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Por que o bem-estar financeiro dos colaboradores é cada vez mais um problema das empresas?


Por Gustavo Raposo
Gustavo Raposo. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

As discussões sobre finanças pessoais e dinheiro estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Com a democratização da informação impulsionada pela internet, a saúde financeira vem se tornando, aos poucos, interesse da população. O que antes era tabu, quase um assunto proibido entre as famílias, amigos e colegas de trabalho, hoje é abordado em diversos conteúdos no meio digital.

Porém, mesmo com a educação financeira se expandindo, parece que os brasileiros ainda não tem uma boa relação com o dinheiro. Um amplo estudo do Itaú Unibanco, em parceria com o Datafolha e a consultoria Box1824, constatou que quase metade dos participantes (49%) evita até mesmo pensar em dinheiro para não ficar triste. Além disso, 46% dos brasileiros preferem nem olhar para o próprio dinheiro porque acreditam estar fazendo algo errado em termos financeiros. Mas o mais preocupante visto nesses dados é, de longe, a quantidade de pessoas que afirmam ter dificuldade em lidar com as próprias finanças -- quase todos os entrevistados (97%).

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Tendo em vista essa realidade, entendemos que, como não é possível separar por completo a vida pessoal da profissional, o dia a dia no trabalho também é afetado pelas visões negativas às finanças e pelas consequências disso. Porém, apesar de concordarem que o estresse financeiro impacta na performance, os empregadores têm dificuldade em reconhecer o problema dentro de suas empresas. Por quê?

Mesmo que os problemas financeiros da equipe não estejam ligados aos do seu negócio, eles afetam, sim, o cotidiano corporativo. De acordo com uma pesquisa internacional, funcionários com problemas financeiros têm dez vezes mais chances de não terminar as tarefas, duas vezes mais chances de procurar um novo emprego e são nove vezes mais propícios a terem problemas de relacionamento com a equipe. Esse perfil corresponde a aproximadamente 89% dos colaboradores de empresas de tecnologia e pode comprometer até 18% do custo da folha.

Hoje, com a crise econômica gerada pela pandemia, o bem-estar financeiro das pessoas ficou ainda mais comprometido. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas comprovou que os efeitos do home office na saúde do trabalhador estão indo além da fadiga e das dores no corpo -- quase metade dos respondentes (45,63%) apresentou baixo nível de bem-estar e saúde mental. As principais queixas são de preocupação com questões financeiras.

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Quando os profissionais não conseguem arcar com as despesas, mesmo estando empregados, isso reflete em outras áreas. O indivíduo pode, por exemplo, desenvolver insônia, dores de cabeça, nervosismo e, em casos graves, depressão. Agora, como as empresas podem garantir que esse cenário não atinja suas equipes? Em primeiro lugar, é perceptível que os novos profissionais estão cada vez mais seletivos sobre as empresas em que se candidatam.

Não adianta oferecer para seus funcionários soluções financeiras focadas exclusivamente em crédito. Não é mais viável oferecer empréstimo e um blog de educação financeira e acreditar que está efetivamente mudando a vida financeira de alguém. Atualmente, os candidatos procuram benefícios que mudem efetivamente sua realidade.

Pensando justamente nessa questão que uma série de startups têm começado a oferecer serviços financeiros para colaboradores, tentando resolver a dificuldade desses e, ao mesmo tempo, ajudando companhias a atrair e reter pessoas. Esses negócios oferecem a seus clientes corporativos serviços como: antecipação salarial, permitindo que o funcionário adiante o salário da parte já trabalhada no mês; atendimento com consultores financeiros, especialistas de planejamento financeiro e investimento que se encontram individualmente com os trabalhadores para os orientar da melhor forma sobre suas questões financeiras; crédito consignado, uma modalidade de empréstimo no qual o valor das parcelas é descontado diretamente do salário mensal ou do benefício da aposentadoria (e que, por isso, tem sua liberação e juros facilitados por conta da garantia de pagamento), e vales flexíveis, que deixam o funcionário escolher como usar os benefícios da empresa de forma mais autônoma, podendo transferir parte do vale transporte para o alimentação, por exemplo.

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É possível observar, então, que o bem-estar financeiro é sim um problema das empresas -- e há cada vez mais soluções no mercado que resolvem essa dor. Como 2021 ainda continua marcado pela pandemia de coronavírus, os brasileiros ainda terão que, ao longo deste ano, renegociar aluguel, plano de saúde e, eventualmente, mudar o perfil de dívidas com operadoras de cartões de crédito e bancos. Por isso, a adoção de novas formas de benefícios financeiros entre as empresas deve e tende a acelerar ainda mais.

*Gustavo Raposo, CEO da Leve

Gustavo Raposo. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

As discussões sobre finanças pessoais e dinheiro estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Com a democratização da informação impulsionada pela internet, a saúde financeira vem se tornando, aos poucos, interesse da população. O que antes era tabu, quase um assunto proibido entre as famílias, amigos e colegas de trabalho, hoje é abordado em diversos conteúdos no meio digital.

Porém, mesmo com a educação financeira se expandindo, parece que os brasileiros ainda não tem uma boa relação com o dinheiro. Um amplo estudo do Itaú Unibanco, em parceria com o Datafolha e a consultoria Box1824, constatou que quase metade dos participantes (49%) evita até mesmo pensar em dinheiro para não ficar triste. Além disso, 46% dos brasileiros preferem nem olhar para o próprio dinheiro porque acreditam estar fazendo algo errado em termos financeiros. Mas o mais preocupante visto nesses dados é, de longe, a quantidade de pessoas que afirmam ter dificuldade em lidar com as próprias finanças -- quase todos os entrevistados (97%).

Tendo em vista essa realidade, entendemos que, como não é possível separar por completo a vida pessoal da profissional, o dia a dia no trabalho também é afetado pelas visões negativas às finanças e pelas consequências disso. Porém, apesar de concordarem que o estresse financeiro impacta na performance, os empregadores têm dificuldade em reconhecer o problema dentro de suas empresas. Por quê?

Mesmo que os problemas financeiros da equipe não estejam ligados aos do seu negócio, eles afetam, sim, o cotidiano corporativo. De acordo com uma pesquisa internacional, funcionários com problemas financeiros têm dez vezes mais chances de não terminar as tarefas, duas vezes mais chances de procurar um novo emprego e são nove vezes mais propícios a terem problemas de relacionamento com a equipe. Esse perfil corresponde a aproximadamente 89% dos colaboradores de empresas de tecnologia e pode comprometer até 18% do custo da folha.

Hoje, com a crise econômica gerada pela pandemia, o bem-estar financeiro das pessoas ficou ainda mais comprometido. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas comprovou que os efeitos do home office na saúde do trabalhador estão indo além da fadiga e das dores no corpo -- quase metade dos respondentes (45,63%) apresentou baixo nível de bem-estar e saúde mental. As principais queixas são de preocupação com questões financeiras.

Quando os profissionais não conseguem arcar com as despesas, mesmo estando empregados, isso reflete em outras áreas. O indivíduo pode, por exemplo, desenvolver insônia, dores de cabeça, nervosismo e, em casos graves, depressão. Agora, como as empresas podem garantir que esse cenário não atinja suas equipes? Em primeiro lugar, é perceptível que os novos profissionais estão cada vez mais seletivos sobre as empresas em que se candidatam.

Não adianta oferecer para seus funcionários soluções financeiras focadas exclusivamente em crédito. Não é mais viável oferecer empréstimo e um blog de educação financeira e acreditar que está efetivamente mudando a vida financeira de alguém. Atualmente, os candidatos procuram benefícios que mudem efetivamente sua realidade.

Pensando justamente nessa questão que uma série de startups têm começado a oferecer serviços financeiros para colaboradores, tentando resolver a dificuldade desses e, ao mesmo tempo, ajudando companhias a atrair e reter pessoas. Esses negócios oferecem a seus clientes corporativos serviços como: antecipação salarial, permitindo que o funcionário adiante o salário da parte já trabalhada no mês; atendimento com consultores financeiros, especialistas de planejamento financeiro e investimento que se encontram individualmente com os trabalhadores para os orientar da melhor forma sobre suas questões financeiras; crédito consignado, uma modalidade de empréstimo no qual o valor das parcelas é descontado diretamente do salário mensal ou do benefício da aposentadoria (e que, por isso, tem sua liberação e juros facilitados por conta da garantia de pagamento), e vales flexíveis, que deixam o funcionário escolher como usar os benefícios da empresa de forma mais autônoma, podendo transferir parte do vale transporte para o alimentação, por exemplo.

É possível observar, então, que o bem-estar financeiro é sim um problema das empresas -- e há cada vez mais soluções no mercado que resolvem essa dor. Como 2021 ainda continua marcado pela pandemia de coronavírus, os brasileiros ainda terão que, ao longo deste ano, renegociar aluguel, plano de saúde e, eventualmente, mudar o perfil de dívidas com operadoras de cartões de crédito e bancos. Por isso, a adoção de novas formas de benefícios financeiros entre as empresas deve e tende a acelerar ainda mais.

*Gustavo Raposo, CEO da Leve

Gustavo Raposo. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

As discussões sobre finanças pessoais e dinheiro estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Com a democratização da informação impulsionada pela internet, a saúde financeira vem se tornando, aos poucos, interesse da população. O que antes era tabu, quase um assunto proibido entre as famílias, amigos e colegas de trabalho, hoje é abordado em diversos conteúdos no meio digital.

Porém, mesmo com a educação financeira se expandindo, parece que os brasileiros ainda não tem uma boa relação com o dinheiro. Um amplo estudo do Itaú Unibanco, em parceria com o Datafolha e a consultoria Box1824, constatou que quase metade dos participantes (49%) evita até mesmo pensar em dinheiro para não ficar triste. Além disso, 46% dos brasileiros preferem nem olhar para o próprio dinheiro porque acreditam estar fazendo algo errado em termos financeiros. Mas o mais preocupante visto nesses dados é, de longe, a quantidade de pessoas que afirmam ter dificuldade em lidar com as próprias finanças -- quase todos os entrevistados (97%).

Tendo em vista essa realidade, entendemos que, como não é possível separar por completo a vida pessoal da profissional, o dia a dia no trabalho também é afetado pelas visões negativas às finanças e pelas consequências disso. Porém, apesar de concordarem que o estresse financeiro impacta na performance, os empregadores têm dificuldade em reconhecer o problema dentro de suas empresas. Por quê?

Mesmo que os problemas financeiros da equipe não estejam ligados aos do seu negócio, eles afetam, sim, o cotidiano corporativo. De acordo com uma pesquisa internacional, funcionários com problemas financeiros têm dez vezes mais chances de não terminar as tarefas, duas vezes mais chances de procurar um novo emprego e são nove vezes mais propícios a terem problemas de relacionamento com a equipe. Esse perfil corresponde a aproximadamente 89% dos colaboradores de empresas de tecnologia e pode comprometer até 18% do custo da folha.

Hoje, com a crise econômica gerada pela pandemia, o bem-estar financeiro das pessoas ficou ainda mais comprometido. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas comprovou que os efeitos do home office na saúde do trabalhador estão indo além da fadiga e das dores no corpo -- quase metade dos respondentes (45,63%) apresentou baixo nível de bem-estar e saúde mental. As principais queixas são de preocupação com questões financeiras.

Quando os profissionais não conseguem arcar com as despesas, mesmo estando empregados, isso reflete em outras áreas. O indivíduo pode, por exemplo, desenvolver insônia, dores de cabeça, nervosismo e, em casos graves, depressão. Agora, como as empresas podem garantir que esse cenário não atinja suas equipes? Em primeiro lugar, é perceptível que os novos profissionais estão cada vez mais seletivos sobre as empresas em que se candidatam.

Não adianta oferecer para seus funcionários soluções financeiras focadas exclusivamente em crédito. Não é mais viável oferecer empréstimo e um blog de educação financeira e acreditar que está efetivamente mudando a vida financeira de alguém. Atualmente, os candidatos procuram benefícios que mudem efetivamente sua realidade.

Pensando justamente nessa questão que uma série de startups têm começado a oferecer serviços financeiros para colaboradores, tentando resolver a dificuldade desses e, ao mesmo tempo, ajudando companhias a atrair e reter pessoas. Esses negócios oferecem a seus clientes corporativos serviços como: antecipação salarial, permitindo que o funcionário adiante o salário da parte já trabalhada no mês; atendimento com consultores financeiros, especialistas de planejamento financeiro e investimento que se encontram individualmente com os trabalhadores para os orientar da melhor forma sobre suas questões financeiras; crédito consignado, uma modalidade de empréstimo no qual o valor das parcelas é descontado diretamente do salário mensal ou do benefício da aposentadoria (e que, por isso, tem sua liberação e juros facilitados por conta da garantia de pagamento), e vales flexíveis, que deixam o funcionário escolher como usar os benefícios da empresa de forma mais autônoma, podendo transferir parte do vale transporte para o alimentação, por exemplo.

É possível observar, então, que o bem-estar financeiro é sim um problema das empresas -- e há cada vez mais soluções no mercado que resolvem essa dor. Como 2021 ainda continua marcado pela pandemia de coronavírus, os brasileiros ainda terão que, ao longo deste ano, renegociar aluguel, plano de saúde e, eventualmente, mudar o perfil de dívidas com operadoras de cartões de crédito e bancos. Por isso, a adoção de novas formas de benefícios financeiros entre as empresas deve e tende a acelerar ainda mais.

*Gustavo Raposo, CEO da Leve

Gustavo Raposo. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

As discussões sobre finanças pessoais e dinheiro estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Com a democratização da informação impulsionada pela internet, a saúde financeira vem se tornando, aos poucos, interesse da população. O que antes era tabu, quase um assunto proibido entre as famílias, amigos e colegas de trabalho, hoje é abordado em diversos conteúdos no meio digital.

Porém, mesmo com a educação financeira se expandindo, parece que os brasileiros ainda não tem uma boa relação com o dinheiro. Um amplo estudo do Itaú Unibanco, em parceria com o Datafolha e a consultoria Box1824, constatou que quase metade dos participantes (49%) evita até mesmo pensar em dinheiro para não ficar triste. Além disso, 46% dos brasileiros preferem nem olhar para o próprio dinheiro porque acreditam estar fazendo algo errado em termos financeiros. Mas o mais preocupante visto nesses dados é, de longe, a quantidade de pessoas que afirmam ter dificuldade em lidar com as próprias finanças -- quase todos os entrevistados (97%).

Tendo em vista essa realidade, entendemos que, como não é possível separar por completo a vida pessoal da profissional, o dia a dia no trabalho também é afetado pelas visões negativas às finanças e pelas consequências disso. Porém, apesar de concordarem que o estresse financeiro impacta na performance, os empregadores têm dificuldade em reconhecer o problema dentro de suas empresas. Por quê?

Mesmo que os problemas financeiros da equipe não estejam ligados aos do seu negócio, eles afetam, sim, o cotidiano corporativo. De acordo com uma pesquisa internacional, funcionários com problemas financeiros têm dez vezes mais chances de não terminar as tarefas, duas vezes mais chances de procurar um novo emprego e são nove vezes mais propícios a terem problemas de relacionamento com a equipe. Esse perfil corresponde a aproximadamente 89% dos colaboradores de empresas de tecnologia e pode comprometer até 18% do custo da folha.

Hoje, com a crise econômica gerada pela pandemia, o bem-estar financeiro das pessoas ficou ainda mais comprometido. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas comprovou que os efeitos do home office na saúde do trabalhador estão indo além da fadiga e das dores no corpo -- quase metade dos respondentes (45,63%) apresentou baixo nível de bem-estar e saúde mental. As principais queixas são de preocupação com questões financeiras.

Quando os profissionais não conseguem arcar com as despesas, mesmo estando empregados, isso reflete em outras áreas. O indivíduo pode, por exemplo, desenvolver insônia, dores de cabeça, nervosismo e, em casos graves, depressão. Agora, como as empresas podem garantir que esse cenário não atinja suas equipes? Em primeiro lugar, é perceptível que os novos profissionais estão cada vez mais seletivos sobre as empresas em que se candidatam.

Não adianta oferecer para seus funcionários soluções financeiras focadas exclusivamente em crédito. Não é mais viável oferecer empréstimo e um blog de educação financeira e acreditar que está efetivamente mudando a vida financeira de alguém. Atualmente, os candidatos procuram benefícios que mudem efetivamente sua realidade.

Pensando justamente nessa questão que uma série de startups têm começado a oferecer serviços financeiros para colaboradores, tentando resolver a dificuldade desses e, ao mesmo tempo, ajudando companhias a atrair e reter pessoas. Esses negócios oferecem a seus clientes corporativos serviços como: antecipação salarial, permitindo que o funcionário adiante o salário da parte já trabalhada no mês; atendimento com consultores financeiros, especialistas de planejamento financeiro e investimento que se encontram individualmente com os trabalhadores para os orientar da melhor forma sobre suas questões financeiras; crédito consignado, uma modalidade de empréstimo no qual o valor das parcelas é descontado diretamente do salário mensal ou do benefício da aposentadoria (e que, por isso, tem sua liberação e juros facilitados por conta da garantia de pagamento), e vales flexíveis, que deixam o funcionário escolher como usar os benefícios da empresa de forma mais autônoma, podendo transferir parte do vale transporte para o alimentação, por exemplo.

É possível observar, então, que o bem-estar financeiro é sim um problema das empresas -- e há cada vez mais soluções no mercado que resolvem essa dor. Como 2021 ainda continua marcado pela pandemia de coronavírus, os brasileiros ainda terão que, ao longo deste ano, renegociar aluguel, plano de saúde e, eventualmente, mudar o perfil de dívidas com operadoras de cartões de crédito e bancos. Por isso, a adoção de novas formas de benefícios financeiros entre as empresas deve e tende a acelerar ainda mais.

*Gustavo Raposo, CEO da Leve

Gustavo Raposo. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

As discussões sobre finanças pessoais e dinheiro estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Com a democratização da informação impulsionada pela internet, a saúde financeira vem se tornando, aos poucos, interesse da população. O que antes era tabu, quase um assunto proibido entre as famílias, amigos e colegas de trabalho, hoje é abordado em diversos conteúdos no meio digital.

Porém, mesmo com a educação financeira se expandindo, parece que os brasileiros ainda não tem uma boa relação com o dinheiro. Um amplo estudo do Itaú Unibanco, em parceria com o Datafolha e a consultoria Box1824, constatou que quase metade dos participantes (49%) evita até mesmo pensar em dinheiro para não ficar triste. Além disso, 46% dos brasileiros preferem nem olhar para o próprio dinheiro porque acreditam estar fazendo algo errado em termos financeiros. Mas o mais preocupante visto nesses dados é, de longe, a quantidade de pessoas que afirmam ter dificuldade em lidar com as próprias finanças -- quase todos os entrevistados (97%).

Tendo em vista essa realidade, entendemos que, como não é possível separar por completo a vida pessoal da profissional, o dia a dia no trabalho também é afetado pelas visões negativas às finanças e pelas consequências disso. Porém, apesar de concordarem que o estresse financeiro impacta na performance, os empregadores têm dificuldade em reconhecer o problema dentro de suas empresas. Por quê?

Mesmo que os problemas financeiros da equipe não estejam ligados aos do seu negócio, eles afetam, sim, o cotidiano corporativo. De acordo com uma pesquisa internacional, funcionários com problemas financeiros têm dez vezes mais chances de não terminar as tarefas, duas vezes mais chances de procurar um novo emprego e são nove vezes mais propícios a terem problemas de relacionamento com a equipe. Esse perfil corresponde a aproximadamente 89% dos colaboradores de empresas de tecnologia e pode comprometer até 18% do custo da folha.

Hoje, com a crise econômica gerada pela pandemia, o bem-estar financeiro das pessoas ficou ainda mais comprometido. Um estudo da Fundação Getúlio Vargas comprovou que os efeitos do home office na saúde do trabalhador estão indo além da fadiga e das dores no corpo -- quase metade dos respondentes (45,63%) apresentou baixo nível de bem-estar e saúde mental. As principais queixas são de preocupação com questões financeiras.

Quando os profissionais não conseguem arcar com as despesas, mesmo estando empregados, isso reflete em outras áreas. O indivíduo pode, por exemplo, desenvolver insônia, dores de cabeça, nervosismo e, em casos graves, depressão. Agora, como as empresas podem garantir que esse cenário não atinja suas equipes? Em primeiro lugar, é perceptível que os novos profissionais estão cada vez mais seletivos sobre as empresas em que se candidatam.

Não adianta oferecer para seus funcionários soluções financeiras focadas exclusivamente em crédito. Não é mais viável oferecer empréstimo e um blog de educação financeira e acreditar que está efetivamente mudando a vida financeira de alguém. Atualmente, os candidatos procuram benefícios que mudem efetivamente sua realidade.

Pensando justamente nessa questão que uma série de startups têm começado a oferecer serviços financeiros para colaboradores, tentando resolver a dificuldade desses e, ao mesmo tempo, ajudando companhias a atrair e reter pessoas. Esses negócios oferecem a seus clientes corporativos serviços como: antecipação salarial, permitindo que o funcionário adiante o salário da parte já trabalhada no mês; atendimento com consultores financeiros, especialistas de planejamento financeiro e investimento que se encontram individualmente com os trabalhadores para os orientar da melhor forma sobre suas questões financeiras; crédito consignado, uma modalidade de empréstimo no qual o valor das parcelas é descontado diretamente do salário mensal ou do benefício da aposentadoria (e que, por isso, tem sua liberação e juros facilitados por conta da garantia de pagamento), e vales flexíveis, que deixam o funcionário escolher como usar os benefícios da empresa de forma mais autônoma, podendo transferir parte do vale transporte para o alimentação, por exemplo.

É possível observar, então, que o bem-estar financeiro é sim um problema das empresas -- e há cada vez mais soluções no mercado que resolvem essa dor. Como 2021 ainda continua marcado pela pandemia de coronavírus, os brasileiros ainda terão que, ao longo deste ano, renegociar aluguel, plano de saúde e, eventualmente, mudar o perfil de dívidas com operadoras de cartões de crédito e bancos. Por isso, a adoção de novas formas de benefícios financeiros entre as empresas deve e tende a acelerar ainda mais.

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