A Polícia Federal conduziu buscas nesta sexta, 17, na sede da Secretaria de Saúde de Cabo Frio (RJ) e no almoxarifado da prefeitura da cidade em busca de notas fiscais, documentos, computadores e equipamentos de proteção individual adquiridos pelo município para o combate do novo coronavírus.
A ação é desdobramento da Operação Exam, que mira fraudes em licitações e desvios de recursos públicos federais destinados contra a covid-19.
A primeira fase da operação foi deflagrada em junho, com apoio do Ministério Público Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), contra municípios da Região dos Lagos, no Rio de Janeiro, a capital fluminense e Serra, cidade no Espírito Santo. Ao todo, 28 alvos, incluindo residências, empresas e órgãos públicos, tiveram endereços vasculhados pela PF.
Um braço da Exam também mira contratos de aquisição e distribuição de remédios e licitações para realização de exames laboratoriais - essas apurações tiveram início em procedimentos da Procuradoria antes da pandemia. Ao todo, a Exam calcula prejuízo estimado de R$ 7 milhões aos cofres públicos.
COM A PALAVRA, A PREFEITURA DE CABO FRIO A reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Cabo Frio, que enviou a seguinte nota:
Na manhã desta sexta feira (17), uma equipe da Polícia Federal esteve na Secretaria Municipal de Saúde de Cabo Frio para cumprimento de mandado de busca é apreensão. Os policiais levaram amostras dos EPIs e documentos referentes a gestão municipal dos anos de 2016 e 2017.
Quando a Operação Exam foi deflagrada no mês passado, a gestão municipal informou que 'as denúncias têm como alvo principal contratos firmados na gestão anterior e que irá colaborar com toda e qualquer investigação. Esclarece ainda que preza pela transparência e toda informação sobre a verba federal destinada para o combate ao covid-19 é encaminhada para Câmara de Vereadores e órgãos competentes'.