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PF vê tentativa de obstrução do governador do Acre, que decretou ponto facultativo em dia de operação, e de assessores que esconderam celular; veja vídeo


Aparelho passou pela mão de cinco funcionários de Gladson Cameli até ser levado para fora de hotel onde policiais federais faziam buscas na primeira fase da Operação Ptolomeu

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Gladson Cameli é o principal investigado na Operação Ptolomeu.  Foto: Diego Gurgel/Governo do Acre

Câmeras de segurança de um hotel em Cruzeiro do Sul, município a 636 quilômetros de Rio Branco, no Acre, mostram o momento em que assessores do governador do Estado, Gladson Cameli (PP), escondem um celular para evitar que ele fosse apreendido durante buscas feitas pela Polícia Federal na primeira fase da Operação Ptolomeu. A equipe estava na cidade para acompanhar o governador em agenda.

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Documento

Leia o inquérito

Uma das funcionárias flagradas na gravação é Rosângela Gama, a chefe de gabinete de Cameli, que foi presa na segunda etapa ostensiva da investigação, no último dia 16, justamente pela tentativa de obstrução do trabalho da PF. Ela também está afastada da função por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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O vídeo mostra o celular passando pelas mãos de cinco pessoas até ser levado para fora do hotel. Assista:

Essa pode não ter sido a única tentativa de dificultar o trabalho da Polícia Federal. Os investigadores desconfiam que o governador tenha agido para prejudicar a Operação Dose de Valores, que foi aberta em junho do ano passado e acabou arrastando Cameli para o centro das suspeitas de irregularidades apuradas na Operação Ptolomeu. A suspeita é que a ação tenha sido vazada, o que teria permitido ao Executivo decretar ponto facultativo justamente no dia em que a PF cumpriria mandados de busca e apreensão. Na ocasião, a justificativa da medida foi a redução da circulação em razão da pandemia, mas onze dias depois o governo autorizou a reabertura do comércio.

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"O ponto facultativo trouxe prejuízos reais à investigação, vez que muitos dos locais de buscas estavam fechados e sem a presença de servidores para auxiliar os policiais na identificação e separação de documentos", escreveu a Polícia Federal em documento enviado ao STJ."Tais circunstâncias permitem cogitar que a determinação de ponto facultativo tivesse o objetivo real de prejudicar as investigações."

A investigação da Operação Ptolomeu mira indícios de um suposto esquema de propinas em troca do direcionamento de licitações, contratações superfaturadas e a confirmação de recebimento de mercadorias não entregues e de serviços não prestados na área da Saúde e em obras públicas. Após ter acesso ao vídeo, a PF também abriu um inquérito específico para apurar se os assessores cometeram crime de obstrução de investigação de organização criminosa.

COM A PALAVRA, OS ADVOGADOS TICIANO FIGUEIREDO E PEDRO IVO VELLOSO, QUE DEFENDEM O GOVERNADOR 

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"A investigação é um emaranhado de assuntos desconexos. De um lado, tentam, em vão, criar um vínculo espúrio entre o governador e contratações lícitas realizadas pelo Estado. De outro lado, esmeram-se em levantar suspeitas sobre as finanças do governador. Apenas suspeitas são lançadas, nenhuma imputação de crime é realizada. São apenas ilações desconexas que, com o devido respeito, não poderiam justificar a realização de medidas invasivas como a busca e apreensão e o bloqueio de bens.

Todas as suas movimentações financeiras são lícitas e o seu patrimônio tem origem conhecida, seja no âmbito privado, seja na renda auferida em razão das funções públicas ocupadas.

Em razão disso, a defesa do Governador Gladson Cameli irá apresentar o recurso cabível e confia que a decisão será objeto de revisão. Apesar de discordar veementemente do que consta na investigação, a defesa vem expressar que confia plenamente no Poder Judiciário e nas instituições republicanas."

Gladson Cameli é o principal investigado na Operação Ptolomeu.  Foto: Diego Gurgel/Governo do Acre

Câmeras de segurança de um hotel em Cruzeiro do Sul, município a 636 quilômetros de Rio Branco, no Acre, mostram o momento em que assessores do governador do Estado, Gladson Cameli (PP), escondem um celular para evitar que ele fosse apreendido durante buscas feitas pela Polícia Federal na primeira fase da Operação Ptolomeu. A equipe estava na cidade para acompanhar o governador em agenda.

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Uma das funcionárias flagradas na gravação é Rosângela Gama, a chefe de gabinete de Cameli, que foi presa na segunda etapa ostensiva da investigação, no último dia 16, justamente pela tentativa de obstrução do trabalho da PF. Ela também está afastada da função por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O vídeo mostra o celular passando pelas mãos de cinco pessoas até ser levado para fora do hotel. Assista:

Essa pode não ter sido a única tentativa de dificultar o trabalho da Polícia Federal. Os investigadores desconfiam que o governador tenha agido para prejudicar a Operação Dose de Valores, que foi aberta em junho do ano passado e acabou arrastando Cameli para o centro das suspeitas de irregularidades apuradas na Operação Ptolomeu. A suspeita é que a ação tenha sido vazada, o que teria permitido ao Executivo decretar ponto facultativo justamente no dia em que a PF cumpriria mandados de busca e apreensão. Na ocasião, a justificativa da medida foi a redução da circulação em razão da pandemia, mas onze dias depois o governo autorizou a reabertura do comércio.

"O ponto facultativo trouxe prejuízos reais à investigação, vez que muitos dos locais de buscas estavam fechados e sem a presença de servidores para auxiliar os policiais na identificação e separação de documentos", escreveu a Polícia Federal em documento enviado ao STJ."Tais circunstâncias permitem cogitar que a determinação de ponto facultativo tivesse o objetivo real de prejudicar as investigações."

A investigação da Operação Ptolomeu mira indícios de um suposto esquema de propinas em troca do direcionamento de licitações, contratações superfaturadas e a confirmação de recebimento de mercadorias não entregues e de serviços não prestados na área da Saúde e em obras públicas. Após ter acesso ao vídeo, a PF também abriu um inquérito específico para apurar se os assessores cometeram crime de obstrução de investigação de organização criminosa.

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"A investigação é um emaranhado de assuntos desconexos. De um lado, tentam, em vão, criar um vínculo espúrio entre o governador e contratações lícitas realizadas pelo Estado. De outro lado, esmeram-se em levantar suspeitas sobre as finanças do governador. Apenas suspeitas são lançadas, nenhuma imputação de crime é realizada. São apenas ilações desconexas que, com o devido respeito, não poderiam justificar a realização de medidas invasivas como a busca e apreensão e o bloqueio de bens.

Todas as suas movimentações financeiras são lícitas e o seu patrimônio tem origem conhecida, seja no âmbito privado, seja na renda auferida em razão das funções públicas ocupadas.

Em razão disso, a defesa do Governador Gladson Cameli irá apresentar o recurso cabível e confia que a decisão será objeto de revisão. Apesar de discordar veementemente do que consta na investigação, a defesa vem expressar que confia plenamente no Poder Judiciário e nas instituições republicanas."

Gladson Cameli é o principal investigado na Operação Ptolomeu.  Foto: Diego Gurgel/Governo do Acre

Câmeras de segurança de um hotel em Cruzeiro do Sul, município a 636 quilômetros de Rio Branco, no Acre, mostram o momento em que assessores do governador do Estado, Gladson Cameli (PP), escondem um celular para evitar que ele fosse apreendido durante buscas feitas pela Polícia Federal na primeira fase da Operação Ptolomeu. A equipe estava na cidade para acompanhar o governador em agenda.

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Uma das funcionárias flagradas na gravação é Rosângela Gama, a chefe de gabinete de Cameli, que foi presa na segunda etapa ostensiva da investigação, no último dia 16, justamente pela tentativa de obstrução do trabalho da PF. Ela também está afastada da função por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O vídeo mostra o celular passando pelas mãos de cinco pessoas até ser levado para fora do hotel. Assista:

Essa pode não ter sido a única tentativa de dificultar o trabalho da Polícia Federal. Os investigadores desconfiam que o governador tenha agido para prejudicar a Operação Dose de Valores, que foi aberta em junho do ano passado e acabou arrastando Cameli para o centro das suspeitas de irregularidades apuradas na Operação Ptolomeu. A suspeita é que a ação tenha sido vazada, o que teria permitido ao Executivo decretar ponto facultativo justamente no dia em que a PF cumpriria mandados de busca e apreensão. Na ocasião, a justificativa da medida foi a redução da circulação em razão da pandemia, mas onze dias depois o governo autorizou a reabertura do comércio.

"O ponto facultativo trouxe prejuízos reais à investigação, vez que muitos dos locais de buscas estavam fechados e sem a presença de servidores para auxiliar os policiais na identificação e separação de documentos", escreveu a Polícia Federal em documento enviado ao STJ."Tais circunstâncias permitem cogitar que a determinação de ponto facultativo tivesse o objetivo real de prejudicar as investigações."

A investigação da Operação Ptolomeu mira indícios de um suposto esquema de propinas em troca do direcionamento de licitações, contratações superfaturadas e a confirmação de recebimento de mercadorias não entregues e de serviços não prestados na área da Saúde e em obras públicas. Após ter acesso ao vídeo, a PF também abriu um inquérito específico para apurar se os assessores cometeram crime de obstrução de investigação de organização criminosa.

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"A investigação é um emaranhado de assuntos desconexos. De um lado, tentam, em vão, criar um vínculo espúrio entre o governador e contratações lícitas realizadas pelo Estado. De outro lado, esmeram-se em levantar suspeitas sobre as finanças do governador. Apenas suspeitas são lançadas, nenhuma imputação de crime é realizada. São apenas ilações desconexas que, com o devido respeito, não poderiam justificar a realização de medidas invasivas como a busca e apreensão e o bloqueio de bens.

Todas as suas movimentações financeiras são lícitas e o seu patrimônio tem origem conhecida, seja no âmbito privado, seja na renda auferida em razão das funções públicas ocupadas.

Em razão disso, a defesa do Governador Gladson Cameli irá apresentar o recurso cabível e confia que a decisão será objeto de revisão. Apesar de discordar veementemente do que consta na investigação, a defesa vem expressar que confia plenamente no Poder Judiciário e nas instituições republicanas."

Gladson Cameli é o principal investigado na Operação Ptolomeu.  Foto: Diego Gurgel/Governo do Acre

Câmeras de segurança de um hotel em Cruzeiro do Sul, município a 636 quilômetros de Rio Branco, no Acre, mostram o momento em que assessores do governador do Estado, Gladson Cameli (PP), escondem um celular para evitar que ele fosse apreendido durante buscas feitas pela Polícia Federal na primeira fase da Operação Ptolomeu. A equipe estava na cidade para acompanhar o governador em agenda.

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Uma das funcionárias flagradas na gravação é Rosângela Gama, a chefe de gabinete de Cameli, que foi presa na segunda etapa ostensiva da investigação, no último dia 16, justamente pela tentativa de obstrução do trabalho da PF. Ela também está afastada da função por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

O vídeo mostra o celular passando pelas mãos de cinco pessoas até ser levado para fora do hotel. Assista:

Essa pode não ter sido a única tentativa de dificultar o trabalho da Polícia Federal. Os investigadores desconfiam que o governador tenha agido para prejudicar a Operação Dose de Valores, que foi aberta em junho do ano passado e acabou arrastando Cameli para o centro das suspeitas de irregularidades apuradas na Operação Ptolomeu. A suspeita é que a ação tenha sido vazada, o que teria permitido ao Executivo decretar ponto facultativo justamente no dia em que a PF cumpriria mandados de busca e apreensão. Na ocasião, a justificativa da medida foi a redução da circulação em razão da pandemia, mas onze dias depois o governo autorizou a reabertura do comércio.

"O ponto facultativo trouxe prejuízos reais à investigação, vez que muitos dos locais de buscas estavam fechados e sem a presença de servidores para auxiliar os policiais na identificação e separação de documentos", escreveu a Polícia Federal em documento enviado ao STJ."Tais circunstâncias permitem cogitar que a determinação de ponto facultativo tivesse o objetivo real de prejudicar as investigações."

A investigação da Operação Ptolomeu mira indícios de um suposto esquema de propinas em troca do direcionamento de licitações, contratações superfaturadas e a confirmação de recebimento de mercadorias não entregues e de serviços não prestados na área da Saúde e em obras públicas. Após ter acesso ao vídeo, a PF também abriu um inquérito específico para apurar se os assessores cometeram crime de obstrução de investigação de organização criminosa.

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"A investigação é um emaranhado de assuntos desconexos. De um lado, tentam, em vão, criar um vínculo espúrio entre o governador e contratações lícitas realizadas pelo Estado. De outro lado, esmeram-se em levantar suspeitas sobre as finanças do governador. Apenas suspeitas são lançadas, nenhuma imputação de crime é realizada. São apenas ilações desconexas que, com o devido respeito, não poderiam justificar a realização de medidas invasivas como a busca e apreensão e o bloqueio de bens.

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