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Ronnie Lessa disse que teve ‘dificuldade’ de matar Marielle e cogitou emboscada em bar; assista


Atirador narrou à Polícia Federal que, por ‘exigência’ de Rivaldo Barbosa, vereadora não poderia ser morta no trajeto da Câmara Municipal; endereço residencial também era ‘quase impossível’, narrou à PF

Por Rayssa Motta
Atualização:

O matador de aluguel Ronnie Lessa afirmou em delação à Polícia Federal que recebeu a arma usada para matar a vereadora Marielle Franco seis meses antes do crime, em setembro de 2017, mas que teve dificuldade de colocar o plano de atentado em prática por causa de uma “exigência” que teria sido feita pelo delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, sobre a rota do crime.

De acordo com o atirador, o delegado proibiu que a vereadora fosse morta no trajeto da Câmara dos Vereadores do Rio. Rivaldo Barbosa nega envolvimento no atentado.

“A exigência traçada pelo Rivaldo não permitia. A gente não conseguia localizar. A gente não conseguia ver a Marielle”, relatou o executor em depoimento à PF.

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Ronnie Lessa fechou delação e narrou à PF como matou Marielle Franco. Foto: Reprodução/processo judicial

Ronnie Lessa confessou que tentou montar campana no prédio de Marielle Franco, no Rio Comprido, zona norte do Rio, mas que a rua tinha policiamento e era “quase impossível” fazer a vigilância na região.

“Ali é uma área de difícil acesso, não tem onde parar, tem policiais andando na calçada, ali é um lugar difícil de monitorar”, contou. “Tentativas sem êxito levaram que a gente procurasse outros meios.”

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Antes do atentado, no dia 24 de março de 2018, o atirador cogitou tentar matar Marielle Franco quando soube que ela estava em um bar na Praça da Bandeira, também na zona norte, mas seu comparsa, Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como “Macalé”, que cuidava de segurança de um bicheiro, não estava disponível. “Esse dia o Macalé recebeu uma ligação, mas ele estava trabalhando.”

Outras “oportunidades” para executar a vereadora também foram “perdidas”, antes do crime, segundo Lessa. “O tempo foi passando e nada.”

O matador relatou na delação que chegou a procurar o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, apontados por ele como mandantes do crime, para tentar flexibilizar a suposta exigência de Rivaldo Barbosa. Mas, segundo ele, os irmãos foram inflexíveis.

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“Nessa reunião, ele (Domingos Brazão) deixou claro que se fosse o caso até abortaria. Eu falei: ‘Caramba, então a coisa é mais séria do eu imagino, mas está de pé, vamos com tudo, vamos continuar, vamos insistir que uma hora vai dar certo. E continuamos a batalha.”

Assista:

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Atirador fechou acordo de colaboração e deu detalhes do assassinato da vereadora Marielle Franco

O matador de aluguel Ronnie Lessa afirmou em delação à Polícia Federal que recebeu a arma usada para matar a vereadora Marielle Franco seis meses antes do crime, em setembro de 2017, mas que teve dificuldade de colocar o plano de atentado em prática por causa de uma “exigência” que teria sido feita pelo delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, sobre a rota do crime.

De acordo com o atirador, o delegado proibiu que a vereadora fosse morta no trajeto da Câmara dos Vereadores do Rio. Rivaldo Barbosa nega envolvimento no atentado.

“A exigência traçada pelo Rivaldo não permitia. A gente não conseguia localizar. A gente não conseguia ver a Marielle”, relatou o executor em depoimento à PF.

Ronnie Lessa fechou delação e narrou à PF como matou Marielle Franco. Foto: Reprodução/processo judicial

Ronnie Lessa confessou que tentou montar campana no prédio de Marielle Franco, no Rio Comprido, zona norte do Rio, mas que a rua tinha policiamento e era “quase impossível” fazer a vigilância na região.

“Ali é uma área de difícil acesso, não tem onde parar, tem policiais andando na calçada, ali é um lugar difícil de monitorar”, contou. “Tentativas sem êxito levaram que a gente procurasse outros meios.”

Antes do atentado, no dia 24 de março de 2018, o atirador cogitou tentar matar Marielle Franco quando soube que ela estava em um bar na Praça da Bandeira, também na zona norte, mas seu comparsa, Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como “Macalé”, que cuidava de segurança de um bicheiro, não estava disponível. “Esse dia o Macalé recebeu uma ligação, mas ele estava trabalhando.”

Outras “oportunidades” para executar a vereadora também foram “perdidas”, antes do crime, segundo Lessa. “O tempo foi passando e nada.”

O matador relatou na delação que chegou a procurar o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, apontados por ele como mandantes do crime, para tentar flexibilizar a suposta exigência de Rivaldo Barbosa. Mas, segundo ele, os irmãos foram inflexíveis.

“Nessa reunião, ele (Domingos Brazão) deixou claro que se fosse o caso até abortaria. Eu falei: ‘Caramba, então a coisa é mais séria do eu imagino, mas está de pé, vamos com tudo, vamos continuar, vamos insistir que uma hora vai dar certo. E continuamos a batalha.”

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Atirador fechou acordo de colaboração e deu detalhes do assassinato da vereadora Marielle Franco

O matador de aluguel Ronnie Lessa afirmou em delação à Polícia Federal que recebeu a arma usada para matar a vereadora Marielle Franco seis meses antes do crime, em setembro de 2017, mas que teve dificuldade de colocar o plano de atentado em prática por causa de uma “exigência” que teria sido feita pelo delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, sobre a rota do crime.

De acordo com o atirador, o delegado proibiu que a vereadora fosse morta no trajeto da Câmara dos Vereadores do Rio. Rivaldo Barbosa nega envolvimento no atentado.

“A exigência traçada pelo Rivaldo não permitia. A gente não conseguia localizar. A gente não conseguia ver a Marielle”, relatou o executor em depoimento à PF.

Ronnie Lessa fechou delação e narrou à PF como matou Marielle Franco. Foto: Reprodução/processo judicial

Ronnie Lessa confessou que tentou montar campana no prédio de Marielle Franco, no Rio Comprido, zona norte do Rio, mas que a rua tinha policiamento e era “quase impossível” fazer a vigilância na região.

“Ali é uma área de difícil acesso, não tem onde parar, tem policiais andando na calçada, ali é um lugar difícil de monitorar”, contou. “Tentativas sem êxito levaram que a gente procurasse outros meios.”

Antes do atentado, no dia 24 de março de 2018, o atirador cogitou tentar matar Marielle Franco quando soube que ela estava em um bar na Praça da Bandeira, também na zona norte, mas seu comparsa, Edmilson da Silva de Oliveira, conhecido como “Macalé”, que cuidava de segurança de um bicheiro, não estava disponível. “Esse dia o Macalé recebeu uma ligação, mas ele estava trabalhando.”

Outras “oportunidades” para executar a vereadora também foram “perdidas”, antes do crime, segundo Lessa. “O tempo foi passando e nada.”

O matador relatou na delação que chegou a procurar o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) e o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, apontados por ele como mandantes do crime, para tentar flexibilizar a suposta exigência de Rivaldo Barbosa. Mas, segundo ele, os irmãos foram inflexíveis.

“Nessa reunião, ele (Domingos Brazão) deixou claro que se fosse o caso até abortaria. Eu falei: ‘Caramba, então a coisa é mais séria do eu imagino, mas está de pé, vamos com tudo, vamos continuar, vamos insistir que uma hora vai dar certo. E continuamos a batalha.”

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