LEVY GASPARIAN (RJ) – Agentes do Batalhão de Operações da Polícia Militar (Bope), do Rio de Janeiro, foram chamados na tarde deste domingo, 23, para reforçar a ação na casa do ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB), em Levy Gasparian (RJ). Padre Kelmon (PTB), que disputou a Presidência da República em seu lugar, também está no local. Segundo informações do Estadão, Jefferson segue dentro da casa, possivelmente armado.
Mais cedo, o ex-parlamentar se recusou a obedecer a uma ordem de prisão expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e atacou os agentes com uma granada. Dois deles ficaram feridos com estilhaços.
A residência do ex-deputado federal na Rua Ademar Santana de Lima, no município de Levy Gasparian (RJ), está isolada. No local, além de reforços da PM, há também ao menos quatro viaturas da Polícia Federal, quatro da Polícia Rodoviária Federal e uma ambulância do Corpo de Bombeiros, que entrou na casa.
O ex-parlamentar cumpre prisão domiciliar nesse endereço desde o começo do ano. A casa também está cercada de curiosos e apoiadores. Há pessoas com camisetas verde-amarela e outras que seguram bandeiras do Brasil e chegam com carros adesivados com o número da urna do presidente Jair Bolsonaro (PL), aliado de Jefferson. O ex-deputado chegou a pedir registro e sua candidatura ao Planalto, mas teve o pedido negado e acabou substituído por Kelmon, que foi festejado pelo grupo que faz vigília no local.
Nas redes sociais, Bolsonaro disse repudiar a “ação armada” de Jefferson e os ataques proferidos contra a ministra do STF Cármen Lúcia e afirmou que pediu ao ministro da Justiça, Anderson Torres, que auxiliasse a resolver o que chamou de “episódio lamentável”.
Em vídeo na sexta-feira, 21, Jefferson atacou a ministra em razão de seu voto em ação que levou à censura da Jovem Pan. O julgamento terminou em quatro votos a três. “Fui rever o voto da ‘Bruxa de Blair’, da ‘Cármen Lúcifer’, na censura prévia à Jovem Pan. Olhei de novo, não dá para acreditar. Lembra mesmo aquelas prostitutas, aquelas vagabundas arrombadas”, disse Jefferson, que hoje se encontra em prisão domiciliar e é investigado por atuação em milícia digital contra democracia.