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Opinião|Tabaco, vap, aditivos, nicotina


Os países que adotaram a legalização do Vap estão tentando voltar atrás com imensas dificuldades, sempre é mais difícil voltar atrás que avançar nessas questões de saúde pública

Por Gonzalo Vecina Neto

Hoje finalmente existe uma razoável consciência de que o cigarro prejudica muito a saúde de quem fuma. Doenças cárdio vasculares e câncer são as doenças que mais matam e tem sua gênese importantemente determinada pelo vicio de fumar.

As indústrias que produzem e vendem cigarros são criminosas, produzem um produto que não oferece nenhum beneficio e durante muitos anos estes produtos tiveram suas consequências deletérias escondidas do público – se negava a relação de causa e efeito já conhecida por esses criminosos.

No mundo todo as autoridades sanitárias acordaram para os problemas do tabaco e do vicio de fumar induzido por uma droga muito poderosa que é a nicotina. Acordaram e de diferentes maneiras começaram a informar a população e tomar medidas para buscar reduzir o número de fumantes – disseminar mais informação sobre os males do cigarro, proibir a propaganda dos cigarros, veicular nos maços de cigarro fotos das consequências do cigarro e a medida mais importante a meu ver – aumentando os impostos dos cigarros. Tudo foi correto, mas sem dúvida mexer no bolso do consumidor foi a medida mais eficaz. Com muita choradeira da indústria que referia que essa medida apenas aumentava o contrabando de cigarro paraguaio. O que também era verdade, mas que deve ser combatida pela policia e não se confundir com as ações voltadas a reduzir o consumo dos cigarros.

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Mas a indústria é muito ardilosa e tinha outras saídas já engatilhadas para continuar lucrando às custas da destruição de vidas. Um desses ardis foi a introdução de aditivos que deram um sabor a fumaça inalada. E muitos consumidores já não buscavam o cigarro pelo prazer original e sim pelo sabor de menta, de canela ou qualquer outro. Estavam sendo enganados, pois continuavam buscando o elemento viciante que é a nicotina, mas foram, principalmente os jovens engabelados pela maquina publicitaria das industrias tabagistas.

Mas o grande lance ainda estava por ser dado – o Vap!

O dispositivo eletrônico para fumar era o grande lance – não tem a fumaça cancerígena e poderá ser usado com auxiliar no tratamento do vicio de fumar. E toca buscar e pagar os arautos da boa nova – o remédio para parar de fumar é fumar ...Vap!

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E com esse papo muitos países caíram na esparrela. Permitiram a produção e comercialização dos Vaps e agora estão dentro de um furacão de casos de jovens viciados e com muitos problemas de saúde ainda mais graves que os anteriores, pois são casos mais graves de insuficiência respiratória devido ao uso abusivo das novidades ainda mais estimuladas pelos aditivos.

Estudos recentemente divulgados informam que usuários de cigarro eletrônicos sofrem de ansiedade e isso é facilmente explicado pela quantidade de nicotina a que estão submetendo seus corpos. Além disso a grande maioria das vitimas são jovens e estão sem alternativas para auxilia-los a abandonar um vicio que certamente é o mais difícil de abandonar – mais que crack ou cocaína – o vicio da nicotina.

A batalha contra o cigarro no Brasil começou com as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e a Anvisa no inicio dos anos 2000. E foi um sucesso - de cerca de 30% de fumantes caímos para abaixo de 10%. E agora estamos com o Vap na porta.

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A medida mais importante já foi tomada – é proibido fabricar e vender no país. Mas em qualquer banca de jornais ele é vendido. Verdade! Assim como continuamos com contrabando de cigarros paraguaios. São delitos. Assim como hoje se chegou finalmente à conclusão que o porte de maconha, dependendo do volume, não é delito e o portador é um paciente que se quiser poderá ser tratado para se livrar do vício.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E cada uma deve ser adequadamente enfrentada. E por diferentes agentes da sociedade.

No caso do cigarro está cada vez mais claro nossos acertos. Temos que investir mais neles – os cigarros devem ser controlados sobre como são produzidos e o que contem, em particular sobre o teor de nicotina. E fundamental - os aditivos devem ser proibidos.

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E óbvio os Vaps devem continuar proibidos e seu comercio proibido. Multas são instrumentos muito poderosos, veja-se o uso dos cintos de seguranças, sucesso a base de multas. Chega de lotar as cadeias.

Mas também será necessário disseminar mais informação à população e em particular aos jovens sobre os efeitos desse vicio nos Vaps. Não pode ficar a informação que é menos viciante ou que faz menos mal. Não é verdade. É pior e faz mais mal. E também devemos oferecer canais específicos no SUS para tratar os dependentes. Existem tratamentos e são eficazes.

Os países que adotaram a legalização do Vap estão tentando voltar atrás com imensas dificuldades, sempre é mais difícil voltar atrás que avançar nessas questões de saúde pública.

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Este texto reflete única e exclusivamente a opinião do(a) autor(a) e não representa a visão do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac). Esta série é uma parceria entre o Blog do Fausto Macedo e o Instituto Não Aceito Corrupção. Os artigos têm publicação periódica

Hoje finalmente existe uma razoável consciência de que o cigarro prejudica muito a saúde de quem fuma. Doenças cárdio vasculares e câncer são as doenças que mais matam e tem sua gênese importantemente determinada pelo vicio de fumar.

As indústrias que produzem e vendem cigarros são criminosas, produzem um produto que não oferece nenhum beneficio e durante muitos anos estes produtos tiveram suas consequências deletérias escondidas do público – se negava a relação de causa e efeito já conhecida por esses criminosos.

No mundo todo as autoridades sanitárias acordaram para os problemas do tabaco e do vicio de fumar induzido por uma droga muito poderosa que é a nicotina. Acordaram e de diferentes maneiras começaram a informar a população e tomar medidas para buscar reduzir o número de fumantes – disseminar mais informação sobre os males do cigarro, proibir a propaganda dos cigarros, veicular nos maços de cigarro fotos das consequências do cigarro e a medida mais importante a meu ver – aumentando os impostos dos cigarros. Tudo foi correto, mas sem dúvida mexer no bolso do consumidor foi a medida mais eficaz. Com muita choradeira da indústria que referia que essa medida apenas aumentava o contrabando de cigarro paraguaio. O que também era verdade, mas que deve ser combatida pela policia e não se confundir com as ações voltadas a reduzir o consumo dos cigarros.

Mas a indústria é muito ardilosa e tinha outras saídas já engatilhadas para continuar lucrando às custas da destruição de vidas. Um desses ardis foi a introdução de aditivos que deram um sabor a fumaça inalada. E muitos consumidores já não buscavam o cigarro pelo prazer original e sim pelo sabor de menta, de canela ou qualquer outro. Estavam sendo enganados, pois continuavam buscando o elemento viciante que é a nicotina, mas foram, principalmente os jovens engabelados pela maquina publicitaria das industrias tabagistas.

Mas o grande lance ainda estava por ser dado – o Vap!

O dispositivo eletrônico para fumar era o grande lance – não tem a fumaça cancerígena e poderá ser usado com auxiliar no tratamento do vicio de fumar. E toca buscar e pagar os arautos da boa nova – o remédio para parar de fumar é fumar ...Vap!

E com esse papo muitos países caíram na esparrela. Permitiram a produção e comercialização dos Vaps e agora estão dentro de um furacão de casos de jovens viciados e com muitos problemas de saúde ainda mais graves que os anteriores, pois são casos mais graves de insuficiência respiratória devido ao uso abusivo das novidades ainda mais estimuladas pelos aditivos.

Estudos recentemente divulgados informam que usuários de cigarro eletrônicos sofrem de ansiedade e isso é facilmente explicado pela quantidade de nicotina a que estão submetendo seus corpos. Além disso a grande maioria das vitimas são jovens e estão sem alternativas para auxilia-los a abandonar um vicio que certamente é o mais difícil de abandonar – mais que crack ou cocaína – o vicio da nicotina.

A batalha contra o cigarro no Brasil começou com as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e a Anvisa no inicio dos anos 2000. E foi um sucesso - de cerca de 30% de fumantes caímos para abaixo de 10%. E agora estamos com o Vap na porta.

A medida mais importante já foi tomada – é proibido fabricar e vender no país. Mas em qualquer banca de jornais ele é vendido. Verdade! Assim como continuamos com contrabando de cigarros paraguaios. São delitos. Assim como hoje se chegou finalmente à conclusão que o porte de maconha, dependendo do volume, não é delito e o portador é um paciente que se quiser poderá ser tratado para se livrar do vício.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E cada uma deve ser adequadamente enfrentada. E por diferentes agentes da sociedade.

No caso do cigarro está cada vez mais claro nossos acertos. Temos que investir mais neles – os cigarros devem ser controlados sobre como são produzidos e o que contem, em particular sobre o teor de nicotina. E fundamental - os aditivos devem ser proibidos.

E óbvio os Vaps devem continuar proibidos e seu comercio proibido. Multas são instrumentos muito poderosos, veja-se o uso dos cintos de seguranças, sucesso a base de multas. Chega de lotar as cadeias.

Mas também será necessário disseminar mais informação à população e em particular aos jovens sobre os efeitos desse vicio nos Vaps. Não pode ficar a informação que é menos viciante ou que faz menos mal. Não é verdade. É pior e faz mais mal. E também devemos oferecer canais específicos no SUS para tratar os dependentes. Existem tratamentos e são eficazes.

Os países que adotaram a legalização do Vap estão tentando voltar atrás com imensas dificuldades, sempre é mais difícil voltar atrás que avançar nessas questões de saúde pública.

Este texto reflete única e exclusivamente a opinião do(a) autor(a) e não representa a visão do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac). Esta série é uma parceria entre o Blog do Fausto Macedo e o Instituto Não Aceito Corrupção. Os artigos têm publicação periódica

Hoje finalmente existe uma razoável consciência de que o cigarro prejudica muito a saúde de quem fuma. Doenças cárdio vasculares e câncer são as doenças que mais matam e tem sua gênese importantemente determinada pelo vicio de fumar.

As indústrias que produzem e vendem cigarros são criminosas, produzem um produto que não oferece nenhum beneficio e durante muitos anos estes produtos tiveram suas consequências deletérias escondidas do público – se negava a relação de causa e efeito já conhecida por esses criminosos.

No mundo todo as autoridades sanitárias acordaram para os problemas do tabaco e do vicio de fumar induzido por uma droga muito poderosa que é a nicotina. Acordaram e de diferentes maneiras começaram a informar a população e tomar medidas para buscar reduzir o número de fumantes – disseminar mais informação sobre os males do cigarro, proibir a propaganda dos cigarros, veicular nos maços de cigarro fotos das consequências do cigarro e a medida mais importante a meu ver – aumentando os impostos dos cigarros. Tudo foi correto, mas sem dúvida mexer no bolso do consumidor foi a medida mais eficaz. Com muita choradeira da indústria que referia que essa medida apenas aumentava o contrabando de cigarro paraguaio. O que também era verdade, mas que deve ser combatida pela policia e não se confundir com as ações voltadas a reduzir o consumo dos cigarros.

Mas a indústria é muito ardilosa e tinha outras saídas já engatilhadas para continuar lucrando às custas da destruição de vidas. Um desses ardis foi a introdução de aditivos que deram um sabor a fumaça inalada. E muitos consumidores já não buscavam o cigarro pelo prazer original e sim pelo sabor de menta, de canela ou qualquer outro. Estavam sendo enganados, pois continuavam buscando o elemento viciante que é a nicotina, mas foram, principalmente os jovens engabelados pela maquina publicitaria das industrias tabagistas.

Mas o grande lance ainda estava por ser dado – o Vap!

O dispositivo eletrônico para fumar era o grande lance – não tem a fumaça cancerígena e poderá ser usado com auxiliar no tratamento do vicio de fumar. E toca buscar e pagar os arautos da boa nova – o remédio para parar de fumar é fumar ...Vap!

E com esse papo muitos países caíram na esparrela. Permitiram a produção e comercialização dos Vaps e agora estão dentro de um furacão de casos de jovens viciados e com muitos problemas de saúde ainda mais graves que os anteriores, pois são casos mais graves de insuficiência respiratória devido ao uso abusivo das novidades ainda mais estimuladas pelos aditivos.

Estudos recentemente divulgados informam que usuários de cigarro eletrônicos sofrem de ansiedade e isso é facilmente explicado pela quantidade de nicotina a que estão submetendo seus corpos. Além disso a grande maioria das vitimas são jovens e estão sem alternativas para auxilia-los a abandonar um vicio que certamente é o mais difícil de abandonar – mais que crack ou cocaína – o vicio da nicotina.

A batalha contra o cigarro no Brasil começou com as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e a Anvisa no inicio dos anos 2000. E foi um sucesso - de cerca de 30% de fumantes caímos para abaixo de 10%. E agora estamos com o Vap na porta.

A medida mais importante já foi tomada – é proibido fabricar e vender no país. Mas em qualquer banca de jornais ele é vendido. Verdade! Assim como continuamos com contrabando de cigarros paraguaios. São delitos. Assim como hoje se chegou finalmente à conclusão que o porte de maconha, dependendo do volume, não é delito e o portador é um paciente que se quiser poderá ser tratado para se livrar do vício.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. E cada uma deve ser adequadamente enfrentada. E por diferentes agentes da sociedade.

No caso do cigarro está cada vez mais claro nossos acertos. Temos que investir mais neles – os cigarros devem ser controlados sobre como são produzidos e o que contem, em particular sobre o teor de nicotina. E fundamental - os aditivos devem ser proibidos.

E óbvio os Vaps devem continuar proibidos e seu comercio proibido. Multas são instrumentos muito poderosos, veja-se o uso dos cintos de seguranças, sucesso a base de multas. Chega de lotar as cadeias.

Mas também será necessário disseminar mais informação à população e em particular aos jovens sobre os efeitos desse vicio nos Vaps. Não pode ficar a informação que é menos viciante ou que faz menos mal. Não é verdade. É pior e faz mais mal. E também devemos oferecer canais específicos no SUS para tratar os dependentes. Existem tratamentos e são eficazes.

Os países que adotaram a legalização do Vap estão tentando voltar atrás com imensas dificuldades, sempre é mais difícil voltar atrás que avançar nessas questões de saúde pública.

Este texto reflete única e exclusivamente a opinião do(a) autor(a) e não representa a visão do Instituto Não Aceito Corrupção (Inac). Esta série é uma parceria entre o Blog do Fausto Macedo e o Instituto Não Aceito Corrupção. Os artigos têm publicação periódica

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