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Caso Bruno e Dom: PF indicia mais dois e Procuradoria diz que prazos estão sendo cumpridos


Rubén Dario da Silva Villar, o ‘Colômbia’, apontado como mandante do crime, e o pescador Jânio Freitas de Souza foram indiciados; um ano após assassinatos, Ministério Público Federal afirma que trabalho tem sido ‘célere’ considerando as ‘circunstâncias’

Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:
Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos no Vale do Javari. Foto: DiVasca/Arte Estadão

Os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips no Vale do Javari, no Amazonas, completam um ano nesta segunda-feira, 5, com investigações ainda em curso para esclarecer pontos em aberto sobre o crime.

A Polícia Federal indiciou mais dois suspeitos pelas mortes: Rubén Dario da Silva Villar, o ‘Colômbia’, apontado como mandante do crime, e o pescador Jânio Freitas de Souza.

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O ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Marcelo Xavier, e ex-coordenador-geral de Monitoramento Territorial da entidade, Alcir Amaral Teixeira, também foram indiciados, por omissão.

Até o momento, a ofensiva mais avançada é contra os três pescadores que confessaram ter participado dos assassinatos – Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que indicou o local onde os corpos foram enterrados; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha. Eles estão presos, já foram denunciados e devem ser levados a júri popular.

Dois meses após o crime, o Ministério Público Federal (MPF) também denunciou dez pessoas por associação criminosa para a pesca ilegal na região do Vale do Javari. A ação penal aguarda julgamento na Justiça Federal.

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Em paralelo, cinco procuradores tocam duas frentes de investigação, para esgotar todas as suspeitas. Os investigadores buscam confirmar se outras pessoas participaram do crime, como mandantes ou ajudando a esconder os corpos.

A Anistia Internacional tem acompanhado os desdobramentos do caso e lançou hoje uma campanha com ‘dez perguntas sem resposta’ sobre os assassinatos. Os questionamentos envolvem as motivações e a procedência da arma usada no crime.

“Os assassinatos de Bruno e Dom não são exceções e refletem um padrão de violações consolidado no País - o quarto no ranking dos que mais matam ambientalistas e defensores de direitos humanos em todo o mundo. A realidade é consequência de falhas da política de proteção aos defensores e defensoras de direitos humanos e da criminalização das lutas e organizações populares, que constantemente sofrem ataques”, afirma a entidade.

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Em nota, o MPF informou que começou a atuar tão logo foi informado do desaparecimento de Bruno e Dom e que os prazos processuais têm sido cumpridos em todas as etapas.

“Dada a complexidade do caso e as circunstâncias envolvidas, como as dificuldades de acesso ao local onde Bruno e Dom foram mortos, os procuradores da República que atuam nas apurações avaliam que o trabalho tem ocorrido de forma célere”, diz o comunicado.

Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos no Vale do Javari. Foto: DiVasca/Arte Estadão

Os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips no Vale do Javari, no Amazonas, completam um ano nesta segunda-feira, 5, com investigações ainda em curso para esclarecer pontos em aberto sobre o crime.

A Polícia Federal indiciou mais dois suspeitos pelas mortes: Rubén Dario da Silva Villar, o ‘Colômbia’, apontado como mandante do crime, e o pescador Jânio Freitas de Souza.

O ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Marcelo Xavier, e ex-coordenador-geral de Monitoramento Territorial da entidade, Alcir Amaral Teixeira, também foram indiciados, por omissão.

Até o momento, a ofensiva mais avançada é contra os três pescadores que confessaram ter participado dos assassinatos – Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que indicou o local onde os corpos foram enterrados; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha. Eles estão presos, já foram denunciados e devem ser levados a júri popular.

Dois meses após o crime, o Ministério Público Federal (MPF) também denunciou dez pessoas por associação criminosa para a pesca ilegal na região do Vale do Javari. A ação penal aguarda julgamento na Justiça Federal.

Em paralelo, cinco procuradores tocam duas frentes de investigação, para esgotar todas as suspeitas. Os investigadores buscam confirmar se outras pessoas participaram do crime, como mandantes ou ajudando a esconder os corpos.

A Anistia Internacional tem acompanhado os desdobramentos do caso e lançou hoje uma campanha com ‘dez perguntas sem resposta’ sobre os assassinatos. Os questionamentos envolvem as motivações e a procedência da arma usada no crime.

“Os assassinatos de Bruno e Dom não são exceções e refletem um padrão de violações consolidado no País - o quarto no ranking dos que mais matam ambientalistas e defensores de direitos humanos em todo o mundo. A realidade é consequência de falhas da política de proteção aos defensores e defensoras de direitos humanos e da criminalização das lutas e organizações populares, que constantemente sofrem ataques”, afirma a entidade.

Em nota, o MPF informou que começou a atuar tão logo foi informado do desaparecimento de Bruno e Dom e que os prazos processuais têm sido cumpridos em todas as etapas.

“Dada a complexidade do caso e as circunstâncias envolvidas, como as dificuldades de acesso ao local onde Bruno e Dom foram mortos, os procuradores da República que atuam nas apurações avaliam que o trabalho tem ocorrido de forma célere”, diz o comunicado.

Bruno Pereira e Dom Phillips foram mortos no Vale do Javari. Foto: DiVasca/Arte Estadão

Os assassinatos do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips no Vale do Javari, no Amazonas, completam um ano nesta segunda-feira, 5, com investigações ainda em curso para esclarecer pontos em aberto sobre o crime.

A Polícia Federal indiciou mais dois suspeitos pelas mortes: Rubén Dario da Silva Villar, o ‘Colômbia’, apontado como mandante do crime, e o pescador Jânio Freitas de Souza.

O ex-presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Marcelo Xavier, e ex-coordenador-geral de Monitoramento Territorial da entidade, Alcir Amaral Teixeira, também foram indiciados, por omissão.

Até o momento, a ofensiva mais avançada é contra os três pescadores que confessaram ter participado dos assassinatos – Amarildo da Costa Oliveira, o Pelado, que indicou o local onde os corpos foram enterrados; o irmão dele, Oseney da Costa de Oliveira, conhecido como Dos Santos; e Jeferson da Silva Lima, o Pelado da Dinha. Eles estão presos, já foram denunciados e devem ser levados a júri popular.

Dois meses após o crime, o Ministério Público Federal (MPF) também denunciou dez pessoas por associação criminosa para a pesca ilegal na região do Vale do Javari. A ação penal aguarda julgamento na Justiça Federal.

Em paralelo, cinco procuradores tocam duas frentes de investigação, para esgotar todas as suspeitas. Os investigadores buscam confirmar se outras pessoas participaram do crime, como mandantes ou ajudando a esconder os corpos.

A Anistia Internacional tem acompanhado os desdobramentos do caso e lançou hoje uma campanha com ‘dez perguntas sem resposta’ sobre os assassinatos. Os questionamentos envolvem as motivações e a procedência da arma usada no crime.

“Os assassinatos de Bruno e Dom não são exceções e refletem um padrão de violações consolidado no País - o quarto no ranking dos que mais matam ambientalistas e defensores de direitos humanos em todo o mundo. A realidade é consequência de falhas da política de proteção aos defensores e defensoras de direitos humanos e da criminalização das lutas e organizações populares, que constantemente sofrem ataques”, afirma a entidade.

Em nota, o MPF informou que começou a atuar tão logo foi informado do desaparecimento de Bruno e Dom e que os prazos processuais têm sido cumpridos em todas as etapas.

“Dada a complexidade do caso e as circunstâncias envolvidas, como as dificuldades de acesso ao local onde Bruno e Dom foram mortos, os procuradores da República que atuam nas apurações avaliam que o trabalho tem ocorrido de forma célere”, diz o comunicado.

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