Caiado elege 210 aliados, mas frustra em duas das maiores cidades de Goiás sob sombra de Bolsonaro


Governador disputou com ex-presidente Jair Bolsonaro nos três maiores colégios eleitorais de Goiás; candidatos apoiados pelo governo passaram para o segundo turno contra bolsonaristas em Goiânia e Aparecida e Goiânia, mas aliada em Anapólis perdeu para PT e PL

Por Weslley Galzo
Atualização:

BRASÍLIA - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem um trunfo nas eleições deste ano para exibir aos seus eleitores e aliados. O apoio do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, contribuiu para a eleição de 210 prefeitos em um Estado que tem 246 municípios. As estimativas são do próprio governo. Mas os resultados em duas das três maiores cidades de Goiás, incluindo a joia da coroa, a capital Goiânia, podem ofuscar a vitória do governador que ostenta o título de mais bem avaliado do País, com 75% de aprovação, segundo pesquisa AtlasIntel publicada em agosto.

O resultado do primeiro turno na capital de Goiás foi um baque para o caiadismo. Diferentemente do que indicavam todas as pesquisas de intenção de voto divulgas até o último sábado, 5, o primeiro colocado na etapa inicial da disputa foi o deputado estadual Fred Rodrigues (PL), com 31% dos votos. O parlamentar é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demarcou a diferença entre a direita de Caiado e a que ele representa ao chamar o governador de “covarde” pela atuação na pandemia.

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Caiado e Bolsonaro, antes de romperem, em 2020. Foto: Isac Nóbrega/PR

Interlocutores de Caiado afirmaram terem identificado em pesquisas internas que Fred cresceu na reta final do primeiro turno, porém não era esperado que ele ficasse à frente do ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil), nome do governo estadual em Goiânia, que terminou com 27% dos votos. O cenário ideal para os aliados do governador era disputar o segundo turno contra a deputada federal Adriana Accorsi (PT), que ficou em terceiro lugar com 24% dos votos.

A campanha de Mabel e o entorno de Caiado consideravam Adriana uma adversária mais fácil de ser vencida por causa da rejeição do PT em Goiânia. Agora, é justamente a busca pelos votos petistas que despertam os ataques mais intensos de Fred. O candidato bolsonarista propaga o discurso de que Mabel e o governador não representam a direita “verdadeira” e que, na verdade, são a manutenção do PT na disputa municipal.

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Caiado, por sua vez, descarta a possibilidade de fechar uma aliança formal com o PT no segundo turno, mas declarou que vai em busca de todos os votos, inclusive os de Adriana Accorsi. É com este cenário que Bolsonaro participará de um comício em Goiânia na próxima sexta-feira, 11. A equipe do governador espera novos ataques do ex-presidente e da campanha de Fred. A estratégia do Palácio das Esmeraldas para vencer a mobilização bolsonarista no segundo turno é tirar a disputa do plano ideológico para focar nos problemas da cidade.

Dois dias após perder a eleição, o atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), exonerou e dispensou cerca de 2 mil comissionados e servidores em funções de confiança. A equipe de Caiado avalia que a decisão do prefeito vai causar uma pane nos serviços públicos de Goiânia até o fim do ano e que para resolver a situação é preciso “gestão e experiência” em vez de ideologia. O discurso que os aliados do governador construirão junto aos marketeiros de Mabel é de que nada adianta ser o mais à direita quando a cidade está em colapso e não há experiência.

Ao mesmo tempo, Caiado mobiliza o discurso de que ele não é “recém convertido à direita” e, nos bastidores, diz que atua neste campo desde “quando tudo era mato”. “Nunca votei no Lula, ao contrário do nosso adversário”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais em alusão a Fred Rodrigues e a Bolsonaro, que já declararam ter votado no presidente em eleições passadas.

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Para além da disputa na capital, o governador também teve resultado negativo na sua cidade natal, Anápolis. A candidata apoiada pelo governo, Erizania Freitas (União Brasil), teve 10% dos votos e ficou em terceiro lugar na disputa, atrás de Antonio Gomide (PT), com 35,45% dos votos, e Marcio Correa (PL), que quase foi eleito no primeiro turno com 49,59% dos votos.

O governo de Goiás já esperava o resultado negativo em Anápolis diante da má avaliação do atual prefeito, que foi associado à candidata Erizania. Ainda assim, a vitória de Bolsonaro na terceira maior cidade do Estado, onde nasceu o governador, reforça a disputa cada vez maior entre os dois políticos por espaço na direita. Caiado não apoiará nenhum dos dois candidatos que passaram para o segundo turno.

Mas, entre os dois resultados frustrantes, Caiado conseguiu uma vitória importante na segunda maior cidade de Goiás. Em Aparecida de Goiânia, o candidato apoiado pelo governo, Leandro Vilela (MDB), passou na frente para o segundo turno, com 48% dos votos, contra o professor Alcides (PL), que alcançou 43% dos votos. O candidato do PL teve forte apoio de Bolsonaro e contará novamente com a presença do ex-presidente em sua campanha no segundo turno.

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Interlocutores de Caiado consideram fundamental cravar a vitória em Aparecida, onda há situação mais confortável, por causa do do cenário de disputas tão diretas com Bolsonaro.

BRASÍLIA - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem um trunfo nas eleições deste ano para exibir aos seus eleitores e aliados. O apoio do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, contribuiu para a eleição de 210 prefeitos em um Estado que tem 246 municípios. As estimativas são do próprio governo. Mas os resultados em duas das três maiores cidades de Goiás, incluindo a joia da coroa, a capital Goiânia, podem ofuscar a vitória do governador que ostenta o título de mais bem avaliado do País, com 75% de aprovação, segundo pesquisa AtlasIntel publicada em agosto.

O resultado do primeiro turno na capital de Goiás foi um baque para o caiadismo. Diferentemente do que indicavam todas as pesquisas de intenção de voto divulgas até o último sábado, 5, o primeiro colocado na etapa inicial da disputa foi o deputado estadual Fred Rodrigues (PL), com 31% dos votos. O parlamentar é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demarcou a diferença entre a direita de Caiado e a que ele representa ao chamar o governador de “covarde” pela atuação na pandemia.

Caiado e Bolsonaro, antes de romperem, em 2020. Foto: Isac Nóbrega/PR

Interlocutores de Caiado afirmaram terem identificado em pesquisas internas que Fred cresceu na reta final do primeiro turno, porém não era esperado que ele ficasse à frente do ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil), nome do governo estadual em Goiânia, que terminou com 27% dos votos. O cenário ideal para os aliados do governador era disputar o segundo turno contra a deputada federal Adriana Accorsi (PT), que ficou em terceiro lugar com 24% dos votos.

A campanha de Mabel e o entorno de Caiado consideravam Adriana uma adversária mais fácil de ser vencida por causa da rejeição do PT em Goiânia. Agora, é justamente a busca pelos votos petistas que despertam os ataques mais intensos de Fred. O candidato bolsonarista propaga o discurso de que Mabel e o governador não representam a direita “verdadeira” e que, na verdade, são a manutenção do PT na disputa municipal.

Caiado, por sua vez, descarta a possibilidade de fechar uma aliança formal com o PT no segundo turno, mas declarou que vai em busca de todos os votos, inclusive os de Adriana Accorsi. É com este cenário que Bolsonaro participará de um comício em Goiânia na próxima sexta-feira, 11. A equipe do governador espera novos ataques do ex-presidente e da campanha de Fred. A estratégia do Palácio das Esmeraldas para vencer a mobilização bolsonarista no segundo turno é tirar a disputa do plano ideológico para focar nos problemas da cidade.

Dois dias após perder a eleição, o atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), exonerou e dispensou cerca de 2 mil comissionados e servidores em funções de confiança. A equipe de Caiado avalia que a decisão do prefeito vai causar uma pane nos serviços públicos de Goiânia até o fim do ano e que para resolver a situação é preciso “gestão e experiência” em vez de ideologia. O discurso que os aliados do governador construirão junto aos marketeiros de Mabel é de que nada adianta ser o mais à direita quando a cidade está em colapso e não há experiência.

Ao mesmo tempo, Caiado mobiliza o discurso de que ele não é “recém convertido à direita” e, nos bastidores, diz que atua neste campo desde “quando tudo era mato”. “Nunca votei no Lula, ao contrário do nosso adversário”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais em alusão a Fred Rodrigues e a Bolsonaro, que já declararam ter votado no presidente em eleições passadas.

Para além da disputa na capital, o governador também teve resultado negativo na sua cidade natal, Anápolis. A candidata apoiada pelo governo, Erizania Freitas (União Brasil), teve 10% dos votos e ficou em terceiro lugar na disputa, atrás de Antonio Gomide (PT), com 35,45% dos votos, e Marcio Correa (PL), que quase foi eleito no primeiro turno com 49,59% dos votos.

O governo de Goiás já esperava o resultado negativo em Anápolis diante da má avaliação do atual prefeito, que foi associado à candidata Erizania. Ainda assim, a vitória de Bolsonaro na terceira maior cidade do Estado, onde nasceu o governador, reforça a disputa cada vez maior entre os dois políticos por espaço na direita. Caiado não apoiará nenhum dos dois candidatos que passaram para o segundo turno.

Mas, entre os dois resultados frustrantes, Caiado conseguiu uma vitória importante na segunda maior cidade de Goiás. Em Aparecida de Goiânia, o candidato apoiado pelo governo, Leandro Vilela (MDB), passou na frente para o segundo turno, com 48% dos votos, contra o professor Alcides (PL), que alcançou 43% dos votos. O candidato do PL teve forte apoio de Bolsonaro e contará novamente com a presença do ex-presidente em sua campanha no segundo turno.

Interlocutores de Caiado consideram fundamental cravar a vitória em Aparecida, onda há situação mais confortável, por causa do do cenário de disputas tão diretas com Bolsonaro.

BRASÍLIA - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem um trunfo nas eleições deste ano para exibir aos seus eleitores e aliados. O apoio do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, contribuiu para a eleição de 210 prefeitos em um Estado que tem 246 municípios. As estimativas são do próprio governo. Mas os resultados em duas das três maiores cidades de Goiás, incluindo a joia da coroa, a capital Goiânia, podem ofuscar a vitória do governador que ostenta o título de mais bem avaliado do País, com 75% de aprovação, segundo pesquisa AtlasIntel publicada em agosto.

O resultado do primeiro turno na capital de Goiás foi um baque para o caiadismo. Diferentemente do que indicavam todas as pesquisas de intenção de voto divulgas até o último sábado, 5, o primeiro colocado na etapa inicial da disputa foi o deputado estadual Fred Rodrigues (PL), com 31% dos votos. O parlamentar é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demarcou a diferença entre a direita de Caiado e a que ele representa ao chamar o governador de “covarde” pela atuação na pandemia.

Caiado e Bolsonaro, antes de romperem, em 2020. Foto: Isac Nóbrega/PR

Interlocutores de Caiado afirmaram terem identificado em pesquisas internas que Fred cresceu na reta final do primeiro turno, porém não era esperado que ele ficasse à frente do ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil), nome do governo estadual em Goiânia, que terminou com 27% dos votos. O cenário ideal para os aliados do governador era disputar o segundo turno contra a deputada federal Adriana Accorsi (PT), que ficou em terceiro lugar com 24% dos votos.

A campanha de Mabel e o entorno de Caiado consideravam Adriana uma adversária mais fácil de ser vencida por causa da rejeição do PT em Goiânia. Agora, é justamente a busca pelos votos petistas que despertam os ataques mais intensos de Fred. O candidato bolsonarista propaga o discurso de que Mabel e o governador não representam a direita “verdadeira” e que, na verdade, são a manutenção do PT na disputa municipal.

Caiado, por sua vez, descarta a possibilidade de fechar uma aliança formal com o PT no segundo turno, mas declarou que vai em busca de todos os votos, inclusive os de Adriana Accorsi. É com este cenário que Bolsonaro participará de um comício em Goiânia na próxima sexta-feira, 11. A equipe do governador espera novos ataques do ex-presidente e da campanha de Fred. A estratégia do Palácio das Esmeraldas para vencer a mobilização bolsonarista no segundo turno é tirar a disputa do plano ideológico para focar nos problemas da cidade.

Dois dias após perder a eleição, o atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), exonerou e dispensou cerca de 2 mil comissionados e servidores em funções de confiança. A equipe de Caiado avalia que a decisão do prefeito vai causar uma pane nos serviços públicos de Goiânia até o fim do ano e que para resolver a situação é preciso “gestão e experiência” em vez de ideologia. O discurso que os aliados do governador construirão junto aos marketeiros de Mabel é de que nada adianta ser o mais à direita quando a cidade está em colapso e não há experiência.

Ao mesmo tempo, Caiado mobiliza o discurso de que ele não é “recém convertido à direita” e, nos bastidores, diz que atua neste campo desde “quando tudo era mato”. “Nunca votei no Lula, ao contrário do nosso adversário”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais em alusão a Fred Rodrigues e a Bolsonaro, que já declararam ter votado no presidente em eleições passadas.

Para além da disputa na capital, o governador também teve resultado negativo na sua cidade natal, Anápolis. A candidata apoiada pelo governo, Erizania Freitas (União Brasil), teve 10% dos votos e ficou em terceiro lugar na disputa, atrás de Antonio Gomide (PT), com 35,45% dos votos, e Marcio Correa (PL), que quase foi eleito no primeiro turno com 49,59% dos votos.

O governo de Goiás já esperava o resultado negativo em Anápolis diante da má avaliação do atual prefeito, que foi associado à candidata Erizania. Ainda assim, a vitória de Bolsonaro na terceira maior cidade do Estado, onde nasceu o governador, reforça a disputa cada vez maior entre os dois políticos por espaço na direita. Caiado não apoiará nenhum dos dois candidatos que passaram para o segundo turno.

Mas, entre os dois resultados frustrantes, Caiado conseguiu uma vitória importante na segunda maior cidade de Goiás. Em Aparecida de Goiânia, o candidato apoiado pelo governo, Leandro Vilela (MDB), passou na frente para o segundo turno, com 48% dos votos, contra o professor Alcides (PL), que alcançou 43% dos votos. O candidato do PL teve forte apoio de Bolsonaro e contará novamente com a presença do ex-presidente em sua campanha no segundo turno.

Interlocutores de Caiado consideram fundamental cravar a vitória em Aparecida, onda há situação mais confortável, por causa do do cenário de disputas tão diretas com Bolsonaro.

BRASÍLIA - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem um trunfo nas eleições deste ano para exibir aos seus eleitores e aliados. O apoio do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, contribuiu para a eleição de 210 prefeitos em um Estado que tem 246 municípios. As estimativas são do próprio governo. Mas os resultados em duas das três maiores cidades de Goiás, incluindo a joia da coroa, a capital Goiânia, podem ofuscar a vitória do governador que ostenta o título de mais bem avaliado do País, com 75% de aprovação, segundo pesquisa AtlasIntel publicada em agosto.

O resultado do primeiro turno na capital de Goiás foi um baque para o caiadismo. Diferentemente do que indicavam todas as pesquisas de intenção de voto divulgas até o último sábado, 5, o primeiro colocado na etapa inicial da disputa foi o deputado estadual Fred Rodrigues (PL), com 31% dos votos. O parlamentar é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demarcou a diferença entre a direita de Caiado e a que ele representa ao chamar o governador de “covarde” pela atuação na pandemia.

Caiado e Bolsonaro, antes de romperem, em 2020. Foto: Isac Nóbrega/PR

Interlocutores de Caiado afirmaram terem identificado em pesquisas internas que Fred cresceu na reta final do primeiro turno, porém não era esperado que ele ficasse à frente do ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil), nome do governo estadual em Goiânia, que terminou com 27% dos votos. O cenário ideal para os aliados do governador era disputar o segundo turno contra a deputada federal Adriana Accorsi (PT), que ficou em terceiro lugar com 24% dos votos.

A campanha de Mabel e o entorno de Caiado consideravam Adriana uma adversária mais fácil de ser vencida por causa da rejeição do PT em Goiânia. Agora, é justamente a busca pelos votos petistas que despertam os ataques mais intensos de Fred. O candidato bolsonarista propaga o discurso de que Mabel e o governador não representam a direita “verdadeira” e que, na verdade, são a manutenção do PT na disputa municipal.

Caiado, por sua vez, descarta a possibilidade de fechar uma aliança formal com o PT no segundo turno, mas declarou que vai em busca de todos os votos, inclusive os de Adriana Accorsi. É com este cenário que Bolsonaro participará de um comício em Goiânia na próxima sexta-feira, 11. A equipe do governador espera novos ataques do ex-presidente e da campanha de Fred. A estratégia do Palácio das Esmeraldas para vencer a mobilização bolsonarista no segundo turno é tirar a disputa do plano ideológico para focar nos problemas da cidade.

Dois dias após perder a eleição, o atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), exonerou e dispensou cerca de 2 mil comissionados e servidores em funções de confiança. A equipe de Caiado avalia que a decisão do prefeito vai causar uma pane nos serviços públicos de Goiânia até o fim do ano e que para resolver a situação é preciso “gestão e experiência” em vez de ideologia. O discurso que os aliados do governador construirão junto aos marketeiros de Mabel é de que nada adianta ser o mais à direita quando a cidade está em colapso e não há experiência.

Ao mesmo tempo, Caiado mobiliza o discurso de que ele não é “recém convertido à direita” e, nos bastidores, diz que atua neste campo desde “quando tudo era mato”. “Nunca votei no Lula, ao contrário do nosso adversário”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais em alusão a Fred Rodrigues e a Bolsonaro, que já declararam ter votado no presidente em eleições passadas.

Para além da disputa na capital, o governador também teve resultado negativo na sua cidade natal, Anápolis. A candidata apoiada pelo governo, Erizania Freitas (União Brasil), teve 10% dos votos e ficou em terceiro lugar na disputa, atrás de Antonio Gomide (PT), com 35,45% dos votos, e Marcio Correa (PL), que quase foi eleito no primeiro turno com 49,59% dos votos.

O governo de Goiás já esperava o resultado negativo em Anápolis diante da má avaliação do atual prefeito, que foi associado à candidata Erizania. Ainda assim, a vitória de Bolsonaro na terceira maior cidade do Estado, onde nasceu o governador, reforça a disputa cada vez maior entre os dois políticos por espaço na direita. Caiado não apoiará nenhum dos dois candidatos que passaram para o segundo turno.

Mas, entre os dois resultados frustrantes, Caiado conseguiu uma vitória importante na segunda maior cidade de Goiás. Em Aparecida de Goiânia, o candidato apoiado pelo governo, Leandro Vilela (MDB), passou na frente para o segundo turno, com 48% dos votos, contra o professor Alcides (PL), que alcançou 43% dos votos. O candidato do PL teve forte apoio de Bolsonaro e contará novamente com a presença do ex-presidente em sua campanha no segundo turno.

Interlocutores de Caiado consideram fundamental cravar a vitória em Aparecida, onda há situação mais confortável, por causa do do cenário de disputas tão diretas com Bolsonaro.

BRASÍLIA - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), tem um trunfo nas eleições deste ano para exibir aos seus eleitores e aliados. O apoio do Palácio das Esmeraldas, sede do governo goiano, contribuiu para a eleição de 210 prefeitos em um Estado que tem 246 municípios. As estimativas são do próprio governo. Mas os resultados em duas das três maiores cidades de Goiás, incluindo a joia da coroa, a capital Goiânia, podem ofuscar a vitória do governador que ostenta o título de mais bem avaliado do País, com 75% de aprovação, segundo pesquisa AtlasIntel publicada em agosto.

O resultado do primeiro turno na capital de Goiás foi um baque para o caiadismo. Diferentemente do que indicavam todas as pesquisas de intenção de voto divulgas até o último sábado, 5, o primeiro colocado na etapa inicial da disputa foi o deputado estadual Fred Rodrigues (PL), com 31% dos votos. O parlamentar é apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que demarcou a diferença entre a direita de Caiado e a que ele representa ao chamar o governador de “covarde” pela atuação na pandemia.

Caiado e Bolsonaro, antes de romperem, em 2020. Foto: Isac Nóbrega/PR

Interlocutores de Caiado afirmaram terem identificado em pesquisas internas que Fred cresceu na reta final do primeiro turno, porém não era esperado que ele ficasse à frente do ex-deputado federal Sandro Mabel (União Brasil), nome do governo estadual em Goiânia, que terminou com 27% dos votos. O cenário ideal para os aliados do governador era disputar o segundo turno contra a deputada federal Adriana Accorsi (PT), que ficou em terceiro lugar com 24% dos votos.

A campanha de Mabel e o entorno de Caiado consideravam Adriana uma adversária mais fácil de ser vencida por causa da rejeição do PT em Goiânia. Agora, é justamente a busca pelos votos petistas que despertam os ataques mais intensos de Fred. O candidato bolsonarista propaga o discurso de que Mabel e o governador não representam a direita “verdadeira” e que, na verdade, são a manutenção do PT na disputa municipal.

Caiado, por sua vez, descarta a possibilidade de fechar uma aliança formal com o PT no segundo turno, mas declarou que vai em busca de todos os votos, inclusive os de Adriana Accorsi. É com este cenário que Bolsonaro participará de um comício em Goiânia na próxima sexta-feira, 11. A equipe do governador espera novos ataques do ex-presidente e da campanha de Fred. A estratégia do Palácio das Esmeraldas para vencer a mobilização bolsonarista no segundo turno é tirar a disputa do plano ideológico para focar nos problemas da cidade.

Dois dias após perder a eleição, o atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), exonerou e dispensou cerca de 2 mil comissionados e servidores em funções de confiança. A equipe de Caiado avalia que a decisão do prefeito vai causar uma pane nos serviços públicos de Goiânia até o fim do ano e que para resolver a situação é preciso “gestão e experiência” em vez de ideologia. O discurso que os aliados do governador construirão junto aos marketeiros de Mabel é de que nada adianta ser o mais à direita quando a cidade está em colapso e não há experiência.

Ao mesmo tempo, Caiado mobiliza o discurso de que ele não é “recém convertido à direita” e, nos bastidores, diz que atua neste campo desde “quando tudo era mato”. “Nunca votei no Lula, ao contrário do nosso adversário”, afirmou em vídeo publicado nas redes sociais em alusão a Fred Rodrigues e a Bolsonaro, que já declararam ter votado no presidente em eleições passadas.

Para além da disputa na capital, o governador também teve resultado negativo na sua cidade natal, Anápolis. A candidata apoiada pelo governo, Erizania Freitas (União Brasil), teve 10% dos votos e ficou em terceiro lugar na disputa, atrás de Antonio Gomide (PT), com 35,45% dos votos, e Marcio Correa (PL), que quase foi eleito no primeiro turno com 49,59% dos votos.

O governo de Goiás já esperava o resultado negativo em Anápolis diante da má avaliação do atual prefeito, que foi associado à candidata Erizania. Ainda assim, a vitória de Bolsonaro na terceira maior cidade do Estado, onde nasceu o governador, reforça a disputa cada vez maior entre os dois políticos por espaço na direita. Caiado não apoiará nenhum dos dois candidatos que passaram para o segundo turno.

Mas, entre os dois resultados frustrantes, Caiado conseguiu uma vitória importante na segunda maior cidade de Goiás. Em Aparecida de Goiânia, o candidato apoiado pelo governo, Leandro Vilela (MDB), passou na frente para o segundo turno, com 48% dos votos, contra o professor Alcides (PL), que alcançou 43% dos votos. O candidato do PL teve forte apoio de Bolsonaro e contará novamente com a presença do ex-presidente em sua campanha no segundo turno.

Interlocutores de Caiado consideram fundamental cravar a vitória em Aparecida, onda há situação mais confortável, por causa do do cenário de disputas tão diretas com Bolsonaro.

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