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STJ vai decidir sobre federalização da Chacina do Cabula


Operação da PM na Bahia deixou doze mortos em fevereiro de 2015; ministro da Corte adverte que elevado índice de mortes em confronto com a corporação 'pode vir a gerar responsabilização internacional do país'

Por Fausto Macedo e Julia Affonso
Vista do corredor dos gabinetes dos ministros do Superior Tribunal de Justiça. Crédito: Dida Sampaio/ESTADÃO Foto: Estadão

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai decidir sobre a competência para julgamento de ação penal contra nove policiais militares da Bahia envolvidos em operação realizada durante a chamada Chacina do Cabula, que resultou em 12 mortos e seis feridos, em fevereiro de 2015.

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O ministro Reynaldo Soares da Fonseca recebeu e mandou processar um incidente de deslocamento de competência provocado pelo procurador-geral da República para que a Justiça Federal, e não a estadual, julgue o caso.

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Para o procurador, o caso traz 'indícios fortes que merecem apuração adequada, de que agentes públicos promoveram verdadeira execução, sem chance de defesa das vítimas, o que configura grave violação de direitos humanos, a exigir pronta atuação dos poderes constituídos do Estado brasileiro'.

O procurador afirmou que a manutenção das investigações e da ação penal na esfera estadual 'implica sério e fundado risco de condenação da República Federativa do Brasil nos sistemas internacionais'.

Segundo o procurador-geral, o Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia contra nove policiais.

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Em julho de 2015, esses policiais foram absolvidos em sentença fundada na reprodução simulada dos fatos - que teria ocorrido sem a participação da Promotoria baiana - e no relatório final do inquérito conduzido pela polícia, sem que fosse dado o tempo necessário para depoimento de testemunhas e para instrução adequada do processo.

O Ministério Público e o assistente de acusação apelaram, mas o Tribunal de Justiça da Bahia ainda não julgou esses recursos.

No STJ, o ministro Reynaldo da Fonseca verificou no processo a estatística apresentada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, segundo a qual, entre janeiro de 2013 e junho de 2015, foram registradas 616 mortes em confrontos com a Polícia Militar da Bahia.

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"O quadro, com efeito, descreve indícios de uma possível violação de direitos humanos que pode, pelo menos em tese, vir a gerar responsabilização internacional do país", destacou.

Para ele, merece aprofundamento a alegação de que a atuação da PM baiana e da Justiça estadual 'pode estar comprometida, tanto para a condução da investigação quanto para o julgamento dos processos relacionados à Chacina do Cabula'.

Ele pediu ao procurador-geral da República novas informações sobre as alegações apresentadas no incidente.

Vista do corredor dos gabinetes dos ministros do Superior Tribunal de Justiça. Crédito: Dida Sampaio/ESTADÃO Foto: Estadão

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai decidir sobre a competência para julgamento de ação penal contra nove policiais militares da Bahia envolvidos em operação realizada durante a chamada Chacina do Cabula, que resultou em 12 mortos e seis feridos, em fevereiro de 2015.

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca recebeu e mandou processar um incidente de deslocamento de competência provocado pelo procurador-geral da República para que a Justiça Federal, e não a estadual, julgue o caso.

Para o procurador, o caso traz 'indícios fortes que merecem apuração adequada, de que agentes públicos promoveram verdadeira execução, sem chance de defesa das vítimas, o que configura grave violação de direitos humanos, a exigir pronta atuação dos poderes constituídos do Estado brasileiro'.

O procurador afirmou que a manutenção das investigações e da ação penal na esfera estadual 'implica sério e fundado risco de condenação da República Federativa do Brasil nos sistemas internacionais'.

Segundo o procurador-geral, o Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia contra nove policiais.

Em julho de 2015, esses policiais foram absolvidos em sentença fundada na reprodução simulada dos fatos - que teria ocorrido sem a participação da Promotoria baiana - e no relatório final do inquérito conduzido pela polícia, sem que fosse dado o tempo necessário para depoimento de testemunhas e para instrução adequada do processo.

O Ministério Público e o assistente de acusação apelaram, mas o Tribunal de Justiça da Bahia ainda não julgou esses recursos.

No STJ, o ministro Reynaldo da Fonseca verificou no processo a estatística apresentada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, segundo a qual, entre janeiro de 2013 e junho de 2015, foram registradas 616 mortes em confrontos com a Polícia Militar da Bahia.

"O quadro, com efeito, descreve indícios de uma possível violação de direitos humanos que pode, pelo menos em tese, vir a gerar responsabilização internacional do país", destacou.

Para ele, merece aprofundamento a alegação de que a atuação da PM baiana e da Justiça estadual 'pode estar comprometida, tanto para a condução da investigação quanto para o julgamento dos processos relacionados à Chacina do Cabula'.

Ele pediu ao procurador-geral da República novas informações sobre as alegações apresentadas no incidente.

Vista do corredor dos gabinetes dos ministros do Superior Tribunal de Justiça. Crédito: Dida Sampaio/ESTADÃO Foto: Estadão

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai decidir sobre a competência para julgamento de ação penal contra nove policiais militares da Bahia envolvidos em operação realizada durante a chamada Chacina do Cabula, que resultou em 12 mortos e seis feridos, em fevereiro de 2015.

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca recebeu e mandou processar um incidente de deslocamento de competência provocado pelo procurador-geral da República para que a Justiça Federal, e não a estadual, julgue o caso.

Para o procurador, o caso traz 'indícios fortes que merecem apuração adequada, de que agentes públicos promoveram verdadeira execução, sem chance de defesa das vítimas, o que configura grave violação de direitos humanos, a exigir pronta atuação dos poderes constituídos do Estado brasileiro'.

O procurador afirmou que a manutenção das investigações e da ação penal na esfera estadual 'implica sério e fundado risco de condenação da República Federativa do Brasil nos sistemas internacionais'.

Segundo o procurador-geral, o Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia contra nove policiais.

Em julho de 2015, esses policiais foram absolvidos em sentença fundada na reprodução simulada dos fatos - que teria ocorrido sem a participação da Promotoria baiana - e no relatório final do inquérito conduzido pela polícia, sem que fosse dado o tempo necessário para depoimento de testemunhas e para instrução adequada do processo.

O Ministério Público e o assistente de acusação apelaram, mas o Tribunal de Justiça da Bahia ainda não julgou esses recursos.

No STJ, o ministro Reynaldo da Fonseca verificou no processo a estatística apresentada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, segundo a qual, entre janeiro de 2013 e junho de 2015, foram registradas 616 mortes em confrontos com a Polícia Militar da Bahia.

"O quadro, com efeito, descreve indícios de uma possível violação de direitos humanos que pode, pelo menos em tese, vir a gerar responsabilização internacional do país", destacou.

Para ele, merece aprofundamento a alegação de que a atuação da PM baiana e da Justiça estadual 'pode estar comprometida, tanto para a condução da investigação quanto para o julgamento dos processos relacionados à Chacina do Cabula'.

Ele pediu ao procurador-geral da República novas informações sobre as alegações apresentadas no incidente.

Vista do corredor dos gabinetes dos ministros do Superior Tribunal de Justiça. Crédito: Dida Sampaio/ESTADÃO Foto: Estadão

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai decidir sobre a competência para julgamento de ação penal contra nove policiais militares da Bahia envolvidos em operação realizada durante a chamada Chacina do Cabula, que resultou em 12 mortos e seis feridos, em fevereiro de 2015.

O ministro Reynaldo Soares da Fonseca recebeu e mandou processar um incidente de deslocamento de competência provocado pelo procurador-geral da República para que a Justiça Federal, e não a estadual, julgue o caso.

Para o procurador, o caso traz 'indícios fortes que merecem apuração adequada, de que agentes públicos promoveram verdadeira execução, sem chance de defesa das vítimas, o que configura grave violação de direitos humanos, a exigir pronta atuação dos poderes constituídos do Estado brasileiro'.

O procurador afirmou que a manutenção das investigações e da ação penal na esfera estadual 'implica sério e fundado risco de condenação da República Federativa do Brasil nos sistemas internacionais'.

Segundo o procurador-geral, o Ministério Público da Bahia ofereceu denúncia contra nove policiais.

Em julho de 2015, esses policiais foram absolvidos em sentença fundada na reprodução simulada dos fatos - que teria ocorrido sem a participação da Promotoria baiana - e no relatório final do inquérito conduzido pela polícia, sem que fosse dado o tempo necessário para depoimento de testemunhas e para instrução adequada do processo.

O Ministério Público e o assistente de acusação apelaram, mas o Tribunal de Justiça da Bahia ainda não julgou esses recursos.

No STJ, o ministro Reynaldo da Fonseca verificou no processo a estatística apresentada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado, segundo a qual, entre janeiro de 2013 e junho de 2015, foram registradas 616 mortes em confrontos com a Polícia Militar da Bahia.

"O quadro, com efeito, descreve indícios de uma possível violação de direitos humanos que pode, pelo menos em tese, vir a gerar responsabilização internacional do país", destacou.

Para ele, merece aprofundamento a alegação de que a atuação da PM baiana e da Justiça estadual 'pode estar comprometida, tanto para a condução da investigação quanto para o julgamento dos processos relacionados à Chacina do Cabula'.

Ele pediu ao procurador-geral da República novas informações sobre as alegações apresentadas no incidente.

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