Bolsonaro exalta Ustra e diz que presos políticos eram ‘tratados com toda dignidade’


No período em que o coronel esteve à frente do DOI-Codi, foram registradas ao menos 45 mortes e desaparecimentos forçados no local, de acordo com a Comissão Nacional da Verdade; em entrevista, presidente também defendeu golpe de 1964

Por Amanda Pupo, André Borges e Breno Pires

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro voltou a exaltar a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro militar condenado por sequestro e tortura durante a ditadura, e afirmou que presos políticos do regime militar eram “tratados com toda a dignidade”.

Bolsonaro citou o livro “A Verdade Sufocada”, de Ustra. Disse que o material “narra fatos, como os presos... não era preso político, não... terroristas eram tratados no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo, tratados com toda a dignidade, inclusive as presas grávidas”, afirmou.

Presidente Jair Bolsonaro falou sobre o livro A Verdade Sufocada em entrevista ao canal do Youtube de Eduardo Bolsonaro Foto: Youtube / Reprodução
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“Uma história realmente verdadeira, para quem não quer ser manipulado pela esquerda, não é aquela ‘historinha’ que a esquerda conta cheia de blá-blá-blá, sempre se vitimizando, lutando por democracia, etc, etc, etc”, disse Bolsonaro, em entrevista gravada ao canal de vídeos do filho 03 e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Ustra esteve à frente do DOI-Codi no período em que foram registradas ao menos 45 mortes e desaparecimentos forçados no local, de acordo com relatório elaborado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Ele morreu em 2015, aos 83 anos, sem cumprir pena. Presenteado pelo filho com a 19º edição do livro de Brilhante Ustra, Bolsonaro também voltou a celebrar o golpe militar de 1964, segundo quem o episódio “livrou” o Brasil do comunismo, e chamou o momento de história com 'H'.

“É um livro que não tem como ser contestado, são fatos, tal dia, tal hora, o primeiro marido da Dilma (Rousseff, ex-presidente) sequestrou avião em voo, e foi para Cuba. Tem os fatos aqui, recortes de jornal, noticiava o fato em si. Não tem como fugir disso aqui, como nós nos livramos do comunismo naquele momento, não tem que se envergonhar disso, é história com H, não é historinha contada pela esquerda, deveria ser leitura obrigatória, pessoas que queiram saber da verdade, o que foi aquele período pré-64 e um pouquinho depois do 64 também”, afirmou Bolsonaro.

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Ao longo de sua vida pública, Bolsonaro já fez diversas declarações elogiosas a Ustra. A mais famosa ocorreu quando o atual presidente era deputado federal, em 2016, ao votar pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff – considerada uma das vítimas do DOI-Codi.

Sobre o episódio, o presidente comentou que resolveu naquele momento “resgatar a honra e a memória de um grande brasileiro”. “Ali o dono de um instituto de pesquisa muito grande falou que não me elegeria nem vereador mais no Brasil, e acabou acontecendo o contrário”, disse.

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro voltou a exaltar a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro militar condenado por sequestro e tortura durante a ditadura, e afirmou que presos políticos do regime militar eram “tratados com toda a dignidade”.

Bolsonaro citou o livro “A Verdade Sufocada”, de Ustra. Disse que o material “narra fatos, como os presos... não era preso político, não... terroristas eram tratados no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo, tratados com toda a dignidade, inclusive as presas grávidas”, afirmou.

Presidente Jair Bolsonaro falou sobre o livro A Verdade Sufocada em entrevista ao canal do Youtube de Eduardo Bolsonaro Foto: Youtube / Reprodução

“Uma história realmente verdadeira, para quem não quer ser manipulado pela esquerda, não é aquela ‘historinha’ que a esquerda conta cheia de blá-blá-blá, sempre se vitimizando, lutando por democracia, etc, etc, etc”, disse Bolsonaro, em entrevista gravada ao canal de vídeos do filho 03 e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Ustra esteve à frente do DOI-Codi no período em que foram registradas ao menos 45 mortes e desaparecimentos forçados no local, de acordo com relatório elaborado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Ele morreu em 2015, aos 83 anos, sem cumprir pena. Presenteado pelo filho com a 19º edição do livro de Brilhante Ustra, Bolsonaro também voltou a celebrar o golpe militar de 1964, segundo quem o episódio “livrou” o Brasil do comunismo, e chamou o momento de história com 'H'.

“É um livro que não tem como ser contestado, são fatos, tal dia, tal hora, o primeiro marido da Dilma (Rousseff, ex-presidente) sequestrou avião em voo, e foi para Cuba. Tem os fatos aqui, recortes de jornal, noticiava o fato em si. Não tem como fugir disso aqui, como nós nos livramos do comunismo naquele momento, não tem que se envergonhar disso, é história com H, não é historinha contada pela esquerda, deveria ser leitura obrigatória, pessoas que queiram saber da verdade, o que foi aquele período pré-64 e um pouquinho depois do 64 também”, afirmou Bolsonaro.

Ao longo de sua vida pública, Bolsonaro já fez diversas declarações elogiosas a Ustra. A mais famosa ocorreu quando o atual presidente era deputado federal, em 2016, ao votar pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff – considerada uma das vítimas do DOI-Codi.

Sobre o episódio, o presidente comentou que resolveu naquele momento “resgatar a honra e a memória de um grande brasileiro”. “Ali o dono de um instituto de pesquisa muito grande falou que não me elegeria nem vereador mais no Brasil, e acabou acontecendo o contrário”, disse.

BRASÍLIA – O presidente Jair Bolsonaro voltou a exaltar a figura do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro militar condenado por sequestro e tortura durante a ditadura, e afirmou que presos políticos do regime militar eram “tratados com toda a dignidade”.

Bolsonaro citou o livro “A Verdade Sufocada”, de Ustra. Disse que o material “narra fatos, como os presos... não era preso político, não... terroristas eram tratados no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informação Centro de Operações de Defesa Interna) de São Paulo, tratados com toda a dignidade, inclusive as presas grávidas”, afirmou.

Presidente Jair Bolsonaro falou sobre o livro A Verdade Sufocada em entrevista ao canal do Youtube de Eduardo Bolsonaro Foto: Youtube / Reprodução

“Uma história realmente verdadeira, para quem não quer ser manipulado pela esquerda, não é aquela ‘historinha’ que a esquerda conta cheia de blá-blá-blá, sempre se vitimizando, lutando por democracia, etc, etc, etc”, disse Bolsonaro, em entrevista gravada ao canal de vídeos do filho 03 e deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).

Ustra esteve à frente do DOI-Codi no período em que foram registradas ao menos 45 mortes e desaparecimentos forçados no local, de acordo com relatório elaborado pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Ele morreu em 2015, aos 83 anos, sem cumprir pena. Presenteado pelo filho com a 19º edição do livro de Brilhante Ustra, Bolsonaro também voltou a celebrar o golpe militar de 1964, segundo quem o episódio “livrou” o Brasil do comunismo, e chamou o momento de história com 'H'.

“É um livro que não tem como ser contestado, são fatos, tal dia, tal hora, o primeiro marido da Dilma (Rousseff, ex-presidente) sequestrou avião em voo, e foi para Cuba. Tem os fatos aqui, recortes de jornal, noticiava o fato em si. Não tem como fugir disso aqui, como nós nos livramos do comunismo naquele momento, não tem que se envergonhar disso, é história com H, não é historinha contada pela esquerda, deveria ser leitura obrigatória, pessoas que queiram saber da verdade, o que foi aquele período pré-64 e um pouquinho depois do 64 também”, afirmou Bolsonaro.

Ao longo de sua vida pública, Bolsonaro já fez diversas declarações elogiosas a Ustra. A mais famosa ocorreu quando o atual presidente era deputado federal, em 2016, ao votar pelo impeachment da então presidente Dilma Rousseff – considerada uma das vítimas do DOI-Codi.

Sobre o episódio, o presidente comentou que resolveu naquele momento “resgatar a honra e a memória de um grande brasileiro”. “Ali o dono de um instituto de pesquisa muito grande falou que não me elegeria nem vereador mais no Brasil, e acabou acontecendo o contrário”, disse.

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