A 1ª Promotoria de Justiça Eleitoral do Distrito Federal denunciou à Justiça o presidente licenciado do Solidariedade Eurípedes Júnior, alvo principal da Operação Fundo no Poço, que investiga suposto desvio de R$ 36 milhões do fundo partidário e eleitoral da legenda.
O Ministério Público Eleitoral atribui a Eurípedes organização criminosa, apropriação indébita, furto qualificado de recursos e falsidade ideológica eleitoral.
Os criminalistas Jose Eduardo Cardozo e Fábio Tofic Simantob, que defendem Eurípedes, dizem que o MP ‘transformou meras suspeitas e conjecturas em acusações’. “Agora vão ter que sair correndo atrás de tentar dar um mínimo de realidade a suas fantasias punitivas”, dizem.
A acusação formal atinge outros nove investigados ligados a Eurípedes. Agora cabe à Justiça decidir se recebe a denúncia e põe o presidente licenciado do Solidariedade no banco dos réus.
Eurípedes Júnior teve a prisão decretada na Operação Fundo no Poço, mas não foi localizado pelos agentes da PF quando a ofensiva foi deflagrada, no último dia 12. Três dias depois, ele se entregou.
Como mostrou o Estadão, as suspeitas que os investigadores levantaram sobre o político envolvem o uso de candidaturas laranja para desvio de dinheiro do Solidariedade e uso de verbas da legenda para uma vida de luxo de seus familiares, incluindo passeios internacionais.
A Polícia Federal atribui a Eurípedes o comando de uma organização criminosa ‘estruturalmente ordenada com o objetivo de desviar e se apropriar de recursos do Fundo Partidário e Eleitoral’.
Segundo relatório da Operação Fundo no Poço, ele ‘gere o partido político como um bem particular, auferindo enriquecimento ilícito pessoal e familiar por meio do desvio e apropriação dos recursos públicos destinados à atividade político-partidária’.
COM A PALAVRA, OS CRIMINALISTAS JOSÉ EDUARDO CARDOZO E FÁBIO TOFIC SIMANTOB, QUE DEFENDEM EURÍPEDES JÚNIOR
“Usaram a pior forma de acusar: em vez de narrarem fatos e descreverem crimes, preferiram transformar meras suspeitas e conjecturas em acusações, e agora vão ter que sair correndo atrás de tentar dar um mínimo de realidade a suas fantasias punitivas”.
Jose Eduardo Cardozo e Fábio Tofic Simantob