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Assassinato de Mãe Bernadete mobiliza presidência do STF: ‘literalmente a fuzilaram’


Ministra Rosa Weber pediu homenagem à memória da líder quilombola e ligou para governador para cobrar respostas sobre o crime

Por Rayssa Motta
Atualização:
Mãe Bernadete, liderança quilombola, foi morta a tiros na região metropolitana de Salvador. Foto: Conaq/Divulgação

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fizeram nesta quarta-feira, 23, uma homenagem à memória da líder quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, executada na Bahia. A ativista de 72 anos foi morta a tiros dentro da própria casa em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, na semana passada.

A ministra Rosa Weber, presidente do STF, pediu um minuto de silêncio no plenário antes da sessão de votação.

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“Uma senhora de 72 anos que estava na sala vendo televisão. Literalmente, a fuzilaram”, lamentou a ministra. “Fatos como esse mostram que nós temos um longo caminho ainda a percorrer como sociedade no sentindo de um avanço civilizatório e no sentido da efetivação dos direitos fundamentais que a nossa Constituição cidadã assegura a todos.”

Rosa Weber é presidente do STF e do CNJ. Foto: CARLOS ALVES MOURA

A presidente do STF também informou que conversou com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e pediu empenho na resolução do crime. O petista chegou a levantar a hipótese do envolvimento de facções criminosas na execução. A família, no entanto, acredita que Mãe Bernadete foi vítima de intolerância religiosa.

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A Polícia Federal investiga o caso em um inquérito sigiloso. Uma força-tarefa da Polícia Civil da Bahia também apura o assassinato.

Levantamento feito pelo Estadão mostra que as denúncias de intolerância religiosa mais que dobraram nos últimos quatro anos.

Rosa Weber esteve na Bahia no meio do ano e chegou a se encontrar pessoalmente com Mãe Bernadete. Após o encontro, a ministra teria pedido ao governo da Bahia maior proteção às comunidades quilombolas no Estado. “Pedi para ele (governador) um cuidado especial com os quilombolas, tamanha a situação que me pareceu de desemparo”, relembrou a ministra nesta tarde.

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Além de presidente do STF, Rosa Weber dirige o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Judiciário. Ela criou, em julho, um grupo de trabalho para aperfeiçoar a atuação judicial no processamento de ações sobre disputas de posse envolvendo comunidades quilombolas.

A ministra Cármen Lúcia, conhecida pela defesa dos direitos humanos, elogiou a trajetória da Mãe Bernadete no plenário do STF. Ela afirmou nesta tarde que vê falhas do poder público.

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“A morte da Mãe Bernadete é mais uma chaga entre as tantas e quantas desumanidades que nós temos assistido em nosso País”, disse. “A despeito de todas as denúncias que ela desabafava, o Estado brasileiro não conseguiu impedir mais um assassinato.”

Mãe Bernadete, liderança quilombola, foi morta a tiros na região metropolitana de Salvador. Foto: Conaq/Divulgação

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fizeram nesta quarta-feira, 23, uma homenagem à memória da líder quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, executada na Bahia. A ativista de 72 anos foi morta a tiros dentro da própria casa em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, na semana passada.

A ministra Rosa Weber, presidente do STF, pediu um minuto de silêncio no plenário antes da sessão de votação.

“Uma senhora de 72 anos que estava na sala vendo televisão. Literalmente, a fuzilaram”, lamentou a ministra. “Fatos como esse mostram que nós temos um longo caminho ainda a percorrer como sociedade no sentindo de um avanço civilizatório e no sentido da efetivação dos direitos fundamentais que a nossa Constituição cidadã assegura a todos.”

Rosa Weber é presidente do STF e do CNJ. Foto: CARLOS ALVES MOURA

A presidente do STF também informou que conversou com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e pediu empenho na resolução do crime. O petista chegou a levantar a hipótese do envolvimento de facções criminosas na execução. A família, no entanto, acredita que Mãe Bernadete foi vítima de intolerância religiosa.

A Polícia Federal investiga o caso em um inquérito sigiloso. Uma força-tarefa da Polícia Civil da Bahia também apura o assassinato.

Levantamento feito pelo Estadão mostra que as denúncias de intolerância religiosa mais que dobraram nos últimos quatro anos.

Rosa Weber esteve na Bahia no meio do ano e chegou a se encontrar pessoalmente com Mãe Bernadete. Após o encontro, a ministra teria pedido ao governo da Bahia maior proteção às comunidades quilombolas no Estado. “Pedi para ele (governador) um cuidado especial com os quilombolas, tamanha a situação que me pareceu de desemparo”, relembrou a ministra nesta tarde.

Além de presidente do STF, Rosa Weber dirige o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Judiciário. Ela criou, em julho, um grupo de trabalho para aperfeiçoar a atuação judicial no processamento de ações sobre disputas de posse envolvendo comunidades quilombolas.

A ministra Cármen Lúcia, conhecida pela defesa dos direitos humanos, elogiou a trajetória da Mãe Bernadete no plenário do STF. Ela afirmou nesta tarde que vê falhas do poder público.

“A morte da Mãe Bernadete é mais uma chaga entre as tantas e quantas desumanidades que nós temos assistido em nosso País”, disse. “A despeito de todas as denúncias que ela desabafava, o Estado brasileiro não conseguiu impedir mais um assassinato.”

Mãe Bernadete, liderança quilombola, foi morta a tiros na região metropolitana de Salvador. Foto: Conaq/Divulgação

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) fizeram nesta quarta-feira, 23, uma homenagem à memória da líder quilombola e ialorixá Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, executada na Bahia. A ativista de 72 anos foi morta a tiros dentro da própria casa em Simões Filho, na região metropolitana de Salvador, na semana passada.

A ministra Rosa Weber, presidente do STF, pediu um minuto de silêncio no plenário antes da sessão de votação.

“Uma senhora de 72 anos que estava na sala vendo televisão. Literalmente, a fuzilaram”, lamentou a ministra. “Fatos como esse mostram que nós temos um longo caminho ainda a percorrer como sociedade no sentindo de um avanço civilizatório e no sentido da efetivação dos direitos fundamentais que a nossa Constituição cidadã assegura a todos.”

Rosa Weber é presidente do STF e do CNJ. Foto: CARLOS ALVES MOURA

A presidente do STF também informou que conversou com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), e pediu empenho na resolução do crime. O petista chegou a levantar a hipótese do envolvimento de facções criminosas na execução. A família, no entanto, acredita que Mãe Bernadete foi vítima de intolerância religiosa.

A Polícia Federal investiga o caso em um inquérito sigiloso. Uma força-tarefa da Polícia Civil da Bahia também apura o assassinato.

Levantamento feito pelo Estadão mostra que as denúncias de intolerância religiosa mais que dobraram nos últimos quatro anos.

Rosa Weber esteve na Bahia no meio do ano e chegou a se encontrar pessoalmente com Mãe Bernadete. Após o encontro, a ministra teria pedido ao governo da Bahia maior proteção às comunidades quilombolas no Estado. “Pedi para ele (governador) um cuidado especial com os quilombolas, tamanha a situação que me pareceu de desemparo”, relembrou a ministra nesta tarde.

Além de presidente do STF, Rosa Weber dirige o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra o Judiciário. Ela criou, em julho, um grupo de trabalho para aperfeiçoar a atuação judicial no processamento de ações sobre disputas de posse envolvendo comunidades quilombolas.

A ministra Cármen Lúcia, conhecida pela defesa dos direitos humanos, elogiou a trajetória da Mãe Bernadete no plenário do STF. Ela afirmou nesta tarde que vê falhas do poder público.

“A morte da Mãe Bernadete é mais uma chaga entre as tantas e quantas desumanidades que nós temos assistido em nosso País”, disse. “A despeito de todas as denúncias que ela desabafava, o Estado brasileiro não conseguiu impedir mais um assassinato.”

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