Guilherme Boulos diz que ‘não tem sangue de barata’ e que Marçal não deve ser ‘normalizado’


Candidato do PSOL protagonizou principal cena do debate ao tentar tirar carteira de trabalho das mãos do adversário

Por Pedro Augusto Figueiredo e Pedro Lima
Atualização:

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) disse nesta terça-feira, 14, que “ninguém tem sangue de barata” ao ser questionado pela tentativa de tirar uma carteira de trabalho das mãos de Pablo Marçal (PRTB) durante o debate promovido pelo Estadão, Portal Terra e Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).

Boulos afirmou que o Brasil “pagou um preço” por ter naturalizado o “absurdo” se referindo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e defendeu que o mesmo erro não pode ser repetido com Marçal. Porém, relativizou a própria atitude ao afirmar que é necessário mostrar indignação com quem tenta “tumultuar”.

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O candidato do PRTB Pablo Marçal provoca Guilherme Boulos (PSOL) durante debate com os pré-candidatos a Prefeitura de São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão Foto: Werther Santana/Estadão

“Quando uma pessoa vem na tua frente, mente de maneira descarada, te ataca e te provoca, ninguém tem sangue de barata, meu amigo. É disso que se trata. Você precisa ter um mínimo de indignação. O que me espanta é que essa indignação não seja de todos que assistiram ao debate. É isso que leva à normalização desse tipo de absurdo”, declarou Boulos após o evento.

O embate entre Boulos e Marçal rendeu a principal cena do debate. O candidato do PSOL disse que o adversário nem deveria estar presente porque prometeu na semana passada que desistiria da candidatura se fosse comprovada sua condenação por estelionato - ele foi condenado em 2010, mas a decisão foi revertida pela Justiça que considerou que o caso prescreveu.

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Marçal, então, disse que Boulos foi preso três vezes e poderia pedir música no Fantástico, programa da TV Globo. O deputado rebateu e o chamou de “Padre Kelmon” da eleição municipal. “Se eu sou o Padre Kelmon, eu te exorcizo”, respondeu Marçal, sacando uma carteira de trabalho e a estendendo diante de Boulos.

Os dois continuaram discutindo enquanto se dirigiam às suas respectivas cadeiras no palco. Neste momento, Boulos tentou pegar o objeto das mãos de Marçal, mas não conseguiu.

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“Isso aqui não é um debate. Isso aqui é um embate. Não sei se vocês perceberam mas não tem como pra colocar proposta em um ambiente que está armado para destruir as pessoas”, disse Marçal em entrevista à imprensa.

Apesar da fala, o candidato do PRTB inflamou o clima entre os candidatos mesmo antes dos debates começarem. Marçal disse em sua convenção partidária, realizada no último dia 4, que revelaria ao longo dos debates do ciclo eleitoral os nomes de dois adversários que fariam uso de cocaína. O empresário afirmou, sem provas ou qualquer tipo de evidência, que um deles seria Boulos. Na última sexta-feira, 9, a Justiça Eleitoral determinou que Marçal removesse postagens nas redes sociais onde reproduziu as insinuações.

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“Os vídeos veiculados pelo requerido (Marçal) possuem conteúdo unicamente difamatório à pessoa do autor (Boulos), sem qualquer relevância político-eleitoral. As afirmações estão lançadas nas redes sociais do requerido sem qualquer comprovação”, declarou o juiz eleitoral Rodrigo Marzola Colombini, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou o nível da discussão entre os candidatos e pediu que nos próximos encontros girem em torno de propostas para a cidade. “As pessoas não estão vindo para o debate, estão vindo para agredir as pessoas e para fazer recorte para a internet”, declarou.

A candidata do PSB, Tabata Amaral, afirmou ao Estadão que “infelizmente tivemos que debater assuntos que não têm a ver com a cidade. Mas consegui expor minhas propostas e mostrar que sou a candidata mais preparada para gerir São Paulo.”

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O candidato José Luiz Datena, do PSDB, não falou com a imprensa ao final do debate.

Marina pede impeachment de Alexandre de Moraes

Ao final do encontro entre os candidatos, em conversa com jornalistas, Marina pediu o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, depois da revelação do esquema dos pedidos de ordens de forma não oficial para a produção de relatórios pelo gabinete do magistrado.

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“Tem, de fato, acontecido no nosso País um autoritarismo gigantesco do ministro Alexandre de Moraes, que manda prender qualquer um. Vai ter muita coisa que vai ser divulgada, e eu acho que vai mostrar a sua percepção dos políticos da direita. A censura que ele está praticando contra as pessoas na internet. Explica bastante porque eles querem tanto censurar as redes sociais. Eu espero que nós mantenhamos a nossa democracia e conseguimos fazer o impeachment do juiz”, disse a candidata do Novo enquanto segurava uma camiseta com os dizeres ‘Impeachment de Alexandre de Moraes já!’

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) disse nesta terça-feira, 14, que “ninguém tem sangue de barata” ao ser questionado pela tentativa de tirar uma carteira de trabalho das mãos de Pablo Marçal (PRTB) durante o debate promovido pelo Estadão, Portal Terra e Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).

Boulos afirmou que o Brasil “pagou um preço” por ter naturalizado o “absurdo” se referindo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e defendeu que o mesmo erro não pode ser repetido com Marçal. Porém, relativizou a própria atitude ao afirmar que é necessário mostrar indignação com quem tenta “tumultuar”.

O candidato do PRTB Pablo Marçal provoca Guilherme Boulos (PSOL) durante debate com os pré-candidatos a Prefeitura de São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão Foto: Werther Santana/Estadão

“Quando uma pessoa vem na tua frente, mente de maneira descarada, te ataca e te provoca, ninguém tem sangue de barata, meu amigo. É disso que se trata. Você precisa ter um mínimo de indignação. O que me espanta é que essa indignação não seja de todos que assistiram ao debate. É isso que leva à normalização desse tipo de absurdo”, declarou Boulos após o evento.

O embate entre Boulos e Marçal rendeu a principal cena do debate. O candidato do PSOL disse que o adversário nem deveria estar presente porque prometeu na semana passada que desistiria da candidatura se fosse comprovada sua condenação por estelionato - ele foi condenado em 2010, mas a decisão foi revertida pela Justiça que considerou que o caso prescreveu.

Marçal, então, disse que Boulos foi preso três vezes e poderia pedir música no Fantástico, programa da TV Globo. O deputado rebateu e o chamou de “Padre Kelmon” da eleição municipal. “Se eu sou o Padre Kelmon, eu te exorcizo”, respondeu Marçal, sacando uma carteira de trabalho e a estendendo diante de Boulos.

Os dois continuaram discutindo enquanto se dirigiam às suas respectivas cadeiras no palco. Neste momento, Boulos tentou pegar o objeto das mãos de Marçal, mas não conseguiu.

“Isso aqui não é um debate. Isso aqui é um embate. Não sei se vocês perceberam mas não tem como pra colocar proposta em um ambiente que está armado para destruir as pessoas”, disse Marçal em entrevista à imprensa.

Apesar da fala, o candidato do PRTB inflamou o clima entre os candidatos mesmo antes dos debates começarem. Marçal disse em sua convenção partidária, realizada no último dia 4, que revelaria ao longo dos debates do ciclo eleitoral os nomes de dois adversários que fariam uso de cocaína. O empresário afirmou, sem provas ou qualquer tipo de evidência, que um deles seria Boulos. Na última sexta-feira, 9, a Justiça Eleitoral determinou que Marçal removesse postagens nas redes sociais onde reproduziu as insinuações.

“Os vídeos veiculados pelo requerido (Marçal) possuem conteúdo unicamente difamatório à pessoa do autor (Boulos), sem qualquer relevância político-eleitoral. As afirmações estão lançadas nas redes sociais do requerido sem qualquer comprovação”, declarou o juiz eleitoral Rodrigo Marzola Colombini, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou o nível da discussão entre os candidatos e pediu que nos próximos encontros girem em torno de propostas para a cidade. “As pessoas não estão vindo para o debate, estão vindo para agredir as pessoas e para fazer recorte para a internet”, declarou.

A candidata do PSB, Tabata Amaral, afirmou ao Estadão que “infelizmente tivemos que debater assuntos que não têm a ver com a cidade. Mas consegui expor minhas propostas e mostrar que sou a candidata mais preparada para gerir São Paulo.”

O candidato José Luiz Datena, do PSDB, não falou com a imprensa ao final do debate.

Marina pede impeachment de Alexandre de Moraes

Ao final do encontro entre os candidatos, em conversa com jornalistas, Marina pediu o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, depois da revelação do esquema dos pedidos de ordens de forma não oficial para a produção de relatórios pelo gabinete do magistrado.

“Tem, de fato, acontecido no nosso País um autoritarismo gigantesco do ministro Alexandre de Moraes, que manda prender qualquer um. Vai ter muita coisa que vai ser divulgada, e eu acho que vai mostrar a sua percepção dos políticos da direita. A censura que ele está praticando contra as pessoas na internet. Explica bastante porque eles querem tanto censurar as redes sociais. Eu espero que nós mantenhamos a nossa democracia e conseguimos fazer o impeachment do juiz”, disse a candidata do Novo enquanto segurava uma camiseta com os dizeres ‘Impeachment de Alexandre de Moraes já!’

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) disse nesta terça-feira, 14, que “ninguém tem sangue de barata” ao ser questionado pela tentativa de tirar uma carteira de trabalho das mãos de Pablo Marçal (PRTB) durante o debate promovido pelo Estadão, Portal Terra e Fundação Armando Alvares Penteado (Faap).

Boulos afirmou que o Brasil “pagou um preço” por ter naturalizado o “absurdo” se referindo ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e defendeu que o mesmo erro não pode ser repetido com Marçal. Porém, relativizou a própria atitude ao afirmar que é necessário mostrar indignação com quem tenta “tumultuar”.

O candidato do PRTB Pablo Marçal provoca Guilherme Boulos (PSOL) durante debate com os pré-candidatos a Prefeitura de São Paulo. Foto: Werther Santana/Estadão Foto: Werther Santana/Estadão

“Quando uma pessoa vem na tua frente, mente de maneira descarada, te ataca e te provoca, ninguém tem sangue de barata, meu amigo. É disso que se trata. Você precisa ter um mínimo de indignação. O que me espanta é que essa indignação não seja de todos que assistiram ao debate. É isso que leva à normalização desse tipo de absurdo”, declarou Boulos após o evento.

O embate entre Boulos e Marçal rendeu a principal cena do debate. O candidato do PSOL disse que o adversário nem deveria estar presente porque prometeu na semana passada que desistiria da candidatura se fosse comprovada sua condenação por estelionato - ele foi condenado em 2010, mas a decisão foi revertida pela Justiça que considerou que o caso prescreveu.

Marçal, então, disse que Boulos foi preso três vezes e poderia pedir música no Fantástico, programa da TV Globo. O deputado rebateu e o chamou de “Padre Kelmon” da eleição municipal. “Se eu sou o Padre Kelmon, eu te exorcizo”, respondeu Marçal, sacando uma carteira de trabalho e a estendendo diante de Boulos.

Os dois continuaram discutindo enquanto se dirigiam às suas respectivas cadeiras no palco. Neste momento, Boulos tentou pegar o objeto das mãos de Marçal, mas não conseguiu.

“Isso aqui não é um debate. Isso aqui é um embate. Não sei se vocês perceberam mas não tem como pra colocar proposta em um ambiente que está armado para destruir as pessoas”, disse Marçal em entrevista à imprensa.

Apesar da fala, o candidato do PRTB inflamou o clima entre os candidatos mesmo antes dos debates começarem. Marçal disse em sua convenção partidária, realizada no último dia 4, que revelaria ao longo dos debates do ciclo eleitoral os nomes de dois adversários que fariam uso de cocaína. O empresário afirmou, sem provas ou qualquer tipo de evidência, que um deles seria Boulos. Na última sexta-feira, 9, a Justiça Eleitoral determinou que Marçal removesse postagens nas redes sociais onde reproduziu as insinuações.

“Os vídeos veiculados pelo requerido (Marçal) possuem conteúdo unicamente difamatório à pessoa do autor (Boulos), sem qualquer relevância político-eleitoral. As afirmações estão lançadas nas redes sociais do requerido sem qualquer comprovação”, declarou o juiz eleitoral Rodrigo Marzola Colombini, do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP).

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) criticou o nível da discussão entre os candidatos e pediu que nos próximos encontros girem em torno de propostas para a cidade. “As pessoas não estão vindo para o debate, estão vindo para agredir as pessoas e para fazer recorte para a internet”, declarou.

A candidata do PSB, Tabata Amaral, afirmou ao Estadão que “infelizmente tivemos que debater assuntos que não têm a ver com a cidade. Mas consegui expor minhas propostas e mostrar que sou a candidata mais preparada para gerir São Paulo.”

O candidato José Luiz Datena, do PSDB, não falou com a imprensa ao final do debate.

Marina pede impeachment de Alexandre de Moraes

Ao final do encontro entre os candidatos, em conversa com jornalistas, Marina pediu o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, depois da revelação do esquema dos pedidos de ordens de forma não oficial para a produção de relatórios pelo gabinete do magistrado.

“Tem, de fato, acontecido no nosso País um autoritarismo gigantesco do ministro Alexandre de Moraes, que manda prender qualquer um. Vai ter muita coisa que vai ser divulgada, e eu acho que vai mostrar a sua percepção dos políticos da direita. A censura que ele está praticando contra as pessoas na internet. Explica bastante porque eles querem tanto censurar as redes sociais. Eu espero que nós mantenhamos a nossa democracia e conseguimos fazer o impeachment do juiz”, disse a candidata do Novo enquanto segurava uma camiseta com os dizeres ‘Impeachment de Alexandre de Moraes já!’

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