A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira, 1º, a abertura de um inquérito para investigar se o deputado federal André Janones (Avante-MG) operou um esquema de rachadinha.
A vice-procuradora-geral da República Ana Borges informou que, na avaliação da PGR, há indícios “sugestivos” que justificam a abertura de uma investigação.
Segundo a procuradora, com base em informações preliminares, o deputado será investigado por associação criminosa, peculato e concussão.
Ao Estadão, Janones disse que espera que o STF autorize o inquérito. “É o único meio de eu provar minha inocência cabal”, afirmou.
A PGR afirma que é necessário investigar se Janones se associou aos assessores para desviar dinheiro público ou se exigia parte dos salários dos funcionários em troca das nomeações.
“Tal como reportados, os fatos são graves e há indícios suficientes sugestivos”, escreveu a vice-procuradora.
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O processo foi distribuído ao gabinete do ministro Luix Fux, a quem caberá decidir se autoriza ou não a instauração do inquérito.
O deputado foi arrastado para o centro de suspeitas de corrupção depois que o portal Metrópoles divulgou áudios em que ele pede doações de assessores para compensar gastos de campanha. Ele nega irregularidades.
“Tem algumas pessoas aqui, que eu ainda vou conversar em particular depois, que vão receber um pouco de salário a mais e elas vão me ajudar a pagar as contas que ficou (sic) da minha campanha de prefeito”, afirma Janones no áudio, ao relatar que tem uma dívida de R$ 675 mil. O comentário foi feito logo após o deputado dizer que não vai aceitar corrupção em seu mandato.
COM A PALAVRA, O DEPUTADO
“Finalmente uma notícia boa. Recebi com extrema alegria, com extrema felicidade. Espero que o STF aceite, que esse inquérito seja aberto imediatamente. Quero que todos os órgãos investiguem. É o único meio de eu provar minha inocência cabal e depois mover o meu direito de regresso contra as pessoas que me acusaram de forma leviana.”