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Opinião|Quem se lembra do Padre Chico?


Era um sacerdote às antigas: notabilizou-se por singularidades como a bondade extrema, a verdadeira caridade evangélica e uma humildade sem igual. Suas aulas eram concorridas, tanto no Seminário, o qual também dirigiu, como latinista de inexcedível preparo e no ensino de francês no Curso Anexo à Faculdade de Direito

Por José Renato Nalini

Ao folhear o livro “Da tribuna e da imprensa”, do fundador da Academia Paulista de Letras, o carioca e médico Dr. José Joaquim de Carvalho, encontro um texto-homenagem ao Monsenhor Dr. Paula Rodrigues, o famoso “Padre Chico”, também um dos primeiros “imortais” da Paulicéia.

O criador da Casa de Cultura por excelência da gente paulista, é pródigo ao reverenciar o confrade: “Enfeixando em suas puras mãos basta provisão de glórias legítimas, invejáveis e dificilmente atingíveis, quanto também de honrarias, de autoridade e de mando; arcediago, monsenhor, doutor em teologia, doutor em filosofia “honoris causa”, ex-governador do Bispado, na viuvez da mitra pelo falecimento do pranteado Dom José Gaspar de Affonseca e Silva, vigário geral no decênio de 78 a 88, agora outra vez Vigário Geral e Primeiro Governador do Arcebispado, ex-Professor do Seminário e do Curso Anexo à Faculdade de Direito, da Academia Paulista de Letras, é ele contudo a personificação exemplar da modéstia, da bondade sem afetação, da piedade evangélica, da humildade perfeita!”

Em 1940, a Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco homenageou Padre Chico apondo uma placa alusiva ao centenário de seu nascimento, placa ainda hoje afixada na parede à esquerda de quem adentra ao pórtico franciscano.

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Francisco de Paula Rodrigues nasceu em São Paulo, em 25 de agosto de 1840 e aqui faleceu, aos 21 de junho de 1915.

Era um sacerdote às antigas: notabilizou-se por singularidades como a bondade extrema, a verdadeira caridade evangélica e uma humildade sem igual. Suas aulas eram concorridas, tanto no Seminário, o qual também dirigiu, como latinista de inexcedível preparo e no ensino de francês no Curso Anexo à Faculdade de Direito. Academia que já cursara com raro brilho.

Nada obstante sua reconhecida cultura, aceitou ser Capelão da Penitenciária de São Paulo e do Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, bem como a presidir a Congregação Cristã e exercer a espinhosa missão de Primeiro Governador da Diocese de São Paulo. Acumulou as funções com o exercício do Vicariato Capitular, simultaneamente a ser Vigário Geral e Provisor do Arcebispo de nosso Estado.

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Erudito, pois Doutor em Teologia, não era prolixo: foi considerado o mais festejado orador sacro de Piratininga. Suas homilias e sermões eram frequentados por muitas pessoas que, sem a sua presença, não compareceriam às funções religiosas. Tamanha a sua merecida fama, que o nome pelo qual era conhecido por toda a população da então provinciana São Paulo – Padre Chico – batizou a instituição benemérita devotada à causa dos cegos, por vontade da doadora do terreno que a abriga, a benemérita Elza Paula Souza. Ainda hoje funciona no bairro do Ipiranga.

Quando faleceu, em olor de santidade, a seu sepultamento acorreram milhares de paulistanos. Dentre os que discursaram junto a seu túmulo, destacou-se o legendário Professor Spencer Vampré, que falou pela Universidade de São Paulo: “Hoje a alma nacional se enche de luto, meus senhores. Este que a mão fria da morte acaba de ceifar dentre os vivos, não primou somente como príncipe da tribuna sagrada. Com a palavra máscula empolgava as multidões e semeava com o verbo inspirado a semente divina do Evangelho. A sua glória como orador foi imensa, mas esse prestígio mundano nada é, senhores, em quem sente a vocação para conquistas mais altas para ideais mais sublimes. Francisco de Paula Rodrigues foi também mestre de uma geração que hoje honra o País, e que apregoa por toda parte a grandeza de sua alma pura de apóstolo perfeito e a profundidade de seus variados conhecimentos”.

A essa altura, “Padre Chico” era Reitor Honorário da USP e seus ex-alunos diziam que seu empenho em transmitir conhecimento e viver a caridade era tamanho, que não hesitava em vender seus próprios livros para alimentar discípulos que não tinham como se sustentar enquanto cursavam o Bacharelado.

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Conta-se que em viagens pelo interior, em estradas de terra e em lombo de mula, quando encontrava algum andarilho em andrajos, ele entregava sua própria capa e também o dinheiro que portava, pois se condoía da situação dos desvalidos e isso ocorria com muita frequência.

No texto do criador da Academia Paulista de Letras, reproduz-se a emocionante passagem da despedida do Padre Chico, da velha Sé que seria demolida para dar espaço à majestosa Catedral de hoje. Ele foi o último sacerdote a celebrar missa no vetusto templo, em cuja escadaria permaneceu durante longos minutos, a orar e a derramar copiosas lágrimas, antes que viesse abaixo. Esse era o “Padre Chico”. Existe alguém, nesta São Paulo imensa, que ainda se lembra de sua relevância?

Ao folhear o livro “Da tribuna e da imprensa”, do fundador da Academia Paulista de Letras, o carioca e médico Dr. José Joaquim de Carvalho, encontro um texto-homenagem ao Monsenhor Dr. Paula Rodrigues, o famoso “Padre Chico”, também um dos primeiros “imortais” da Paulicéia.

O criador da Casa de Cultura por excelência da gente paulista, é pródigo ao reverenciar o confrade: “Enfeixando em suas puras mãos basta provisão de glórias legítimas, invejáveis e dificilmente atingíveis, quanto também de honrarias, de autoridade e de mando; arcediago, monsenhor, doutor em teologia, doutor em filosofia “honoris causa”, ex-governador do Bispado, na viuvez da mitra pelo falecimento do pranteado Dom José Gaspar de Affonseca e Silva, vigário geral no decênio de 78 a 88, agora outra vez Vigário Geral e Primeiro Governador do Arcebispado, ex-Professor do Seminário e do Curso Anexo à Faculdade de Direito, da Academia Paulista de Letras, é ele contudo a personificação exemplar da modéstia, da bondade sem afetação, da piedade evangélica, da humildade perfeita!”

Em 1940, a Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco homenageou Padre Chico apondo uma placa alusiva ao centenário de seu nascimento, placa ainda hoje afixada na parede à esquerda de quem adentra ao pórtico franciscano.

Francisco de Paula Rodrigues nasceu em São Paulo, em 25 de agosto de 1840 e aqui faleceu, aos 21 de junho de 1915.

Era um sacerdote às antigas: notabilizou-se por singularidades como a bondade extrema, a verdadeira caridade evangélica e uma humildade sem igual. Suas aulas eram concorridas, tanto no Seminário, o qual também dirigiu, como latinista de inexcedível preparo e no ensino de francês no Curso Anexo à Faculdade de Direito. Academia que já cursara com raro brilho.

Nada obstante sua reconhecida cultura, aceitou ser Capelão da Penitenciária de São Paulo e do Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, bem como a presidir a Congregação Cristã e exercer a espinhosa missão de Primeiro Governador da Diocese de São Paulo. Acumulou as funções com o exercício do Vicariato Capitular, simultaneamente a ser Vigário Geral e Provisor do Arcebispo de nosso Estado.

Erudito, pois Doutor em Teologia, não era prolixo: foi considerado o mais festejado orador sacro de Piratininga. Suas homilias e sermões eram frequentados por muitas pessoas que, sem a sua presença, não compareceriam às funções religiosas. Tamanha a sua merecida fama, que o nome pelo qual era conhecido por toda a população da então provinciana São Paulo – Padre Chico – batizou a instituição benemérita devotada à causa dos cegos, por vontade da doadora do terreno que a abriga, a benemérita Elza Paula Souza. Ainda hoje funciona no bairro do Ipiranga.

Quando faleceu, em olor de santidade, a seu sepultamento acorreram milhares de paulistanos. Dentre os que discursaram junto a seu túmulo, destacou-se o legendário Professor Spencer Vampré, que falou pela Universidade de São Paulo: “Hoje a alma nacional se enche de luto, meus senhores. Este que a mão fria da morte acaba de ceifar dentre os vivos, não primou somente como príncipe da tribuna sagrada. Com a palavra máscula empolgava as multidões e semeava com o verbo inspirado a semente divina do Evangelho. A sua glória como orador foi imensa, mas esse prestígio mundano nada é, senhores, em quem sente a vocação para conquistas mais altas para ideais mais sublimes. Francisco de Paula Rodrigues foi também mestre de uma geração que hoje honra o País, e que apregoa por toda parte a grandeza de sua alma pura de apóstolo perfeito e a profundidade de seus variados conhecimentos”.

A essa altura, “Padre Chico” era Reitor Honorário da USP e seus ex-alunos diziam que seu empenho em transmitir conhecimento e viver a caridade era tamanho, que não hesitava em vender seus próprios livros para alimentar discípulos que não tinham como se sustentar enquanto cursavam o Bacharelado.

Conta-se que em viagens pelo interior, em estradas de terra e em lombo de mula, quando encontrava algum andarilho em andrajos, ele entregava sua própria capa e também o dinheiro que portava, pois se condoía da situação dos desvalidos e isso ocorria com muita frequência.

No texto do criador da Academia Paulista de Letras, reproduz-se a emocionante passagem da despedida do Padre Chico, da velha Sé que seria demolida para dar espaço à majestosa Catedral de hoje. Ele foi o último sacerdote a celebrar missa no vetusto templo, em cuja escadaria permaneceu durante longos minutos, a orar e a derramar copiosas lágrimas, antes que viesse abaixo. Esse era o “Padre Chico”. Existe alguém, nesta São Paulo imensa, que ainda se lembra de sua relevância?

Ao folhear o livro “Da tribuna e da imprensa”, do fundador da Academia Paulista de Letras, o carioca e médico Dr. José Joaquim de Carvalho, encontro um texto-homenagem ao Monsenhor Dr. Paula Rodrigues, o famoso “Padre Chico”, também um dos primeiros “imortais” da Paulicéia.

O criador da Casa de Cultura por excelência da gente paulista, é pródigo ao reverenciar o confrade: “Enfeixando em suas puras mãos basta provisão de glórias legítimas, invejáveis e dificilmente atingíveis, quanto também de honrarias, de autoridade e de mando; arcediago, monsenhor, doutor em teologia, doutor em filosofia “honoris causa”, ex-governador do Bispado, na viuvez da mitra pelo falecimento do pranteado Dom José Gaspar de Affonseca e Silva, vigário geral no decênio de 78 a 88, agora outra vez Vigário Geral e Primeiro Governador do Arcebispado, ex-Professor do Seminário e do Curso Anexo à Faculdade de Direito, da Academia Paulista de Letras, é ele contudo a personificação exemplar da modéstia, da bondade sem afetação, da piedade evangélica, da humildade perfeita!”

Em 1940, a Associação dos Antigos Alunos da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco homenageou Padre Chico apondo uma placa alusiva ao centenário de seu nascimento, placa ainda hoje afixada na parede à esquerda de quem adentra ao pórtico franciscano.

Francisco de Paula Rodrigues nasceu em São Paulo, em 25 de agosto de 1840 e aqui faleceu, aos 21 de junho de 1915.

Era um sacerdote às antigas: notabilizou-se por singularidades como a bondade extrema, a verdadeira caridade evangélica e uma humildade sem igual. Suas aulas eram concorridas, tanto no Seminário, o qual também dirigiu, como latinista de inexcedível preparo e no ensino de francês no Curso Anexo à Faculdade de Direito. Academia que já cursara com raro brilho.

Nada obstante sua reconhecida cultura, aceitou ser Capelão da Penitenciária de São Paulo e do Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, bem como a presidir a Congregação Cristã e exercer a espinhosa missão de Primeiro Governador da Diocese de São Paulo. Acumulou as funções com o exercício do Vicariato Capitular, simultaneamente a ser Vigário Geral e Provisor do Arcebispo de nosso Estado.

Erudito, pois Doutor em Teologia, não era prolixo: foi considerado o mais festejado orador sacro de Piratininga. Suas homilias e sermões eram frequentados por muitas pessoas que, sem a sua presença, não compareceriam às funções religiosas. Tamanha a sua merecida fama, que o nome pelo qual era conhecido por toda a população da então provinciana São Paulo – Padre Chico – batizou a instituição benemérita devotada à causa dos cegos, por vontade da doadora do terreno que a abriga, a benemérita Elza Paula Souza. Ainda hoje funciona no bairro do Ipiranga.

Quando faleceu, em olor de santidade, a seu sepultamento acorreram milhares de paulistanos. Dentre os que discursaram junto a seu túmulo, destacou-se o legendário Professor Spencer Vampré, que falou pela Universidade de São Paulo: “Hoje a alma nacional se enche de luto, meus senhores. Este que a mão fria da morte acaba de ceifar dentre os vivos, não primou somente como príncipe da tribuna sagrada. Com a palavra máscula empolgava as multidões e semeava com o verbo inspirado a semente divina do Evangelho. A sua glória como orador foi imensa, mas esse prestígio mundano nada é, senhores, em quem sente a vocação para conquistas mais altas para ideais mais sublimes. Francisco de Paula Rodrigues foi também mestre de uma geração que hoje honra o País, e que apregoa por toda parte a grandeza de sua alma pura de apóstolo perfeito e a profundidade de seus variados conhecimentos”.

A essa altura, “Padre Chico” era Reitor Honorário da USP e seus ex-alunos diziam que seu empenho em transmitir conhecimento e viver a caridade era tamanho, que não hesitava em vender seus próprios livros para alimentar discípulos que não tinham como se sustentar enquanto cursavam o Bacharelado.

Conta-se que em viagens pelo interior, em estradas de terra e em lombo de mula, quando encontrava algum andarilho em andrajos, ele entregava sua própria capa e também o dinheiro que portava, pois se condoía da situação dos desvalidos e isso ocorria com muita frequência.

No texto do criador da Academia Paulista de Letras, reproduz-se a emocionante passagem da despedida do Padre Chico, da velha Sé que seria demolida para dar espaço à majestosa Catedral de hoje. Ele foi o último sacerdote a celebrar missa no vetusto templo, em cuja escadaria permaneceu durante longos minutos, a orar e a derramar copiosas lágrimas, antes que viesse abaixo. Esse era o “Padre Chico”. Existe alguém, nesta São Paulo imensa, que ainda se lembra de sua relevância?

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