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PF realiza busca e apreensão na casa de ex-presidente do Postalis


Responsável pelo fundo de pensão entre 2006 e 2012, Alexej Predtechensky, conhecido como Russo, foi citado em delação premiada

Por Fabio Serapião e Julia Affonso
Alexej Predtechensky, ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos Correios. FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADÃO Foto: Estadão

O ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky é um dos alvos de mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Pausare. Responsável pelo fundo de pensão entre 2006 e 2012, o executivo, conhecido como Russo, é visto como apadrinhado político do ex-ministro de Minas e Energia e atual senador Edison Lobão (PMDB-MA).

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O empresário Milton Lyra, apontado como operador do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também é um dos alvos de busca e apreensão.

O Estado revelou em novembro de 2017 que o empresário Paulo Roberto Gazani Júnior, investigado na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, afirmou em acordo de colaboração premiada que Predtechensky pediu propina de 3% na negociação de uma operação de debêntures de R$ 75 milhões. À época, Predtechensky apontava a necessidade de honrar "compromissos" com seus padrinhos políticos do PMDB.

No termo de colaboração, Gazani diz que o ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, não deixou claro quem do PMDB era o responsável por sua indicação para o posto. Predtechensky já foi sócio de um dos filhos do senador Edison Lobão, Márcio Lobão, em uma empresa que fechou há alguns anos. O peemedebista nega a indicação política.

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Gazani Júnior também afirmou na delação que até uma igreja foi utilizada para mascarar suposto pagamento de propina para Predtchensky. Segundo o empresário, foram repassados R$ 715 mil ao ex-presidente do Postalis por meio de uma falsa doação para a Associação Religiosa Igreja da Suprema Graça.

A propina, neste caso, teria sido acertada entre o delator e o próprio Predtechensky, na sala da presidência do Postalis, em Brasília. O valor definido na negociação representava 1,5% de comissão sobre o investimento a ser feito pelo fundo de pensão em um banco.

Histórico. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou, em outubro de 2017, a intervenção na entidade que tem 140 mil participantes.

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O Postalis é o maior fundo de pensão brasileiro em número de participantes e responsável por administrar um patrimônio de R$ 8,77 bilhões. Até o fim de 2015, o plano de benefício definido do fundo (um tipo de plano mais antigo, que foi suspenso a novos participantes, em que o benefício era previamente estipulado, independentemente da evolução das contribuições) acumulava rombo de R$ 7,2 bilhões. No ano passado, o plano voltou a ter déficit, de R$ 1,1 bilhão.

Boa parte do rombo é consequência de maus investimentos, como papéis atrelados à dívida da Argentina e da Venezuela a aplicações em títulos de bancos liquidados (Cruzeiro do Sul e BVA) e ações de empresas de Eike Batista.

A reportagem está tentando contato com o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky. O espaço está aberto para manifestação.

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COM A PALAVRA, MILTON LYRA

Nota de esclarecimento

Milton Lyra não é e nunca foi intermediário de qualquer repasse a congressistas. Tampouco teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis. O empresário é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações das quais tem sido vítima.

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Assessoria de imprensa do empresário Milton Lyra

Alexej Predtechensky, ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos Correios. FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADÃO Foto: Estadão

O ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky é um dos alvos de mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Pausare. Responsável pelo fundo de pensão entre 2006 e 2012, o executivo, conhecido como Russo, é visto como apadrinhado político do ex-ministro de Minas e Energia e atual senador Edison Lobão (PMDB-MA).

O empresário Milton Lyra, apontado como operador do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também é um dos alvos de busca e apreensão.

O Estado revelou em novembro de 2017 que o empresário Paulo Roberto Gazani Júnior, investigado na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, afirmou em acordo de colaboração premiada que Predtechensky pediu propina de 3% na negociação de uma operação de debêntures de R$ 75 milhões. À época, Predtechensky apontava a necessidade de honrar "compromissos" com seus padrinhos políticos do PMDB.

No termo de colaboração, Gazani diz que o ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, não deixou claro quem do PMDB era o responsável por sua indicação para o posto. Predtechensky já foi sócio de um dos filhos do senador Edison Lobão, Márcio Lobão, em uma empresa que fechou há alguns anos. O peemedebista nega a indicação política.

Gazani Júnior também afirmou na delação que até uma igreja foi utilizada para mascarar suposto pagamento de propina para Predtchensky. Segundo o empresário, foram repassados R$ 715 mil ao ex-presidente do Postalis por meio de uma falsa doação para a Associação Religiosa Igreja da Suprema Graça.

A propina, neste caso, teria sido acertada entre o delator e o próprio Predtechensky, na sala da presidência do Postalis, em Brasília. O valor definido na negociação representava 1,5% de comissão sobre o investimento a ser feito pelo fundo de pensão em um banco.

Histórico. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou, em outubro de 2017, a intervenção na entidade que tem 140 mil participantes.

O Postalis é o maior fundo de pensão brasileiro em número de participantes e responsável por administrar um patrimônio de R$ 8,77 bilhões. Até o fim de 2015, o plano de benefício definido do fundo (um tipo de plano mais antigo, que foi suspenso a novos participantes, em que o benefício era previamente estipulado, independentemente da evolução das contribuições) acumulava rombo de R$ 7,2 bilhões. No ano passado, o plano voltou a ter déficit, de R$ 1,1 bilhão.

Boa parte do rombo é consequência de maus investimentos, como papéis atrelados à dívida da Argentina e da Venezuela a aplicações em títulos de bancos liquidados (Cruzeiro do Sul e BVA) e ações de empresas de Eike Batista.

A reportagem está tentando contato com o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, MILTON LYRA

Nota de esclarecimento

Milton Lyra não é e nunca foi intermediário de qualquer repasse a congressistas. Tampouco teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis. O empresário é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações das quais tem sido vítima.

Assessoria de imprensa do empresário Milton Lyra

Alexej Predtechensky, ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos Correios. FOTO: ANDRE DUSEK/ESTADÃO Foto: Estadão

O ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky é um dos alvos de mandado de busca e apreensão no âmbito da Operação Pausare. Responsável pelo fundo de pensão entre 2006 e 2012, o executivo, conhecido como Russo, é visto como apadrinhado político do ex-ministro de Minas e Energia e atual senador Edison Lobão (PMDB-MA).

O empresário Milton Lyra, apontado como operador do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), também é um dos alvos de busca e apreensão.

O Estado revelou em novembro de 2017 que o empresário Paulo Roberto Gazani Júnior, investigado na Operação Custo Brasil, desdobramento da Lava Jato, afirmou em acordo de colaboração premiada que Predtechensky pediu propina de 3% na negociação de uma operação de debêntures de R$ 75 milhões. À época, Predtechensky apontava a necessidade de honrar "compromissos" com seus padrinhos políticos do PMDB.

No termo de colaboração, Gazani diz que o ex-presidente do Postalis, fundo de pensão dos funcionários dos Correios, não deixou claro quem do PMDB era o responsável por sua indicação para o posto. Predtechensky já foi sócio de um dos filhos do senador Edison Lobão, Márcio Lobão, em uma empresa que fechou há alguns anos. O peemedebista nega a indicação política.

Gazani Júnior também afirmou na delação que até uma igreja foi utilizada para mascarar suposto pagamento de propina para Predtchensky. Segundo o empresário, foram repassados R$ 715 mil ao ex-presidente do Postalis por meio de uma falsa doação para a Associação Religiosa Igreja da Suprema Graça.

A propina, neste caso, teria sido acertada entre o delator e o próprio Predtechensky, na sala da presidência do Postalis, em Brasília. O valor definido na negociação representava 1,5% de comissão sobre o investimento a ser feito pelo fundo de pensão em um banco.

Histórico. A Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) decretou, em outubro de 2017, a intervenção na entidade que tem 140 mil participantes.

O Postalis é o maior fundo de pensão brasileiro em número de participantes e responsável por administrar um patrimônio de R$ 8,77 bilhões. Até o fim de 2015, o plano de benefício definido do fundo (um tipo de plano mais antigo, que foi suspenso a novos participantes, em que o benefício era previamente estipulado, independentemente da evolução das contribuições) acumulava rombo de R$ 7,2 bilhões. No ano passado, o plano voltou a ter déficit, de R$ 1,1 bilhão.

Boa parte do rombo é consequência de maus investimentos, como papéis atrelados à dívida da Argentina e da Venezuela a aplicações em títulos de bancos liquidados (Cruzeiro do Sul e BVA) e ações de empresas de Eike Batista.

A reportagem está tentando contato com o ex-presidente do Postalis Alexej Predtechensky. O espaço está aberto para manifestação.

COM A PALAVRA, MILTON LYRA

Nota de esclarecimento

Milton Lyra não é e nunca foi intermediário de qualquer repasse a congressistas. Tampouco teve qualquer tipo de negócio com o fundo Postalis. O empresário é o principal interessado na conclusão das investigações, para o que colabora integralmente no esclarecimento das falsas acusações das quais tem sido vítima.

Assessoria de imprensa do empresário Milton Lyra

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