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Coronel diz que Exército se mobilizou e impediu entrada das tropas da PM para prender acampados em frente ao QG


Preso desde terça, Fábio Augusto Vieira afirmou que PM-DF seguiu informações da área de inteligência, inclusive de outros órgãos; declaração conflita com alerta feito pelo governo federal

Por Pepita Ortega, Julia Affonso e Fausto Macedo
Fabio Augusto Vieira. Foto: Divulgação/GDF

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, afirmou, em depoimento prestado à Polícia Federal na quinta-feira, 12, que, em meio à eclosão do ato golpista no domingo, o Exército 'estava mobilizado para não permitir' a entrada da PM no Setor Militar Urbano, onde estava localizado o acampamento bolsonarista montado em Brasília, em frente ao Quartel General. Segundo trecho da oitiva, a indicação foi feita pelo coronel logo após ele relatar à PF um diálogo mantido com o Comandante Militar do Planalto, General Dutra - no qual Vieira teria afirmado que a PM estava indo realizar prisões no SMU.

"Que num dado momento, quando o Interventor já estava no terreno, falou para tentar fazer (prisões) no Setor Militar Urbano. Que o General Dutra, Comandante Militar do Planalto, entrou em contato. Que o inquirido afirmou ao General que a Policia Militar estava indo para fazer as prisões no Setor Militar Urbano. Que foi marcada uma reunião em frente à Catedral Rainha da Paz, e o Exército já estava mobilizado para não permitir a entrada da Polícia Militar", registra trecho do depoimento do coronel.

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O governador afastado Ibaneis Rocha já havia feito alegação com teor semelhante à Polícia Federal. Quando questionado sobre o acampamento em frente ao QG do Exército, o governador afirmou que a área fica sob jurisdição das Forças Armadas e relatou que defendeu desmontar as estruturas antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Ibaneis, o comando do Exército foi contra a remoção. O governador disse ainda que a equipe do petista tinha conhecimento da oposição do Exército na retirada dos acampamentos.

À PF, o coronel Fávio Augusto Vieira sustentou ter requerido a dissolução do acampamento em frente ao QG. De acordo com o depoimento, por três vezes, ele chegou a mobilizar homens para 'dissolver os manifestantes'. O ex-chefe da PMDF narrou o Exército 'impediu' essa ação. Vieira diz ter chegado a mobilizar 500 homens com objetivo de acabar com o acampamento.

Em audiência de custódia realizada na quarta-feira, 11, o ex-comandante da PM-DF reforçou que 'tudo apontava para um ato pacífico' no domingo passado, 8, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília. Segundo o militar, as operações da corporação no dia dos atos golpistas foram realizadas de acordo com informações da área de inteligência, inclusive de outros órgãos'. Vieira negou 'conivência' com a ofensiva violenta dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro: "Não houve da nossa parte facilitação para que os atos ocorressem".

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A alegação do ex-comandante da PMDF conflita com o alerta feito pelo ministro da Justiça Flávio Dino, em ofício enviado ao governador Ibaneis Rocha (MDB) às vésperas dos atos golpistas. Como mostrou o Estadão, Dino informou que a Polícia Federal havia identificado 'intensa movimentação' de caravanas de ônibus rumo a Brasília e que os manifestantes tinham a intenção de 'promover ações hostis e danos contra os prédios' dos Poderes.

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A prisão preventiva de Vieira foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes com base em 'fortes indícios' de 'conivência' com os atos golpistas em Brasília. No mesmo despacho e com os mesmos argumentos, o magistrado também determinou a preventiva do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF quando a ofensiva bolsonarista eclodiu em Brasília. O aliado do ex-presidente foi preso neste sábado, 14, quando desembarcou de um voo oriundo de Miami.

Durante a audiência de custódia de Vieira, a defesa pediu que a prisão cautelar fosse revista, com a imposição de medidas alternativas. O argumento dos advogados foi o de que, antes de ser exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) - agora afastado do Executivo estadual - o coronel teria pedido afastamento do cargo.

O termo do procedimento que chancelou a prisão de Vieira foi anexado ao inquérito aberto, a pedido da Procuradoria-Geral da República, para investigar supostas 'condutas omissivas e comissivas' do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do ex-comandante geral da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira ante os atos golpistas do domingo, 8.

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Assim como Vieira, Ibaneis já foi ouvido pela Polícia Federal, em procedimento realizado na sexta-feira, 12, por cerca de duas horas. O governador negou conivência com as manifestações antidemocráticas e afirmou que, pouco antes da invasão aos prédios dos Poderes, recebeu a informação de que a situação estava controlada. Em áudio, o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal em exercício, delegado Fernando de Sousa Oliveira, disse a Ibaneis que as coisas estavam transcorrendo de maneira 'tranquila, ordeira e pacífica'.

A gravação foi compartilhada com os investigadores que conduzem as apurações sobre a suposta 'omissão' das autoridades públicas do DF.  Além disso, Ibaneis declarou que recebeu mensagens do ministro da Justiça, Flávio Dino, alertando sobre a chegada de vários ônibus com manifestantes em Brasília.

À Polícia Federal, Vieira alegou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres somente informou sobre 'um contingente maior de ônibus' na madrugada de sábado, 7. Segundo o coronel, 'até então, a inteligência havia identificado poucos veículos, o que corroborava a informação de uma reunião sem indicadores de violência, e contingente maior'.

Fabio Augusto Vieira. Foto: Divulgação/GDF

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, afirmou, em depoimento prestado à Polícia Federal na quinta-feira, 12, que, em meio à eclosão do ato golpista no domingo, o Exército 'estava mobilizado para não permitir' a entrada da PM no Setor Militar Urbano, onde estava localizado o acampamento bolsonarista montado em Brasília, em frente ao Quartel General. Segundo trecho da oitiva, a indicação foi feita pelo coronel logo após ele relatar à PF um diálogo mantido com o Comandante Militar do Planalto, General Dutra - no qual Vieira teria afirmado que a PM estava indo realizar prisões no SMU.

"Que num dado momento, quando o Interventor já estava no terreno, falou para tentar fazer (prisões) no Setor Militar Urbano. Que o General Dutra, Comandante Militar do Planalto, entrou em contato. Que o inquirido afirmou ao General que a Policia Militar estava indo para fazer as prisões no Setor Militar Urbano. Que foi marcada uma reunião em frente à Catedral Rainha da Paz, e o Exército já estava mobilizado para não permitir a entrada da Polícia Militar", registra trecho do depoimento do coronel.

O governador afastado Ibaneis Rocha já havia feito alegação com teor semelhante à Polícia Federal. Quando questionado sobre o acampamento em frente ao QG do Exército, o governador afirmou que a área fica sob jurisdição das Forças Armadas e relatou que defendeu desmontar as estruturas antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Ibaneis, o comando do Exército foi contra a remoção. O governador disse ainda que a equipe do petista tinha conhecimento da oposição do Exército na retirada dos acampamentos.

À PF, o coronel Fávio Augusto Vieira sustentou ter requerido a dissolução do acampamento em frente ao QG. De acordo com o depoimento, por três vezes, ele chegou a mobilizar homens para 'dissolver os manifestantes'. O ex-chefe da PMDF narrou o Exército 'impediu' essa ação. Vieira diz ter chegado a mobilizar 500 homens com objetivo de acabar com o acampamento.

Em audiência de custódia realizada na quarta-feira, 11, o ex-comandante da PM-DF reforçou que 'tudo apontava para um ato pacífico' no domingo passado, 8, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília. Segundo o militar, as operações da corporação no dia dos atos golpistas foram realizadas de acordo com informações da área de inteligência, inclusive de outros órgãos'. Vieira negou 'conivência' com a ofensiva violenta dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro: "Não houve da nossa parte facilitação para que os atos ocorressem".

A alegação do ex-comandante da PMDF conflita com o alerta feito pelo ministro da Justiça Flávio Dino, em ofício enviado ao governador Ibaneis Rocha (MDB) às vésperas dos atos golpistas. Como mostrou o Estadão, Dino informou que a Polícia Federal havia identificado 'intensa movimentação' de caravanas de ônibus rumo a Brasília e que os manifestantes tinham a intenção de 'promover ações hostis e danos contra os prédios' dos Poderes.

A prisão preventiva de Vieira foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes com base em 'fortes indícios' de 'conivência' com os atos golpistas em Brasília. No mesmo despacho e com os mesmos argumentos, o magistrado também determinou a preventiva do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF quando a ofensiva bolsonarista eclodiu em Brasília. O aliado do ex-presidente foi preso neste sábado, 14, quando desembarcou de um voo oriundo de Miami.

Durante a audiência de custódia de Vieira, a defesa pediu que a prisão cautelar fosse revista, com a imposição de medidas alternativas. O argumento dos advogados foi o de que, antes de ser exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) - agora afastado do Executivo estadual - o coronel teria pedido afastamento do cargo.

O termo do procedimento que chancelou a prisão de Vieira foi anexado ao inquérito aberto, a pedido da Procuradoria-Geral da República, para investigar supostas 'condutas omissivas e comissivas' do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do ex-comandante geral da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira ante os atos golpistas do domingo, 8.

Assim como Vieira, Ibaneis já foi ouvido pela Polícia Federal, em procedimento realizado na sexta-feira, 12, por cerca de duas horas. O governador negou conivência com as manifestações antidemocráticas e afirmou que, pouco antes da invasão aos prédios dos Poderes, recebeu a informação de que a situação estava controlada. Em áudio, o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal em exercício, delegado Fernando de Sousa Oliveira, disse a Ibaneis que as coisas estavam transcorrendo de maneira 'tranquila, ordeira e pacífica'.

A gravação foi compartilhada com os investigadores que conduzem as apurações sobre a suposta 'omissão' das autoridades públicas do DF.  Além disso, Ibaneis declarou que recebeu mensagens do ministro da Justiça, Flávio Dino, alertando sobre a chegada de vários ônibus com manifestantes em Brasília.

À Polícia Federal, Vieira alegou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres somente informou sobre 'um contingente maior de ônibus' na madrugada de sábado, 7. Segundo o coronel, 'até então, a inteligência havia identificado poucos veículos, o que corroborava a informação de uma reunião sem indicadores de violência, e contingente maior'.

Fabio Augusto Vieira. Foto: Divulgação/GDF

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, afirmou, em depoimento prestado à Polícia Federal na quinta-feira, 12, que, em meio à eclosão do ato golpista no domingo, o Exército 'estava mobilizado para não permitir' a entrada da PM no Setor Militar Urbano, onde estava localizado o acampamento bolsonarista montado em Brasília, em frente ao Quartel General. Segundo trecho da oitiva, a indicação foi feita pelo coronel logo após ele relatar à PF um diálogo mantido com o Comandante Militar do Planalto, General Dutra - no qual Vieira teria afirmado que a PM estava indo realizar prisões no SMU.

"Que num dado momento, quando o Interventor já estava no terreno, falou para tentar fazer (prisões) no Setor Militar Urbano. Que o General Dutra, Comandante Militar do Planalto, entrou em contato. Que o inquirido afirmou ao General que a Policia Militar estava indo para fazer as prisões no Setor Militar Urbano. Que foi marcada uma reunião em frente à Catedral Rainha da Paz, e o Exército já estava mobilizado para não permitir a entrada da Polícia Militar", registra trecho do depoimento do coronel.

O governador afastado Ibaneis Rocha já havia feito alegação com teor semelhante à Polícia Federal. Quando questionado sobre o acampamento em frente ao QG do Exército, o governador afirmou que a área fica sob jurisdição das Forças Armadas e relatou que defendeu desmontar as estruturas antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Ibaneis, o comando do Exército foi contra a remoção. O governador disse ainda que a equipe do petista tinha conhecimento da oposição do Exército na retirada dos acampamentos.

À PF, o coronel Fávio Augusto Vieira sustentou ter requerido a dissolução do acampamento em frente ao QG. De acordo com o depoimento, por três vezes, ele chegou a mobilizar homens para 'dissolver os manifestantes'. O ex-chefe da PMDF narrou o Exército 'impediu' essa ação. Vieira diz ter chegado a mobilizar 500 homens com objetivo de acabar com o acampamento.

Em audiência de custódia realizada na quarta-feira, 11, o ex-comandante da PM-DF reforçou que 'tudo apontava para um ato pacífico' no domingo passado, 8, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília. Segundo o militar, as operações da corporação no dia dos atos golpistas foram realizadas de acordo com informações da área de inteligência, inclusive de outros órgãos'. Vieira negou 'conivência' com a ofensiva violenta dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro: "Não houve da nossa parte facilitação para que os atos ocorressem".

A alegação do ex-comandante da PMDF conflita com o alerta feito pelo ministro da Justiça Flávio Dino, em ofício enviado ao governador Ibaneis Rocha (MDB) às vésperas dos atos golpistas. Como mostrou o Estadão, Dino informou que a Polícia Federal havia identificado 'intensa movimentação' de caravanas de ônibus rumo a Brasília e que os manifestantes tinham a intenção de 'promover ações hostis e danos contra os prédios' dos Poderes.

A prisão preventiva de Vieira foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes com base em 'fortes indícios' de 'conivência' com os atos golpistas em Brasília. No mesmo despacho e com os mesmos argumentos, o magistrado também determinou a preventiva do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF quando a ofensiva bolsonarista eclodiu em Brasília. O aliado do ex-presidente foi preso neste sábado, 14, quando desembarcou de um voo oriundo de Miami.

Durante a audiência de custódia de Vieira, a defesa pediu que a prisão cautelar fosse revista, com a imposição de medidas alternativas. O argumento dos advogados foi o de que, antes de ser exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) - agora afastado do Executivo estadual - o coronel teria pedido afastamento do cargo.

O termo do procedimento que chancelou a prisão de Vieira foi anexado ao inquérito aberto, a pedido da Procuradoria-Geral da República, para investigar supostas 'condutas omissivas e comissivas' do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do ex-comandante geral da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira ante os atos golpistas do domingo, 8.

Assim como Vieira, Ibaneis já foi ouvido pela Polícia Federal, em procedimento realizado na sexta-feira, 12, por cerca de duas horas. O governador negou conivência com as manifestações antidemocráticas e afirmou que, pouco antes da invasão aos prédios dos Poderes, recebeu a informação de que a situação estava controlada. Em áudio, o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal em exercício, delegado Fernando de Sousa Oliveira, disse a Ibaneis que as coisas estavam transcorrendo de maneira 'tranquila, ordeira e pacífica'.

A gravação foi compartilhada com os investigadores que conduzem as apurações sobre a suposta 'omissão' das autoridades públicas do DF.  Além disso, Ibaneis declarou que recebeu mensagens do ministro da Justiça, Flávio Dino, alertando sobre a chegada de vários ônibus com manifestantes em Brasília.

À Polícia Federal, Vieira alegou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres somente informou sobre 'um contingente maior de ônibus' na madrugada de sábado, 7. Segundo o coronel, 'até então, a inteligência havia identificado poucos veículos, o que corroborava a informação de uma reunião sem indicadores de violência, e contingente maior'.

Fabio Augusto Vieira. Foto: Divulgação/GDF

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, afirmou, em depoimento prestado à Polícia Federal na quinta-feira, 12, que, em meio à eclosão do ato golpista no domingo, o Exército 'estava mobilizado para não permitir' a entrada da PM no Setor Militar Urbano, onde estava localizado o acampamento bolsonarista montado em Brasília, em frente ao Quartel General. Segundo trecho da oitiva, a indicação foi feita pelo coronel logo após ele relatar à PF um diálogo mantido com o Comandante Militar do Planalto, General Dutra - no qual Vieira teria afirmado que a PM estava indo realizar prisões no SMU.

"Que num dado momento, quando o Interventor já estava no terreno, falou para tentar fazer (prisões) no Setor Militar Urbano. Que o General Dutra, Comandante Militar do Planalto, entrou em contato. Que o inquirido afirmou ao General que a Policia Militar estava indo para fazer as prisões no Setor Militar Urbano. Que foi marcada uma reunião em frente à Catedral Rainha da Paz, e o Exército já estava mobilizado para não permitir a entrada da Polícia Militar", registra trecho do depoimento do coronel.

O governador afastado Ibaneis Rocha já havia feito alegação com teor semelhante à Polícia Federal. Quando questionado sobre o acampamento em frente ao QG do Exército, o governador afirmou que a área fica sob jurisdição das Forças Armadas e relatou que defendeu desmontar as estruturas antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Ibaneis, o comando do Exército foi contra a remoção. O governador disse ainda que a equipe do petista tinha conhecimento da oposição do Exército na retirada dos acampamentos.

À PF, o coronel Fávio Augusto Vieira sustentou ter requerido a dissolução do acampamento em frente ao QG. De acordo com o depoimento, por três vezes, ele chegou a mobilizar homens para 'dissolver os manifestantes'. O ex-chefe da PMDF narrou o Exército 'impediu' essa ação. Vieira diz ter chegado a mobilizar 500 homens com objetivo de acabar com o acampamento.

Em audiência de custódia realizada na quarta-feira, 11, o ex-comandante da PM-DF reforçou que 'tudo apontava para um ato pacífico' no domingo passado, 8, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília. Segundo o militar, as operações da corporação no dia dos atos golpistas foram realizadas de acordo com informações da área de inteligência, inclusive de outros órgãos'. Vieira negou 'conivência' com a ofensiva violenta dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro: "Não houve da nossa parte facilitação para que os atos ocorressem".

A alegação do ex-comandante da PMDF conflita com o alerta feito pelo ministro da Justiça Flávio Dino, em ofício enviado ao governador Ibaneis Rocha (MDB) às vésperas dos atos golpistas. Como mostrou o Estadão, Dino informou que a Polícia Federal havia identificado 'intensa movimentação' de caravanas de ônibus rumo a Brasília e que os manifestantes tinham a intenção de 'promover ações hostis e danos contra os prédios' dos Poderes.

A prisão preventiva de Vieira foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes com base em 'fortes indícios' de 'conivência' com os atos golpistas em Brasília. No mesmo despacho e com os mesmos argumentos, o magistrado também determinou a preventiva do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF quando a ofensiva bolsonarista eclodiu em Brasília. O aliado do ex-presidente foi preso neste sábado, 14, quando desembarcou de um voo oriundo de Miami.

Durante a audiência de custódia de Vieira, a defesa pediu que a prisão cautelar fosse revista, com a imposição de medidas alternativas. O argumento dos advogados foi o de que, antes de ser exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) - agora afastado do Executivo estadual - o coronel teria pedido afastamento do cargo.

O termo do procedimento que chancelou a prisão de Vieira foi anexado ao inquérito aberto, a pedido da Procuradoria-Geral da República, para investigar supostas 'condutas omissivas e comissivas' do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do ex-comandante geral da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira ante os atos golpistas do domingo, 8.

Assim como Vieira, Ibaneis já foi ouvido pela Polícia Federal, em procedimento realizado na sexta-feira, 12, por cerca de duas horas. O governador negou conivência com as manifestações antidemocráticas e afirmou que, pouco antes da invasão aos prédios dos Poderes, recebeu a informação de que a situação estava controlada. Em áudio, o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal em exercício, delegado Fernando de Sousa Oliveira, disse a Ibaneis que as coisas estavam transcorrendo de maneira 'tranquila, ordeira e pacífica'.

A gravação foi compartilhada com os investigadores que conduzem as apurações sobre a suposta 'omissão' das autoridades públicas do DF.  Além disso, Ibaneis declarou que recebeu mensagens do ministro da Justiça, Flávio Dino, alertando sobre a chegada de vários ônibus com manifestantes em Brasília.

À Polícia Federal, Vieira alegou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres somente informou sobre 'um contingente maior de ônibus' na madrugada de sábado, 7. Segundo o coronel, 'até então, a inteligência havia identificado poucos veículos, o que corroborava a informação de uma reunião sem indicadores de violência, e contingente maior'.

Fabio Augusto Vieira. Foto: Divulgação/GDF

O ex-comandante da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Fábio Augusto Vieira, afirmou, em depoimento prestado à Polícia Federal na quinta-feira, 12, que, em meio à eclosão do ato golpista no domingo, o Exército 'estava mobilizado para não permitir' a entrada da PM no Setor Militar Urbano, onde estava localizado o acampamento bolsonarista montado em Brasília, em frente ao Quartel General. Segundo trecho da oitiva, a indicação foi feita pelo coronel logo após ele relatar à PF um diálogo mantido com o Comandante Militar do Planalto, General Dutra - no qual Vieira teria afirmado que a PM estava indo realizar prisões no SMU.

"Que num dado momento, quando o Interventor já estava no terreno, falou para tentar fazer (prisões) no Setor Militar Urbano. Que o General Dutra, Comandante Militar do Planalto, entrou em contato. Que o inquirido afirmou ao General que a Policia Militar estava indo para fazer as prisões no Setor Militar Urbano. Que foi marcada uma reunião em frente à Catedral Rainha da Paz, e o Exército já estava mobilizado para não permitir a entrada da Polícia Militar", registra trecho do depoimento do coronel.

O governador afastado Ibaneis Rocha já havia feito alegação com teor semelhante à Polícia Federal. Quando questionado sobre o acampamento em frente ao QG do Exército, o governador afirmou que a área fica sob jurisdição das Forças Armadas e relatou que defendeu desmontar as estruturas antes da posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Ibaneis, o comando do Exército foi contra a remoção. O governador disse ainda que a equipe do petista tinha conhecimento da oposição do Exército na retirada dos acampamentos.

À PF, o coronel Fávio Augusto Vieira sustentou ter requerido a dissolução do acampamento em frente ao QG. De acordo com o depoimento, por três vezes, ele chegou a mobilizar homens para 'dissolver os manifestantes'. O ex-chefe da PMDF narrou o Exército 'impediu' essa ação. Vieira diz ter chegado a mobilizar 500 homens com objetivo de acabar com o acampamento.

Em audiência de custódia realizada na quarta-feira, 11, o ex-comandante da PM-DF reforçou que 'tudo apontava para um ato pacífico' no domingo passado, 8, quando bolsonaristas invadiram e depredaram as sedes dos três Poderes, em Brasília. Segundo o militar, as operações da corporação no dia dos atos golpistas foram realizadas de acordo com informações da área de inteligência, inclusive de outros órgãos'. Vieira negou 'conivência' com a ofensiva violenta dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro: "Não houve da nossa parte facilitação para que os atos ocorressem".

A alegação do ex-comandante da PMDF conflita com o alerta feito pelo ministro da Justiça Flávio Dino, em ofício enviado ao governador Ibaneis Rocha (MDB) às vésperas dos atos golpistas. Como mostrou o Estadão, Dino informou que a Polícia Federal havia identificado 'intensa movimentação' de caravanas de ônibus rumo a Brasília e que os manifestantes tinham a intenção de 'promover ações hostis e danos contra os prédios' dos Poderes.

A prisão preventiva de Vieira foi decretada pelo ministro Alexandre de Moraes com base em 'fortes indícios' de 'conivência' com os atos golpistas em Brasília. No mesmo despacho e com os mesmos argumentos, o magistrado também determinou a preventiva do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, que era secretário de Segurança Pública do DF quando a ofensiva bolsonarista eclodiu em Brasília. O aliado do ex-presidente foi preso neste sábado, 14, quando desembarcou de um voo oriundo de Miami.

Durante a audiência de custódia de Vieira, a defesa pediu que a prisão cautelar fosse revista, com a imposição de medidas alternativas. O argumento dos advogados foi o de que, antes de ser exonerado pelo governador Ibaneis Rocha (MDB) - agora afastado do Executivo estadual - o coronel teria pedido afastamento do cargo.

O termo do procedimento que chancelou a prisão de Vieira foi anexado ao inquérito aberto, a pedido da Procuradoria-Geral da República, para investigar supostas 'condutas omissivas e comissivas' do governador afastado Ibaneis Rocha (MDB), do ex-ministro da Justiça Anderson Torres, do ex-secretário de Segurança Pública interino do DF Fernando de Sousa Oliveira e do ex-comandante geral da Polícia Militar do DF Fábio Augusto Vieira ante os atos golpistas do domingo, 8.

Assim como Vieira, Ibaneis já foi ouvido pela Polícia Federal, em procedimento realizado na sexta-feira, 12, por cerca de duas horas. O governador negou conivência com as manifestações antidemocráticas e afirmou que, pouco antes da invasão aos prédios dos Poderes, recebeu a informação de que a situação estava controlada. Em áudio, o então secretário de Segurança Pública do Distrito Federal em exercício, delegado Fernando de Sousa Oliveira, disse a Ibaneis que as coisas estavam transcorrendo de maneira 'tranquila, ordeira e pacífica'.

A gravação foi compartilhada com os investigadores que conduzem as apurações sobre a suposta 'omissão' das autoridades públicas do DF.  Além disso, Ibaneis declarou que recebeu mensagens do ministro da Justiça, Flávio Dino, alertando sobre a chegada de vários ônibus com manifestantes em Brasília.

À Polícia Federal, Vieira alegou que a Agência Nacional de Transportes Terrestres somente informou sobre 'um contingente maior de ônibus' na madrugada de sábado, 7. Segundo o coronel, 'até então, a inteligência havia identificado poucos veículos, o que corroborava a informação de uma reunião sem indicadores de violência, e contingente maior'.

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