Bolsonaro e Lula indicam que não irão a debates no primeiro turno


Presidente justifica possível ausência dizendo que vai virar alvo de ‘pancada’; petista condiciona ida a pool de veículos

Por Felipe Frazão e Vera Rosa
Atualização:

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal desafiante até agora, admitem faltar aos debates na TV no primeiro turno das eleições. Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 31, que não pretende participar de confrontos desse tipo na primeira rodada da disputa ao Palácio do Planalto para não levar “pancada” dos adversários. Se ele se ausentar, a tendência é que o ex-presidente Lula também opte por ficar de fora. Os dois tentam emplacar, ainda, o modelo que acham mais conveniente para os debates.

“No segundo turno, eu vou participar. No primeiro turno, a gente pensa porque, se eu for, os dez candidatos ali vão querer o tempo todo dar pancada em mim e eu não vou ter tempo de responder”, disse Bolsonaro. Em entrevista veiculada no Programa do Ratinho, o presidente também propôs que as perguntas sejam combinadas antes e submetidas ao conhecimento dos candidatos “para não baixar o nível”.

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'No segundo turno, eu vou participar', afirma Bolsonaro Foto: Guga Matos/Reuters

Lula, por sua vez, quer no máximo três debates no primeiro turno, em formato semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos: um pool entre veículos de comunicação. Até agora, há nove deles programados por emissoras de rádio, TV e jornais. No dia 24 de setembro, por exemplo, uma parceria entre o Estadão, Rádio Eldorado, o SBT, a revista Veja e a rádio Novabrasil FM vai promover debates com os principais candidatos à Presidência, com transmissão em várias plataformas e duração aproximada de duas horas.

Em 2006, Lula não participou de debates no 1º turno

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“Vamos ver se haverá o pool, quem participa, quais são as regras”, disse o deputado Rui Falcão (PT-SP), coordenador de comunicação da campanha. “Por que Bolsonaro não quer debater? Na eleição passada, em 2018, ele já usou a facada para fugir.”

Em postagem feita no início do ano, nas redes sociais, Lula disse que era preciso reduzir o número de debates e sugeriu um pool de emissoras. “Não dá para atender cada TV, rádio, rede social, se não a gente se tranca no estúdio”, afirmou o ex-presidente.

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Na campanha de 2006, quando era presidente e candidato à reeleição, Lula também não participou de debates no primeiro turno e só compareceu na segunda etapa.

“Não posso render-me à ação premeditada e articulada de alguns adversários que pretendiam transformar o debate desta noite em uma arena de grosserias e agressões, em um jogo de cartas marcadas”, destacava a nota divulgada por ele no último confronto televisivo do primeiro turno, promovido pela TV Globo.

A estratégia de se esquivar de debates já foi adotada por outros candidatos que lideravam pesquisas. Em 1989, por exemplo, Fernando Collor de Mello – hoje senador – faltou no primeiro turno. Em 1994, Fernando Henrique Cardoso também não compareceu a todos. Em 1998, não houve encontros dessa natureza entre presidenciáveis na TV porque as regras previam a participação de todos os concorrentes e as emissoras desistiram de organizar.

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Em 2010, Dilma Rousseff (PT) não foi ao debate da TV Gazeta e do Estadão, mas participou de todos em 2014, quando tentava a reeleição. Em 2018, Bolsonaro apareceu em apenas dois. Um mês antes do atentado a faca, sofrido por ele em setembro, coordenadores de sua campanha já o aconselhavam a se ausentar.

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Eles ainda não estão oficializados, mas são dez pré-candidatos que desejam concorrer à Presidência nas eleições de 2022

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal desafiante até agora, admitem faltar aos debates na TV no primeiro turno das eleições. Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 31, que não pretende participar de confrontos desse tipo na primeira rodada da disputa ao Palácio do Planalto para não levar “pancada” dos adversários. Se ele se ausentar, a tendência é que o ex-presidente Lula também opte por ficar de fora. Os dois tentam emplacar, ainda, o modelo que acham mais conveniente para os debates.

“No segundo turno, eu vou participar. No primeiro turno, a gente pensa porque, se eu for, os dez candidatos ali vão querer o tempo todo dar pancada em mim e eu não vou ter tempo de responder”, disse Bolsonaro. Em entrevista veiculada no Programa do Ratinho, o presidente também propôs que as perguntas sejam combinadas antes e submetidas ao conhecimento dos candidatos “para não baixar o nível”.

'No segundo turno, eu vou participar', afirma Bolsonaro Foto: Guga Matos/Reuters

Lula, por sua vez, quer no máximo três debates no primeiro turno, em formato semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos: um pool entre veículos de comunicação. Até agora, há nove deles programados por emissoras de rádio, TV e jornais. No dia 24 de setembro, por exemplo, uma parceria entre o Estadão, Rádio Eldorado, o SBT, a revista Veja e a rádio Novabrasil FM vai promover debates com os principais candidatos à Presidência, com transmissão em várias plataformas e duração aproximada de duas horas.

Em 2006, Lula não participou de debates no 1º turno

“Vamos ver se haverá o pool, quem participa, quais são as regras”, disse o deputado Rui Falcão (PT-SP), coordenador de comunicação da campanha. “Por que Bolsonaro não quer debater? Na eleição passada, em 2018, ele já usou a facada para fugir.”

Em postagem feita no início do ano, nas redes sociais, Lula disse que era preciso reduzir o número de debates e sugeriu um pool de emissoras. “Não dá para atender cada TV, rádio, rede social, se não a gente se tranca no estúdio”, afirmou o ex-presidente.

Na campanha de 2006, quando era presidente e candidato à reeleição, Lula também não participou de debates no primeiro turno e só compareceu na segunda etapa.

“Não posso render-me à ação premeditada e articulada de alguns adversários que pretendiam transformar o debate desta noite em uma arena de grosserias e agressões, em um jogo de cartas marcadas”, destacava a nota divulgada por ele no último confronto televisivo do primeiro turno, promovido pela TV Globo.

A estratégia de se esquivar de debates já foi adotada por outros candidatos que lideravam pesquisas. Em 1989, por exemplo, Fernando Collor de Mello – hoje senador – faltou no primeiro turno. Em 1994, Fernando Henrique Cardoso também não compareceu a todos. Em 1998, não houve encontros dessa natureza entre presidenciáveis na TV porque as regras previam a participação de todos os concorrentes e as emissoras desistiram de organizar.

Em 2010, Dilma Rousseff (PT) não foi ao debate da TV Gazeta e do Estadão, mas participou de todos em 2014, quando tentava a reeleição. Em 2018, Bolsonaro apareceu em apenas dois. Um mês antes do atentado a faca, sofrido por ele em setembro, coordenadores de sua campanha já o aconselhavam a se ausentar.

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Eles ainda não estão oficializados, mas são dez pré-candidatos que desejam concorrer à Presidência nas eleições de 2022

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro (PL) e o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, seu principal desafiante até agora, admitem faltar aos debates na TV no primeiro turno das eleições. Bolsonaro afirmou nesta terça-feira, 31, que não pretende participar de confrontos desse tipo na primeira rodada da disputa ao Palácio do Planalto para não levar “pancada” dos adversários. Se ele se ausentar, a tendência é que o ex-presidente Lula também opte por ficar de fora. Os dois tentam emplacar, ainda, o modelo que acham mais conveniente para os debates.

“No segundo turno, eu vou participar. No primeiro turno, a gente pensa porque, se eu for, os dez candidatos ali vão querer o tempo todo dar pancada em mim e eu não vou ter tempo de responder”, disse Bolsonaro. Em entrevista veiculada no Programa do Ratinho, o presidente também propôs que as perguntas sejam combinadas antes e submetidas ao conhecimento dos candidatos “para não baixar o nível”.

'No segundo turno, eu vou participar', afirma Bolsonaro Foto: Guga Matos/Reuters

Lula, por sua vez, quer no máximo três debates no primeiro turno, em formato semelhante ao que ocorre nos Estados Unidos: um pool entre veículos de comunicação. Até agora, há nove deles programados por emissoras de rádio, TV e jornais. No dia 24 de setembro, por exemplo, uma parceria entre o Estadão, Rádio Eldorado, o SBT, a revista Veja e a rádio Novabrasil FM vai promover debates com os principais candidatos à Presidência, com transmissão em várias plataformas e duração aproximada de duas horas.

Em 2006, Lula não participou de debates no 1º turno

“Vamos ver se haverá o pool, quem participa, quais são as regras”, disse o deputado Rui Falcão (PT-SP), coordenador de comunicação da campanha. “Por que Bolsonaro não quer debater? Na eleição passada, em 2018, ele já usou a facada para fugir.”

Em postagem feita no início do ano, nas redes sociais, Lula disse que era preciso reduzir o número de debates e sugeriu um pool de emissoras. “Não dá para atender cada TV, rádio, rede social, se não a gente se tranca no estúdio”, afirmou o ex-presidente.

Na campanha de 2006, quando era presidente e candidato à reeleição, Lula também não participou de debates no primeiro turno e só compareceu na segunda etapa.

“Não posso render-me à ação premeditada e articulada de alguns adversários que pretendiam transformar o debate desta noite em uma arena de grosserias e agressões, em um jogo de cartas marcadas”, destacava a nota divulgada por ele no último confronto televisivo do primeiro turno, promovido pela TV Globo.

A estratégia de se esquivar de debates já foi adotada por outros candidatos que lideravam pesquisas. Em 1989, por exemplo, Fernando Collor de Mello – hoje senador – faltou no primeiro turno. Em 1994, Fernando Henrique Cardoso também não compareceu a todos. Em 1998, não houve encontros dessa natureza entre presidenciáveis na TV porque as regras previam a participação de todos os concorrentes e as emissoras desistiram de organizar.

Em 2010, Dilma Rousseff (PT) não foi ao debate da TV Gazeta e do Estadão, mas participou de todos em 2014, quando tentava a reeleição. Em 2018, Bolsonaro apareceu em apenas dois. Um mês antes do atentado a faca, sofrido por ele em setembro, coordenadores de sua campanha já o aconselhavam a se ausentar.

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