Bolsonaro como padrinho de candidato a prefeito não garante eleição; veja quem ganhou ou perdeu


Ao todo 56 nomes entre 154 com apoio ofical do ex-presidente saíram vencedores; já 70 candidatos foram derrotados no primeiro turno

Por Guilherme Caetano

BRASÍLIA - Debutando como cabo eleitoral das eleições municipais longe da Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) enfrentou dificuldades para se firmar como padrinho político de peso nas eleições municipais deste ano. Levantamento do Estadão identificou que pouco mais de um terço dos candidatos a prefeito com apoio do ex-presidente se elegeram no primeiro turno, realizado neste domingo, 6 de outubro.

Ao todo 56 nomes se sagraram vitoriosos entre os 154 carimbados com apoio oficial de Bolsonaro, ou 36,3%. Outros 26 candidatos (16,8%) vão disputar o segundo turno em 27 de outubro. E 70 candidatos amargaram derrota nas urnas deste domingo, o que representa ao menos 45,5% de derrota.

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Ato na Avenida Paulista com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro pede o impeachment do ministro Alexandre Moraes Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A relação dos nomes que contaram com apoio do ex-presidente nesta campanha municipal consta no site intitulado “candidatos do Bolsonaro”, que apresenta nomes de 269 municípios do País, entre os 5,5 mil ao todo.

Reduto de Bolsonaro, o Estado do Rio de Janeiro aparece com destaque no levantamento, uma vez que 11 dos candidatos se elegeram no domingo, enquanto outros dois disputarão o segundo turno: Carlos Jordy (PL) em Niterói e Valdecy da Saúde (PL) em São João de Meriti. Os candidatos apoiados pelo ex-presidente tiveram 57,9% de sucesso nas urnas, quase vinte pontos percentuais acima da média nacional.

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A região, no entanto, foi palco da derrota mais acachapante do partido, uma vez que nem mesmo o aporte de R$ 26 milhões conseguiu dar força para que Alexandre Ramagem (PL) derrotasse o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), reeleito com 60,47% dos votos. Trata-se da capital em que o PL mais investiu recursos do fundo eleitoral.

O Acre, Roraima e Alagoas aparecem com 100% de êxito, mas tratam-se de Estados em que Bolsonaro apoiou somente um candidato, todos eles nas capitais: FHC (PL) se reelegeu em Maceió, Tião Bocalom (PL), em Rio Branco, e Arthur Henrique (MDB), em Boa Vista. O Paraná também mostrou bom resultado ao ex-presidente, onde três de seus cinco candidatos venceram e um deles foi para o segundo turno.

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Considerado o estado mais alinhado ao bolsonarismo, Santa Catarina mostrou resistência aos apadrinhados de Bolsonaro. Dos nove candidatos, quatro venceram e cinco foram derrotados. Em Balneário Camboriú, cidade em que o quarto filho do ex-presidente, Jair Renan Bolsonaro, se elegeu o vereador mais votado da cidade, seu candidato Peeter Grando (PL) terminou a disputa com 38,71% e viu a candidata do PSD, Juliana Pavan, se eleger com 42,30%. Municípios com menos de 200 mil eleitores não têm segundo turno, e são eleitos quem termina na primeira colocação da única votação.

Em São Paulo, Estado que elegeu o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o senador Marcos Pontes (PL) com a força eleitoral de Bolsonaro em 2022, a situação foi ainda pior. Só seis (23,1%) dos 26 candidatos de Bolsonaro venceram, enquanto 14 (53,8%) foram derrotados neste domingo. Haverá segundo turno para outros seis deles, inclusive o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). Apesar de ter indicado o vice Mello Araújo (PL), Bolsonaro não se envolveu na campanha do emedebista, e sua atuação daqui em diante é incerta, uma vez que a aproximação dos dois enfrente resistência por parte do núcleo duro da campanha de Nunes.

Pernambuco rendeu aos candidatos de Bolsonaro a maior derrota. Todos os oito candidatos foram derrotados em Recife, Belo Jardim, Camaragibe, Caruaru, Carpina, Goiana, Ilha de Itamaracá, Paudalho e Petrolina. Na capital, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) teve 13,9% dos votos, enquanto o prefeito João Campos (PSB), apoiado pelo presidente Lula, reelegeu-se com facilidade, com 78,1% dos votos.

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Bolsonaro não apoiou candidatos a prefeito em Estados como Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí e Amapá, apesar de seu partido ter participado da coalizão dos candidatos a prefeito nas capitais e no interior. Em Salvador, por exemplo, Bruno Reis (União) se reelegeu com apoio do PL.

Em regiões como Sergipe, Paraíba, Tocantins e Amazonas, os únicos candidatos de Bolsonaro foram ao segundo turno. São Paulo (26 candidatos), Rio (19), Minas Gerais (19), Rio Grande do Sul (17) e Goiás (14) foram os Estados em que o ex-presidente mais apoiou aliados.

BRASÍLIA - Debutando como cabo eleitoral das eleições municipais longe da Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) enfrentou dificuldades para se firmar como padrinho político de peso nas eleições municipais deste ano. Levantamento do Estadão identificou que pouco mais de um terço dos candidatos a prefeito com apoio do ex-presidente se elegeram no primeiro turno, realizado neste domingo, 6 de outubro.

Ao todo 56 nomes se sagraram vitoriosos entre os 154 carimbados com apoio oficial de Bolsonaro, ou 36,3%. Outros 26 candidatos (16,8%) vão disputar o segundo turno em 27 de outubro. E 70 candidatos amargaram derrota nas urnas deste domingo, o que representa ao menos 45,5% de derrota.

Ato na Avenida Paulista com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro pede o impeachment do ministro Alexandre Moraes Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A relação dos nomes que contaram com apoio do ex-presidente nesta campanha municipal consta no site intitulado “candidatos do Bolsonaro”, que apresenta nomes de 269 municípios do País, entre os 5,5 mil ao todo.

Reduto de Bolsonaro, o Estado do Rio de Janeiro aparece com destaque no levantamento, uma vez que 11 dos candidatos se elegeram no domingo, enquanto outros dois disputarão o segundo turno: Carlos Jordy (PL) em Niterói e Valdecy da Saúde (PL) em São João de Meriti. Os candidatos apoiados pelo ex-presidente tiveram 57,9% de sucesso nas urnas, quase vinte pontos percentuais acima da média nacional.

A região, no entanto, foi palco da derrota mais acachapante do partido, uma vez que nem mesmo o aporte de R$ 26 milhões conseguiu dar força para que Alexandre Ramagem (PL) derrotasse o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), reeleito com 60,47% dos votos. Trata-se da capital em que o PL mais investiu recursos do fundo eleitoral.

O Acre, Roraima e Alagoas aparecem com 100% de êxito, mas tratam-se de Estados em que Bolsonaro apoiou somente um candidato, todos eles nas capitais: FHC (PL) se reelegeu em Maceió, Tião Bocalom (PL), em Rio Branco, e Arthur Henrique (MDB), em Boa Vista. O Paraná também mostrou bom resultado ao ex-presidente, onde três de seus cinco candidatos venceram e um deles foi para o segundo turno.

Considerado o estado mais alinhado ao bolsonarismo, Santa Catarina mostrou resistência aos apadrinhados de Bolsonaro. Dos nove candidatos, quatro venceram e cinco foram derrotados. Em Balneário Camboriú, cidade em que o quarto filho do ex-presidente, Jair Renan Bolsonaro, se elegeu o vereador mais votado da cidade, seu candidato Peeter Grando (PL) terminou a disputa com 38,71% e viu a candidata do PSD, Juliana Pavan, se eleger com 42,30%. Municípios com menos de 200 mil eleitores não têm segundo turno, e são eleitos quem termina na primeira colocação da única votação.

Em São Paulo, Estado que elegeu o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o senador Marcos Pontes (PL) com a força eleitoral de Bolsonaro em 2022, a situação foi ainda pior. Só seis (23,1%) dos 26 candidatos de Bolsonaro venceram, enquanto 14 (53,8%) foram derrotados neste domingo. Haverá segundo turno para outros seis deles, inclusive o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). Apesar de ter indicado o vice Mello Araújo (PL), Bolsonaro não se envolveu na campanha do emedebista, e sua atuação daqui em diante é incerta, uma vez que a aproximação dos dois enfrente resistência por parte do núcleo duro da campanha de Nunes.

Pernambuco rendeu aos candidatos de Bolsonaro a maior derrota. Todos os oito candidatos foram derrotados em Recife, Belo Jardim, Camaragibe, Caruaru, Carpina, Goiana, Ilha de Itamaracá, Paudalho e Petrolina. Na capital, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) teve 13,9% dos votos, enquanto o prefeito João Campos (PSB), apoiado pelo presidente Lula, reelegeu-se com facilidade, com 78,1% dos votos.

Bolsonaro não apoiou candidatos a prefeito em Estados como Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí e Amapá, apesar de seu partido ter participado da coalizão dos candidatos a prefeito nas capitais e no interior. Em Salvador, por exemplo, Bruno Reis (União) se reelegeu com apoio do PL.

Em regiões como Sergipe, Paraíba, Tocantins e Amazonas, os únicos candidatos de Bolsonaro foram ao segundo turno. São Paulo (26 candidatos), Rio (19), Minas Gerais (19), Rio Grande do Sul (17) e Goiás (14) foram os Estados em que o ex-presidente mais apoiou aliados.

BRASÍLIA - Debutando como cabo eleitoral das eleições municipais longe da Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) enfrentou dificuldades para se firmar como padrinho político de peso nas eleições municipais deste ano. Levantamento do Estadão identificou que pouco mais de um terço dos candidatos a prefeito com apoio do ex-presidente se elegeram no primeiro turno, realizado neste domingo, 6 de outubro.

Ao todo 56 nomes se sagraram vitoriosos entre os 154 carimbados com apoio oficial de Bolsonaro, ou 36,3%. Outros 26 candidatos (16,8%) vão disputar o segundo turno em 27 de outubro. E 70 candidatos amargaram derrota nas urnas deste domingo, o que representa ao menos 45,5% de derrota.

Ato na Avenida Paulista com a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro pede o impeachment do ministro Alexandre Moraes Foto: Tiago Queiroz/Estadão

A relação dos nomes que contaram com apoio do ex-presidente nesta campanha municipal consta no site intitulado “candidatos do Bolsonaro”, que apresenta nomes de 269 municípios do País, entre os 5,5 mil ao todo.

Reduto de Bolsonaro, o Estado do Rio de Janeiro aparece com destaque no levantamento, uma vez que 11 dos candidatos se elegeram no domingo, enquanto outros dois disputarão o segundo turno: Carlos Jordy (PL) em Niterói e Valdecy da Saúde (PL) em São João de Meriti. Os candidatos apoiados pelo ex-presidente tiveram 57,9% de sucesso nas urnas, quase vinte pontos percentuais acima da média nacional.

A região, no entanto, foi palco da derrota mais acachapante do partido, uma vez que nem mesmo o aporte de R$ 26 milhões conseguiu dar força para que Alexandre Ramagem (PL) derrotasse o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), reeleito com 60,47% dos votos. Trata-se da capital em que o PL mais investiu recursos do fundo eleitoral.

O Acre, Roraima e Alagoas aparecem com 100% de êxito, mas tratam-se de Estados em que Bolsonaro apoiou somente um candidato, todos eles nas capitais: FHC (PL) se reelegeu em Maceió, Tião Bocalom (PL), em Rio Branco, e Arthur Henrique (MDB), em Boa Vista. O Paraná também mostrou bom resultado ao ex-presidente, onde três de seus cinco candidatos venceram e um deles foi para o segundo turno.

Considerado o estado mais alinhado ao bolsonarismo, Santa Catarina mostrou resistência aos apadrinhados de Bolsonaro. Dos nove candidatos, quatro venceram e cinco foram derrotados. Em Balneário Camboriú, cidade em que o quarto filho do ex-presidente, Jair Renan Bolsonaro, se elegeu o vereador mais votado da cidade, seu candidato Peeter Grando (PL) terminou a disputa com 38,71% e viu a candidata do PSD, Juliana Pavan, se eleger com 42,30%. Municípios com menos de 200 mil eleitores não têm segundo turno, e são eleitos quem termina na primeira colocação da única votação.

Em São Paulo, Estado que elegeu o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o senador Marcos Pontes (PL) com a força eleitoral de Bolsonaro em 2022, a situação foi ainda pior. Só seis (23,1%) dos 26 candidatos de Bolsonaro venceram, enquanto 14 (53,8%) foram derrotados neste domingo. Haverá segundo turno para outros seis deles, inclusive o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB). Apesar de ter indicado o vice Mello Araújo (PL), Bolsonaro não se envolveu na campanha do emedebista, e sua atuação daqui em diante é incerta, uma vez que a aproximação dos dois enfrente resistência por parte do núcleo duro da campanha de Nunes.

Pernambuco rendeu aos candidatos de Bolsonaro a maior derrota. Todos os oito candidatos foram derrotados em Recife, Belo Jardim, Camaragibe, Caruaru, Carpina, Goiana, Ilha de Itamaracá, Paudalho e Petrolina. Na capital, o ex-ministro do Turismo Gilson Machado (PL) teve 13,9% dos votos, enquanto o prefeito João Campos (PSB), apoiado pelo presidente Lula, reelegeu-se com facilidade, com 78,1% dos votos.

Bolsonaro não apoiou candidatos a prefeito em Estados como Bahia, Rio Grande do Norte, Piauí e Amapá, apesar de seu partido ter participado da coalizão dos candidatos a prefeito nas capitais e no interior. Em Salvador, por exemplo, Bruno Reis (União) se reelegeu com apoio do PL.

Em regiões como Sergipe, Paraíba, Tocantins e Amazonas, os únicos candidatos de Bolsonaro foram ao segundo turno. São Paulo (26 candidatos), Rio (19), Minas Gerais (19), Rio Grande do Sul (17) e Goiás (14) foram os Estados em que o ex-presidente mais apoiou aliados.

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