Ser resiliente significa ter a capacidade de se recuperar facilmente em uma crise ou de se adaptar a eventos inesperados, situações difíceis e mudanças indesejadas. Em um momento em que a pandemia do Coronavírus atingiu o mundo todo, afetando a economia mundial e as finanças pessoais, a capacidade de seguir em frente é essencial.
Mas, você já ouviu falar de resiliência financeira? A maioria das pessoas passa a vida desejando ter uma conta bancária que feche 'no azul', conseguindo chegar ao fim do mês com as contas todas pagas e ainda poupar algo. No entanto, achar o caminho para esse equilíbrio não é fácil, seja por desorganização ou desconhecimento.
Em relatório recente, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), considera que a educação financeira inclui conhecimentos, atitudes e comportamentos. A resiliência financeira individual ganha, inclusive, lugar de destaque, sendo considerada uma característica essencial para todas as pessoas.
E como podemos nos tornar pessoas financeiramente resilientes? Dentre as principais características desse individuo, algumas chamam atenção por serem verdadeiras estratégias e lições simples que, no dia a dia, que podem ajudar qualquer um a retomar o controle de suas finanças e alcançar novos voos. São elas:
- Controle do dinheiro: Ou seja, acompanhar regularmente a própria situação financeira, tomando consciência da situação atual e evitando que o endividamento aconteça (o famoso 'tomar as rédeas' da situação!);
- Consumo consciente: Estudos comprovam que os indivíduos financeiramente resilientes consomem de forma consciente, se atentam ao impacto de seus gastos não só em sua vida, mas no contexto geral e tomam extremo cuidado com as próprias despesas, não se deixando levar por propagandas, marketing ou até mesmo algum tipo de apelo emocional na hora de consumir;
- Reserva para emergências: Pessoas financeiramente resilientes estão preparados para qualquer tipo de redução ou perda total de sua renda. Elas possuem uma reserva de emergência que possibilita o sustento individual ou de sua família, caso algo aconteça;
- Déficit financeiro: Têm capacidade de lidar com momentos em que as receitas são menores que as despesas e possuem preparo para essas situações;
- Planejamento financeiro pessoal: Dispõem de metas financeiras de longo prazo e conseguem persegui-las ativamente, 'sem deixar a peteca cair';
- Consciência de fraude: Têm ciência de que fraudes financeiras, oportunismo e maldade existem e que podem cruzar o seu caminho a qualquer momento, portanto, está sempre preparado para o que pode acontecer se munindo de informação confiável de qualidade e muito estudo sobre o mercado financeiro.
Por fim, é importante entender que a resiliência financeira não se aprende facilmente ou rapidamente. Ela é lapidada e precisa ser constantemente trabalhada e aprimorada. Seguir as dicas acima já é um bom começo para sucesso na vida financeira e na 'virada de chave', de endividamento, para o de investimento.
*Luciana Ikedo, assessora de investimentos e sócia-fundadora do escritório Ikedo Investimentos