Bolsonaro explora em propaganda eleitoral tese não confirmada de ‘ataque’ a Tarcísio


Secretaria de Segurança Pública disse não descartar ‘nenhuma hipótese’, mas investigação preliminar aponta para confronto motivado pela presença de policiais, não contra o candidato

Por Davi Medeiros
Atualização:

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a propaganda eleitoral da noite desta segunda-feira, 17, mencionando o tiroteio que interrompeu a agenda do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), horas antes, em Paraisópolis, zona sul da capital paulista. O narrador da inserção afirma que o candidato, afilhado político do presidente, foi “atacado por criminosos”, mas essa tese não tem comprovação pelas forças de segurança do Estado.

A Secretaria de Segurança Pública não descarta nenhuma hipótese sobre o ocorrido, mas informações preliminares sugerem que seria “prematuro” falar em tentativa de atentado. Em coletiva de imprensa na segunda-feira, o secretário da pasta, general João Camilo, afirmou que a investigação aponta para um confronto motivado pela presença das forças policiais na região, não necessariamente contra o candidato.

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Segundo o secretário, o tiroteio ocorreu a cerca de 100 metros de onde estava Tarcísio, às 11h40 da manhã. As autoridades informaram que um grupo de oito pessoas, duas portando armas longas, entraram em um primeiro confronto com seguranças à paisana, o que inclui também policiais militares, que faziam a segurança do candidato.

As autoridades ainda afirmaram que não há registro de tiros disparados contra o prédio em que a equipe de Tarcísio estava ou contra o veículo que transportou o candidato. Horas após o episódio, o próprio candidato do Republicanos afirmou que o tiroteio em Paraisópolis foi ‘questão territorial’, não atentado. “(Foi) um recado claro do crime organizado de que não somos bem-vindos ali. Para mim, foi uma questão territorial, não tem nada a ver com questão eleitoral”, disse durante coletiva de imprensa.

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Embora tenha levado o tema para a sua propaganda, o presidente também afirmou, em entrevista na segunda-feira, que a tese de atentado é prematura. “Eu recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também, tudo é preliminar ainda, então, eu não quero me antecipar, se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo na região. Então, seria prematuro eu falar sobre isso”, declarou.

Tiroteio ocorrido próximo a evento de Tarcísio foi usado na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político. Foto: Alan Santos/PR

Como mostrou o Estadão, apoiadores do presidente tentam explorar o episódio para investir em uma tese de “atentado” e atacar a candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva. A propaganda eleitoral segue o mesmo caminho. O programa associou o ocorrido a um ataque a tiros contra uma igreja em que Michelle Bolsonaro e Damares Alves participariam de evento, em Fortaleza, na noite de sexta-feira, e ao atentado a faca contra o chefe do Executivo em 2018.

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“Seguiremos trabalhando forte e de cabeça erguida contra o crime”, finaliza o narrador do programa eleitoral de Bolsonaro.

Levantamento da Quaest mostrou que o evento gerou uma guerra de narrativas com alto nível de viralização nas redes sociais, estimulando 253 mil menções por 67 mil usuários únicos em pouco mais de 7 horas.

Texto exibido no início da propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 17 de outubro. Foto: Reprodução
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“Contrariando a versão oficial da PM-SP, ganhou força entre os apoiadores de Tarcísio a versão de que teria ocorrido um atentado cometido pelo PCC. Em menor grau, também investiram na associação com o PT ou (Fernando) Haddad”, diz o instituto.

Adversário de Tarcísio na disputa em São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou que é “muito preocupante” o uso do tiroteio pela campanha Bolsonaro. A declaração foi feita durante participação do petista no programa Roda Viva, na TV Cultura. “Policiais afastaram, com alguma reserva, a questão de atentado político. Eu liguei para Tarcísio e ele próprio descartava qualquer motivação política. Acho que é um uso oportunista que o bolsonarismo está fazendo”, declarou.

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a propaganda eleitoral da noite desta segunda-feira, 17, mencionando o tiroteio que interrompeu a agenda do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), horas antes, em Paraisópolis, zona sul da capital paulista. O narrador da inserção afirma que o candidato, afilhado político do presidente, foi “atacado por criminosos”, mas essa tese não tem comprovação pelas forças de segurança do Estado.

A Secretaria de Segurança Pública não descarta nenhuma hipótese sobre o ocorrido, mas informações preliminares sugerem que seria “prematuro” falar em tentativa de atentado. Em coletiva de imprensa na segunda-feira, o secretário da pasta, general João Camilo, afirmou que a investigação aponta para um confronto motivado pela presença das forças policiais na região, não necessariamente contra o candidato.

Segundo o secretário, o tiroteio ocorreu a cerca de 100 metros de onde estava Tarcísio, às 11h40 da manhã. As autoridades informaram que um grupo de oito pessoas, duas portando armas longas, entraram em um primeiro confronto com seguranças à paisana, o que inclui também policiais militares, que faziam a segurança do candidato.

As autoridades ainda afirmaram que não há registro de tiros disparados contra o prédio em que a equipe de Tarcísio estava ou contra o veículo que transportou o candidato. Horas após o episódio, o próprio candidato do Republicanos afirmou que o tiroteio em Paraisópolis foi ‘questão territorial’, não atentado. “(Foi) um recado claro do crime organizado de que não somos bem-vindos ali. Para mim, foi uma questão territorial, não tem nada a ver com questão eleitoral”, disse durante coletiva de imprensa.

Embora tenha levado o tema para a sua propaganda, o presidente também afirmou, em entrevista na segunda-feira, que a tese de atentado é prematura. “Eu recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também, tudo é preliminar ainda, então, eu não quero me antecipar, se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo na região. Então, seria prematuro eu falar sobre isso”, declarou.

Tiroteio ocorrido próximo a evento de Tarcísio foi usado na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político. Foto: Alan Santos/PR

Como mostrou o Estadão, apoiadores do presidente tentam explorar o episódio para investir em uma tese de “atentado” e atacar a candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva. A propaganda eleitoral segue o mesmo caminho. O programa associou o ocorrido a um ataque a tiros contra uma igreja em que Michelle Bolsonaro e Damares Alves participariam de evento, em Fortaleza, na noite de sexta-feira, e ao atentado a faca contra o chefe do Executivo em 2018.

“Seguiremos trabalhando forte e de cabeça erguida contra o crime”, finaliza o narrador do programa eleitoral de Bolsonaro.

Levantamento da Quaest mostrou que o evento gerou uma guerra de narrativas com alto nível de viralização nas redes sociais, estimulando 253 mil menções por 67 mil usuários únicos em pouco mais de 7 horas.

Texto exibido no início da propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 17 de outubro. Foto: Reprodução

“Contrariando a versão oficial da PM-SP, ganhou força entre os apoiadores de Tarcísio a versão de que teria ocorrido um atentado cometido pelo PCC. Em menor grau, também investiram na associação com o PT ou (Fernando) Haddad”, diz o instituto.

Adversário de Tarcísio na disputa em São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou que é “muito preocupante” o uso do tiroteio pela campanha Bolsonaro. A declaração foi feita durante participação do petista no programa Roda Viva, na TV Cultura. “Policiais afastaram, com alguma reserva, a questão de atentado político. Eu liguei para Tarcísio e ele próprio descartava qualquer motivação política. Acho que é um uso oportunista que o bolsonarismo está fazendo”, declarou.

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a propaganda eleitoral da noite desta segunda-feira, 17, mencionando o tiroteio que interrompeu a agenda do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), horas antes, em Paraisópolis, zona sul da capital paulista. O narrador da inserção afirma que o candidato, afilhado político do presidente, foi “atacado por criminosos”, mas essa tese não tem comprovação pelas forças de segurança do Estado.

A Secretaria de Segurança Pública não descarta nenhuma hipótese sobre o ocorrido, mas informações preliminares sugerem que seria “prematuro” falar em tentativa de atentado. Em coletiva de imprensa na segunda-feira, o secretário da pasta, general João Camilo, afirmou que a investigação aponta para um confronto motivado pela presença das forças policiais na região, não necessariamente contra o candidato.

Segundo o secretário, o tiroteio ocorreu a cerca de 100 metros de onde estava Tarcísio, às 11h40 da manhã. As autoridades informaram que um grupo de oito pessoas, duas portando armas longas, entraram em um primeiro confronto com seguranças à paisana, o que inclui também policiais militares, que faziam a segurança do candidato.

As autoridades ainda afirmaram que não há registro de tiros disparados contra o prédio em que a equipe de Tarcísio estava ou contra o veículo que transportou o candidato. Horas após o episódio, o próprio candidato do Republicanos afirmou que o tiroteio em Paraisópolis foi ‘questão territorial’, não atentado. “(Foi) um recado claro do crime organizado de que não somos bem-vindos ali. Para mim, foi uma questão territorial, não tem nada a ver com questão eleitoral”, disse durante coletiva de imprensa.

Embora tenha levado o tema para a sua propaganda, o presidente também afirmou, em entrevista na segunda-feira, que a tese de atentado é prematura. “Eu recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também, tudo é preliminar ainda, então, eu não quero me antecipar, se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo na região. Então, seria prematuro eu falar sobre isso”, declarou.

Tiroteio ocorrido próximo a evento de Tarcísio foi usado na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político. Foto: Alan Santos/PR

Como mostrou o Estadão, apoiadores do presidente tentam explorar o episódio para investir em uma tese de “atentado” e atacar a candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva. A propaganda eleitoral segue o mesmo caminho. O programa associou o ocorrido a um ataque a tiros contra uma igreja em que Michelle Bolsonaro e Damares Alves participariam de evento, em Fortaleza, na noite de sexta-feira, e ao atentado a faca contra o chefe do Executivo em 2018.

“Seguiremos trabalhando forte e de cabeça erguida contra o crime”, finaliza o narrador do programa eleitoral de Bolsonaro.

Levantamento da Quaest mostrou que o evento gerou uma guerra de narrativas com alto nível de viralização nas redes sociais, estimulando 253 mil menções por 67 mil usuários únicos em pouco mais de 7 horas.

Texto exibido no início da propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 17 de outubro. Foto: Reprodução

“Contrariando a versão oficial da PM-SP, ganhou força entre os apoiadores de Tarcísio a versão de que teria ocorrido um atentado cometido pelo PCC. Em menor grau, também investiram na associação com o PT ou (Fernando) Haddad”, diz o instituto.

Adversário de Tarcísio na disputa em São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou que é “muito preocupante” o uso do tiroteio pela campanha Bolsonaro. A declaração foi feita durante participação do petista no programa Roda Viva, na TV Cultura. “Policiais afastaram, com alguma reserva, a questão de atentado político. Eu liguei para Tarcísio e ele próprio descartava qualquer motivação política. Acho que é um uso oportunista que o bolsonarismo está fazendo”, declarou.

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a propaganda eleitoral da noite desta segunda-feira, 17, mencionando o tiroteio que interrompeu a agenda do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), horas antes, em Paraisópolis, zona sul da capital paulista. O narrador da inserção afirma que o candidato, afilhado político do presidente, foi “atacado por criminosos”, mas essa tese não tem comprovação pelas forças de segurança do Estado.

A Secretaria de Segurança Pública não descarta nenhuma hipótese sobre o ocorrido, mas informações preliminares sugerem que seria “prematuro” falar em tentativa de atentado. Em coletiva de imprensa na segunda-feira, o secretário da pasta, general João Camilo, afirmou que a investigação aponta para um confronto motivado pela presença das forças policiais na região, não necessariamente contra o candidato.

Segundo o secretário, o tiroteio ocorreu a cerca de 100 metros de onde estava Tarcísio, às 11h40 da manhã. As autoridades informaram que um grupo de oito pessoas, duas portando armas longas, entraram em um primeiro confronto com seguranças à paisana, o que inclui também policiais militares, que faziam a segurança do candidato.

As autoridades ainda afirmaram que não há registro de tiros disparados contra o prédio em que a equipe de Tarcísio estava ou contra o veículo que transportou o candidato. Horas após o episódio, o próprio candidato do Republicanos afirmou que o tiroteio em Paraisópolis foi ‘questão territorial’, não atentado. “(Foi) um recado claro do crime organizado de que não somos bem-vindos ali. Para mim, foi uma questão territorial, não tem nada a ver com questão eleitoral”, disse durante coletiva de imprensa.

Embora tenha levado o tema para a sua propaganda, o presidente também afirmou, em entrevista na segunda-feira, que a tese de atentado é prematura. “Eu recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também, tudo é preliminar ainda, então, eu não quero me antecipar, se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo na região. Então, seria prematuro eu falar sobre isso”, declarou.

Tiroteio ocorrido próximo a evento de Tarcísio foi usado na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político. Foto: Alan Santos/PR

Como mostrou o Estadão, apoiadores do presidente tentam explorar o episódio para investir em uma tese de “atentado” e atacar a candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva. A propaganda eleitoral segue o mesmo caminho. O programa associou o ocorrido a um ataque a tiros contra uma igreja em que Michelle Bolsonaro e Damares Alves participariam de evento, em Fortaleza, na noite de sexta-feira, e ao atentado a faca contra o chefe do Executivo em 2018.

“Seguiremos trabalhando forte e de cabeça erguida contra o crime”, finaliza o narrador do programa eleitoral de Bolsonaro.

Levantamento da Quaest mostrou que o evento gerou uma guerra de narrativas com alto nível de viralização nas redes sociais, estimulando 253 mil menções por 67 mil usuários únicos em pouco mais de 7 horas.

Texto exibido no início da propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 17 de outubro. Foto: Reprodução

“Contrariando a versão oficial da PM-SP, ganhou força entre os apoiadores de Tarcísio a versão de que teria ocorrido um atentado cometido pelo PCC. Em menor grau, também investiram na associação com o PT ou (Fernando) Haddad”, diz o instituto.

Adversário de Tarcísio na disputa em São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou que é “muito preocupante” o uso do tiroteio pela campanha Bolsonaro. A declaração foi feita durante participação do petista no programa Roda Viva, na TV Cultura. “Policiais afastaram, com alguma reserva, a questão de atentado político. Eu liguei para Tarcísio e ele próprio descartava qualquer motivação política. Acho que é um uso oportunista que o bolsonarismo está fazendo”, declarou.

A campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) abriu a propaganda eleitoral da noite desta segunda-feira, 17, mencionando o tiroteio que interrompeu a agenda do candidato ao governo de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), horas antes, em Paraisópolis, zona sul da capital paulista. O narrador da inserção afirma que o candidato, afilhado político do presidente, foi “atacado por criminosos”, mas essa tese não tem comprovação pelas forças de segurança do Estado.

A Secretaria de Segurança Pública não descarta nenhuma hipótese sobre o ocorrido, mas informações preliminares sugerem que seria “prematuro” falar em tentativa de atentado. Em coletiva de imprensa na segunda-feira, o secretário da pasta, general João Camilo, afirmou que a investigação aponta para um confronto motivado pela presença das forças policiais na região, não necessariamente contra o candidato.

Segundo o secretário, o tiroteio ocorreu a cerca de 100 metros de onde estava Tarcísio, às 11h40 da manhã. As autoridades informaram que um grupo de oito pessoas, duas portando armas longas, entraram em um primeiro confronto com seguranças à paisana, o que inclui também policiais militares, que faziam a segurança do candidato.

As autoridades ainda afirmaram que não há registro de tiros disparados contra o prédio em que a equipe de Tarcísio estava ou contra o veículo que transportou o candidato. Horas após o episódio, o próprio candidato do Republicanos afirmou que o tiroteio em Paraisópolis foi ‘questão territorial’, não atentado. “(Foi) um recado claro do crime organizado de que não somos bem-vindos ali. Para mim, foi uma questão territorial, não tem nada a ver com questão eleitoral”, disse durante coletiva de imprensa.

Embora tenha levado o tema para a sua propaganda, o presidente também afirmou, em entrevista na segunda-feira, que a tese de atentado é prematura. “Eu recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também, tudo é preliminar ainda, então, eu não quero me antecipar, se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo na região. Então, seria prematuro eu falar sobre isso”, declarou.

Tiroteio ocorrido próximo a evento de Tarcísio foi usado na propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL), seu padrinho político. Foto: Alan Santos/PR

Como mostrou o Estadão, apoiadores do presidente tentam explorar o episódio para investir em uma tese de “atentado” e atacar a candidatura do petista Luiz Inácio Lula da Silva. A propaganda eleitoral segue o mesmo caminho. O programa associou o ocorrido a um ataque a tiros contra uma igreja em que Michelle Bolsonaro e Damares Alves participariam de evento, em Fortaleza, na noite de sexta-feira, e ao atentado a faca contra o chefe do Executivo em 2018.

“Seguiremos trabalhando forte e de cabeça erguida contra o crime”, finaliza o narrador do programa eleitoral de Bolsonaro.

Levantamento da Quaest mostrou que o evento gerou uma guerra de narrativas com alto nível de viralização nas redes sociais, estimulando 253 mil menções por 67 mil usuários únicos em pouco mais de 7 horas.

Texto exibido no início da propaganda eleitoral do presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta segunda-feira, 17 de outubro. Foto: Reprodução

“Contrariando a versão oficial da PM-SP, ganhou força entre os apoiadores de Tarcísio a versão de que teria ocorrido um atentado cometido pelo PCC. Em menor grau, também investiram na associação com o PT ou (Fernando) Haddad”, diz o instituto.

Adversário de Tarcísio na disputa em São Paulo, Fernando Haddad (PT) afirmou que é “muito preocupante” o uso do tiroteio pela campanha Bolsonaro. A declaração foi feita durante participação do petista no programa Roda Viva, na TV Cultura. “Policiais afastaram, com alguma reserva, a questão de atentado político. Eu liguei para Tarcísio e ele próprio descartava qualquer motivação política. Acho que é um uso oportunista que o bolsonarismo está fazendo”, declarou.

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