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Universitárias com mais de 40 anos formam corrente nas redes em apoio à aluna de Bio alvo de deboches por sua idade


O caso de Patrícia Linares, 44 anos, estudante de Biomedicina em Bauru, no interior de São Paulo, que sofreu etarismo - preconceito contra os mais velhos - por parte de três colegas de sala, abriu caminho para intensa mobilização no Twitter em sua solidariedade; ministros Silvio Almeida e Camilo Santana se sensibilizaram

Por Isabella Alonso Panho

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Várias mulheres com mais de 40 anos que estão fazendo um curso superior estão publicando suas histórias no Twitter em apoio a Patricia Linares, de 44 anos, aluna de Biomedicina da Unisagrado, em Bauru (interior de São Paulo, a 330 km da capital).

Patrícia foi vítima de ironias de três colegas de sala,Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati, que publicaram um vídeo no Instagram na semana passada debochando do fato de Patricia ter mais de 40 anos. "Como desmatricula uma colega de sala?" e "Devia estar aposentada já" são alguns dos comentários feitos na publicação.

A corrente de solidariedade a Patricia começou com a arquiteta Laura Cerqueira, que, aos 44 anos, está na sua segunda graduação.

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A corrente em apoio a Patrícia começou com a arquiteta Laura Cerqueira ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

Até esta quarta-feira, a publicação já havia arrastado quase dois mil comentários.

Luiza Neto, estudante de Geografia aos 50 anos, também deixou seu apoio ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
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Dezenas de outras mulheres solidárias a Patrícia Linares compartilharam suas fotos e histórias.

( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
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A princípio, Patrícia não queria se expor. Ela foi alertada por colegas de classe a respeito do vídeo e ficou bastante abalada, mas não pensou em desistir do curso, que é sonho antigo.

"Estudar estava sendo um recomeço de vida para mim. Eu não tinha falado nem para todos os meus amigos. Sou discreta, não tinha rede social", conta a estudante.

Ela criou um perfil no Instagram para acompanhar a repercussão do seu caso. Ao Estadão, ela afirmou já ter recebido cerca de 30 mil mensagens.

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( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
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( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

A publicação também teve o apoio de alguns homens, como Gustavo e Teleri, que também enfrentaram um curso superior após os 40 anos.

"Todos têm uma história como a minha", afirma Patrícia. Ela decidiu transformar seu caso em uma bandeira contra o etarismo - o preconceito contra pessoas mais velhas.

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O número de estudantes universitários com mais de 40 anos subiu 171% na última década. "Eu decidi fazer dessa coisa ruim que aconteceu comigo algo de bom. É por essas pessoas que estou me expondo."

APOIO DE MINISTROS

Com a ampla repercussão do caso, autoridades também manifestaram apoio a Patricia Linares. Nesta terça, 14, os ministros dos Direitos Humanos e da Educação, Silvio Almeida e Camilo Santana, publicaram um vídeo em apoio à estudante.

"Nunca é tarde para aprender. O etarismo ameaça a nossa democracia", afirmou Almeida.

LEIA A NOTA DA UNISAGRADO

A instituição de ensino superior onde foi gravado o vídeo ainda não decidiu qual será o destino das estudantes Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati. Ao Estadão, a Unisagrado afirmou que continua apurando o caso.

Na segunda-feira, 13, a universidade divulgou a seguinte nota:

O UNISAGRADO vem a público externar seu repúdio a qualquer ato de preconceito e discriminação.

Informamos que estão sendo tomadas as medidas administrativas necessárias que nos competem, para apuração disciplinar dos envolvidos, quanto aos fatos ocorridos em 09 de março de 2023, assegurando a todos seus direitos constitucionalmente previstos.

O UNISAGRADO reitera que não compactua com práticas discriminatórias e ofensivas de qualquer natureza e reforça a necessidade de combatê-las, repudiando veementemente todo tipo de manifestação que demonstre apoio a quaisquer atos de violência, física ou psíquica.

Ressaltamos que nosso objetivo é educar, verbo fundamental e obrigatório na construção de uma sociedade cada vez mais justa.

Reitoria do UNISAGRADO.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Várias mulheres com mais de 40 anos que estão fazendo um curso superior estão publicando suas histórias no Twitter em apoio a Patricia Linares, de 44 anos, aluna de Biomedicina da Unisagrado, em Bauru (interior de São Paulo, a 330 km da capital).

Patrícia foi vítima de ironias de três colegas de sala,Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati, que publicaram um vídeo no Instagram na semana passada debochando do fato de Patricia ter mais de 40 anos. "Como desmatricula uma colega de sala?" e "Devia estar aposentada já" são alguns dos comentários feitos na publicação.

A corrente de solidariedade a Patricia começou com a arquiteta Laura Cerqueira, que, aos 44 anos, está na sua segunda graduação.

A corrente em apoio a Patrícia começou com a arquiteta Laura Cerqueira ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

Até esta quarta-feira, a publicação já havia arrastado quase dois mil comentários.

Luiza Neto, estudante de Geografia aos 50 anos, também deixou seu apoio ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

Dezenas de outras mulheres solidárias a Patrícia Linares compartilharam suas fotos e histórias.

( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

A princípio, Patrícia não queria se expor. Ela foi alertada por colegas de classe a respeito do vídeo e ficou bastante abalada, mas não pensou em desistir do curso, que é sonho antigo.

"Estudar estava sendo um recomeço de vida para mim. Eu não tinha falado nem para todos os meus amigos. Sou discreta, não tinha rede social", conta a estudante.

Ela criou um perfil no Instagram para acompanhar a repercussão do seu caso. Ao Estadão, ela afirmou já ter recebido cerca de 30 mil mensagens.

( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
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A publicação também teve o apoio de alguns homens, como Gustavo e Teleri, que também enfrentaram um curso superior após os 40 anos.

"Todos têm uma história como a minha", afirma Patrícia. Ela decidiu transformar seu caso em uma bandeira contra o etarismo - o preconceito contra pessoas mais velhas.

O número de estudantes universitários com mais de 40 anos subiu 171% na última década. "Eu decidi fazer dessa coisa ruim que aconteceu comigo algo de bom. É por essas pessoas que estou me expondo."

APOIO DE MINISTROS

Com a ampla repercussão do caso, autoridades também manifestaram apoio a Patricia Linares. Nesta terça, 14, os ministros dos Direitos Humanos e da Educação, Silvio Almeida e Camilo Santana, publicaram um vídeo em apoio à estudante.

"Nunca é tarde para aprender. O etarismo ameaça a nossa democracia", afirmou Almeida.

LEIA A NOTA DA UNISAGRADO

A instituição de ensino superior onde foi gravado o vídeo ainda não decidiu qual será o destino das estudantes Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati. Ao Estadão, a Unisagrado afirmou que continua apurando o caso.

Na segunda-feira, 13, a universidade divulgou a seguinte nota:

O UNISAGRADO vem a público externar seu repúdio a qualquer ato de preconceito e discriminação.

Informamos que estão sendo tomadas as medidas administrativas necessárias que nos competem, para apuração disciplinar dos envolvidos, quanto aos fatos ocorridos em 09 de março de 2023, assegurando a todos seus direitos constitucionalmente previstos.

O UNISAGRADO reitera que não compactua com práticas discriminatórias e ofensivas de qualquer natureza e reforça a necessidade de combatê-las, repudiando veementemente todo tipo de manifestação que demonstre apoio a quaisquer atos de violência, física ou psíquica.

Ressaltamos que nosso objetivo é educar, verbo fundamental e obrigatório na construção de uma sociedade cada vez mais justa.

Reitoria do UNISAGRADO.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Várias mulheres com mais de 40 anos que estão fazendo um curso superior estão publicando suas histórias no Twitter em apoio a Patricia Linares, de 44 anos, aluna de Biomedicina da Unisagrado, em Bauru (interior de São Paulo, a 330 km da capital).

Patrícia foi vítima de ironias de três colegas de sala,Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati, que publicaram um vídeo no Instagram na semana passada debochando do fato de Patricia ter mais de 40 anos. "Como desmatricula uma colega de sala?" e "Devia estar aposentada já" são alguns dos comentários feitos na publicação.

A corrente de solidariedade a Patricia começou com a arquiteta Laura Cerqueira, que, aos 44 anos, está na sua segunda graduação.

A corrente em apoio a Patrícia começou com a arquiteta Laura Cerqueira ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

Até esta quarta-feira, a publicação já havia arrastado quase dois mil comentários.

Luiza Neto, estudante de Geografia aos 50 anos, também deixou seu apoio ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

Dezenas de outras mulheres solidárias a Patrícia Linares compartilharam suas fotos e histórias.

( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

A princípio, Patrícia não queria se expor. Ela foi alertada por colegas de classe a respeito do vídeo e ficou bastante abalada, mas não pensou em desistir do curso, que é sonho antigo.

"Estudar estava sendo um recomeço de vida para mim. Eu não tinha falado nem para todos os meus amigos. Sou discreta, não tinha rede social", conta a estudante.

Ela criou um perfil no Instagram para acompanhar a repercussão do seu caso. Ao Estadão, ela afirmou já ter recebido cerca de 30 mil mensagens.

( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
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A publicação também teve o apoio de alguns homens, como Gustavo e Teleri, que também enfrentaram um curso superior após os 40 anos.

"Todos têm uma história como a minha", afirma Patrícia. Ela decidiu transformar seu caso em uma bandeira contra o etarismo - o preconceito contra pessoas mais velhas.

O número de estudantes universitários com mais de 40 anos subiu 171% na última década. "Eu decidi fazer dessa coisa ruim que aconteceu comigo algo de bom. É por essas pessoas que estou me expondo."

APOIO DE MINISTROS

Com a ampla repercussão do caso, autoridades também manifestaram apoio a Patricia Linares. Nesta terça, 14, os ministros dos Direitos Humanos e da Educação, Silvio Almeida e Camilo Santana, publicaram um vídeo em apoio à estudante.

"Nunca é tarde para aprender. O etarismo ameaça a nossa democracia", afirmou Almeida.

LEIA A NOTA DA UNISAGRADO

A instituição de ensino superior onde foi gravado o vídeo ainda não decidiu qual será o destino das estudantes Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati. Ao Estadão, a Unisagrado afirmou que continua apurando o caso.

Na segunda-feira, 13, a universidade divulgou a seguinte nota:

O UNISAGRADO vem a público externar seu repúdio a qualquer ato de preconceito e discriminação.

Informamos que estão sendo tomadas as medidas administrativas necessárias que nos competem, para apuração disciplinar dos envolvidos, quanto aos fatos ocorridos em 09 de março de 2023, assegurando a todos seus direitos constitucionalmente previstos.

O UNISAGRADO reitera que não compactua com práticas discriminatórias e ofensivas de qualquer natureza e reforça a necessidade de combatê-las, repudiando veementemente todo tipo de manifestação que demonstre apoio a quaisquer atos de violência, física ou psíquica.

Ressaltamos que nosso objetivo é educar, verbo fundamental e obrigatório na construção de uma sociedade cada vez mais justa.

Reitoria do UNISAGRADO.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Várias mulheres com mais de 40 anos que estão fazendo um curso superior estão publicando suas histórias no Twitter em apoio a Patricia Linares, de 44 anos, aluna de Biomedicina da Unisagrado, em Bauru (interior de São Paulo, a 330 km da capital).

Patrícia foi vítima de ironias de três colegas de sala,Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati, que publicaram um vídeo no Instagram na semana passada debochando do fato de Patricia ter mais de 40 anos. "Como desmatricula uma colega de sala?" e "Devia estar aposentada já" são alguns dos comentários feitos na publicação.

A corrente de solidariedade a Patricia começou com a arquiteta Laura Cerqueira, que, aos 44 anos, está na sua segunda graduação.

A corrente em apoio a Patrícia começou com a arquiteta Laura Cerqueira ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

Até esta quarta-feira, a publicação já havia arrastado quase dois mil comentários.

Luiza Neto, estudante de Geografia aos 50 anos, também deixou seu apoio ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

Dezenas de outras mulheres solidárias a Patrícia Linares compartilharam suas fotos e histórias.

( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

A princípio, Patrícia não queria se expor. Ela foi alertada por colegas de classe a respeito do vídeo e ficou bastante abalada, mas não pensou em desistir do curso, que é sonho antigo.

"Estudar estava sendo um recomeço de vida para mim. Eu não tinha falado nem para todos os meus amigos. Sou discreta, não tinha rede social", conta a estudante.

Ela criou um perfil no Instagram para acompanhar a repercussão do seu caso. Ao Estadão, ela afirmou já ter recebido cerca de 30 mil mensagens.

( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
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A publicação também teve o apoio de alguns homens, como Gustavo e Teleri, que também enfrentaram um curso superior após os 40 anos.

"Todos têm uma história como a minha", afirma Patrícia. Ela decidiu transformar seu caso em uma bandeira contra o etarismo - o preconceito contra pessoas mais velhas.

O número de estudantes universitários com mais de 40 anos subiu 171% na última década. "Eu decidi fazer dessa coisa ruim que aconteceu comigo algo de bom. É por essas pessoas que estou me expondo."

APOIO DE MINISTROS

Com a ampla repercussão do caso, autoridades também manifestaram apoio a Patricia Linares. Nesta terça, 14, os ministros dos Direitos Humanos e da Educação, Silvio Almeida e Camilo Santana, publicaram um vídeo em apoio à estudante.

"Nunca é tarde para aprender. O etarismo ameaça a nossa democracia", afirmou Almeida.

LEIA A NOTA DA UNISAGRADO

A instituição de ensino superior onde foi gravado o vídeo ainda não decidiu qual será o destino das estudantes Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati. Ao Estadão, a Unisagrado afirmou que continua apurando o caso.

Na segunda-feira, 13, a universidade divulgou a seguinte nota:

O UNISAGRADO vem a público externar seu repúdio a qualquer ato de preconceito e discriminação.

Informamos que estão sendo tomadas as medidas administrativas necessárias que nos competem, para apuração disciplinar dos envolvidos, quanto aos fatos ocorridos em 09 de março de 2023, assegurando a todos seus direitos constitucionalmente previstos.

O UNISAGRADO reitera que não compactua com práticas discriminatórias e ofensivas de qualquer natureza e reforça a necessidade de combatê-las, repudiando veementemente todo tipo de manifestação que demonstre apoio a quaisquer atos de violência, física ou psíquica.

Ressaltamos que nosso objetivo é educar, verbo fundamental e obrigatório na construção de uma sociedade cada vez mais justa.

Reitoria do UNISAGRADO.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Várias mulheres com mais de 40 anos que estão fazendo um curso superior estão publicando suas histórias no Twitter em apoio a Patricia Linares, de 44 anos, aluna de Biomedicina da Unisagrado, em Bauru (interior de São Paulo, a 330 km da capital).

Patrícia foi vítima de ironias de três colegas de sala,Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati, que publicaram um vídeo no Instagram na semana passada debochando do fato de Patricia ter mais de 40 anos. "Como desmatricula uma colega de sala?" e "Devia estar aposentada já" são alguns dos comentários feitos na publicação.

A corrente de solidariedade a Patricia começou com a arquiteta Laura Cerqueira, que, aos 44 anos, está na sua segunda graduação.

A corrente em apoio a Patrícia começou com a arquiteta Laura Cerqueira ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

Até esta quarta-feira, a publicação já havia arrastado quase dois mil comentários.

Luiza Neto, estudante de Geografia aos 50 anos, também deixou seu apoio ( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

Dezenas de outras mulheres solidárias a Patrícia Linares compartilharam suas fotos e histórias.

( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)

A princípio, Patrícia não queria se expor. Ela foi alertada por colegas de classe a respeito do vídeo e ficou bastante abalada, mas não pensou em desistir do curso, que é sonho antigo.

"Estudar estava sendo um recomeço de vida para mim. Eu não tinha falado nem para todos os meus amigos. Sou discreta, não tinha rede social", conta a estudante.

Ela criou um perfil no Instagram para acompanhar a repercussão do seu caso. Ao Estadão, ela afirmou já ter recebido cerca de 30 mil mensagens.

( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
( Foto: Reprodução/Twitter/@laurafcerqueira)
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A publicação também teve o apoio de alguns homens, como Gustavo e Teleri, que também enfrentaram um curso superior após os 40 anos.

"Todos têm uma história como a minha", afirma Patrícia. Ela decidiu transformar seu caso em uma bandeira contra o etarismo - o preconceito contra pessoas mais velhas.

O número de estudantes universitários com mais de 40 anos subiu 171% na última década. "Eu decidi fazer dessa coisa ruim que aconteceu comigo algo de bom. É por essas pessoas que estou me expondo."

APOIO DE MINISTROS

Com a ampla repercussão do caso, autoridades também manifestaram apoio a Patricia Linares. Nesta terça, 14, os ministros dos Direitos Humanos e da Educação, Silvio Almeida e Camilo Santana, publicaram um vídeo em apoio à estudante.

"Nunca é tarde para aprender. O etarismo ameaça a nossa democracia", afirmou Almeida.

LEIA A NOTA DA UNISAGRADO

A instituição de ensino superior onde foi gravado o vídeo ainda não decidiu qual será o destino das estudantes Barbara Calixto, Beatriz Pontes e Giovana Cassalati. Ao Estadão, a Unisagrado afirmou que continua apurando o caso.

Na segunda-feira, 13, a universidade divulgou a seguinte nota:

O UNISAGRADO vem a público externar seu repúdio a qualquer ato de preconceito e discriminação.

Informamos que estão sendo tomadas as medidas administrativas necessárias que nos competem, para apuração disciplinar dos envolvidos, quanto aos fatos ocorridos em 09 de março de 2023, assegurando a todos seus direitos constitucionalmente previstos.

O UNISAGRADO reitera que não compactua com práticas discriminatórias e ofensivas de qualquer natureza e reforça a necessidade de combatê-las, repudiando veementemente todo tipo de manifestação que demonstre apoio a quaisquer atos de violência, física ou psíquica.

Ressaltamos que nosso objetivo é educar, verbo fundamental e obrigatório na construção de uma sociedade cada vez mais justa.

Reitoria do UNISAGRADO.

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