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Zanin e Barroso frustram aposentados e votam para anular julgamento da revisão da vida toda


Ministros do Supremo Tribunal Federal avaliam que processo deve voltar ao Superior Tribunal de Justiça para nova votação

Por Rayssa Motta
Ministros do STF analisam recurso do INSS contra julgamento que declarou revisão da vida toda constitucional.  Foto: Werther Santana/Estadão

Os ministros Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso votaram nesta sexta-feira, 24, para anular o julgamento que autorizou a chamada revisão da vida toda em aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O mecanismo permite que as contribuições previdenciárias feitas antes de julho de 1994 sejam consideradas no cálculo das aposentadorias, o que pode beneficiar os aposentados.

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Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6 votos a 5, que a revisão é constitucional. O tema voltou a ser pautado porque o INSS entrou com recurso alegando que os ministros não analisaram todos os seus argumentos e pedidos.

O recurso está em votação no plenário virtual do STF. Nessa modalidade, não há debate presencial ou por videoconferência. Os ministros registram os votos em uma plataforma online. A votação fica aberta até o dia 1º de dezembro.

Zanin abriu os votos após pedido de vista e defendeu novo julgamento da revisão da vida toda no STJ. Foto: WILTON JUNIOR
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Para Zanin, o caso deve voltar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para um novo julgamento. O argumento usado pelo ministro é processual. Ele afirmou que, ao analisar o tema, a Primeira Turma do STJ julgou a constitucionalidade da lei sobre o regime de aposentadorias dos segurados do INSS. Mas, na avaliação de Zanin, o controle constitucional só pode ser feito pelo plenário do STJ, que é composto por todos os seus ministros, e não pelas turmas do tribunal.

“Reconheço a nulidade do acórdão oriundo da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, e determino o retorno dos autos ao Tribunal da Cidadania, para que seja realizado novo julgamento do feito, com a devida observância do postulado da reserva de plenário”, escreveu. Até o momento, ele foi acompanhado por Barroso.

O julgamento dos recursos do INSS estava parado por pedido de vista (mais tempo para análise) de Zanin, por isso ele foi o primeiro a se manifestar na retomada da votação.

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Os ministros Alexandre de Moraes, relator do processo, e Rosa Weber, aposentada, já tinham votado para manter a revisão da vida toda.

O voto de Zanin tem o potencial de mudar o desfecho do processo. Isso porque, no julgamento anterior, decidido por um voto de diferença, o ministro Ricardo Lewandowski, seu antecessor, foi a favor da revisão da vida toda. Com a mudança, se os demais ministros mantiverem seus votos, a tendência é que a maioria seja deslocada e consolidada contra a revisão das aposentadorias.

Ministros do STF analisam recurso do INSS contra julgamento que declarou revisão da vida toda constitucional.  Foto: Werther Santana/Estadão

Os ministros Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso votaram nesta sexta-feira, 24, para anular o julgamento que autorizou a chamada revisão da vida toda em aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O mecanismo permite que as contribuições previdenciárias feitas antes de julho de 1994 sejam consideradas no cálculo das aposentadorias, o que pode beneficiar os aposentados.

Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6 votos a 5, que a revisão é constitucional. O tema voltou a ser pautado porque o INSS entrou com recurso alegando que os ministros não analisaram todos os seus argumentos e pedidos.

O recurso está em votação no plenário virtual do STF. Nessa modalidade, não há debate presencial ou por videoconferência. Os ministros registram os votos em uma plataforma online. A votação fica aberta até o dia 1º de dezembro.

Zanin abriu os votos após pedido de vista e defendeu novo julgamento da revisão da vida toda no STJ. Foto: WILTON JUNIOR

Para Zanin, o caso deve voltar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para um novo julgamento. O argumento usado pelo ministro é processual. Ele afirmou que, ao analisar o tema, a Primeira Turma do STJ julgou a constitucionalidade da lei sobre o regime de aposentadorias dos segurados do INSS. Mas, na avaliação de Zanin, o controle constitucional só pode ser feito pelo plenário do STJ, que é composto por todos os seus ministros, e não pelas turmas do tribunal.

“Reconheço a nulidade do acórdão oriundo da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, e determino o retorno dos autos ao Tribunal da Cidadania, para que seja realizado novo julgamento do feito, com a devida observância do postulado da reserva de plenário”, escreveu. Até o momento, ele foi acompanhado por Barroso.

O julgamento dos recursos do INSS estava parado por pedido de vista (mais tempo para análise) de Zanin, por isso ele foi o primeiro a se manifestar na retomada da votação.

Os ministros Alexandre de Moraes, relator do processo, e Rosa Weber, aposentada, já tinham votado para manter a revisão da vida toda.

O voto de Zanin tem o potencial de mudar o desfecho do processo. Isso porque, no julgamento anterior, decidido por um voto de diferença, o ministro Ricardo Lewandowski, seu antecessor, foi a favor da revisão da vida toda. Com a mudança, se os demais ministros mantiverem seus votos, a tendência é que a maioria seja deslocada e consolidada contra a revisão das aposentadorias.

Ministros do STF analisam recurso do INSS contra julgamento que declarou revisão da vida toda constitucional.  Foto: Werther Santana/Estadão

Os ministros Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso votaram nesta sexta-feira, 24, para anular o julgamento que autorizou a chamada revisão da vida toda em aposentadorias pagas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O mecanismo permite que as contribuições previdenciárias feitas antes de julho de 1994 sejam consideradas no cálculo das aposentadorias, o que pode beneficiar os aposentados.

Em dezembro, o Supremo Tribunal Federal decidiu, por 6 votos a 5, que a revisão é constitucional. O tema voltou a ser pautado porque o INSS entrou com recurso alegando que os ministros não analisaram todos os seus argumentos e pedidos.

O recurso está em votação no plenário virtual do STF. Nessa modalidade, não há debate presencial ou por videoconferência. Os ministros registram os votos em uma plataforma online. A votação fica aberta até o dia 1º de dezembro.

Zanin abriu os votos após pedido de vista e defendeu novo julgamento da revisão da vida toda no STJ. Foto: WILTON JUNIOR

Para Zanin, o caso deve voltar ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para um novo julgamento. O argumento usado pelo ministro é processual. Ele afirmou que, ao analisar o tema, a Primeira Turma do STJ julgou a constitucionalidade da lei sobre o regime de aposentadorias dos segurados do INSS. Mas, na avaliação de Zanin, o controle constitucional só pode ser feito pelo plenário do STJ, que é composto por todos os seus ministros, e não pelas turmas do tribunal.

“Reconheço a nulidade do acórdão oriundo da Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, e determino o retorno dos autos ao Tribunal da Cidadania, para que seja realizado novo julgamento do feito, com a devida observância do postulado da reserva de plenário”, escreveu. Até o momento, ele foi acompanhado por Barroso.

O julgamento dos recursos do INSS estava parado por pedido de vista (mais tempo para análise) de Zanin, por isso ele foi o primeiro a se manifestar na retomada da votação.

Os ministros Alexandre de Moraes, relator do processo, e Rosa Weber, aposentada, já tinham votado para manter a revisão da vida toda.

O voto de Zanin tem o potencial de mudar o desfecho do processo. Isso porque, no julgamento anterior, decidido por um voto de diferença, o ministro Ricardo Lewandowski, seu antecessor, foi a favor da revisão da vida toda. Com a mudança, se os demais ministros mantiverem seus votos, a tendência é que a maioria seja deslocada e consolidada contra a revisão das aposentadorias.

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