Bolsonaro tira Onyx da Casa Civil e coloca general da intervenção para o cargo


General Braga Netto comandou operação no Rio de Janeiro em 2018; Onyx deverá ser deslocado para Ministério da Cidadania no lugar de Osmar Terra

Por Vera Rosa, Julia Lindner e Tania Monteiro

O presidente Jair Bolsonaro decidiu promover a troca de maior impacto no núcleo duro do governo e deslocar o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para outra função. O substituto de Onyx será o general Walter Braga Netto, chefe do Estado-Maior do Exército, que comandou a intervenção na segurança do Rio, em 2018. Considerado o “capitão do time” na montagem da equipe, Onyx teve suas tarefas esvaziadas dia após dia por Bolsonaro e vai ser transferido para o Ministério da Cidadania, pasta que cuida do programa Bolsa Família e hoje é comandada por Osmar Terra. Com a mudança, todos os ministros com assento no Palácio do Planalto terão agora origem militar.

MInistro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o general Walter Souza Braga Netto Foto: Gabriela Biló/Estadão

Ao completar 13 meses de governo e dizendo estar “sobrecarregado”, Bolsonaro tem se cercado cada vez mais de integrantes das Forças Armadas e até se reaproximou do vice, general Hamilton Mourão. Na dança das cadeiras, Terra poderá retornar à Câmara, já que é deputado licenciado como Onyx, do DEM, ou até assumir uma embaixada. As trocas não foram oficializadas ainda porque, além de ter ficado irritado com o “vazamento” da informação, Bolsonaro também procura acomodar Terra para não desagradar ao MDB. Terra é hoje o único ministro do MDB e o presidente avalia a possibilidade de oferecer a ele uma representação diplomática na Argentina ou na Espanha.

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O Estado revelou, nos últimos dias, que o Ministério da Cidadania contratou uma empresa suspeita de ter sido usada como laranja para desviar R$ 50 milhões dos cofres públicos, apesar dos alertas de fraude. Ainda ontem, Bolsonaro cobrou explicações de Terra sobre a contratação da Business to Tecnology (B2T), alvo de Operação da Operação Gaveteiro, da Polícia Federal (mais informações na página A8).

A transferência de Onyx para a Cidadania já vinha sendo estudada pelo presidente, que mostrava descontentamento com o ministro, mas ele só bateu o martelo ontem. A nova mexida no primeiro escalão foi praticamente sacramentada seis dias depois de Bolsonaro entregar o Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pelo Minha Casa Minha Vida, para Rogério Marinho, até então secretário especial da Previdência, e desalojar Gustavo Canuto.

O convite a Braga Netto para a Casa Civil foi feito há dias e reiterado ontem. A informação “vazou”, porém, antes mesmo das conversas reservadas que Bolsonaro teve com Onyx e com Terra, separadamente. O ministro da Cidadania chegou a almoçar com Bolsonaro, atletas e artistas. Depois disso, cumpriu agenda com a primeira-dama, Michelle, na Embaixada de Israel, em Brasília. No fim da tarde, Onyx também apareceu sorridente ao lado de Bolsonaro, em cerimônia no Planalto, mas manteve o silêncio.

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À noite, ao chegar no Alvorada, Bolsonaro não parou para falar com os jornalistas, mas cumprimentou eleitores. Ao ser questionado sobre as mudanças na Casa Civil, foi lacônico: “Está tudo bem no governo”.

Nos bastidores, interlocutores do presidente atribuem o agravamento do desgaste de Onyx ao embate entre ele e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que desde meados do ano passado assumiu a articulação com o Congresso. Onyx nunca se conformou em ter perdido essa função para um militar. Tudo piorou no mês passado, quando o ministro estava de férias nos Estados Unidos e o então secretário executivo da Casa Civil, Vicente Santini, usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Suíça e à Índia. Santini foi demitido por Bolsonaro. Além disso, por ordem do presidente, Onyx teve de entregar o comando do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para o Ministério da Economia.

Na prática, Bolsonaro já dava sinais de que queria um “perfil militar” para conduzir a coordenação do governo. Antes de Braga Netto ser oficializado na Casa Civil, no entanto, ele precisará se licenciar das Forças Armadas.

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No Congresso, a escolha foi vista com ceticismo. Deputados e senadores não escondem a desconfiança com mais um militar no governo. Discreto e com fama de “durão”, Braga Netto é visto como um general sem ambições políticas e acostumado a assumir missões difíceis. Nos dez meses em que atuou como interventor militar na área de segurança do Rio, em 2018, ainda no governo de Michel Temer, ele reorganizou as forças policiais do Estado, quando estava no Comando Militar do Leste. No governo, Braga Netto é amigo de Ramos e do general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

Quem é Braga Netto? Conheça o currículo do novo chefe da Casa Civil

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O general de Exército Walter Souza Braga Netto, então comandante militar do Leste, foi escolhido pelo então presidente Michel Temer em 2018 como chefe da intervenção federal do Rio, uma medida inédita, que lhe concedeu poderes de governador do Estado na área da Segurança Pública.

Braga Netto nasceu em Belo Horizonte e cumpre o “perfil mineiro”. Prefere o trabalho ao verbo. Ao assumir o comando da intervenção, determinou a seus subordinados e pediu aos familiares discrição nas redes sociais.

Braga Netto entrou no Exército em 1974. Em 1994, ainda como major de Cavalaria, apresentou na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) uma monografia com propostas sobre como aproveitar melhor o pessoal na carreira militar, com foco nos oficiais. Em uma espécie de prognóstico, dizia que “a sociedade, dentro do enfoque da qualidade total, cada vez mais cobrará da instituição a eficácia na consecução de sua destinação fim” e propunha a especialização, por causa das mudanças tecnológicas. “O militar, em particular, deve ser orientado para a função em que apresente um melhor rendimento em prol da instituição. O Exército do ano 2000 necessitará, mais do que nunca, de uma otimização de seus valores humanos”, escreveu.

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O Comandante Militar do Leste, General Braga Netto, durante entrevista coletiva sobre o decreto de intervenção no Estado do Rio de Janeiro Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro decidiu promover a troca de maior impacto no núcleo duro do governo e deslocar o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para outra função. O substituto de Onyx será o general Walter Braga Netto, chefe do Estado-Maior do Exército, que comandou a intervenção na segurança do Rio, em 2018. Considerado o “capitão do time” na montagem da equipe, Onyx teve suas tarefas esvaziadas dia após dia por Bolsonaro e vai ser transferido para o Ministério da Cidadania, pasta que cuida do programa Bolsa Família e hoje é comandada por Osmar Terra. Com a mudança, todos os ministros com assento no Palácio do Planalto terão agora origem militar.

MInistro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o general Walter Souza Braga Netto Foto: Gabriela Biló/Estadão

Ao completar 13 meses de governo e dizendo estar “sobrecarregado”, Bolsonaro tem se cercado cada vez mais de integrantes das Forças Armadas e até se reaproximou do vice, general Hamilton Mourão. Na dança das cadeiras, Terra poderá retornar à Câmara, já que é deputado licenciado como Onyx, do DEM, ou até assumir uma embaixada. As trocas não foram oficializadas ainda porque, além de ter ficado irritado com o “vazamento” da informação, Bolsonaro também procura acomodar Terra para não desagradar ao MDB. Terra é hoje o único ministro do MDB e o presidente avalia a possibilidade de oferecer a ele uma representação diplomática na Argentina ou na Espanha.

O Estado revelou, nos últimos dias, que o Ministério da Cidadania contratou uma empresa suspeita de ter sido usada como laranja para desviar R$ 50 milhões dos cofres públicos, apesar dos alertas de fraude. Ainda ontem, Bolsonaro cobrou explicações de Terra sobre a contratação da Business to Tecnology (B2T), alvo de Operação da Operação Gaveteiro, da Polícia Federal (mais informações na página A8).

A transferência de Onyx para a Cidadania já vinha sendo estudada pelo presidente, que mostrava descontentamento com o ministro, mas ele só bateu o martelo ontem. A nova mexida no primeiro escalão foi praticamente sacramentada seis dias depois de Bolsonaro entregar o Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pelo Minha Casa Minha Vida, para Rogério Marinho, até então secretário especial da Previdência, e desalojar Gustavo Canuto.

O convite a Braga Netto para a Casa Civil foi feito há dias e reiterado ontem. A informação “vazou”, porém, antes mesmo das conversas reservadas que Bolsonaro teve com Onyx e com Terra, separadamente. O ministro da Cidadania chegou a almoçar com Bolsonaro, atletas e artistas. Depois disso, cumpriu agenda com a primeira-dama, Michelle, na Embaixada de Israel, em Brasília. No fim da tarde, Onyx também apareceu sorridente ao lado de Bolsonaro, em cerimônia no Planalto, mas manteve o silêncio.

À noite, ao chegar no Alvorada, Bolsonaro não parou para falar com os jornalistas, mas cumprimentou eleitores. Ao ser questionado sobre as mudanças na Casa Civil, foi lacônico: “Está tudo bem no governo”.

Nos bastidores, interlocutores do presidente atribuem o agravamento do desgaste de Onyx ao embate entre ele e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que desde meados do ano passado assumiu a articulação com o Congresso. Onyx nunca se conformou em ter perdido essa função para um militar. Tudo piorou no mês passado, quando o ministro estava de férias nos Estados Unidos e o então secretário executivo da Casa Civil, Vicente Santini, usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Suíça e à Índia. Santini foi demitido por Bolsonaro. Além disso, por ordem do presidente, Onyx teve de entregar o comando do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para o Ministério da Economia.

Na prática, Bolsonaro já dava sinais de que queria um “perfil militar” para conduzir a coordenação do governo. Antes de Braga Netto ser oficializado na Casa Civil, no entanto, ele precisará se licenciar das Forças Armadas.

No Congresso, a escolha foi vista com ceticismo. Deputados e senadores não escondem a desconfiança com mais um militar no governo. Discreto e com fama de “durão”, Braga Netto é visto como um general sem ambições políticas e acostumado a assumir missões difíceis. Nos dez meses em que atuou como interventor militar na área de segurança do Rio, em 2018, ainda no governo de Michel Temer, ele reorganizou as forças policiais do Estado, quando estava no Comando Militar do Leste. No governo, Braga Netto é amigo de Ramos e do general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

Quem é Braga Netto? Conheça o currículo do novo chefe da Casa Civil

O general de Exército Walter Souza Braga Netto, então comandante militar do Leste, foi escolhido pelo então presidente Michel Temer em 2018 como chefe da intervenção federal do Rio, uma medida inédita, que lhe concedeu poderes de governador do Estado na área da Segurança Pública.

Braga Netto nasceu em Belo Horizonte e cumpre o “perfil mineiro”. Prefere o trabalho ao verbo. Ao assumir o comando da intervenção, determinou a seus subordinados e pediu aos familiares discrição nas redes sociais.

Braga Netto entrou no Exército em 1974. Em 1994, ainda como major de Cavalaria, apresentou na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) uma monografia com propostas sobre como aproveitar melhor o pessoal na carreira militar, com foco nos oficiais. Em uma espécie de prognóstico, dizia que “a sociedade, dentro do enfoque da qualidade total, cada vez mais cobrará da instituição a eficácia na consecução de sua destinação fim” e propunha a especialização, por causa das mudanças tecnológicas. “O militar, em particular, deve ser orientado para a função em que apresente um melhor rendimento em prol da instituição. O Exército do ano 2000 necessitará, mais do que nunca, de uma otimização de seus valores humanos”, escreveu.

O Comandante Militar do Leste, General Braga Netto, durante entrevista coletiva sobre o decreto de intervenção no Estado do Rio de Janeiro Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro decidiu promover a troca de maior impacto no núcleo duro do governo e deslocar o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para outra função. O substituto de Onyx será o general Walter Braga Netto, chefe do Estado-Maior do Exército, que comandou a intervenção na segurança do Rio, em 2018. Considerado o “capitão do time” na montagem da equipe, Onyx teve suas tarefas esvaziadas dia após dia por Bolsonaro e vai ser transferido para o Ministério da Cidadania, pasta que cuida do programa Bolsa Família e hoje é comandada por Osmar Terra. Com a mudança, todos os ministros com assento no Palácio do Planalto terão agora origem militar.

MInistro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o general Walter Souza Braga Netto Foto: Gabriela Biló/Estadão

Ao completar 13 meses de governo e dizendo estar “sobrecarregado”, Bolsonaro tem se cercado cada vez mais de integrantes das Forças Armadas e até se reaproximou do vice, general Hamilton Mourão. Na dança das cadeiras, Terra poderá retornar à Câmara, já que é deputado licenciado como Onyx, do DEM, ou até assumir uma embaixada. As trocas não foram oficializadas ainda porque, além de ter ficado irritado com o “vazamento” da informação, Bolsonaro também procura acomodar Terra para não desagradar ao MDB. Terra é hoje o único ministro do MDB e o presidente avalia a possibilidade de oferecer a ele uma representação diplomática na Argentina ou na Espanha.

O Estado revelou, nos últimos dias, que o Ministério da Cidadania contratou uma empresa suspeita de ter sido usada como laranja para desviar R$ 50 milhões dos cofres públicos, apesar dos alertas de fraude. Ainda ontem, Bolsonaro cobrou explicações de Terra sobre a contratação da Business to Tecnology (B2T), alvo de Operação da Operação Gaveteiro, da Polícia Federal (mais informações na página A8).

A transferência de Onyx para a Cidadania já vinha sendo estudada pelo presidente, que mostrava descontentamento com o ministro, mas ele só bateu o martelo ontem. A nova mexida no primeiro escalão foi praticamente sacramentada seis dias depois de Bolsonaro entregar o Ministério do Desenvolvimento Regional, responsável pelo Minha Casa Minha Vida, para Rogério Marinho, até então secretário especial da Previdência, e desalojar Gustavo Canuto.

O convite a Braga Netto para a Casa Civil foi feito há dias e reiterado ontem. A informação “vazou”, porém, antes mesmo das conversas reservadas que Bolsonaro teve com Onyx e com Terra, separadamente. O ministro da Cidadania chegou a almoçar com Bolsonaro, atletas e artistas. Depois disso, cumpriu agenda com a primeira-dama, Michelle, na Embaixada de Israel, em Brasília. No fim da tarde, Onyx também apareceu sorridente ao lado de Bolsonaro, em cerimônia no Planalto, mas manteve o silêncio.

À noite, ao chegar no Alvorada, Bolsonaro não parou para falar com os jornalistas, mas cumprimentou eleitores. Ao ser questionado sobre as mudanças na Casa Civil, foi lacônico: “Está tudo bem no governo”.

Nos bastidores, interlocutores do presidente atribuem o agravamento do desgaste de Onyx ao embate entre ele e o ministro-chefe da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, que desde meados do ano passado assumiu a articulação com o Congresso. Onyx nunca se conformou em ter perdido essa função para um militar. Tudo piorou no mês passado, quando o ministro estava de férias nos Estados Unidos e o então secretário executivo da Casa Civil, Vicente Santini, usou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar à Suíça e à Índia. Santini foi demitido por Bolsonaro. Além disso, por ordem do presidente, Onyx teve de entregar o comando do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) para o Ministério da Economia.

Na prática, Bolsonaro já dava sinais de que queria um “perfil militar” para conduzir a coordenação do governo. Antes de Braga Netto ser oficializado na Casa Civil, no entanto, ele precisará se licenciar das Forças Armadas.

No Congresso, a escolha foi vista com ceticismo. Deputados e senadores não escondem a desconfiança com mais um militar no governo. Discreto e com fama de “durão”, Braga Netto é visto como um general sem ambições políticas e acostumado a assumir missões difíceis. Nos dez meses em que atuou como interventor militar na área de segurança do Rio, em 2018, ainda no governo de Michel Temer, ele reorganizou as forças policiais do Estado, quando estava no Comando Militar do Leste. No governo, Braga Netto é amigo de Ramos e do general Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional.

Quem é Braga Netto? Conheça o currículo do novo chefe da Casa Civil

O general de Exército Walter Souza Braga Netto, então comandante militar do Leste, foi escolhido pelo então presidente Michel Temer em 2018 como chefe da intervenção federal do Rio, uma medida inédita, que lhe concedeu poderes de governador do Estado na área da Segurança Pública.

Braga Netto nasceu em Belo Horizonte e cumpre o “perfil mineiro”. Prefere o trabalho ao verbo. Ao assumir o comando da intervenção, determinou a seus subordinados e pediu aos familiares discrição nas redes sociais.

Braga Netto entrou no Exército em 1974. Em 1994, ainda como major de Cavalaria, apresentou na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (Eceme) uma monografia com propostas sobre como aproveitar melhor o pessoal na carreira militar, com foco nos oficiais. Em uma espécie de prognóstico, dizia que “a sociedade, dentro do enfoque da qualidade total, cada vez mais cobrará da instituição a eficácia na consecução de sua destinação fim” e propunha a especialização, por causa das mudanças tecnológicas. “O militar, em particular, deve ser orientado para a função em que apresente um melhor rendimento em prol da instituição. O Exército do ano 2000 necessitará, mais do que nunca, de uma otimização de seus valores humanos”, escreveu.

O Comandante Militar do Leste, General Braga Netto, durante entrevista coletiva sobre o decreto de intervenção no Estado do Rio de Janeiro Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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