Bolsonaristas tiram foco de ações da PF com ‘picanha do Lula’ e querem superbancada anti-STF em 2026


Semana foi de derrotas para Jair Bolsonaro, e aliados projetam vingança contra Alexandre de Moraes para próxima legislatura no Senado

Por Guilherme Caetano
Atualização:

BRASÍLIA - Às vésperas da disputa eleitoral de 2024 e se estruturando para a corrida de 2026, aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm apostado na estratégia de ignorar publicamente as diversas frentes de investigação da Polícia Federal contra o ex-presidente, enquanto atacam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Poder Judiciário.

Nesta semana, o bolsonarismo foi atingido duramente por dois movimentos da PF, o levantamento do sigilo no caso das joias sauditas — revelado pelo Estadão em março de 2023 e pelo qual o ex-presidente foi indiciado — e a nova operação no caso da “Abin Paralela”, que aponta que Bolsonaro articulou com o então chefe da agência de inteligência um plano para blindar o filho Flávio de investigações, segundo os investigadores.

Jair Bolsonaro com Alexandre Ramagem, ao lado do filho Flávio Foto: Pedro Kirilos/Estadão
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O assunto foi evitado pela maioria dos deputados e senadores do PL, até para defender o governo Bolsonaro das acusações. Os bolsonaristas no Congresso têm apostado em duas principais frentes de comunicação. De um lado, atacar o Judiciário em razão da manutenção das prisões de acusados de destruir e financiar a destruição das sedes dos três Poderes nos ataques do 8 de Janeiro. Do outro, desgastar o governo federal ao defender que a inclusão das carnes na cesta básica da reforma tributária só ocorreu por meio de uma articulação da oposição, lembrando que na campanha eleitoral de 2022, Lula prometeu que o brasileiro voltaria a consumir “picanha e cervejinha”.

Na bancada de 99 deputados do PL na Câmara, além de Eduardo Bolsonaro (SP), apenas Carla Zambelli (SP), Júlia Zanatta (SC), José Medeiros (MT), Hélio Lopes (RJ) e Daniel Freitas (SC) foram às redes para criticar a investigação da PF. No Senado, Bolsonaro teve apoio do filho Flávio, além de Marcos do Val (Podemos-ES), Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Um deputado federal da tropa de choque do ex-presidente disse ao Estadão, sob reserva, que muitos dos correligionários têm se ressentido com a falta de reciprocidade na defesa de Bolsonaro, e que por isso têm preferido ficar quietos sobre o cerco ao líder. Eles veem o ex-presidente como alguém que não se arrisca para defender os aliados, e se incomodam com o fato de terem sido abandonados quando precisaram de apoio em meio a investigações da polícia. Por isso, segundo esse aliado, a bancada tem preferido atacar Lula e Moraes e desviar do noticiário negativo contra Bolsonaro.

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“Vai ter carne na cesta básica graças à atuação do PL”, escreveu a deputada Bia Kicis (PL-DF) sobre a aprovação da reforma tributária. O deputado Mario Frias (PL-SP) foi na mesma linha e disse que “no final das contas, quem bancou a picanha foi o Partido Liberal”. Nikolas Ferreira (PL-MG) preferiu atacar Moraes: “Covarde. O que tem de cabelo tem de honra”. Já Gustavo Gayer (PL-GO) celebrou a suspensão de uma licitação de R$ 197 milhões da Secretaria de Comunicação do governo Lula feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Outros parlamentares dizem que, diferente da época do governo Bolsonaro, quando militantes perguntavam sobre como rebater as notícias contra o então presidente, a repercussão desse conteúdo hoje é menor, já que as ações da PF, sob a gestão Lula, são vistas como políticas.

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Outro deputado que não quis se identificar disse que o alto número de ações da PF envolvendo questões como cartão de vacina, golpe de Estado, joias e Abin Paralela, acabam confundindo a população que, segundo ele, não sabe o que é indiciamente e nem o porquê de Bolsonaro ter ficado inelegível.

Em chats bolsonaristas no WhatsApp e no Telegram, os usuários têm abordado o tema como mais uma perseguição ao ex-presidente e prova de supostos abusos de Moraes.

Uma das estratégias defendidas por bolsonaristas é focar na corrida ao Senado em 2026, para fazer uma bancada anti-STF Foto: Wilton Junior/Estadão
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As diversas investigações contra Bolsonaro podem ter um efeito de longo prazo no bolsonarismo, ao alimentar um sentimento de vingança. Nos bastidores, senadores do grupo defendem foco total do PL em eleger uma superbancada no Senado em 2026 para contra-atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).

A estratégia é lançar em cada Estado pelo menos dois nomes competitivos do bolsonarismo, atrelados um ao outro, na eleição para a Casa em 2026. Como haverá renovação de até dois terços e o eleitor poderá votar em dois nomes para senador, a ideia é pregar voto duplo no bolsonarismo e eleger uma grande quantidade de candidatos.

Em São Paulo, por exemplo, Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles, que pretende concorrer pelo Partido Novo, são cogitados como os principais nomes ao Senado. Se eleitos, farão uma bancada paulista 100% bolsonarista, ao lado do ex-ministro da Ciência e Tecnologia de Bolsonaro, Marcos Pontes. O secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, é outro nome cotado.

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O Senado é estratégico para o bolsonarismo, já que a Casa pode pautar o impeachment de ministros do STF. Alexandre de Moraes, responsável pelas principais investigações contra o grupo de Bolsonaro na Corte, é tido como o principal alvo desse projeto.

Enquanto isso, algumas lideranças já colocaram em prática um calendário de manifestações de rua para esquentar a pauta anti-STF. No próximo domingo, a Avenida Paulista deve ser palco de um desses atos, com presença confirmada de parlamentares. As pautas, de acordo com o perfil Space Liberdade, que tem se engajado na convocação do evento, são o impeachment de Lula e Alexandre de Moraes, anistia aos presos do 8 de Janeiro e contra a descriminalização do aborto.

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“A ideia é fazer uma manifestação por mês, e naturalmente novas lideranças vão surgindo para a eleição de 2026, diz a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que tem ajudado a chamar o público para as ruas.

BRASÍLIA - Às vésperas da disputa eleitoral de 2024 e se estruturando para a corrida de 2026, aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm apostado na estratégia de ignorar publicamente as diversas frentes de investigação da Polícia Federal contra o ex-presidente, enquanto atacam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Poder Judiciário.

Nesta semana, o bolsonarismo foi atingido duramente por dois movimentos da PF, o levantamento do sigilo no caso das joias sauditas — revelado pelo Estadão em março de 2023 e pelo qual o ex-presidente foi indiciado — e a nova operação no caso da “Abin Paralela”, que aponta que Bolsonaro articulou com o então chefe da agência de inteligência um plano para blindar o filho Flávio de investigações, segundo os investigadores.

Jair Bolsonaro com Alexandre Ramagem, ao lado do filho Flávio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O assunto foi evitado pela maioria dos deputados e senadores do PL, até para defender o governo Bolsonaro das acusações. Os bolsonaristas no Congresso têm apostado em duas principais frentes de comunicação. De um lado, atacar o Judiciário em razão da manutenção das prisões de acusados de destruir e financiar a destruição das sedes dos três Poderes nos ataques do 8 de Janeiro. Do outro, desgastar o governo federal ao defender que a inclusão das carnes na cesta básica da reforma tributária só ocorreu por meio de uma articulação da oposição, lembrando que na campanha eleitoral de 2022, Lula prometeu que o brasileiro voltaria a consumir “picanha e cervejinha”.

Na bancada de 99 deputados do PL na Câmara, além de Eduardo Bolsonaro (SP), apenas Carla Zambelli (SP), Júlia Zanatta (SC), José Medeiros (MT), Hélio Lopes (RJ) e Daniel Freitas (SC) foram às redes para criticar a investigação da PF. No Senado, Bolsonaro teve apoio do filho Flávio, além de Marcos do Val (Podemos-ES), Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Um deputado federal da tropa de choque do ex-presidente disse ao Estadão, sob reserva, que muitos dos correligionários têm se ressentido com a falta de reciprocidade na defesa de Bolsonaro, e que por isso têm preferido ficar quietos sobre o cerco ao líder. Eles veem o ex-presidente como alguém que não se arrisca para defender os aliados, e se incomodam com o fato de terem sido abandonados quando precisaram de apoio em meio a investigações da polícia. Por isso, segundo esse aliado, a bancada tem preferido atacar Lula e Moraes e desviar do noticiário negativo contra Bolsonaro.

“Vai ter carne na cesta básica graças à atuação do PL”, escreveu a deputada Bia Kicis (PL-DF) sobre a aprovação da reforma tributária. O deputado Mario Frias (PL-SP) foi na mesma linha e disse que “no final das contas, quem bancou a picanha foi o Partido Liberal”. Nikolas Ferreira (PL-MG) preferiu atacar Moraes: “Covarde. O que tem de cabelo tem de honra”. Já Gustavo Gayer (PL-GO) celebrou a suspensão de uma licitação de R$ 197 milhões da Secretaria de Comunicação do governo Lula feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Outros parlamentares dizem que, diferente da época do governo Bolsonaro, quando militantes perguntavam sobre como rebater as notícias contra o então presidente, a repercussão desse conteúdo hoje é menor, já que as ações da PF, sob a gestão Lula, são vistas como políticas.

Outro deputado que não quis se identificar disse que o alto número de ações da PF envolvendo questões como cartão de vacina, golpe de Estado, joias e Abin Paralela, acabam confundindo a população que, segundo ele, não sabe o que é indiciamente e nem o porquê de Bolsonaro ter ficado inelegível.

Em chats bolsonaristas no WhatsApp e no Telegram, os usuários têm abordado o tema como mais uma perseguição ao ex-presidente e prova de supostos abusos de Moraes.

Uma das estratégias defendidas por bolsonaristas é focar na corrida ao Senado em 2026, para fazer uma bancada anti-STF Foto: Wilton Junior/Estadão

As diversas investigações contra Bolsonaro podem ter um efeito de longo prazo no bolsonarismo, ao alimentar um sentimento de vingança. Nos bastidores, senadores do grupo defendem foco total do PL em eleger uma superbancada no Senado em 2026 para contra-atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).

A estratégia é lançar em cada Estado pelo menos dois nomes competitivos do bolsonarismo, atrelados um ao outro, na eleição para a Casa em 2026. Como haverá renovação de até dois terços e o eleitor poderá votar em dois nomes para senador, a ideia é pregar voto duplo no bolsonarismo e eleger uma grande quantidade de candidatos.

Em São Paulo, por exemplo, Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles, que pretende concorrer pelo Partido Novo, são cogitados como os principais nomes ao Senado. Se eleitos, farão uma bancada paulista 100% bolsonarista, ao lado do ex-ministro da Ciência e Tecnologia de Bolsonaro, Marcos Pontes. O secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, é outro nome cotado.

O Senado é estratégico para o bolsonarismo, já que a Casa pode pautar o impeachment de ministros do STF. Alexandre de Moraes, responsável pelas principais investigações contra o grupo de Bolsonaro na Corte, é tido como o principal alvo desse projeto.

Enquanto isso, algumas lideranças já colocaram em prática um calendário de manifestações de rua para esquentar a pauta anti-STF. No próximo domingo, a Avenida Paulista deve ser palco de um desses atos, com presença confirmada de parlamentares. As pautas, de acordo com o perfil Space Liberdade, que tem se engajado na convocação do evento, são o impeachment de Lula e Alexandre de Moraes, anistia aos presos do 8 de Janeiro e contra a descriminalização do aborto.

“A ideia é fazer uma manifestação por mês, e naturalmente novas lideranças vão surgindo para a eleição de 2026, diz a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que tem ajudado a chamar o público para as ruas.

BRASÍLIA - Às vésperas da disputa eleitoral de 2024 e se estruturando para a corrida de 2026, aliados de Jair Bolsonaro (PL) têm apostado na estratégia de ignorar publicamente as diversas frentes de investigação da Polícia Federal contra o ex-presidente, enquanto atacam o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Poder Judiciário.

Nesta semana, o bolsonarismo foi atingido duramente por dois movimentos da PF, o levantamento do sigilo no caso das joias sauditas — revelado pelo Estadão em março de 2023 e pelo qual o ex-presidente foi indiciado — e a nova operação no caso da “Abin Paralela”, que aponta que Bolsonaro articulou com o então chefe da agência de inteligência um plano para blindar o filho Flávio de investigações, segundo os investigadores.

Jair Bolsonaro com Alexandre Ramagem, ao lado do filho Flávio Foto: Pedro Kirilos/Estadão

O assunto foi evitado pela maioria dos deputados e senadores do PL, até para defender o governo Bolsonaro das acusações. Os bolsonaristas no Congresso têm apostado em duas principais frentes de comunicação. De um lado, atacar o Judiciário em razão da manutenção das prisões de acusados de destruir e financiar a destruição das sedes dos três Poderes nos ataques do 8 de Janeiro. Do outro, desgastar o governo federal ao defender que a inclusão das carnes na cesta básica da reforma tributária só ocorreu por meio de uma articulação da oposição, lembrando que na campanha eleitoral de 2022, Lula prometeu que o brasileiro voltaria a consumir “picanha e cervejinha”.

Na bancada de 99 deputados do PL na Câmara, além de Eduardo Bolsonaro (SP), apenas Carla Zambelli (SP), Júlia Zanatta (SC), José Medeiros (MT), Hélio Lopes (RJ) e Daniel Freitas (SC) foram às redes para criticar a investigação da PF. No Senado, Bolsonaro teve apoio do filho Flávio, além de Marcos do Val (Podemos-ES), Jorge Seif (PL-SC) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Um deputado federal da tropa de choque do ex-presidente disse ao Estadão, sob reserva, que muitos dos correligionários têm se ressentido com a falta de reciprocidade na defesa de Bolsonaro, e que por isso têm preferido ficar quietos sobre o cerco ao líder. Eles veem o ex-presidente como alguém que não se arrisca para defender os aliados, e se incomodam com o fato de terem sido abandonados quando precisaram de apoio em meio a investigações da polícia. Por isso, segundo esse aliado, a bancada tem preferido atacar Lula e Moraes e desviar do noticiário negativo contra Bolsonaro.

“Vai ter carne na cesta básica graças à atuação do PL”, escreveu a deputada Bia Kicis (PL-DF) sobre a aprovação da reforma tributária. O deputado Mario Frias (PL-SP) foi na mesma linha e disse que “no final das contas, quem bancou a picanha foi o Partido Liberal”. Nikolas Ferreira (PL-MG) preferiu atacar Moraes: “Covarde. O que tem de cabelo tem de honra”. Já Gustavo Gayer (PL-GO) celebrou a suspensão de uma licitação de R$ 197 milhões da Secretaria de Comunicação do governo Lula feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Outros parlamentares dizem que, diferente da época do governo Bolsonaro, quando militantes perguntavam sobre como rebater as notícias contra o então presidente, a repercussão desse conteúdo hoje é menor, já que as ações da PF, sob a gestão Lula, são vistas como políticas.

Outro deputado que não quis se identificar disse que o alto número de ações da PF envolvendo questões como cartão de vacina, golpe de Estado, joias e Abin Paralela, acabam confundindo a população que, segundo ele, não sabe o que é indiciamente e nem o porquê de Bolsonaro ter ficado inelegível.

Em chats bolsonaristas no WhatsApp e no Telegram, os usuários têm abordado o tema como mais uma perseguição ao ex-presidente e prova de supostos abusos de Moraes.

Uma das estratégias defendidas por bolsonaristas é focar na corrida ao Senado em 2026, para fazer uma bancada anti-STF Foto: Wilton Junior/Estadão

As diversas investigações contra Bolsonaro podem ter um efeito de longo prazo no bolsonarismo, ao alimentar um sentimento de vingança. Nos bastidores, senadores do grupo defendem foco total do PL em eleger uma superbancada no Senado em 2026 para contra-atacar o Supremo Tribunal Federal (STF).

A estratégia é lançar em cada Estado pelo menos dois nomes competitivos do bolsonarismo, atrelados um ao outro, na eleição para a Casa em 2026. Como haverá renovação de até dois terços e o eleitor poderá votar em dois nomes para senador, a ideia é pregar voto duplo no bolsonarismo e eleger uma grande quantidade de candidatos.

Em São Paulo, por exemplo, Eduardo Bolsonaro e Ricardo Salles, que pretende concorrer pelo Partido Novo, são cogitados como os principais nomes ao Senado. Se eleitos, farão uma bancada paulista 100% bolsonarista, ao lado do ex-ministro da Ciência e Tecnologia de Bolsonaro, Marcos Pontes. O secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, é outro nome cotado.

O Senado é estratégico para o bolsonarismo, já que a Casa pode pautar o impeachment de ministros do STF. Alexandre de Moraes, responsável pelas principais investigações contra o grupo de Bolsonaro na Corte, é tido como o principal alvo desse projeto.

Enquanto isso, algumas lideranças já colocaram em prática um calendário de manifestações de rua para esquentar a pauta anti-STF. No próximo domingo, a Avenida Paulista deve ser palco de um desses atos, com presença confirmada de parlamentares. As pautas, de acordo com o perfil Space Liberdade, que tem se engajado na convocação do evento, são o impeachment de Lula e Alexandre de Moraes, anistia aos presos do 8 de Janeiro e contra a descriminalização do aborto.

“A ideia é fazer uma manifestação por mês, e naturalmente novas lideranças vão surgindo para a eleição de 2026, diz a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que tem ajudado a chamar o público para as ruas.

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