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Plenário, sessões virtuais ou julgamento nas turmas: destino de ações do 8/1 no STF está indefinido


Ministros dos Supremo Tribunal Federal ainda não bateram martelo sobre melhor modelo para julgar bolsonaristas; volume de ações e comportamento de advogados são considerados

Por Rayssa Motta
STF vai julgar denúncias sobre 1.345 bolsonaristas acusados pela PGR de envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Foto: WILTON JUNIOR

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não bateram o martelo sobre qual caminho seguir para julgar os réus do dia 8 de janeiro.

O tribunal ficará afogado se os julgamentos forem mantidos no plenário e outros temas relevantes precisarão ser sacrificados.

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Ao todo, são 1.345 bolsonaristas no banco dos réus por envolvimento nos atos golpistas. O STF convocou sessões extraordinárias e levou dois dias, com reuniões pela manhã e durante a tarde, para julgar os três primeiros denunciados. Eles foram condenados a penas que chegam a 17 anos.

O número de ações do dia 8 de janeiro não tem precedentes. Não se compara, por exemplo, ao caso do mensalão, que é considerado por analistas o ponto de virada que consolidou a centralidade das atribuições criminais do STF. O julgamento do mensalão levou 69 sessões. Eram 38 réus.

As opções na mesa são manter os julgamentos do 8 de janeiro no plenário, o que comprometerá a pauta, mesmo que as ações sejam intercaladas com outros processos.

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Os ministros também avaliam alterar novamente o regimento interno para devolver às turmas a atribuição para julgar ações criminais. A alternativa ganha força entre uma corrente que defende respostas céleres aos extremistas, mas considera que o tribunal não pode negligenciar a pauta constitucional.

Se os julgamentos forem movidos para as turmas, os réus poderão recorrer ao plenário para tentar anular eventuais condenações. Nesse caso, o desfecho dos processos tende a ser mais lento, atrasando o cumprimento das penas.

Tribunal avalia melhor caminho para analisar ações penais do 8 de janeiro. Foto: Wilton Junior
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Há ainda a opção de julgar as ações no plenário virtual. A estratégia foi usada pelo STF para analisar as denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que permitiu que a Corte concluísse em quatro meses a etapa de recebimento das acusações. O debate, no entanto, fica engessado, já que não há reunião entre os ministros, que apenas registram os votos na plataforma online.

O plenário virtual é visto como uma alternativa promissora para cessar o palanque dos advogados defesa, já que nessa modalidade as sustentações orais são gravadas e enviadas em arquivo de áudio. Os defensores protagonizaram ataques aos ministros e ao Judiciário na semana passada.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no entanto, é contra os julgamentos na modalidade virtual. A avaliação é que a defesa fica prejudicada, porque não há garantias de que os argumentos dos advogados são considerados. Uma comissão da OAB elaborou, na esteira dos julgamentos do 8 de janeiro, um projeto de lei para proibir a análise de ações criminais no plenário virtual.

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A ministra Rosa Weber, presidente do STF, se aposenta no final do mês. Se os ministros não chegarem a um consenso antes disso, o destino dos processos do 8 de janeiro pode ser definido na gestão do ministro Luís Roberto Barroso, que assume no próximo dia 28.

STF vai julgar denúncias sobre 1.345 bolsonaristas acusados pela PGR de envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Foto: WILTON JUNIOR

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não bateram o martelo sobre qual caminho seguir para julgar os réus do dia 8 de janeiro.

O tribunal ficará afogado se os julgamentos forem mantidos no plenário e outros temas relevantes precisarão ser sacrificados.

Ao todo, são 1.345 bolsonaristas no banco dos réus por envolvimento nos atos golpistas. O STF convocou sessões extraordinárias e levou dois dias, com reuniões pela manhã e durante a tarde, para julgar os três primeiros denunciados. Eles foram condenados a penas que chegam a 17 anos.

O número de ações do dia 8 de janeiro não tem precedentes. Não se compara, por exemplo, ao caso do mensalão, que é considerado por analistas o ponto de virada que consolidou a centralidade das atribuições criminais do STF. O julgamento do mensalão levou 69 sessões. Eram 38 réus.

As opções na mesa são manter os julgamentos do 8 de janeiro no plenário, o que comprometerá a pauta, mesmo que as ações sejam intercaladas com outros processos.

Os ministros também avaliam alterar novamente o regimento interno para devolver às turmas a atribuição para julgar ações criminais. A alternativa ganha força entre uma corrente que defende respostas céleres aos extremistas, mas considera que o tribunal não pode negligenciar a pauta constitucional.

Se os julgamentos forem movidos para as turmas, os réus poderão recorrer ao plenário para tentar anular eventuais condenações. Nesse caso, o desfecho dos processos tende a ser mais lento, atrasando o cumprimento das penas.

Tribunal avalia melhor caminho para analisar ações penais do 8 de janeiro. Foto: Wilton Junior

Há ainda a opção de julgar as ações no plenário virtual. A estratégia foi usada pelo STF para analisar as denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que permitiu que a Corte concluísse em quatro meses a etapa de recebimento das acusações. O debate, no entanto, fica engessado, já que não há reunião entre os ministros, que apenas registram os votos na plataforma online.

O plenário virtual é visto como uma alternativa promissora para cessar o palanque dos advogados defesa, já que nessa modalidade as sustentações orais são gravadas e enviadas em arquivo de áudio. Os defensores protagonizaram ataques aos ministros e ao Judiciário na semana passada.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no entanto, é contra os julgamentos na modalidade virtual. A avaliação é que a defesa fica prejudicada, porque não há garantias de que os argumentos dos advogados são considerados. Uma comissão da OAB elaborou, na esteira dos julgamentos do 8 de janeiro, um projeto de lei para proibir a análise de ações criminais no plenário virtual.

A ministra Rosa Weber, presidente do STF, se aposenta no final do mês. Se os ministros não chegarem a um consenso antes disso, o destino dos processos do 8 de janeiro pode ser definido na gestão do ministro Luís Roberto Barroso, que assume no próximo dia 28.

STF vai julgar denúncias sobre 1.345 bolsonaristas acusados pela PGR de envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro. Foto: WILTON JUNIOR

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não bateram o martelo sobre qual caminho seguir para julgar os réus do dia 8 de janeiro.

O tribunal ficará afogado se os julgamentos forem mantidos no plenário e outros temas relevantes precisarão ser sacrificados.

Ao todo, são 1.345 bolsonaristas no banco dos réus por envolvimento nos atos golpistas. O STF convocou sessões extraordinárias e levou dois dias, com reuniões pela manhã e durante a tarde, para julgar os três primeiros denunciados. Eles foram condenados a penas que chegam a 17 anos.

O número de ações do dia 8 de janeiro não tem precedentes. Não se compara, por exemplo, ao caso do mensalão, que é considerado por analistas o ponto de virada que consolidou a centralidade das atribuições criminais do STF. O julgamento do mensalão levou 69 sessões. Eram 38 réus.

As opções na mesa são manter os julgamentos do 8 de janeiro no plenário, o que comprometerá a pauta, mesmo que as ações sejam intercaladas com outros processos.

Os ministros também avaliam alterar novamente o regimento interno para devolver às turmas a atribuição para julgar ações criminais. A alternativa ganha força entre uma corrente que defende respostas céleres aos extremistas, mas considera que o tribunal não pode negligenciar a pauta constitucional.

Se os julgamentos forem movidos para as turmas, os réus poderão recorrer ao plenário para tentar anular eventuais condenações. Nesse caso, o desfecho dos processos tende a ser mais lento, atrasando o cumprimento das penas.

Tribunal avalia melhor caminho para analisar ações penais do 8 de janeiro. Foto: Wilton Junior

Há ainda a opção de julgar as ações no plenário virtual. A estratégia foi usada pelo STF para analisar as denúncias oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR), o que permitiu que a Corte concluísse em quatro meses a etapa de recebimento das acusações. O debate, no entanto, fica engessado, já que não há reunião entre os ministros, que apenas registram os votos na plataforma online.

O plenário virtual é visto como uma alternativa promissora para cessar o palanque dos advogados defesa, já que nessa modalidade as sustentações orais são gravadas e enviadas em arquivo de áudio. Os defensores protagonizaram ataques aos ministros e ao Judiciário na semana passada.

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), no entanto, é contra os julgamentos na modalidade virtual. A avaliação é que a defesa fica prejudicada, porque não há garantias de que os argumentos dos advogados são considerados. Uma comissão da OAB elaborou, na esteira dos julgamentos do 8 de janeiro, um projeto de lei para proibir a análise de ações criminais no plenário virtual.

A ministra Rosa Weber, presidente do STF, se aposenta no final do mês. Se os ministros não chegarem a um consenso antes disso, o destino dos processos do 8 de janeiro pode ser definido na gestão do ministro Luís Roberto Barroso, que assume no próximo dia 28.

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