Brasileiro vê suspensão do X por Moraes com motivação política e critica multa por uso de VPN


Pesquisa Atlas mostra que ministro do STF é mais apoiado que o bilionário Elon Musk em conflito, mas 54,4% consideram que decisões do STF contra o antigo Twitter enfraquecem a democracia

Por Guilherme Caetano
Atualização:

BRASÍLIA - A maioria dos brasileiros vê motivação política na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de suspender o X no Brasil, e quase dois terços discordam da multa imposta de R$ 50 mil para quem tentar acessar a rede social via VPN.

Os dados são de uma pesquisa da Atlas sobre o bloqueio do X no Brasil. O levantamento foi feito com 1.617 respondentes pela internet entre 3 e 4 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o intervalo de confiança, de 95%.

Elon Musk e Alexandre de Moraes Foto: Trevor Cokley/Força Aérea dos EUA e Pedro Kirilos/Estadão
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Moraes mandou suspender o X na última sexta-feira, 30, após Musk se recusar a nomear um representante para responder pela empresa no Brasil. O ministro afirmou que a plataforma tentou se esquivar da jurisdição brasileira “com a declarada e criminosa finalidade de deixar de cumprir as determinações judiciais”.

Para 56,5% dos brasileiros, a decisão de Moraes de tirar o X do ar teve principalmente uma motivação política. Para 41,7%, tratou-se de uma decisão técnica.

Ainda assim, há empate técnico quando os respondentes são questionados se concordam com o ato de bloquear o X no território brasileiro: 50,9% discordam, e 48,1% concordam, dentro da margem de erro.

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As taxas são mais discrepantes sobre se houve abuso na decisão da multa pelo uso do VPN: 64,5% acham que sim. Outros 34,7% concordam com a punição para quem busca acessar a plataforma.

A maior parte das pessoas (55,1%) também acredita que o bloqueio das contas da Starlink, empresa em que Musk também é o principal acionista, é um abuso de poder. E 44% veem uma decisão justificada para ressarcir as multas aplicadas pelo STF ao X.

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Duas outras questões mostram os brasileiros preocupados com o conflito. Para 52,4%, o Brasil terá mais a perder se o X e a Starlink pararem de operar indefinidamente como resultado dos processos judiciais em curso (para 43,1%, o País terá mais a ganhar).

Para 54,4%, as decisões do STF contra o X enfraquecem a democracia. E outros 44,9% acham que elas fortalecem o regime democrático brasileiro.

Apesar da visão crítica majoritária, metade dos brasileiros (49,7%) avalia que Moraes está certo no conflito com o bilionário Elon Musk, dono do X. Por outro lado, 43,9% ficam do lado do sul africano. Para outros 5,4%, nenhum dos dois está certo.

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Ainda que Moraes seja mais apoiado que Musk no duelo, o bilionário tem imagem positiva para 52,8% dos brasileiros, e negativa para 43,9%. Questionados se o empresário está usando o X para manipular a opinião pública a favor das forças políticas com as quais ele simpatiza, 54,3% acham que não, e 41,8% acham que sim.

Quase três em cada dez respondentes (28,6%) usava o X antes do bloqueio, e 71,4% não era usuário da plataforma. Continuam usando a rede social por meio de VPN 5,6% das pessoas, enquanto a enorme maioria (94,4%) parou de acessá-la.

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A Atlas também perguntou às pessoas sobre a decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo de mandar derrubar os perfis de Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura da capital paulista. O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, mencionou indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação em relação à denúncia de que Marçal paga apoiadores para produzirem conteúdo a seu favor na internet. O questionamento gerou empate: 50,1% discordam da decisão da Justiça, enquanto 48,1% concordam.

BRASÍLIA - A maioria dos brasileiros vê motivação política na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de suspender o X no Brasil, e quase dois terços discordam da multa imposta de R$ 50 mil para quem tentar acessar a rede social via VPN.

Os dados são de uma pesquisa da Atlas sobre o bloqueio do X no Brasil. O levantamento foi feito com 1.617 respondentes pela internet entre 3 e 4 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o intervalo de confiança, de 95%.

Elon Musk e Alexandre de Moraes Foto: Trevor Cokley/Força Aérea dos EUA e Pedro Kirilos/Estadão

Moraes mandou suspender o X na última sexta-feira, 30, após Musk se recusar a nomear um representante para responder pela empresa no Brasil. O ministro afirmou que a plataforma tentou se esquivar da jurisdição brasileira “com a declarada e criminosa finalidade de deixar de cumprir as determinações judiciais”.

Para 56,5% dos brasileiros, a decisão de Moraes de tirar o X do ar teve principalmente uma motivação política. Para 41,7%, tratou-se de uma decisão técnica.

Ainda assim, há empate técnico quando os respondentes são questionados se concordam com o ato de bloquear o X no território brasileiro: 50,9% discordam, e 48,1% concordam, dentro da margem de erro.

As taxas são mais discrepantes sobre se houve abuso na decisão da multa pelo uso do VPN: 64,5% acham que sim. Outros 34,7% concordam com a punição para quem busca acessar a plataforma.

A maior parte das pessoas (55,1%) também acredita que o bloqueio das contas da Starlink, empresa em que Musk também é o principal acionista, é um abuso de poder. E 44% veem uma decisão justificada para ressarcir as multas aplicadas pelo STF ao X.

Duas outras questões mostram os brasileiros preocupados com o conflito. Para 52,4%, o Brasil terá mais a perder se o X e a Starlink pararem de operar indefinidamente como resultado dos processos judiciais em curso (para 43,1%, o País terá mais a ganhar).

Para 54,4%, as decisões do STF contra o X enfraquecem a democracia. E outros 44,9% acham que elas fortalecem o regime democrático brasileiro.

Apesar da visão crítica majoritária, metade dos brasileiros (49,7%) avalia que Moraes está certo no conflito com o bilionário Elon Musk, dono do X. Por outro lado, 43,9% ficam do lado do sul africano. Para outros 5,4%, nenhum dos dois está certo.

Ainda que Moraes seja mais apoiado que Musk no duelo, o bilionário tem imagem positiva para 52,8% dos brasileiros, e negativa para 43,9%. Questionados se o empresário está usando o X para manipular a opinião pública a favor das forças políticas com as quais ele simpatiza, 54,3% acham que não, e 41,8% acham que sim.

Quase três em cada dez respondentes (28,6%) usava o X antes do bloqueio, e 71,4% não era usuário da plataforma. Continuam usando a rede social por meio de VPN 5,6% das pessoas, enquanto a enorme maioria (94,4%) parou de acessá-la.

A Atlas também perguntou às pessoas sobre a decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo de mandar derrubar os perfis de Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura da capital paulista. O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, mencionou indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação em relação à denúncia de que Marçal paga apoiadores para produzirem conteúdo a seu favor na internet. O questionamento gerou empate: 50,1% discordam da decisão da Justiça, enquanto 48,1% concordam.

BRASÍLIA - A maioria dos brasileiros vê motivação política na decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de suspender o X no Brasil, e quase dois terços discordam da multa imposta de R$ 50 mil para quem tentar acessar a rede social via VPN.

Os dados são de uma pesquisa da Atlas sobre o bloqueio do X no Brasil. O levantamento foi feito com 1.617 respondentes pela internet entre 3 e 4 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, e o intervalo de confiança, de 95%.

Elon Musk e Alexandre de Moraes Foto: Trevor Cokley/Força Aérea dos EUA e Pedro Kirilos/Estadão

Moraes mandou suspender o X na última sexta-feira, 30, após Musk se recusar a nomear um representante para responder pela empresa no Brasil. O ministro afirmou que a plataforma tentou se esquivar da jurisdição brasileira “com a declarada e criminosa finalidade de deixar de cumprir as determinações judiciais”.

Para 56,5% dos brasileiros, a decisão de Moraes de tirar o X do ar teve principalmente uma motivação política. Para 41,7%, tratou-se de uma decisão técnica.

Ainda assim, há empate técnico quando os respondentes são questionados se concordam com o ato de bloquear o X no território brasileiro: 50,9% discordam, e 48,1% concordam, dentro da margem de erro.

As taxas são mais discrepantes sobre se houve abuso na decisão da multa pelo uso do VPN: 64,5% acham que sim. Outros 34,7% concordam com a punição para quem busca acessar a plataforma.

A maior parte das pessoas (55,1%) também acredita que o bloqueio das contas da Starlink, empresa em que Musk também é o principal acionista, é um abuso de poder. E 44% veem uma decisão justificada para ressarcir as multas aplicadas pelo STF ao X.

Duas outras questões mostram os brasileiros preocupados com o conflito. Para 52,4%, o Brasil terá mais a perder se o X e a Starlink pararem de operar indefinidamente como resultado dos processos judiciais em curso (para 43,1%, o País terá mais a ganhar).

Para 54,4%, as decisões do STF contra o X enfraquecem a democracia. E outros 44,9% acham que elas fortalecem o regime democrático brasileiro.

Apesar da visão crítica majoritária, metade dos brasileiros (49,7%) avalia que Moraes está certo no conflito com o bilionário Elon Musk, dono do X. Por outro lado, 43,9% ficam do lado do sul africano. Para outros 5,4%, nenhum dos dois está certo.

Ainda que Moraes seja mais apoiado que Musk no duelo, o bilionário tem imagem positiva para 52,8% dos brasileiros, e negativa para 43,9%. Questionados se o empresário está usando o X para manipular a opinião pública a favor das forças políticas com as quais ele simpatiza, 54,3% acham que não, e 41,8% acham que sim.

Quase três em cada dez respondentes (28,6%) usava o X antes do bloqueio, e 71,4% não era usuário da plataforma. Continuam usando a rede social por meio de VPN 5,6% das pessoas, enquanto a enorme maioria (94,4%) parou de acessá-la.

A Atlas também perguntou às pessoas sobre a decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo de mandar derrubar os perfis de Pablo Marçal, candidato do PRTB à Prefeitura da capital paulista. O juiz Antonio Maria Patiño Zorz, da 1ª Zona Eleitoral, mencionou indícios de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação em relação à denúncia de que Marçal paga apoiadores para produzirem conteúdo a seu favor na internet. O questionamento gerou empate: 50,1% discordam da decisão da Justiça, enquanto 48,1% concordam.

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