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PF vê ‘dano irreparável’ e pede que ministra prorrogue por 180 dias restrições a Gladson Cameli


Medidas cautelares também atingem 31 servidores e empresas investigadas na Operação Ptolomeu, que põe governador do Acre sob suspeita de corrupção

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Gladson Cameli é investigado na Operação Ptolomeu. Foto: Diego Gurgel/Governo do Acre

A Polícia Federal (PF) pediu à ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que prorrogue por mais 180 dias as medidas cautelares que atingem o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), e outros investigados na Operação Ptolomeu.

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São cinco medidas cautelares prestes a vencer:

  • 31 servidores afastados;
  • 15 empresas suspensas;
  • 57 pessoas proibidas de acessar órgãos públicos;
  • 57 investigados proibidos de manter contato entre si e com testemunhas;
  • 57 pessoas foram proibidas de sair do Brasil e tiveram que entregar os passaportes.

A PF afirma que, se as cautelares não forem renovadas, há risco de ‘dano irreparável’ ao inquérito. “Os investigados estarão aptos a praticar uma série de atos que colocam em potencial risco a apuração policial”, argumenta a corporação.

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O delegado Pedro Henrique do Monte Miranda argumenta que os investigados poderão coagir testemunhas, combinar versões entre si e acessar órgãos públicos. Já as empresas suspeitas de terem causado prejuízos milionários estarão livres para voltar a participar de licitações e contratos públicos.

“Tais medidas são recomendáveis, inclusive, em substituição à medida mais extrema de prisão preventiva dos investigados”, segue o delegado.

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Ao autorizar as medidas cautelares, a ministra Nancy Andrighi fixou prazo inicial de 90 dias, mas deixou claro que elas poderiam ser prorrogadas se a PF visse necessidade.

“Diante da complexidade e verticalidade da investigação, faz-se necessária tal prorrogação, sob pena de risco à ordem pública (afastamento do cargo e suspensão de atividade econômica), por conveniência da instrução criminal (proibição de acesso à órgãos públicos e proibição de contato entre investigados) e para assegurar a futura e eventual aplicação da lei penal (entrega de passaportes)”, diz outro trecho da representação da PF.

A Operação Ptolomeu investiga crimes de organização criminosa, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e peculato.

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A PF afirma ter descoberto desvios em setores sensíveis do Governo do Acre, como Saúde e Educação, e em áreas estratégicas, como Infraestrutura, frequentemente cooptada em esquemas de corrupção por causa das obras vultuosas.

Além de Gladson Cameli, familiares do governador, servidores e empresários também são investigados. Os desvios, segundo o cálculo parcial dos investigadores, podem chegar a mais de R$ 16,3 milhões.

COM A PALAVRA, GLADSON

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O governador nega irregularidades. Quando a fase mais recente da Operação Ptolomeu foi deflagrada, em março, por meio de sua assessoria, ele rechaçou os crimes que a Polícia Federal lhe atribui. Em nota divulgada na ocasião, Gladson Camelli alegou:

“Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido;

Mais uma vez, o governador se coloca à disposição das autoridades, colaborando com mais essa etapa das investigações;

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O governador reafirma o seu apoio e confiança na Justiça, para que a verdade sempre prevaleça.”

Gladson Cameli é investigado na Operação Ptolomeu. Foto: Diego Gurgel/Governo do Acre

A Polícia Federal (PF) pediu à ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que prorrogue por mais 180 dias as medidas cautelares que atingem o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), e outros investigados na Operação Ptolomeu.

São cinco medidas cautelares prestes a vencer:

  • 31 servidores afastados;
  • 15 empresas suspensas;
  • 57 pessoas proibidas de acessar órgãos públicos;
  • 57 investigados proibidos de manter contato entre si e com testemunhas;
  • 57 pessoas foram proibidas de sair do Brasil e tiveram que entregar os passaportes.

A PF afirma que, se as cautelares não forem renovadas, há risco de ‘dano irreparável’ ao inquérito. “Os investigados estarão aptos a praticar uma série de atos que colocam em potencial risco a apuração policial”, argumenta a corporação.

O delegado Pedro Henrique do Monte Miranda argumenta que os investigados poderão coagir testemunhas, combinar versões entre si e acessar órgãos públicos. Já as empresas suspeitas de terem causado prejuízos milionários estarão livres para voltar a participar de licitações e contratos públicos.

“Tais medidas são recomendáveis, inclusive, em substituição à medida mais extrema de prisão preventiva dos investigados”, segue o delegado.

Ao autorizar as medidas cautelares, a ministra Nancy Andrighi fixou prazo inicial de 90 dias, mas deixou claro que elas poderiam ser prorrogadas se a PF visse necessidade.

“Diante da complexidade e verticalidade da investigação, faz-se necessária tal prorrogação, sob pena de risco à ordem pública (afastamento do cargo e suspensão de atividade econômica), por conveniência da instrução criminal (proibição de acesso à órgãos públicos e proibição de contato entre investigados) e para assegurar a futura e eventual aplicação da lei penal (entrega de passaportes)”, diz outro trecho da representação da PF.

A Operação Ptolomeu investiga crimes de organização criminosa, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e peculato.

A PF afirma ter descoberto desvios em setores sensíveis do Governo do Acre, como Saúde e Educação, e em áreas estratégicas, como Infraestrutura, frequentemente cooptada em esquemas de corrupção por causa das obras vultuosas.

Além de Gladson Cameli, familiares do governador, servidores e empresários também são investigados. Os desvios, segundo o cálculo parcial dos investigadores, podem chegar a mais de R$ 16,3 milhões.

COM A PALAVRA, GLADSON

O governador nega irregularidades. Quando a fase mais recente da Operação Ptolomeu foi deflagrada, em março, por meio de sua assessoria, ele rechaçou os crimes que a Polícia Federal lhe atribui. Em nota divulgada na ocasião, Gladson Camelli alegou:

“Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido;

Mais uma vez, o governador se coloca à disposição das autoridades, colaborando com mais essa etapa das investigações;

O governador reafirma o seu apoio e confiança na Justiça, para que a verdade sempre prevaleça.”

Gladson Cameli é investigado na Operação Ptolomeu. Foto: Diego Gurgel/Governo do Acre

A Polícia Federal (PF) pediu à ministra Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que prorrogue por mais 180 dias as medidas cautelares que atingem o governador do Acre, Gladson Cameli (PP), e outros investigados na Operação Ptolomeu.

São cinco medidas cautelares prestes a vencer:

  • 31 servidores afastados;
  • 15 empresas suspensas;
  • 57 pessoas proibidas de acessar órgãos públicos;
  • 57 investigados proibidos de manter contato entre si e com testemunhas;
  • 57 pessoas foram proibidas de sair do Brasil e tiveram que entregar os passaportes.

A PF afirma que, se as cautelares não forem renovadas, há risco de ‘dano irreparável’ ao inquérito. “Os investigados estarão aptos a praticar uma série de atos que colocam em potencial risco a apuração policial”, argumenta a corporação.

O delegado Pedro Henrique do Monte Miranda argumenta que os investigados poderão coagir testemunhas, combinar versões entre si e acessar órgãos públicos. Já as empresas suspeitas de terem causado prejuízos milionários estarão livres para voltar a participar de licitações e contratos públicos.

“Tais medidas são recomendáveis, inclusive, em substituição à medida mais extrema de prisão preventiva dos investigados”, segue o delegado.

Ao autorizar as medidas cautelares, a ministra Nancy Andrighi fixou prazo inicial de 90 dias, mas deixou claro que elas poderiam ser prorrogadas se a PF visse necessidade.

“Diante da complexidade e verticalidade da investigação, faz-se necessária tal prorrogação, sob pena de risco à ordem pública (afastamento do cargo e suspensão de atividade econômica), por conveniência da instrução criminal (proibição de acesso à órgãos públicos e proibição de contato entre investigados) e para assegurar a futura e eventual aplicação da lei penal (entrega de passaportes)”, diz outro trecho da representação da PF.

A Operação Ptolomeu investiga crimes de organização criminosa, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e peculato.

A PF afirma ter descoberto desvios em setores sensíveis do Governo do Acre, como Saúde e Educação, e em áreas estratégicas, como Infraestrutura, frequentemente cooptada em esquemas de corrupção por causa das obras vultuosas.

Além de Gladson Cameli, familiares do governador, servidores e empresários também são investigados. Os desvios, segundo o cálculo parcial dos investigadores, podem chegar a mais de R$ 16,3 milhões.

COM A PALAVRA, GLADSON

O governador nega irregularidades. Quando a fase mais recente da Operação Ptolomeu foi deflagrada, em março, por meio de sua assessoria, ele rechaçou os crimes que a Polícia Federal lhe atribui. Em nota divulgada na ocasião, Gladson Camelli alegou:

“Com o andamento do processo, o governador confia que tudo será apurado e esclarecido;

Mais uma vez, o governador se coloca à disposição das autoridades, colaborando com mais essa etapa das investigações;

O governador reafirma o seu apoio e confiança na Justiça, para que a verdade sempre prevaleça.”

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