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Promotoria em SP denuncia policiais ‘Xixo’ e ‘Bolsonaro’ por propina de R$ 800 mil do tráfico


Valdenir Paulo de Almeida, o ‘Xixo’, e Valmir Pinheiro, conhecido como ‘Bolsonaro’, policiais do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico, são acusados de receberem propina para arquivar investigação sobre esquema de remessa de drogas à Europa, além de agiotagem; Estadão busca contato com as defesas

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:
Operação Face Off prendeu policiais suspeitos de corrupção, agiotagem e lavagem de dinheiro. Foto: Polícia Federal

O Ministério Público de São Paulo denunciou 20 pessoas na Operação Face Off por suspeita de corrupção para blindar um esquema de tráfico internacional de drogas.

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Os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o “Xixo”, e Valmir Pinheiro, conhecido como “Bolsonaro”, do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), são os principais denunciados. Eles teriam recebido R$ 800 mil em propina para arquivar uma investigação sobre o esquema de tráfico, em novembro de 2020.

O Estadão busca contato com as defesas. O espaço está aberto para manifestação.

Os investigadores encontraram mensagens sobre as negociações, a proposta de vantagem indevida e até o meio de pagamento. Também obtiveram extratos bancários referentes às transferências, operacionalizadas por meio de empresas de confecção, consultoria e locação de veículos. Segundo o MP, os repasses ficaram “amplamente demonstrados”.

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A denúncia atribui ao grupo os crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Os policiais civis também foram denunciados por cobrarem juros excessivos em empréstimos que ofereciam informalmente, em um esquema de agiotagem.

“Os denunciados se utilizaram de informações privilegiadas e do monopólio estatal da força, para praticarem agiotagem, venderem informações a traficantes e outros crimes descortinados”, diz um trecho da denúncia.

Diálogo obtido pelos investigadores na Operação Face Off aponta combinação de repasse de propina. Foto: Reprodução/processo judicial
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Saiba quem são os principais denunciados:

  • Valdenir Paulo de Almeida, o “Xixo”;
  • Valmir Pinheiro, conhecido como “Bolsonaro”;
  • Rivaldo Alves do Rosário, apontado como responsável pelas operações de lavagem de dinheiro;
  • Paloma Pina de Almeida, filha de Valdenir, que segundo a denúncia coordenava parte das operações de lavagem de capitais e ajudava na ocultação e movimentação do dinheiro obtido ilegalmente;
  • João Carlos Camisa Nova Júnior e André Roberto da Silva teriam pago propinas aos policiais para interromper a investigação;
  • Erick Silva Dionísio e Daniel Matarese Varea, advogado que, segundo o MP, intermediaram a negociação e o pagamento de vantagens indevidas.
Advogados teriam intermediado negociação de propina a policiais. Foto: Reprodução/processo judicial
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Responsável pela investigação, o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo, aponta que a evolução patrimonial dos policiais é incompatível com a renda. “Não há recursos declarados que possam dar lastro aos respectivos aportes em bens e valores”, aponta o MP.

Os promotores identificaram que “Xixo” e “Bolsonaro” usaram pessoas físicas e jurídicas, inclusive empresas de fachada, transações imobiliárias, compra de veículos e pagamentos fracionados para ocultar os ganhos ilícitos.

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Além da condenação, o Ministério Público pede o pagamento de indenização por dano material e moral coletivo de no mínimo de R$ 7,5 milhões.

Operação Face Off prendeu policiais suspeitos de corrupção, agiotagem e lavagem de dinheiro. Foto: Polícia Federal

O Ministério Público de São Paulo denunciou 20 pessoas na Operação Face Off por suspeita de corrupção para blindar um esquema de tráfico internacional de drogas.

Os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o “Xixo”, e Valmir Pinheiro, conhecido como “Bolsonaro”, do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), são os principais denunciados. Eles teriam recebido R$ 800 mil em propina para arquivar uma investigação sobre o esquema de tráfico, em novembro de 2020.

O Estadão busca contato com as defesas. O espaço está aberto para manifestação.

Os investigadores encontraram mensagens sobre as negociações, a proposta de vantagem indevida e até o meio de pagamento. Também obtiveram extratos bancários referentes às transferências, operacionalizadas por meio de empresas de confecção, consultoria e locação de veículos. Segundo o MP, os repasses ficaram “amplamente demonstrados”.

A denúncia atribui ao grupo os crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Os policiais civis também foram denunciados por cobrarem juros excessivos em empréstimos que ofereciam informalmente, em um esquema de agiotagem.

“Os denunciados se utilizaram de informações privilegiadas e do monopólio estatal da força, para praticarem agiotagem, venderem informações a traficantes e outros crimes descortinados”, diz um trecho da denúncia.

Diálogo obtido pelos investigadores na Operação Face Off aponta combinação de repasse de propina. Foto: Reprodução/processo judicial

Saiba quem são os principais denunciados:

  • Valdenir Paulo de Almeida, o “Xixo”;
  • Valmir Pinheiro, conhecido como “Bolsonaro”;
  • Rivaldo Alves do Rosário, apontado como responsável pelas operações de lavagem de dinheiro;
  • Paloma Pina de Almeida, filha de Valdenir, que segundo a denúncia coordenava parte das operações de lavagem de capitais e ajudava na ocultação e movimentação do dinheiro obtido ilegalmente;
  • João Carlos Camisa Nova Júnior e André Roberto da Silva teriam pago propinas aos policiais para interromper a investigação;
  • Erick Silva Dionísio e Daniel Matarese Varea, advogado que, segundo o MP, intermediaram a negociação e o pagamento de vantagens indevidas.
Advogados teriam intermediado negociação de propina a policiais. Foto: Reprodução/processo judicial

Responsável pela investigação, o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo, aponta que a evolução patrimonial dos policiais é incompatível com a renda. “Não há recursos declarados que possam dar lastro aos respectivos aportes em bens e valores”, aponta o MP.

Os promotores identificaram que “Xixo” e “Bolsonaro” usaram pessoas físicas e jurídicas, inclusive empresas de fachada, transações imobiliárias, compra de veículos e pagamentos fracionados para ocultar os ganhos ilícitos.

Além da condenação, o Ministério Público pede o pagamento de indenização por dano material e moral coletivo de no mínimo de R$ 7,5 milhões.

Operação Face Off prendeu policiais suspeitos de corrupção, agiotagem e lavagem de dinheiro. Foto: Polícia Federal

O Ministério Público de São Paulo denunciou 20 pessoas na Operação Face Off por suspeita de corrupção para blindar um esquema de tráfico internacional de drogas.

Os policiais civis Valdenir Paulo de Almeida, o “Xixo”, e Valmir Pinheiro, conhecido como “Bolsonaro”, do Departamento de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc), são os principais denunciados. Eles teriam recebido R$ 800 mil em propina para arquivar uma investigação sobre o esquema de tráfico, em novembro de 2020.

O Estadão busca contato com as defesas. O espaço está aberto para manifestação.

Os investigadores encontraram mensagens sobre as negociações, a proposta de vantagem indevida e até o meio de pagamento. Também obtiveram extratos bancários referentes às transferências, operacionalizadas por meio de empresas de confecção, consultoria e locação de veículos. Segundo o MP, os repasses ficaram “amplamente demonstrados”.

A denúncia atribui ao grupo os crimes de organização criminosa, corrupção e lavagem de dinheiro. Os policiais civis também foram denunciados por cobrarem juros excessivos em empréstimos que ofereciam informalmente, em um esquema de agiotagem.

“Os denunciados se utilizaram de informações privilegiadas e do monopólio estatal da força, para praticarem agiotagem, venderem informações a traficantes e outros crimes descortinados”, diz um trecho da denúncia.

Diálogo obtido pelos investigadores na Operação Face Off aponta combinação de repasse de propina. Foto: Reprodução/processo judicial

Saiba quem são os principais denunciados:

  • Valdenir Paulo de Almeida, o “Xixo”;
  • Valmir Pinheiro, conhecido como “Bolsonaro”;
  • Rivaldo Alves do Rosário, apontado como responsável pelas operações de lavagem de dinheiro;
  • Paloma Pina de Almeida, filha de Valdenir, que segundo a denúncia coordenava parte das operações de lavagem de capitais e ajudava na ocultação e movimentação do dinheiro obtido ilegalmente;
  • João Carlos Camisa Nova Júnior e André Roberto da Silva teriam pago propinas aos policiais para interromper a investigação;
  • Erick Silva Dionísio e Daniel Matarese Varea, advogado que, segundo o MP, intermediaram a negociação e o pagamento de vantagens indevidas.
Advogados teriam intermediado negociação de propina a policiais. Foto: Reprodução/processo judicial

Responsável pela investigação, o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), braço do Ministério Público de São Paulo, aponta que a evolução patrimonial dos policiais é incompatível com a renda. “Não há recursos declarados que possam dar lastro aos respectivos aportes em bens e valores”, aponta o MP.

Os promotores identificaram que “Xixo” e “Bolsonaro” usaram pessoas físicas e jurídicas, inclusive empresas de fachada, transações imobiliárias, compra de veículos e pagamentos fracionados para ocultar os ganhos ilícitos.

Além da condenação, o Ministério Público pede o pagamento de indenização por dano material e moral coletivo de no mínimo de R$ 7,5 milhões.

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