Seis procuradores da República do Distrito Federal estiveram nesta terça-feira, 10, na Academia Nacional de Polícia Federal (ANP), em Brasília, para inspecionar as condições a que estão submetidos os presos em flagrante por participação nos atos golpistas do último domingo. O órgão informou que não foram encontradas irregularidades.
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Leia todo o relatórioCerca 1,5 mil pessoas foram levadas provisoriamente ao local, onde estão sendo identificadas e fichadas para serem encaminhadas ao sistema penitenciário.
A Polícia Federal (PF) alegou "questões humanitárias" e liberou 599 pessoas, entre idosos, crianças, pessoas com problemas de saúde, em situação de rua e mães acompanhadas de crianças. As demais estão sendo transferidas gradualmente aos presídios de Brasília.
Juízes federais e distritais se dividem em um mutirão para realizar as audiências de custódia. A logística foi definida mais cedo em uma reunião convocada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que decretou as prisões, com o corregedor nacional de Justiça, ministro Luís Felipe Salomão, e representantes do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF-1), do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) e da Polícia Federal.
O relatório entregue pelos procuradores afirma que as pessoas que seguem na ANP estão distribuídas na área ao ar livre do ginásio e nos corredores do prédio onde vêm sendo realizados os atendimentos para a lavratura dos termos de prisão em flagrante.
O documento destaca que não foram vistas crianças e adolescentes no local. Sobre as instalações físicas, o relatório afirma que há refeitório, bebedouros, cadeiras e banheiros "limpos e arejados, femininos e masculinos", com chuveiro.
Os procuradores também observaram que os advogados têm "amplo acesso" aos clientes e que há "várias" equipes para atendimento médico de prontidão. Eles relatam que conversaram com os profissionais responsáveis pelos atendimentos de emergência e, segundo o documento, as equipes negaram qualquer morte no local. O boato de que uma idosa teria morrido também foi desmentido pela PF.