A Associação Paulista do Ministério Público, que representa os promotores e procuradores de Justiça do Estado, enviou um ofício ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) pedindo que ele escolha o candidato mais votado nas eleições internas para dirigir o Ministério Público de São Paulo (MPSP). Cerca de 2 mil promotores irão eleger neste sábado, 13, os nomes da lista tríplice. Cabe ao chefe do Executivo escolher o procurador-geral, independente da ordem de colocação na lista.
O governador não é obrigado a nomear o primeiro. Ou seja, na prática, quem ganha a eleição não necessariamente leva o cargo.
As eleições para procurador-geral de Justiça ocorrem no próximo sábado, 13, e a lista será encaminhada, no mesmo dia, ao Palácio dos Bandeirantes. O governador tem 15 dias para anunciar sua escolha.
Cinco procuradores disputam o topo da instituição - José Carlos Bonilha, Antonio Da Ponte, José Carlos Cosenzo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa e Tereza Exner.
“Em nome da Associação Paulista do Ministério Público postula-se que a escolha do(a) Procurador(a)-Geral de Justiça do Estado de São Paulo recaia sobre o(a) candidato(a) mais votado(a)”, diz o ofício a Tarcísio.
A Associação Paulista do Ministério Público é responsável por organizar as eleições internas. A votação é eletrônica, o que permite a divulgação do resultado no mesmo dia.
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Paulo Sérgio de Oliveira e Costa e José Carlos Cosenzo são apoiados pelo ex-procurador-geral, Mario Luiz Sarrubbo, que se aposentou em março para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça.
Sarrubbo foi reeleito com a maior votação da história das eleições do MP e reconduzido em 2022. Depois de uma sequência de disputas marcadas por embates acirrados, a oposição abriu mão de uma candidatura, e o procurador venceu sem sequer enfrentar candidatos competitivos, o que o torna um importante cabo-eleitoral, com grande chance de emplacar o sucessor.
Já os procuradores José Carlos Bonilha e Antonio Da Ponte concorrem na oposição e a procuradora Tereza Exner, ex-corregedora-geral do Ministério Público, se coloca como uma candidata “independente”.
Além de administrar o Ministério Público, o procurador-geral de Justiça tem a atribuição de investigar deputados estaduais, prefeitos e até o governador que o nomeia.