízo da 105ª Zona eleitoral, em Itaguaí, pagando multas eleitorais de eleitores supostamente cooptados.

A ofensiva apura supostos crimes de organização criminosa, inscrição fraudulenta, uso de documento falso, oferecer vantagem ilícita em troca de voto e corrupção de menores - muitas das pessoas levadas à sessão eleitoral para a inscrição ou alteração do domicílio eleitoral eram menores de idade, diz a PF.

Coação de eleitores em Campos

Há ainda a uma Operação do Rio de Janeiro para investigar a coação de eleitores e compra de votos nas eleições municipais de Campos dos Goytacazes.

Agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão contra suspeitos de guardar o dinheiro usado para a compra de votos. Os alvos também seriam responsáveis pela coação de eleitores para que votassem em um candidato a vereador do munícipio.

Segundo a PF, o inquérito teve início com a prisão de um candidato a vereador de Campos, suspeito de ter envolvimento com a morte de um cabo eleitoral.

Compra de votos em Sergipe

Já em Sergipe, a Operação Listagem mira um grupo que comprava votos. A casa de um investigado foi vasculhada na zona rural de Lagarto. A investigação teve início após denúncias sobre supostas movimentações suspeitas de compra de votos em um povoado do município.

Durante o inquérito, a PF encontrou listas de nomes de diversos eleitores indicando a organização do esquema de compra de votos.

Apoio de facção a candidato no RS

No Rio Grande do Sul, a Operação Integridade Eleitoral mira a interferência de facção criminosa no processo eleitoral da cidade de São Borja. A PF apura a cooptação de eleitores com a “distribuição de vantagens indevidas e a não declaração de gastos eleitorais”.

Agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão - 11 de busca domiciliar e cinco de busca pessoal. As investigações identificaram suposto “apoio pessoal, material e financeiro de grupo criminoso atuante na região a candidato a cargo eletivo no município”.

Prisão em Mato Grosso por caixa 2

Nesta quarta, 2, a Polícia Federal prendeu, em Sinop, em Mato Grosso, uma coordenadora de campanha de um candidato a prefeito do município. Ela foi flagrada pagando R$ 2,5 mil em espécie para um eleitor. Foi enquadrada por caixa 2.

A prisão ocorreu quando os agentes cumpriam mandado de busca e apreensão em endereço ligado à campanha de um candidato a prefeito. O local – uma casa com uma placa de “aluga-se” e cortinas abaixadas - funcionava como um comitê não oficial de campanha.

Polícia Federal prendeu, em Sinop, em Mato Grosso, uma coordenadora de campanha de um candidato a prefeito flagrada pagando R$ 2,5 mil em espécie para um eleitor Foto: Polícia Federal

A três dias das eleições 2024, a Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira, 3, operações em ao menos três Estados para investigar desde a compra direta de votos até esquema de cooptação de eleitores para mudança de domicílio eleitoral e a ameaças a candidatos, por parte de pessoas ligadas a uma facção do tráfico de drogas, com suposta inércia de policiais militares. As ofensivas foram abertas nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro e Sergipe.

As operações apuram supostos crimes de associação e organização criminosa, inscrição fraudulenta, uso de documento falso, criminosa, corrupção eleitoral, corrupção de menores, abolição do estado democrático de direito, utilização de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral.

No Amazonas, a Operação Tupinambarana Liberta vasculha cinco endereços para desbaratar uma quadrilha de faccionados e agentes públicos que cometia crimes eleitorais em prol de uma candidatura à prefeitura de Parintins. O inquérito viu inclusive o uso de estruturas de Estado, como a Polícia Militar, para benefício de uma chapa concorrente à Prefeitura de Parintins.

Entre os alvos da ofensiva estão o ex-secretário da Cultura do Amazonas Marcos Apolo, o ex-secretário de Administração Fabrício Barbosa, o ex-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas Armando do Valle, o ex-chefe de Rondas Ostensivas (grupo de elite da PM) Jackson Ribeiro e o ex-chefe do setor de inteligência da Rocam Guilherme Navarro.

Segundo a PF, há vídeos mostram autoridades públicas “articulando para influenciar diretamente nas eleições da cidade de Parintins, mediante diversas condutas escusas e formas ilegais de atuação”. A suspeita é a de que a reunião teria sido feita para favorecer a candidata Brena Dianná (União Brasil). Na terça-feira, 1, o Ministério Público do Amazonas abriu um inquérito sobre o caso.

A Justiça Eleitoral proibiu os investigados de acessarem Parintins. O caso levou inclusive ao aumento do efetivo da PF no município. O nome da operação faz referência aos apelidos dados à cidade de Parintins, “Ilha Tupinambarana, Ilha da magia”.

O inquérito apura supostas ameaças de líderes comunitários ligados a uma facção de tráfico de drogas, proibindo o acesso de candidatos à prefeitura a certos bairros. A PF diz ter encontrado indícios de possível inércia de agentes públicos para coibir tais ameaças em prol de uma candidatura à Prefeitura de Parintins.

“As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal”, indicou a corporação.

Apreensão de R$ 20 mil em espécie com assessora parlamentar

Em outra ação, também em Manaus, a PF apreendeu R$ 20 mil em espécie com uma assessora parlamentar, que embarcava para Benjamim Constant do Aeroporto de Flores. A assessora não tinha comprovação do saque e nem sabia a origem do dinheiro. Segundo a PF, o parlamentar que a acompanhava assumiu que o dinheiro era dele.

A Polícia Federal instaurou inquérito policial sobre o caso e encaminhou os investigados para a Superintendência Regional para prestar esclarecimentos.

Operação Nômade Eleitoral mira uma quadrilha que tentava arregimentar eleitores e fazê-los mudar de domicílio eleitoral Foto: Polícia Federal

Quadrilha pagava eleitores para mudarem domicílio eleitoral

No Rio de Janeiro, a Operação Nômade Eleitoral mira uma quadrilha que tentava arregimentar eleitores e fazê-los mudar de domicílio eleitoral. Agentes cumpriram seis ordens de busca e apreensão em casas de investigados em Itaguaí, Santa Cruz e na capital fluminense.

Segundo a PF, um candidato à vereador e seus cabos eleitorais forneciam comprovantes de residência falsos para os possíveis eleitores, comprando votos, para que eles se alistassem ou alterassem seu domicílio eleitoral para a cidade de Itaguaí.

Alguns dos alvos da ofensiva foram flagrados no cartório do Juízo da 105ª Zona eleitoral, em Itaguaí, pagando multas eleitorais de eleitores supostamente cooptados.

A ofensiva apura supostos crimes de organização criminosa, inscrição fraudulenta, uso de documento falso, oferecer vantagem ilícita em troca de voto e corrupção de menores - muitas das pessoas levadas à sessão eleitoral para a inscrição ou alteração do domicílio eleitoral eram menores de idade, diz a PF.

Coação de eleitores em Campos

Há ainda a uma Operação do Rio de Janeiro para investigar a coação de eleitores e compra de votos nas eleições municipais de Campos dos Goytacazes.

Agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão contra suspeitos de guardar o dinheiro usado para a compra de votos. Os alvos também seriam responsáveis pela coação de eleitores para que votassem em um candidato a vereador do munícipio.

Segundo a PF, o inquérito teve início com a prisão de um candidato a vereador de Campos, suspeito de ter envolvimento com a morte de um cabo eleitoral.

Compra de votos em Sergipe

Já em Sergipe, a Operação Listagem mira um grupo que comprava votos. A casa de um investigado foi vasculhada na zona rural de Lagarto. A investigação teve início após denúncias sobre supostas movimentações suspeitas de compra de votos em um povoado do município.

Durante o inquérito, a PF encontrou listas de nomes de diversos eleitores indicando a organização do esquema de compra de votos.

Apoio de facção a candidato no RS

No Rio Grande do Sul, a Operação Integridade Eleitoral mira a interferência de facção criminosa no processo eleitoral da cidade de São Borja. A PF apura a cooptação de eleitores com a “distribuição de vantagens indevidas e a não declaração de gastos eleitorais”.

Agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão - 11 de busca domiciliar e cinco de busca pessoal. As investigações identificaram suposto “apoio pessoal, material e financeiro de grupo criminoso atuante na região a candidato a cargo eletivo no município”.

Prisão em Mato Grosso por caixa 2

Nesta quarta, 2, a Polícia Federal prendeu, em Sinop, em Mato Grosso, uma coordenadora de campanha de um candidato a prefeito do município. Ela foi flagrada pagando R$ 2,5 mil em espécie para um eleitor. Foi enquadrada por caixa 2.

A prisão ocorreu quando os agentes cumpriam mandado de busca e apreensão em endereço ligado à campanha de um candidato a prefeito. O local – uma casa com uma placa de “aluga-se” e cortinas abaixadas - funcionava como um comitê não oficial de campanha.

Polícia Federal prendeu, em Sinop, em Mato Grosso, uma coordenadora de campanha de um candidato a prefeito flagrada pagando R$ 2,5 mil em espécie para um eleitor Foto: Polícia Federal

A três dias das eleições 2024, a Polícia Federal realiza na manhã desta quinta-feira, 3, operações em ao menos três Estados para investigar desde a compra direta de votos até esquema de cooptação de eleitores para mudança de domicílio eleitoral e a ameaças a candidatos, por parte de pessoas ligadas a uma facção do tráfico de drogas, com suposta inércia de policiais militares. As ofensivas foram abertas nos Estados do Amazonas, Rio de Janeiro e Sergipe.

As operações apuram supostos crimes de associação e organização criminosa, inscrição fraudulenta, uso de documento falso, criminosa, corrupção eleitoral, corrupção de menores, abolição do estado democrático de direito, utilização de violência para obter votos e impedir o exercício de propaganda eleitoral.

No Amazonas, a Operação Tupinambarana Liberta vasculha cinco endereços para desbaratar uma quadrilha de faccionados e agentes públicos que cometia crimes eleitorais em prol de uma candidatura à prefeitura de Parintins. O inquérito viu inclusive o uso de estruturas de Estado, como a Polícia Militar, para benefício de uma chapa concorrente à Prefeitura de Parintins.

Entre os alvos da ofensiva estão o ex-secretário da Cultura do Amazonas Marcos Apolo, o ex-secretário de Administração Fabrício Barbosa, o ex-presidente da Companhia de Saneamento do Amazonas Armando do Valle, o ex-chefe de Rondas Ostensivas (grupo de elite da PM) Jackson Ribeiro e o ex-chefe do setor de inteligência da Rocam Guilherme Navarro.

Segundo a PF, há vídeos mostram autoridades públicas “articulando para influenciar diretamente nas eleições da cidade de Parintins, mediante diversas condutas escusas e formas ilegais de atuação”. A suspeita é a de que a reunião teria sido feita para favorecer a candidata Brena Dianná (União Brasil). Na terça-feira, 1, o Ministério Público do Amazonas abriu um inquérito sobre o caso.

A Justiça Eleitoral proibiu os investigados de acessarem Parintins. O caso levou inclusive ao aumento do efetivo da PF no município. O nome da operação faz referência aos apelidos dados à cidade de Parintins, “Ilha Tupinambarana, Ilha da magia”.

O inquérito apura supostas ameaças de líderes comunitários ligados a uma facção de tráfico de drogas, proibindo o acesso de candidatos à prefeitura a certos bairros. A PF diz ter encontrado indícios de possível inércia de agentes públicos para coibir tais ameaças em prol de uma candidatura à Prefeitura de Parintins.

“As ações coordenadas do grupo criminoso teriam promovido a espionagem de pessoas ligadas a um grupo político do município e também monitorado o deslocamento de policiais federais com a finalidade de frustrar a atuação da Polícia Federal”, indicou a corporação.

Apreensão de R$ 20 mil em espécie com assessora parlamentar

Em outra ação, também em Manaus, a PF apreendeu R$ 20 mil em espécie com uma assessora parlamentar, que embarcava para Benjamim Constant do Aeroporto de Flores. A assessora não tinha comprovação do saque e nem sabia a origem do dinheiro. Segundo a PF, o parlamentar que a acompanhava assumiu que o dinheiro era dele.

A Polícia Federal instaurou inquérito policial sobre o caso e encaminhou os investigados para a Superintendência Regional para prestar esclarecimentos.

Operação Nômade Eleitoral mira uma quadrilha que tentava arregimentar eleitores e fazê-los mudar de domicílio eleitoral Foto: Polícia Federal

Quadrilha pagava eleitores para mudarem domicílio eleitoral

No Rio de Janeiro, a Operação Nômade Eleitoral mira uma quadrilha que tentava arregimentar eleitores e fazê-los mudar de domicílio eleitoral. Agentes cumpriram seis ordens de busca e apreensão em casas de investigados em Itaguaí, Santa Cruz e na capital fluminense.

Segundo a PF, um candidato à vereador e seus cabos eleitorais forneciam comprovantes de residência falsos para os possíveis eleitores, comprando votos, para que eles se alistassem ou alterassem seu domicílio eleitoral para a cidade de Itaguaí.

Alguns dos alvos da ofensiva foram flagrados no cartório do Juízo da 105ª Zona eleitoral, em Itaguaí, pagando multas eleitorais de eleitores supostamente cooptados.

A ofensiva apura supostos crimes de organização criminosa, inscrição fraudulenta, uso de documento falso, oferecer vantagem ilícita em troca de voto e corrupção de menores - muitas das pessoas levadas à sessão eleitoral para a inscrição ou alteração do domicílio eleitoral eram menores de idade, diz a PF.

Coação de eleitores em Campos

Há ainda a uma Operação do Rio de Janeiro para investigar a coação de eleitores e compra de votos nas eleições municipais de Campos dos Goytacazes.

Agentes cumpriram três mandados de busca e apreensão contra suspeitos de guardar o dinheiro usado para a compra de votos. Os alvos também seriam responsáveis pela coação de eleitores para que votassem em um candidato a vereador do munícipio.

Segundo a PF, o inquérito teve início com a prisão de um candidato a vereador de Campos, suspeito de ter envolvimento com a morte de um cabo eleitoral.

Compra de votos em Sergipe

Já em Sergipe, a Operação Listagem mira um grupo que comprava votos. A casa de um investigado foi vasculhada na zona rural de Lagarto. A investigação teve início após denúncias sobre supostas movimentações suspeitas de compra de votos em um povoado do município.

Durante o inquérito, a PF encontrou listas de nomes de diversos eleitores indicando a organização do esquema de compra de votos.

Apoio de facção a candidato no RS

No Rio Grande do Sul, a Operação Integridade Eleitoral mira a interferência de facção criminosa no processo eleitoral da cidade de São Borja. A PF apura a cooptação de eleitores com a “distribuição de vantagens indevidas e a não declaração de gastos eleitorais”.

Agentes cumpriram 16 mandados de busca e apreensão - 11 de busca domiciliar e cinco de busca pessoal. As investigações identificaram suposto “apoio pessoal, material e financeiro de grupo criminoso atuante na região a candidato a cargo eletivo no município”.

Prisão em Mato Grosso por caixa 2

Nesta quarta, 2, a Polícia Federal prendeu, em Sinop, em Mato Grosso, uma coordenadora de campanha de um candidato a prefeito do município. Ela foi flagrada pagando R$ 2,5 mil em espécie para um eleitor. Foi enquadrada por caixa 2.

A prisão ocorreu quando os agentes cumpriam mandado de busca e apreensão em endereço ligado à campanha de um candidato a prefeito. O local – uma casa com uma placa de “aluga-se” e cortinas abaixadas - funcionava como um comitê não oficial de campanha.

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