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PF indicia Silvinei e Anderson Torres por operações da PRF no segundo turno das eleições de 2022


Ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal e ex-ministro da Justiça são alvo de investigação sobre blitzes em estradas do Nordeste

Por Rayssa Motta
Atualização:

A Polícia Federal (PF) pediu nesta sexta-feira, 16, o indiciamento do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, na investigação sobre a atuação da corporação no segundo turno das eleições de 2022.

A conclusão foi a de que os dois usaram a corporação para impedir o deslocamento de eleitores na região Nordeste, reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e com isso tentar beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a PF, a conduta se enquadra no crime de violência política, descrito no Código Penal como “restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

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A pena, em caso de condenação, pode variar entre três e seis anos de reclusão.

Também foram indiciados quatro policiais federais que, na época, estavam cedidos ao Ministério da Justiça. São eles: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar.

O ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques (esq.), e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres (centro), em coletiva de imprensa sobre operação no segundo turno das eleições.  Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO
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O ex-diretor da PRF se aposentou em dezembro de 2022, aos 47 anos e no apagar das luzes do governo Jair Bolsonaro, em meio a uma série de investigações sobre sua atuação. Ele chegou a usar as redes sociais para pedir votos ao ex-presidente no segundo turno.

O ex-ministro da Justiça também enfrenta investigações sensíveis por suspeita de envolvimento em um plano golpista para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas eleições e de omissão no 8 de Janeiro.

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Os dois chegaram a ser presos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas tiveram as prisões preventivas revogadas e agora estão em liberdade com tornozeleira eletrônica.

O indiciamento não encerra a investigação. A PF pediu mais prazo para concluir os depoimentos e apresentar o relatório final do caso. Mas, na avaliação da Polícia Federal, as provas colhidas até o momento já são suficientes para o indiciamento. Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar os autos e decidir se há ou não elementos para oferecer denúncia.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

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A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-ministro Anderson Torres, que ainda não comentou o indiciamento, e busca contato com a defesa do ex-diretor da PRF e dos demais citados pela PF. O espaço está aberto para manifestação (rayssa.motta@estadao.com).

A Polícia Federal (PF) pediu nesta sexta-feira, 16, o indiciamento do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, na investigação sobre a atuação da corporação no segundo turno das eleições de 2022.

A conclusão foi a de que os dois usaram a corporação para impedir o deslocamento de eleitores na região Nordeste, reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e com isso tentar beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a PF, a conduta se enquadra no crime de violência política, descrito no Código Penal como “restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

A pena, em caso de condenação, pode variar entre três e seis anos de reclusão.

Também foram indiciados quatro policiais federais que, na época, estavam cedidos ao Ministério da Justiça. São eles: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar.

O ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques (esq.), e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres (centro), em coletiva de imprensa sobre operação no segundo turno das eleições.  Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O ex-diretor da PRF se aposentou em dezembro de 2022, aos 47 anos e no apagar das luzes do governo Jair Bolsonaro, em meio a uma série de investigações sobre sua atuação. Ele chegou a usar as redes sociais para pedir votos ao ex-presidente no segundo turno.

O ex-ministro da Justiça também enfrenta investigações sensíveis por suspeita de envolvimento em um plano golpista para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas eleições e de omissão no 8 de Janeiro.

Os dois chegaram a ser presos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas tiveram as prisões preventivas revogadas e agora estão em liberdade com tornozeleira eletrônica.

O indiciamento não encerra a investigação. A PF pediu mais prazo para concluir os depoimentos e apresentar o relatório final do caso. Mas, na avaliação da Polícia Federal, as provas colhidas até o momento já são suficientes para o indiciamento. Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar os autos e decidir se há ou não elementos para oferecer denúncia.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-ministro Anderson Torres, que ainda não comentou o indiciamento, e busca contato com a defesa do ex-diretor da PRF e dos demais citados pela PF. O espaço está aberto para manifestação (rayssa.motta@estadao.com).

A Polícia Federal (PF) pediu nesta sexta-feira, 16, o indiciamento do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasques, e do ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, na investigação sobre a atuação da corporação no segundo turno das eleições de 2022.

A conclusão foi a de que os dois usaram a corporação para impedir o deslocamento de eleitores na região Nordeste, reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e com isso tentar beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Segundo a PF, a conduta se enquadra no crime de violência política, descrito no Código Penal como “restringir, impedir ou dificultar, com emprego de violência física, sexual ou psicológica, o exercício de direitos políticos a qualquer pessoa em razão de seu sexo, raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”.

A pena, em caso de condenação, pode variar entre três e seis anos de reclusão.

Também foram indiciados quatro policiais federais que, na época, estavam cedidos ao Ministério da Justiça. São eles: Alfredo de Souza Lima Coelho Carrijo, Fernando de Sousa Oliveira, Leo Garrido de Salles Meira e Marília Ferreira de Alencar.

O ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques (esq.), e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres (centro), em coletiva de imprensa sobre operação no segundo turno das eleições.  Foto: WILTON JUNIOR / ESTADÃO

O ex-diretor da PRF se aposentou em dezembro de 2022, aos 47 anos e no apagar das luzes do governo Jair Bolsonaro, em meio a uma série de investigações sobre sua atuação. Ele chegou a usar as redes sociais para pedir votos ao ex-presidente no segundo turno.

O ex-ministro da Justiça também enfrenta investigações sensíveis por suspeita de envolvimento em um plano golpista para manter Bolsonaro no poder mesmo após a derrota nas eleições e de omissão no 8 de Janeiro.

Os dois chegaram a ser presos por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mas tiveram as prisões preventivas revogadas e agora estão em liberdade com tornozeleira eletrônica.

O indiciamento não encerra a investigação. A PF pediu mais prazo para concluir os depoimentos e apresentar o relatório final do caso. Mas, na avaliação da Polícia Federal, as provas colhidas até o momento já são suficientes para o indiciamento. Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) analisar os autos e decidir se há ou não elementos para oferecer denúncia.

COM A PALAVRA, AS DEFESAS

A reportagem entrou em contato com a defesa do ex-ministro Anderson Torres, que ainda não comentou o indiciamento, e busca contato com a defesa do ex-diretor da PRF e dos demais citados pela PF. O espaço está aberto para manifestação (rayssa.motta@estadao.com).

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