A Procuradoria-Geral da República aponta 'indícios' do envolvimento do deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB/BA) 'no recolhimento e guarda' da fortuna de R$ 51 milhões em dinheiro vivo encontrada em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador, no dia 5 de setembro.
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A pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, autorizou buscas no gabinete de Lúcio na Câmara e na residência dele, em Salvador, localizada em um prédio vizinho ao do irmão Geddel Vieira Lima, preso na Papuda, em Brasília, na Operação Tesouro Perdido.
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Nesta segunda-feira, 16, a PF fez buscas em quatro endereços ligados a Lúcio e ao secretário parlamentar dele, Job Ribeiro Brandão. A PF apreendeu documentos e mídias.
A Operação Tesouro Perdido, inicialmente, estava sob responsabilidade da 10.ª Vara Criminal Federal em Brasília. Mas acabou sendo deslocada para competência do Supremo por causa do suposto envolvimento do deputado, que detém foro privilegiado na Corte máxima - segundo o empresário Silvio Antonio Cabral da Silveira, foi Lúcio quem pediu emprestado o apartamento no bairro da Graça, em Salvador, para estocar a fortuna.
Segundo a Procuradoria-Geral, 'o envio do caso ao STF deu-se em consequência de os investigadores terem encontrado indícios de envolvimento do parlamentar, que é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no recolhimento e guarda do dinheiro'.
Ao todo, a PF cumpriu quatro mandados de busca e apreensão. "As medidas cautelares são um desdobramento das investigações que apuram a origem e a responsabilidade por R$ 51 milhões apreendidos, em Salvador, no dia cinco de setembro. Dos quatro endereços vistoriados pelos policiais federais, três são ligados a Lúcio Vieira e um, a seu secretário parlamentar, Job Ribeiro Brandão."
As cautelares foram solicitadas por Raquel Dodge, 'após as investigações iniciadas na primeira instância, no âmbito da Operação Cui Bono, terem sido enviadas ao Supremo Tribunal Federal, na parte referente às investigações do crime de lavagem de dinheiro'.
"O envio do caso ao STF deu-se em consequência de os investigadores terem encontrado indícios de envolvimento do parlamentar, que é irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima no recolhimento e guarda do dinheiro", assinala a Procuradoria.
Além das cautelares, a procuradora-geral pediu que as investigações relativas à Operação Cui Bono, que apura irregularidades na Caixa Econômica Federal, continuem sob competência da primeira instância.
A ordem para as medidas cautelares foram dadas pelo ministro Edson Fachin como desdobramento da Operação Tesouro Perdido.
COM A PALAVRA, LUCIO VIEIRA LIMA
A reportagem está tentando contato com a defesa do deputado Lucio Vieira Lima. O espaço está aberto para manifestação.