A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira, 25, que não conseguiu identificar os membros do grupo de Telegram "Caçadores de ratos do STF" ou acessar as mensagens trocadas por eles no aplicativo.
Documento
As informações prestadas pela PFO delegado federal Fabio Alvarez Shor, responsável pela investigação, disse que o Telegram não forneceu o conteúdo que circulou no grupo.
O aplicativo de mensagens informou à PF que a estrutura técnica do seu sistema e sua política de privacidade impedem o acesso às mensagens.
O grupo foi criado pelo extremista Ivan Rejane. Ele foi preso preventivamente depois de divulgar vídeos com ameaças ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e aos ministros do Supremo Tribunal Federal e indicado por associação criminosa.
A descrição do grupo diz: "Grupo de pessoas dispostas a colocar pressão 24 horas em cima dos ratos do STF. Vamos caçar estes vagabundos em qualquer ligar que eles andem neste País. Sem violência física, mas com muita pressão moral. O objetivo é que os os vagabundos entreguem a toga".
A PF tentou ler as mensagens pelo celular de Rejane, que foi apreendido quando ele foi preso, mas o conteúdo havia sido apagado.
"Constatou-se que o aplicativo (app) de mensagens Telegram estava instalado no aparelho apreendido, entretanto, devido a alguma configuração no referido aplicativo, ou por algum comando manual do usuário do aparelho, ao se abrir o app verificou-se que os diálogos no Telegram não estavam disponíveis", diz o documento enviado ao STF.
As informações foram prestadas ao ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no STF, para "apreciação e demais providências que se entendam pertinentes".
O pedido para identificar os integrantes do grupo partiu da Procuradoria-Geral da República (PGR). O órgão disse que, sem a identificação dos aliados de Rejane, não seria possível "confirmar a existência de uma associação criminosa".