A quebra de protocolo com a participação da cachorrinha Resistência na posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamou a atenção durante a cerimônia deste domingo, 1º. A cadela subiu a rampa do Palácio do Planalto puxada em uma coleira por Lula e pela primeira-dama Janja, acompanhada de pessoas escolhidas pelo petista para representar o povo e lhe passar a faixa presidencial.
Nas redes sociais, Resistência chegou a ser um dos assuntos mais comentados ao longo da transmissão da cerimônia. Até as 17h30, o nome da mascote já acumulava mais de 43 mil menções apenas no Twitter.
Resistência foi adotada pela primeira-dama ao ser encontrada na vigília montada por apoiadores de Lula durante sua prisão em Curitiba. Nas redes, o presidente anunciou em abril de 2020 que ela havia “entrado para a família” após ter ficado 580 dias em frente à Superintendência da Polícia Federal “sofrendo, dormindo no frio, passando necessidade”.
Na última semana, Janja compartilhou nas suas redes sociais um vídeo em que passeava com Resistência para “treinar as pernocas” da cadela antes da cerimônia de posse. Como o Estadão adiantou, a ideia de incluir a mascote do Alvorada no evento partiu da primeira-dama, que queria “um ato bastante simbólico” e “com muita emoção”.
Resistência foi encontrada por dois metalúrgicos de São Bernardo do Campo perto da sede da Superintendência da Polícia Federal, onde Lula estava preso, em Curitiba, e passou a viver com os apoiadores do petista. Ela estava com os pelos embolados, encolhida e passando fome, e quase foi atropelada. Após ser acolhida por apoiadores do presidente, foi vestida com uma bandeira vermelha do PT e só saiu de lá quando Lula foi solto. Agora, viverá com ele e com a primeira-dama no Palácio da Alvorada, em Brasília.