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Vereador ‘doou’ 96 copinhos de água para ato do PCC em Brasília contra fim da saidinha, diz MP


Antônio Edwaldo Dunga Costa (União Brasil), policial civil aposentado que já presidiu cinco vezes a Câmara de Araçatuba, no interior de São Paulo, foi preso nesta sexta, 6, na Operação Ligações Perigosas, investigação sobre o avanço da facção na política local; Estadão pediu manifestação da defesa

Por Pepita Ortega, Fausto Macedo, Marcelo Godoy e Heitor Mazzoco
O vereador Dunga, alvo de Operação por suposta ligação com o PCC Foto: Câmara de Araçatuba

O vereador Antônio Edwaldo Dunga Costa (União Brasil), policial civil aposentado que presidiu cinco vezes a Câmara de Araçatuba, no interior de São Paulo, prestou “auxílio material” para faccionados do PCC realizarem um protesto em Brasília contra o fim das ‘saidinhas’. O evento foi organizado por ordem da cúpula da facção.

A informação é do Ministério Público estadual que, nesta sexta, 6, comandou a Operação Ligações Perigosas para investigar o “grau de penetração” do PCC no mandato de Dunga. O vereador foi preso durante a ofensiva por porte ilegal de arma de fogo. O Estadão fez contato com o gabinete do vereador. O espaço está aberto para manifestação.

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O envolvimento de Dunga com o protesto do PCC em Brasília foi identificado quando a Polícia Civil de Araçatuba apreendeu, em maio deste ano, o celular de um faccionado, identificado como ‘Tchok’. No aparelho, os investigadores encontraram um grupo de Whatsapp formado por integrantes do PCC e pessoas que participaram de uma manifestação em Brasília no dia 29 de abril, contra o fim das saidinhas - modelo que permite a saída temporária de condenados da prisão em datas especiais para ficar ao lado da família.

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Segundo a Promotoria, o PCC organizou protestos e disponibilizou ônibus com todas as despesas pagas para levar manifestantes de diversas regiões de São Paulo até Brasília.

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

No celular de ‘Tchock’, a Promotoria encontrou diálogos sobre a organização da excursão para a capital do País. As mensagens envolvem outros dois faccionados, ‘Zeus’ e ‘Neblina’, este responsável pela contratação de ônibus que levaram ‘soldados’ do PCC e “simpatizantes” do crime organizado para o protesto. Uma mulher, Andrea, também teria colaborado na organização da caravana, segundo a investigação.

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Nos diálogos recuperados pela Operação Ligações Perigosas, Andrea e ‘Tchock’ detalham a logística da excursão, até o ponto de encontro dos ônibus. Eles falam também que seria preciso conseguir um isopor para acondicionar bebidas e lanches na viagem.

Nesse contexto, Andrea diz ao “cunhado” que ganhou 96 copinhos de água e que só era preciso “buscar”. Ela passa um endereço a ‘Tchock’ e diz que lá deve falar com a “Lena, mulher do Dunga”.

Os investigadores descobriram que o endereço passado por Andrea como fonte da doação de água é a sede da Associação dos Investigadores da Polícia Civil de Araçatuba, cujo presidente é o próprio Dunga, vereador.

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Segundo a Promotoria, o diálogo indica que, de fato, houve a ‘doação’ de 96 copos de água por Dunga para os organizadores da excursão.

‘Tchock’ pediu a uma terceira pessoa para buscar a água. Em áudio, ele afirmou. “Ô irmão, fala lá que é doação de água lá pra Salomé, pra cunhada lá, entendeu irmão, é o Dunga lá, acho que é a esposa do Dunga lá entendeu.”

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo
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Para o Ministério Público, as conversas recuperadas são mais um indício da ligação de Dunga com o PCC, um dos principais pontos sob investigação da Operação Ligação Perigosa. A Promotoria vê “perigosa proximidade” da facção com o vereador de Araçatuba, cidade localizada a 510 quilômetros da capital paulista.

Os investigadores suspeitam que Dunga “se envolve diretamente em questões afetas ao crime organizado” na região. A Promotoria vê infiltração do PCC na ‘cena política’ da região.

Segundo os promotores do Gaeco - braço do MP que combate o crime organizado - há evidências de que um assessor próximo de Dunga, Paulo Giovane de Aguilar, seria integrante do PCC.

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Aguilar teria atuação direta no tráfico de drogas na cidade, “tudo com o conhecimento do vereador e sua complacência”.

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

COM A PALAVRA, DUNGA

A reportagem do Estadão pediu manifestação do gabinete do vereador Dunga, na Câmara de Araçatuba. O espaço está aberto também para os outros citados na Operação Ligações Perigosas. (pepita.ortega@estadao.com)

O vereador Dunga, alvo de Operação por suposta ligação com o PCC Foto: Câmara de Araçatuba

O vereador Antônio Edwaldo Dunga Costa (União Brasil), policial civil aposentado que presidiu cinco vezes a Câmara de Araçatuba, no interior de São Paulo, prestou “auxílio material” para faccionados do PCC realizarem um protesto em Brasília contra o fim das ‘saidinhas’. O evento foi organizado por ordem da cúpula da facção.

A informação é do Ministério Público estadual que, nesta sexta, 6, comandou a Operação Ligações Perigosas para investigar o “grau de penetração” do PCC no mandato de Dunga. O vereador foi preso durante a ofensiva por porte ilegal de arma de fogo. O Estadão fez contato com o gabinete do vereador. O espaço está aberto para manifestação.

O envolvimento de Dunga com o protesto do PCC em Brasília foi identificado quando a Polícia Civil de Araçatuba apreendeu, em maio deste ano, o celular de um faccionado, identificado como ‘Tchok’. No aparelho, os investigadores encontraram um grupo de Whatsapp formado por integrantes do PCC e pessoas que participaram de uma manifestação em Brasília no dia 29 de abril, contra o fim das saidinhas - modelo que permite a saída temporária de condenados da prisão em datas especiais para ficar ao lado da família.

Segundo a Promotoria, o PCC organizou protestos e disponibilizou ônibus com todas as despesas pagas para levar manifestantes de diversas regiões de São Paulo até Brasília.

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

No celular de ‘Tchock’, a Promotoria encontrou diálogos sobre a organização da excursão para a capital do País. As mensagens envolvem outros dois faccionados, ‘Zeus’ e ‘Neblina’, este responsável pela contratação de ônibus que levaram ‘soldados’ do PCC e “simpatizantes” do crime organizado para o protesto. Uma mulher, Andrea, também teria colaborado na organização da caravana, segundo a investigação.

Nos diálogos recuperados pela Operação Ligações Perigosas, Andrea e ‘Tchock’ detalham a logística da excursão, até o ponto de encontro dos ônibus. Eles falam também que seria preciso conseguir um isopor para acondicionar bebidas e lanches na viagem.

Nesse contexto, Andrea diz ao “cunhado” que ganhou 96 copinhos de água e que só era preciso “buscar”. Ela passa um endereço a ‘Tchock’ e diz que lá deve falar com a “Lena, mulher do Dunga”.

Os investigadores descobriram que o endereço passado por Andrea como fonte da doação de água é a sede da Associação dos Investigadores da Polícia Civil de Araçatuba, cujo presidente é o próprio Dunga, vereador.

Segundo a Promotoria, o diálogo indica que, de fato, houve a ‘doação’ de 96 copos de água por Dunga para os organizadores da excursão.

‘Tchock’ pediu a uma terceira pessoa para buscar a água. Em áudio, ele afirmou. “Ô irmão, fala lá que é doação de água lá pra Salomé, pra cunhada lá, entendeu irmão, é o Dunga lá, acho que é a esposa do Dunga lá entendeu.”

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

Para o Ministério Público, as conversas recuperadas são mais um indício da ligação de Dunga com o PCC, um dos principais pontos sob investigação da Operação Ligação Perigosa. A Promotoria vê “perigosa proximidade” da facção com o vereador de Araçatuba, cidade localizada a 510 quilômetros da capital paulista.

Os investigadores suspeitam que Dunga “se envolve diretamente em questões afetas ao crime organizado” na região. A Promotoria vê infiltração do PCC na ‘cena política’ da região.

Segundo os promotores do Gaeco - braço do MP que combate o crime organizado - há evidências de que um assessor próximo de Dunga, Paulo Giovane de Aguilar, seria integrante do PCC.

Aguilar teria atuação direta no tráfico de drogas na cidade, “tudo com o conhecimento do vereador e sua complacência”.

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

COM A PALAVRA, DUNGA

A reportagem do Estadão pediu manifestação do gabinete do vereador Dunga, na Câmara de Araçatuba. O espaço está aberto também para os outros citados na Operação Ligações Perigosas. (pepita.ortega@estadao.com)

O vereador Dunga, alvo de Operação por suposta ligação com o PCC Foto: Câmara de Araçatuba

O vereador Antônio Edwaldo Dunga Costa (União Brasil), policial civil aposentado que presidiu cinco vezes a Câmara de Araçatuba, no interior de São Paulo, prestou “auxílio material” para faccionados do PCC realizarem um protesto em Brasília contra o fim das ‘saidinhas’. O evento foi organizado por ordem da cúpula da facção.

A informação é do Ministério Público estadual que, nesta sexta, 6, comandou a Operação Ligações Perigosas para investigar o “grau de penetração” do PCC no mandato de Dunga. O vereador foi preso durante a ofensiva por porte ilegal de arma de fogo. O Estadão fez contato com o gabinete do vereador. O espaço está aberto para manifestação.

O envolvimento de Dunga com o protesto do PCC em Brasília foi identificado quando a Polícia Civil de Araçatuba apreendeu, em maio deste ano, o celular de um faccionado, identificado como ‘Tchok’. No aparelho, os investigadores encontraram um grupo de Whatsapp formado por integrantes do PCC e pessoas que participaram de uma manifestação em Brasília no dia 29 de abril, contra o fim das saidinhas - modelo que permite a saída temporária de condenados da prisão em datas especiais para ficar ao lado da família.

Segundo a Promotoria, o PCC organizou protestos e disponibilizou ônibus com todas as despesas pagas para levar manifestantes de diversas regiões de São Paulo até Brasília.

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

No celular de ‘Tchock’, a Promotoria encontrou diálogos sobre a organização da excursão para a capital do País. As mensagens envolvem outros dois faccionados, ‘Zeus’ e ‘Neblina’, este responsável pela contratação de ônibus que levaram ‘soldados’ do PCC e “simpatizantes” do crime organizado para o protesto. Uma mulher, Andrea, também teria colaborado na organização da caravana, segundo a investigação.

Nos diálogos recuperados pela Operação Ligações Perigosas, Andrea e ‘Tchock’ detalham a logística da excursão, até o ponto de encontro dos ônibus. Eles falam também que seria preciso conseguir um isopor para acondicionar bebidas e lanches na viagem.

Nesse contexto, Andrea diz ao “cunhado” que ganhou 96 copinhos de água e que só era preciso “buscar”. Ela passa um endereço a ‘Tchock’ e diz que lá deve falar com a “Lena, mulher do Dunga”.

Os investigadores descobriram que o endereço passado por Andrea como fonte da doação de água é a sede da Associação dos Investigadores da Polícia Civil de Araçatuba, cujo presidente é o próprio Dunga, vereador.

Segundo a Promotoria, o diálogo indica que, de fato, houve a ‘doação’ de 96 copos de água por Dunga para os organizadores da excursão.

‘Tchock’ pediu a uma terceira pessoa para buscar a água. Em áudio, ele afirmou. “Ô irmão, fala lá que é doação de água lá pra Salomé, pra cunhada lá, entendeu irmão, é o Dunga lá, acho que é a esposa do Dunga lá entendeu.”

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

Para o Ministério Público, as conversas recuperadas são mais um indício da ligação de Dunga com o PCC, um dos principais pontos sob investigação da Operação Ligação Perigosa. A Promotoria vê “perigosa proximidade” da facção com o vereador de Araçatuba, cidade localizada a 510 quilômetros da capital paulista.

Os investigadores suspeitam que Dunga “se envolve diretamente em questões afetas ao crime organizado” na região. A Promotoria vê infiltração do PCC na ‘cena política’ da região.

Segundo os promotores do Gaeco - braço do MP que combate o crime organizado - há evidências de que um assessor próximo de Dunga, Paulo Giovane de Aguilar, seria integrante do PCC.

Aguilar teria atuação direta no tráfico de drogas na cidade, “tudo com o conhecimento do vereador e sua complacência”.

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

COM A PALAVRA, DUNGA

A reportagem do Estadão pediu manifestação do gabinete do vereador Dunga, na Câmara de Araçatuba. O espaço está aberto também para os outros citados na Operação Ligações Perigosas. (pepita.ortega@estadao.com)

O vereador Dunga, alvo de Operação por suposta ligação com o PCC Foto: Câmara de Araçatuba

O vereador Antônio Edwaldo Dunga Costa (União Brasil), policial civil aposentado que presidiu cinco vezes a Câmara de Araçatuba, no interior de São Paulo, prestou “auxílio material” para faccionados do PCC realizarem um protesto em Brasília contra o fim das ‘saidinhas’. O evento foi organizado por ordem da cúpula da facção.

A informação é do Ministério Público estadual que, nesta sexta, 6, comandou a Operação Ligações Perigosas para investigar o “grau de penetração” do PCC no mandato de Dunga. O vereador foi preso durante a ofensiva por porte ilegal de arma de fogo. O Estadão fez contato com o gabinete do vereador. O espaço está aberto para manifestação.

O envolvimento de Dunga com o protesto do PCC em Brasília foi identificado quando a Polícia Civil de Araçatuba apreendeu, em maio deste ano, o celular de um faccionado, identificado como ‘Tchok’. No aparelho, os investigadores encontraram um grupo de Whatsapp formado por integrantes do PCC e pessoas que participaram de uma manifestação em Brasília no dia 29 de abril, contra o fim das saidinhas - modelo que permite a saída temporária de condenados da prisão em datas especiais para ficar ao lado da família.

Segundo a Promotoria, o PCC organizou protestos e disponibilizou ônibus com todas as despesas pagas para levar manifestantes de diversas regiões de São Paulo até Brasília.

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

No celular de ‘Tchock’, a Promotoria encontrou diálogos sobre a organização da excursão para a capital do País. As mensagens envolvem outros dois faccionados, ‘Zeus’ e ‘Neblina’, este responsável pela contratação de ônibus que levaram ‘soldados’ do PCC e “simpatizantes” do crime organizado para o protesto. Uma mulher, Andrea, também teria colaborado na organização da caravana, segundo a investigação.

Nos diálogos recuperados pela Operação Ligações Perigosas, Andrea e ‘Tchock’ detalham a logística da excursão, até o ponto de encontro dos ônibus. Eles falam também que seria preciso conseguir um isopor para acondicionar bebidas e lanches na viagem.

Nesse contexto, Andrea diz ao “cunhado” que ganhou 96 copinhos de água e que só era preciso “buscar”. Ela passa um endereço a ‘Tchock’ e diz que lá deve falar com a “Lena, mulher do Dunga”.

Os investigadores descobriram que o endereço passado por Andrea como fonte da doação de água é a sede da Associação dos Investigadores da Polícia Civil de Araçatuba, cujo presidente é o próprio Dunga, vereador.

Segundo a Promotoria, o diálogo indica que, de fato, houve a ‘doação’ de 96 copos de água por Dunga para os organizadores da excursão.

‘Tchock’ pediu a uma terceira pessoa para buscar a água. Em áudio, ele afirmou. “Ô irmão, fala lá que é doação de água lá pra Salomé, pra cunhada lá, entendeu irmão, é o Dunga lá, acho que é a esposa do Dunga lá entendeu.”

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

Para o Ministério Público, as conversas recuperadas são mais um indício da ligação de Dunga com o PCC, um dos principais pontos sob investigação da Operação Ligação Perigosa. A Promotoria vê “perigosa proximidade” da facção com o vereador de Araçatuba, cidade localizada a 510 quilômetros da capital paulista.

Os investigadores suspeitam que Dunga “se envolve diretamente em questões afetas ao crime organizado” na região. A Promotoria vê infiltração do PCC na ‘cena política’ da região.

Segundo os promotores do Gaeco - braço do MP que combate o crime organizado - há evidências de que um assessor próximo de Dunga, Paulo Giovane de Aguilar, seria integrante do PCC.

Aguilar teria atuação direta no tráfico de drogas na cidade, “tudo com o conhecimento do vereador e sua complacência”.

Trechos da Operação Ligações Perigosas Foto: Processo

COM A PALAVRA, DUNGA

A reportagem do Estadão pediu manifestação do gabinete do vereador Dunga, na Câmara de Araçatuba. O espaço está aberto também para os outros citados na Operação Ligações Perigosas. (pepita.ortega@estadao.com)

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