Em mais um ataque ao PSDB, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) embarcou na manhã deste sábado, 17, para Jundiaí, onde irá participar de um ato para filiar ao PL o prefeito da cidade, Luiz Fernando Machado, além de outros mandatários da região.
O ato em Jundiaí, programado de última hora, ocorre na semana em que o TSE pode tornar Bolsonaro inelegível. Ele é acusado de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação por ter reunido embaixadores estrangeiros em julho de 2022 para atacar o processo eleitoral brasileiro. Os assessores só foram avisados hoje pela manhã do evento no interior de São Paulo.
Bolsonaro estará acompanhado do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do presidente do PL Valdemar Costa Neto, do senador Marcos Pontes (PL-SP) e do deputado estadual André do Prado (PL-SP), presidente da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). Todos marcarão presença no evento de filiação, que busca formar uma frente de prefeitos de direita para a disputa eleitoral do próximo ano.
O partido ganhou destaque na política nacional depois da filiação de Bolsonaro, no fim de 2021. Com os resultados das eleições de 2022, o PL formou as maiores bancadas no Congresso, com 99 representantes na Câmara dos Deputados e 13 no Senado Federal. O partido tem também a maior bancada na Assembleia de São Paulo, com 19 deputados, entre os quais está o presidente da Alesp, André do Prado.
Leia também
Cortejado pelo PL para disputar a reeleição pelo partido, o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), não estará no ato. Marcos Pontes, que corre por fora, porém, marcará presença. O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, aposta no senador como opção para enfrentar Guilherme Boulos (PSOL), principal candidato na disputa pela Prefeitura de São Paulo, caso Nunes não melhore a sua popularidade.
Esvaziamento
Na disputa aberta em São Paulo por filiações, o PSDB tem sido o principal alvo. Como mostrou a Coluna do Estadão, o partido calcula que irá perder metade dos prefeitos em São Paulo na próxima eleição. A sigla vive uma crise nacional de imagem e prefeitos tucanos têm sido atraídos pelo governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), PL e PSD. O partido chegou a ter 245 prefeitos no estado, mas 30 já deixaram a sigla.