Bolsonaro usa cocar e recebe homenagem por política indígena enquanto quer legalizar exploração


Presidente foi condecorado pelo Ministério da Justiça no momento em que defende liberar mineração e outras atividades em reservas, proposta criticada pelo setor de mineração, bancos e ate ruralistas

Por Eduardo Gayer

Brasília - Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi homenageado nesta sexta-feira - pelo próprio governo - com a Medalha do Mérito Indigenista. A outorga, oficializada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira, mas só entregue a Bolsonaro hoje, aconteceu em cerimônia reservada no Ministério da Justiça e vem no momento em que o Executivo pressiona o Congresso a aprovar um projeto de lei que autoriza a exploração mineral em terras indígenas

Ontem, o sertanista Sydney Possuelo, ex-presidente da Funai e com atuação reconhecida em defesa dos indígenas, devolveu a comenda do mérito indigenista. Com 82 anos, Possuelo ele abriu mão da medalha justamente porque Bolsonaro foi condecorado. Possuel recebeu a medalha de 1987.

Durante seu rápido discurso, Jair Bolsonaro fez uma menção indireta ao projeto de lei. “Queremos que vocês façam em suas terras o que nós fazemos nas nossas”, disse o presidente, que também repetiu a tese de que os indígenas são diferentes de outros povos. “O que nós sempre quisemos foi fazer com que vocês se sentissem exatamente como nós”, acrescentou.

continua após a publicidade
Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) com a Medalha do Mérito Indigenista. Foto: Adriano Machado/Reuters

O evento de entrega da homenagem não constava da agenda oficial de Bolsonaro, embora a legislação oriente a publicidade dos compromissos de autoridades.

Bolsonaro costuma dizer que a exploração mineral em terras indígenas, se aprovada, só vai acontecer com anuência dos povos locais e que a medida é essencial para diminuir a dependência brasileira dos fertilizantes russos, cuja oferta foi estrangulada pela guerra na Ucrânia. 

continua após a publicidade

No entanto, como já mostrou o Estadão, a maior parte das reservas de potássio, matéria-prima dos fertilizantes, na Amazônia não está em terras indígenas

A Medalha do Mérito Indigenista é oferecida a quem presta “serviços relevantes, em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas”, de acordo com o governo. 

Ainda receberam a homenagem durante a cerimônia os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bruno Bianco (Advocacia-geral da União) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), assim como o Diretor da Força Nacional, Coronel Aginaldo, marido da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), e o recém-empossado diretor da Polícia Federal, Márcio Nunes

continua após a publicidade

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva, afirmou na solenidade que Bolsonaro “contribuiu sobremaneira” para a proteção da população e dos direitos indígenas. “Com foco na autonomia e no protagonismo, bem como no desenvolvimento sustentável”, destacou, apesar de a política ambiental do governo ser criticada internacionalmente. 

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse ser “leviano” defender que o Executivo realiza desmonte dos direitos indígenas.

Brasília - Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi homenageado nesta sexta-feira - pelo próprio governo - com a Medalha do Mérito Indigenista. A outorga, oficializada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira, mas só entregue a Bolsonaro hoje, aconteceu em cerimônia reservada no Ministério da Justiça e vem no momento em que o Executivo pressiona o Congresso a aprovar um projeto de lei que autoriza a exploração mineral em terras indígenas

Ontem, o sertanista Sydney Possuelo, ex-presidente da Funai e com atuação reconhecida em defesa dos indígenas, devolveu a comenda do mérito indigenista. Com 82 anos, Possuelo ele abriu mão da medalha justamente porque Bolsonaro foi condecorado. Possuel recebeu a medalha de 1987.

Durante seu rápido discurso, Jair Bolsonaro fez uma menção indireta ao projeto de lei. “Queremos que vocês façam em suas terras o que nós fazemos nas nossas”, disse o presidente, que também repetiu a tese de que os indígenas são diferentes de outros povos. “O que nós sempre quisemos foi fazer com que vocês se sentissem exatamente como nós”, acrescentou.

Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) com a Medalha do Mérito Indigenista. Foto: Adriano Machado/Reuters

O evento de entrega da homenagem não constava da agenda oficial de Bolsonaro, embora a legislação oriente a publicidade dos compromissos de autoridades.

Bolsonaro costuma dizer que a exploração mineral em terras indígenas, se aprovada, só vai acontecer com anuência dos povos locais e que a medida é essencial para diminuir a dependência brasileira dos fertilizantes russos, cuja oferta foi estrangulada pela guerra na Ucrânia. 

No entanto, como já mostrou o Estadão, a maior parte das reservas de potássio, matéria-prima dos fertilizantes, na Amazônia não está em terras indígenas

A Medalha do Mérito Indigenista é oferecida a quem presta “serviços relevantes, em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas”, de acordo com o governo. 

Ainda receberam a homenagem durante a cerimônia os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bruno Bianco (Advocacia-geral da União) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), assim como o Diretor da Força Nacional, Coronel Aginaldo, marido da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), e o recém-empossado diretor da Polícia Federal, Márcio Nunes

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva, afirmou na solenidade que Bolsonaro “contribuiu sobremaneira” para a proteção da população e dos direitos indígenas. “Com foco na autonomia e no protagonismo, bem como no desenvolvimento sustentável”, destacou, apesar de a política ambiental do governo ser criticada internacionalmente. 

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse ser “leviano” defender que o Executivo realiza desmonte dos direitos indígenas.

Brasília - Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi homenageado nesta sexta-feira - pelo próprio governo - com a Medalha do Mérito Indigenista. A outorga, oficializada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira, mas só entregue a Bolsonaro hoje, aconteceu em cerimônia reservada no Ministério da Justiça e vem no momento em que o Executivo pressiona o Congresso a aprovar um projeto de lei que autoriza a exploração mineral em terras indígenas

Ontem, o sertanista Sydney Possuelo, ex-presidente da Funai e com atuação reconhecida em defesa dos indígenas, devolveu a comenda do mérito indigenista. Com 82 anos, Possuelo ele abriu mão da medalha justamente porque Bolsonaro foi condecorado. Possuel recebeu a medalha de 1987.

Durante seu rápido discurso, Jair Bolsonaro fez uma menção indireta ao projeto de lei. “Queremos que vocês façam em suas terras o que nós fazemos nas nossas”, disse o presidente, que também repetiu a tese de que os indígenas são diferentes de outros povos. “O que nós sempre quisemos foi fazer com que vocês se sentissem exatamente como nós”, acrescentou.

Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) com a Medalha do Mérito Indigenista. Foto: Adriano Machado/Reuters

O evento de entrega da homenagem não constava da agenda oficial de Bolsonaro, embora a legislação oriente a publicidade dos compromissos de autoridades.

Bolsonaro costuma dizer que a exploração mineral em terras indígenas, se aprovada, só vai acontecer com anuência dos povos locais e que a medida é essencial para diminuir a dependência brasileira dos fertilizantes russos, cuja oferta foi estrangulada pela guerra na Ucrânia. 

No entanto, como já mostrou o Estadão, a maior parte das reservas de potássio, matéria-prima dos fertilizantes, na Amazônia não está em terras indígenas

A Medalha do Mérito Indigenista é oferecida a quem presta “serviços relevantes, em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas”, de acordo com o governo. 

Ainda receberam a homenagem durante a cerimônia os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bruno Bianco (Advocacia-geral da União) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), assim como o Diretor da Força Nacional, Coronel Aginaldo, marido da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), e o recém-empossado diretor da Polícia Federal, Márcio Nunes

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva, afirmou na solenidade que Bolsonaro “contribuiu sobremaneira” para a proteção da população e dos direitos indígenas. “Com foco na autonomia e no protagonismo, bem como no desenvolvimento sustentável”, destacou, apesar de a política ambiental do governo ser criticada internacionalmente. 

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse ser “leviano” defender que o Executivo realiza desmonte dos direitos indígenas.

Brasília - Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi homenageado nesta sexta-feira - pelo próprio governo - com a Medalha do Mérito Indigenista. A outorga, oficializada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira, mas só entregue a Bolsonaro hoje, aconteceu em cerimônia reservada no Ministério da Justiça e vem no momento em que o Executivo pressiona o Congresso a aprovar um projeto de lei que autoriza a exploração mineral em terras indígenas

Ontem, o sertanista Sydney Possuelo, ex-presidente da Funai e com atuação reconhecida em defesa dos indígenas, devolveu a comenda do mérito indigenista. Com 82 anos, Possuelo ele abriu mão da medalha justamente porque Bolsonaro foi condecorado. Possuel recebeu a medalha de 1987.

Durante seu rápido discurso, Jair Bolsonaro fez uma menção indireta ao projeto de lei. “Queremos que vocês façam em suas terras o que nós fazemos nas nossas”, disse o presidente, que também repetiu a tese de que os indígenas são diferentes de outros povos. “O que nós sempre quisemos foi fazer com que vocês se sentissem exatamente como nós”, acrescentou.

Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) com a Medalha do Mérito Indigenista. Foto: Adriano Machado/Reuters

O evento de entrega da homenagem não constava da agenda oficial de Bolsonaro, embora a legislação oriente a publicidade dos compromissos de autoridades.

Bolsonaro costuma dizer que a exploração mineral em terras indígenas, se aprovada, só vai acontecer com anuência dos povos locais e que a medida é essencial para diminuir a dependência brasileira dos fertilizantes russos, cuja oferta foi estrangulada pela guerra na Ucrânia. 

No entanto, como já mostrou o Estadão, a maior parte das reservas de potássio, matéria-prima dos fertilizantes, na Amazônia não está em terras indígenas

A Medalha do Mérito Indigenista é oferecida a quem presta “serviços relevantes, em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas”, de acordo com o governo. 

Ainda receberam a homenagem durante a cerimônia os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bruno Bianco (Advocacia-geral da União) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), assim como o Diretor da Força Nacional, Coronel Aginaldo, marido da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), e o recém-empossado diretor da Polícia Federal, Márcio Nunes

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva, afirmou na solenidade que Bolsonaro “contribuiu sobremaneira” para a proteção da população e dos direitos indígenas. “Com foco na autonomia e no protagonismo, bem como no desenvolvimento sustentável”, destacou, apesar de a política ambiental do governo ser criticada internacionalmente. 

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse ser “leviano” defender que o Executivo realiza desmonte dos direitos indígenas.

Brasília - Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) foi homenageado nesta sexta-feira - pelo próprio governo - com a Medalha do Mérito Indigenista. A outorga, oficializada no Diário Oficial da União (DOU) na quarta-feira, mas só entregue a Bolsonaro hoje, aconteceu em cerimônia reservada no Ministério da Justiça e vem no momento em que o Executivo pressiona o Congresso a aprovar um projeto de lei que autoriza a exploração mineral em terras indígenas

Ontem, o sertanista Sydney Possuelo, ex-presidente da Funai e com atuação reconhecida em defesa dos indígenas, devolveu a comenda do mérito indigenista. Com 82 anos, Possuelo ele abriu mão da medalha justamente porque Bolsonaro foi condecorado. Possuel recebeu a medalha de 1987.

Durante seu rápido discurso, Jair Bolsonaro fez uma menção indireta ao projeto de lei. “Queremos que vocês façam em suas terras o que nós fazemos nas nossas”, disse o presidente, que também repetiu a tese de que os indígenas são diferentes de outros povos. “O que nós sempre quisemos foi fazer com que vocês se sentissem exatamente como nós”, acrescentou.

Usando um cocar na cabeça, o presidente Jair Bolsonaro (PL) com a Medalha do Mérito Indigenista. Foto: Adriano Machado/Reuters

O evento de entrega da homenagem não constava da agenda oficial de Bolsonaro, embora a legislação oriente a publicidade dos compromissos de autoridades.

Bolsonaro costuma dizer que a exploração mineral em terras indígenas, se aprovada, só vai acontecer com anuência dos povos locais e que a medida é essencial para diminuir a dependência brasileira dos fertilizantes russos, cuja oferta foi estrangulada pela guerra na Ucrânia. 

No entanto, como já mostrou o Estadão, a maior parte das reservas de potássio, matéria-prima dos fertilizantes, na Amazônia não está em terras indígenas

A Medalha do Mérito Indigenista é oferecida a quem presta “serviços relevantes, em caráter altruísticos, relacionados com o bem-estar, a proteção e a defesa das comunidades indígenas”, de acordo com o governo. 

Ainda receberam a homenagem durante a cerimônia os ministros Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bruno Bianco (Advocacia-geral da União) e Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), assim como o Diretor da Força Nacional, Coronel Aginaldo, marido da deputada federal bolsonarista Carla Zambelli (PL-SP), e o recém-empossado diretor da Polícia Federal, Márcio Nunes

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Marcelo Augusto Xavier da Silva, afirmou na solenidade que Bolsonaro “contribuiu sobremaneira” para a proteção da população e dos direitos indígenas. “Com foco na autonomia e no protagonismo, bem como no desenvolvimento sustentável”, destacou, apesar de a política ambiental do governo ser criticada internacionalmente. 

O ministro da Justiça, Anderson Torres, disse ser “leviano” defender que o Executivo realiza desmonte dos direitos indígenas.

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.