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PF prende ex-bombeiro em operação sobre assassinato de Marielle e Anderson


Maxwell Simões Corrêa, o Suel, foi capturado em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes

Por Pepita Ortega e Rayanderson Guerra
Atualização:
A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO

A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira, 24, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, no bojo da primeira etapa ostensiva da investigação da corporação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O investigado foi capturado em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, por agentes da Operação Élpis.

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A prisão se dá após a investigação ser abastecida com a delação de um dos réus pelos homicídios, o ex-PM Élcio Queiroz. Segundo o ministro da Justiça Flávio Dino, o ex-policial confirmou sua participação no assassinato, assim como a de Ronnie Lessa (outro PM já réu no caso) e revelou o envolvimento de Maxwell no crime.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxell teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle, dando ‘apoio logístico de integração’ com os demais investigados. O chefe da corporação diz que o ex-bombeiro teve ‘papel importante’ no caso, tanto ‘antes como depois’. O preso nesta manhã teria ajudado na ocultação de provas - o carro usado no crime foi ‘picado’.

Maxwell já havia sido preso por suposto envolvimento com a morte de Marielle e Anderson. Em 2020, foi detido sob acusação de tentar obstruir as apurações. No ano seguinte, condenado em razão das mesmas imputações. O ex-bombeiro teria ajudado a ocultar as armas de um dos acusados dos assassinatos da vereadora e do motorista.

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Sete mandados de busca e apreensão e um de prisão foram cumpridos. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão o ex-bombeiro e sua esposa, Alessandra da Silva Farizote.

Os alvos:

  • Segundo as investigações, Alessandra e João Paulo Vianna dos Santos Soares, conhecido como “Gato do Mato”, que também foi alvo nesta segunda, seriam responsáveis por receberem e descartarem as armas do crime.
  • O irmão de Ronnie Lessa, Denis Lessa, é acusado de ter recebido os materiais usados no assassinato (arma do crime, touca, casaco, silenciador) no dia do crime. Ele teria feito ainda um pedido de táxi para a Barra da Tijuca no mesmo dia. Ele foi intimado e compareceu à sede da PF nesta segunda.
  • Edilson Barbosa dos Santos, o “Orelha”, teria sido o responsável receber o veículo usado no crime das mãos de Ronnie, Maxwell e Elcio. Ele ficou com a responsabilidade de destruir o carro.
  • Jomar Duarte Bittencourt Junior, o “Jomarzinho” e Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o “Mauricinho”, são investigados por vazarem informações e alertarem os responsáveis pelo crime.
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A ação se dá no âmbito de inquérito aberto em fevereiro, após requisição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A investigação conduzida pela PF se dá em parceria com as autoridades fluminenses.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Maxwell e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa.

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“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

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”A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

À época em que o inquérito foi aberto, a PF informou que investigaria “todas as circunstâncias” do crime. A portaria de instauração da investigação destacou que é atribuição da corporação “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme”.

O assassinato de Marielle e Gomes ocorreu em 2018, quando o carro em que ambos estavam foi alvejado por tiros na região central do Rio, após deixarem um evento do PSOL. Uma assessora sobreviveu ao atentado. Dois ex-policiais estão presos - Ronnie Lessa, PM reformado apontado como executor; e Élcio Queiroz, que seria o motorista do carro que perseguiu o veículo de Marielle e Anderson Gomes.

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COM A PALAVRA, SUEL

A reportagem busca contato com o ex-bombeiro preso. O espaço está aberto para manifestações.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO

A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira, 24, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, no bojo da primeira etapa ostensiva da investigação da corporação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O investigado foi capturado em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, por agentes da Operação Élpis.

A prisão se dá após a investigação ser abastecida com a delação de um dos réus pelos homicídios, o ex-PM Élcio Queiroz. Segundo o ministro da Justiça Flávio Dino, o ex-policial confirmou sua participação no assassinato, assim como a de Ronnie Lessa (outro PM já réu no caso) e revelou o envolvimento de Maxwell no crime.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxell teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle, dando ‘apoio logístico de integração’ com os demais investigados. O chefe da corporação diz que o ex-bombeiro teve ‘papel importante’ no caso, tanto ‘antes como depois’. O preso nesta manhã teria ajudado na ocultação de provas - o carro usado no crime foi ‘picado’.

Maxwell já havia sido preso por suposto envolvimento com a morte de Marielle e Anderson. Em 2020, foi detido sob acusação de tentar obstruir as apurações. No ano seguinte, condenado em razão das mesmas imputações. O ex-bombeiro teria ajudado a ocultar as armas de um dos acusados dos assassinatos da vereadora e do motorista.

Sete mandados de busca e apreensão e um de prisão foram cumpridos. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão o ex-bombeiro e sua esposa, Alessandra da Silva Farizote.

Os alvos:

  • Segundo as investigações, Alessandra e João Paulo Vianna dos Santos Soares, conhecido como “Gato do Mato”, que também foi alvo nesta segunda, seriam responsáveis por receberem e descartarem as armas do crime.
  • O irmão de Ronnie Lessa, Denis Lessa, é acusado de ter recebido os materiais usados no assassinato (arma do crime, touca, casaco, silenciador) no dia do crime. Ele teria feito ainda um pedido de táxi para a Barra da Tijuca no mesmo dia. Ele foi intimado e compareceu à sede da PF nesta segunda.
  • Edilson Barbosa dos Santos, o “Orelha”, teria sido o responsável receber o veículo usado no crime das mãos de Ronnie, Maxwell e Elcio. Ele ficou com a responsabilidade de destruir o carro.
  • Jomar Duarte Bittencourt Junior, o “Jomarzinho” e Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o “Mauricinho”, são investigados por vazarem informações e alertarem os responsáveis pelo crime.

A ação se dá no âmbito de inquérito aberto em fevereiro, após requisição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A investigação conduzida pela PF se dá em parceria com as autoridades fluminenses.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Maxwell e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa.

“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

”A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

À época em que o inquérito foi aberto, a PF informou que investigaria “todas as circunstâncias” do crime. A portaria de instauração da investigação destacou que é atribuição da corporação “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme”.

O assassinato de Marielle e Gomes ocorreu em 2018, quando o carro em que ambos estavam foi alvejado por tiros na região central do Rio, após deixarem um evento do PSOL. Uma assessora sobreviveu ao atentado. Dois ex-policiais estão presos - Ronnie Lessa, PM reformado apontado como executor; e Élcio Queiroz, que seria o motorista do carro que perseguiu o veículo de Marielle e Anderson Gomes.

COM A PALAVRA, SUEL

A reportagem busca contato com o ex-bombeiro preso. O espaço está aberto para manifestações.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO

A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira, 24, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, no bojo da primeira etapa ostensiva da investigação da corporação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O investigado foi capturado em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, por agentes da Operação Élpis.

A prisão se dá após a investigação ser abastecida com a delação de um dos réus pelos homicídios, o ex-PM Élcio Queiroz. Segundo o ministro da Justiça Flávio Dino, o ex-policial confirmou sua participação no assassinato, assim como a de Ronnie Lessa (outro PM já réu no caso) e revelou o envolvimento de Maxwell no crime.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxell teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle, dando ‘apoio logístico de integração’ com os demais investigados. O chefe da corporação diz que o ex-bombeiro teve ‘papel importante’ no caso, tanto ‘antes como depois’. O preso nesta manhã teria ajudado na ocultação de provas - o carro usado no crime foi ‘picado’.

Maxwell já havia sido preso por suposto envolvimento com a morte de Marielle e Anderson. Em 2020, foi detido sob acusação de tentar obstruir as apurações. No ano seguinte, condenado em razão das mesmas imputações. O ex-bombeiro teria ajudado a ocultar as armas de um dos acusados dos assassinatos da vereadora e do motorista.

Sete mandados de busca e apreensão e um de prisão foram cumpridos. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão o ex-bombeiro e sua esposa, Alessandra da Silva Farizote.

Os alvos:

  • Segundo as investigações, Alessandra e João Paulo Vianna dos Santos Soares, conhecido como “Gato do Mato”, que também foi alvo nesta segunda, seriam responsáveis por receberem e descartarem as armas do crime.
  • O irmão de Ronnie Lessa, Denis Lessa, é acusado de ter recebido os materiais usados no assassinato (arma do crime, touca, casaco, silenciador) no dia do crime. Ele teria feito ainda um pedido de táxi para a Barra da Tijuca no mesmo dia. Ele foi intimado e compareceu à sede da PF nesta segunda.
  • Edilson Barbosa dos Santos, o “Orelha”, teria sido o responsável receber o veículo usado no crime das mãos de Ronnie, Maxwell e Elcio. Ele ficou com a responsabilidade de destruir o carro.
  • Jomar Duarte Bittencourt Junior, o “Jomarzinho” e Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o “Mauricinho”, são investigados por vazarem informações e alertarem os responsáveis pelo crime.

A ação se dá no âmbito de inquérito aberto em fevereiro, após requisição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A investigação conduzida pela PF se dá em parceria com as autoridades fluminenses.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Maxwell e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa.

“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

”A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

À época em que o inquérito foi aberto, a PF informou que investigaria “todas as circunstâncias” do crime. A portaria de instauração da investigação destacou que é atribuição da corporação “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme”.

O assassinato de Marielle e Gomes ocorreu em 2018, quando o carro em que ambos estavam foi alvejado por tiros na região central do Rio, após deixarem um evento do PSOL. Uma assessora sobreviveu ao atentado. Dois ex-policiais estão presos - Ronnie Lessa, PM reformado apontado como executor; e Élcio Queiroz, que seria o motorista do carro que perseguiu o veículo de Marielle e Anderson Gomes.

COM A PALAVRA, SUEL

A reportagem busca contato com o ex-bombeiro preso. O espaço está aberto para manifestações.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO

A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira, 24, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, no bojo da primeira etapa ostensiva da investigação da corporação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O investigado foi capturado em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, por agentes da Operação Élpis.

A prisão se dá após a investigação ser abastecida com a delação de um dos réus pelos homicídios, o ex-PM Élcio Queiroz. Segundo o ministro da Justiça Flávio Dino, o ex-policial confirmou sua participação no assassinato, assim como a de Ronnie Lessa (outro PM já réu no caso) e revelou o envolvimento de Maxwell no crime.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxell teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle, dando ‘apoio logístico de integração’ com os demais investigados. O chefe da corporação diz que o ex-bombeiro teve ‘papel importante’ no caso, tanto ‘antes como depois’. O preso nesta manhã teria ajudado na ocultação de provas - o carro usado no crime foi ‘picado’.

Maxwell já havia sido preso por suposto envolvimento com a morte de Marielle e Anderson. Em 2020, foi detido sob acusação de tentar obstruir as apurações. No ano seguinte, condenado em razão das mesmas imputações. O ex-bombeiro teria ajudado a ocultar as armas de um dos acusados dos assassinatos da vereadora e do motorista.

Sete mandados de busca e apreensão e um de prisão foram cumpridos. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão o ex-bombeiro e sua esposa, Alessandra da Silva Farizote.

Os alvos:

  • Segundo as investigações, Alessandra e João Paulo Vianna dos Santos Soares, conhecido como “Gato do Mato”, que também foi alvo nesta segunda, seriam responsáveis por receberem e descartarem as armas do crime.
  • O irmão de Ronnie Lessa, Denis Lessa, é acusado de ter recebido os materiais usados no assassinato (arma do crime, touca, casaco, silenciador) no dia do crime. Ele teria feito ainda um pedido de táxi para a Barra da Tijuca no mesmo dia. Ele foi intimado e compareceu à sede da PF nesta segunda.
  • Edilson Barbosa dos Santos, o “Orelha”, teria sido o responsável receber o veículo usado no crime das mãos de Ronnie, Maxwell e Elcio. Ele ficou com a responsabilidade de destruir o carro.
  • Jomar Duarte Bittencourt Junior, o “Jomarzinho” e Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o “Mauricinho”, são investigados por vazarem informações e alertarem os responsáveis pelo crime.

A ação se dá no âmbito de inquérito aberto em fevereiro, após requisição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A investigação conduzida pela PF se dá em parceria com as autoridades fluminenses.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Maxwell e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa.

“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

”A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

À época em que o inquérito foi aberto, a PF informou que investigaria “todas as circunstâncias” do crime. A portaria de instauração da investigação destacou que é atribuição da corporação “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme”.

O assassinato de Marielle e Gomes ocorreu em 2018, quando o carro em que ambos estavam foi alvejado por tiros na região central do Rio, após deixarem um evento do PSOL. Uma assessora sobreviveu ao atentado. Dois ex-policiais estão presos - Ronnie Lessa, PM reformado apontado como executor; e Élcio Queiroz, que seria o motorista do carro que perseguiu o veículo de Marielle e Anderson Gomes.

COM A PALAVRA, SUEL

A reportagem busca contato com o ex-bombeiro preso. O espaço está aberto para manifestações.

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prenderam nesta segunda-feira (24) o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, na Operação Élpis, primeira fase da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, além da tentativa de homicídio da assessora Fernanda Chaves. Foto: REPRODUÇÃO / TV GLOBO

A Polícia Federal prendeu na manhã desta segunda-feira, 24, o ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel, no bojo da primeira etapa ostensiva da investigação da corporação sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018. O investigado foi capturado em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, por agentes da Operação Élpis.

A prisão se dá após a investigação ser abastecida com a delação de um dos réus pelos homicídios, o ex-PM Élcio Queiroz. Segundo o ministro da Justiça Flávio Dino, o ex-policial confirmou sua participação no assassinato, assim como a de Ronnie Lessa (outro PM já réu no caso) e revelou o envolvimento de Maxwell no crime.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, Maxell teria participado de ações de vigilância e acompanhamento de Marielle, dando ‘apoio logístico de integração’ com os demais investigados. O chefe da corporação diz que o ex-bombeiro teve ‘papel importante’ no caso, tanto ‘antes como depois’. O preso nesta manhã teria ajudado na ocultação de provas - o carro usado no crime foi ‘picado’.

Maxwell já havia sido preso por suposto envolvimento com a morte de Marielle e Anderson. Em 2020, foi detido sob acusação de tentar obstruir as apurações. No ano seguinte, condenado em razão das mesmas imputações. O ex-bombeiro teria ajudado a ocultar as armas de um dos acusados dos assassinatos da vereadora e do motorista.

Sete mandados de busca e apreensão e um de prisão foram cumpridos. Entre os alvos dos mandados de busca e apreensão estão o ex-bombeiro e sua esposa, Alessandra da Silva Farizote.

Os alvos:

  • Segundo as investigações, Alessandra e João Paulo Vianna dos Santos Soares, conhecido como “Gato do Mato”, que também foi alvo nesta segunda, seriam responsáveis por receberem e descartarem as armas do crime.
  • O irmão de Ronnie Lessa, Denis Lessa, é acusado de ter recebido os materiais usados no assassinato (arma do crime, touca, casaco, silenciador) no dia do crime. Ele teria feito ainda um pedido de táxi para a Barra da Tijuca no mesmo dia. Ele foi intimado e compareceu à sede da PF nesta segunda.
  • Edilson Barbosa dos Santos, o “Orelha”, teria sido o responsável receber o veículo usado no crime das mãos de Ronnie, Maxwell e Elcio. Ele ficou com a responsabilidade de destruir o carro.
  • Jomar Duarte Bittencourt Junior, o “Jomarzinho” e Maurício da Conceição dos Santos Júnior, o “Mauricinho”, são investigados por vazarem informações e alertarem os responsáveis pelo crime.

A ação se dá no âmbito de inquérito aberto em fevereiro, após requisição do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A investigação conduzida pela PF se dá em parceria com as autoridades fluminenses.

Envolvimento com milicianos

Segundo o magistrado, Maxwell e Ronnie Lessa foram enviados para um presídio federal, dentre outros motivos, por envolvimento com milicianos e agentes policiais da ativa.

“Os Corréus já pronunciados foram enviados a presídio federal porque, dentre outros motivos, teriam envolvimento com milicianos, possuindo vínculos de amizade com agentes policiais da ativa, suspeitos de atividades ilícitas, sendo a medida vital à segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A decisão foi confirmada pelas instâncias superiores. O alegado vínculo do ora denunciado com os Corréus, como analisado nos itens acima, indica que, pelos mesmos motivos, a transferência dele também se revela, em princípio, imprescindível”, diz.

‘Gatonet’

Ao autorizar a prisão do ex-bombeiro, Kalil diz que o “acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas” e também que “haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, na Zona Norte do Rio.

”A informação de Polícia Judiciária 1/2023 da Polícia Federal indica que o Acusado ostentaria patrimônio incompatível com suas receitas. Além do que, como já referido, haveria indícios de que integraria organização criminosa armada para exploração de “gatonet” em Rocha Miranda”, diz na decisão.

À época em que o inquérito foi aberto, a PF informou que investigaria “todas as circunstâncias” do crime. A portaria de instauração da investigação destacou que é atribuição da corporação “apurar infrações penais contra a ordem política e social ou em detrimento de bens, serviços e interesses da União ou de suas entidades autárquicas e empresas públicas, assim como outras infrações cuja prática tenha repercussão interestadual ou internacional e exija repressão uniforme”.

O assassinato de Marielle e Gomes ocorreu em 2018, quando o carro em que ambos estavam foi alvejado por tiros na região central do Rio, após deixarem um evento do PSOL. Uma assessora sobreviveu ao atentado. Dois ex-policiais estão presos - Ronnie Lessa, PM reformado apontado como executor; e Élcio Queiroz, que seria o motorista do carro que perseguiu o veículo de Marielle e Anderson Gomes.

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