Câmara Municipal de SP vira palco de ‘guerra ideológica’, e pauta de costumes divide vereadores


Projetos controversos têm potencial de travar a pauta de votações e atrapalhar a tramitação de outras propostas, avalia presidência do Legislativo

Por Bruno Ribeiro

O projeto de lei em discussão na Câmara Municipal de São Paulo que sugeria a abstinência sexual como método contraceptivo entre adolescentes foi a primeira batalha de uma “guerra ideológica” que passou a ser travada no Legislativo paulistano neste ano. 

Há, ainda, pelo menos mais três propostas em discussão que prometem travar votações e levar manifestações para a porta da Câmara Municipal, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. 

A vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL), no plenário da Câmara Municipal Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO
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Entre os projetos polêmicos em debate na Casa estão o que permite que pais eduquem seus filhos em casa, o que inclui discussões sobre violência de gênero nas escolas e o que proíbe o uso da palavra “todxs”, de forma a excluir os gêneros masculino e feminino nas palavras, na rede estudantil. 

Para a presidência da Câmara Municipal, esses projetos controversos têm potencial de travar a pauta de votações e atrapalhar a tramitação de outras propostas – como a nova lei das antenas de celular e discussões urbanísticas. Por isso, nesta semana, houve um dia a mais de votações (esta quinta-feira, 17) só para tratar das pautas da “guerra ideológica” – como não houve acordo, nenhuma proposta foi votada. Além do programa sobre gravidez, havia um projeto que determinava a criação de aulas sobre a Lei Maria da Penha nas escolas. As votações devem ser retomadas na semana que vem. 

Extremos

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Desde a eleição passada, que compôs uma Câmara com mais vereadores nos extremos do espectro ideológico e menos nomes de centro, já havia expectativa de que “pautas de costumes” ganhassem espaço. Mas essas discussões ficaram represadas até a posse do prefeito Ricardo Nunes (MDB), há um mês. 

O vereador Rinaldi Digilio (PSL) na Câmara Municipal de SP Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Para a oposição, o prefeito tem identificação com a agenda conservadora, o que está estimulando os vereadores a investir nessa agenda. “O Bruno Covas represava essas coisas”, disse a vereadora Juliana Cardoso (PT). Nunes foi procurado, por meio da Prefeitura, mas não comentou. 

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A ala conservadora não concorda. Rinaldi Digilio (PSL), autor do PL sobre gravidez, disse que seu projeto é “técnico” e não há relação entre essas propostas e a entrada de Nunes na Prefeitura. “A esquerda tem os projetos polêmicos deles. Têm o aborto humanizado, que fala dos diretos das mães. E os diretos das crianças?” 

“Nós temos nossas propostas”, rebateu a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL). “Temos os projetos da Agenda Marielle (conjunto de pautas antirracistas e feministas em homenagem a Marielle Franco), temos o auxílio-aluguel para vítimas de violência doméstica”, afirmou. 

O projeto de lei em discussão na Câmara Municipal de São Paulo que sugeria a abstinência sexual como método contraceptivo entre adolescentes foi a primeira batalha de uma “guerra ideológica” que passou a ser travada no Legislativo paulistano neste ano. 

Há, ainda, pelo menos mais três propostas em discussão que prometem travar votações e levar manifestações para a porta da Câmara Municipal, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. 

A vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL), no plenário da Câmara Municipal Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Entre os projetos polêmicos em debate na Casa estão o que permite que pais eduquem seus filhos em casa, o que inclui discussões sobre violência de gênero nas escolas e o que proíbe o uso da palavra “todxs”, de forma a excluir os gêneros masculino e feminino nas palavras, na rede estudantil. 

Para a presidência da Câmara Municipal, esses projetos controversos têm potencial de travar a pauta de votações e atrapalhar a tramitação de outras propostas – como a nova lei das antenas de celular e discussões urbanísticas. Por isso, nesta semana, houve um dia a mais de votações (esta quinta-feira, 17) só para tratar das pautas da “guerra ideológica” – como não houve acordo, nenhuma proposta foi votada. Além do programa sobre gravidez, havia um projeto que determinava a criação de aulas sobre a Lei Maria da Penha nas escolas. As votações devem ser retomadas na semana que vem. 

Extremos

Desde a eleição passada, que compôs uma Câmara com mais vereadores nos extremos do espectro ideológico e menos nomes de centro, já havia expectativa de que “pautas de costumes” ganhassem espaço. Mas essas discussões ficaram represadas até a posse do prefeito Ricardo Nunes (MDB), há um mês. 

O vereador Rinaldi Digilio (PSL) na Câmara Municipal de SP Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Para a oposição, o prefeito tem identificação com a agenda conservadora, o que está estimulando os vereadores a investir nessa agenda. “O Bruno Covas represava essas coisas”, disse a vereadora Juliana Cardoso (PT). Nunes foi procurado, por meio da Prefeitura, mas não comentou. 

A ala conservadora não concorda. Rinaldi Digilio (PSL), autor do PL sobre gravidez, disse que seu projeto é “técnico” e não há relação entre essas propostas e a entrada de Nunes na Prefeitura. “A esquerda tem os projetos polêmicos deles. Têm o aborto humanizado, que fala dos diretos das mães. E os diretos das crianças?” 

“Nós temos nossas propostas”, rebateu a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL). “Temos os projetos da Agenda Marielle (conjunto de pautas antirracistas e feministas em homenagem a Marielle Franco), temos o auxílio-aluguel para vítimas de violência doméstica”, afirmou. 

O projeto de lei em discussão na Câmara Municipal de São Paulo que sugeria a abstinência sexual como método contraceptivo entre adolescentes foi a primeira batalha de uma “guerra ideológica” que passou a ser travada no Legislativo paulistano neste ano. 

Há, ainda, pelo menos mais três propostas em discussão que prometem travar votações e levar manifestações para a porta da Câmara Municipal, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. 

A vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL), no plenário da Câmara Municipal Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Entre os projetos polêmicos em debate na Casa estão o que permite que pais eduquem seus filhos em casa, o que inclui discussões sobre violência de gênero nas escolas e o que proíbe o uso da palavra “todxs”, de forma a excluir os gêneros masculino e feminino nas palavras, na rede estudantil. 

Para a presidência da Câmara Municipal, esses projetos controversos têm potencial de travar a pauta de votações e atrapalhar a tramitação de outras propostas – como a nova lei das antenas de celular e discussões urbanísticas. Por isso, nesta semana, houve um dia a mais de votações (esta quinta-feira, 17) só para tratar das pautas da “guerra ideológica” – como não houve acordo, nenhuma proposta foi votada. Além do programa sobre gravidez, havia um projeto que determinava a criação de aulas sobre a Lei Maria da Penha nas escolas. As votações devem ser retomadas na semana que vem. 

Extremos

Desde a eleição passada, que compôs uma Câmara com mais vereadores nos extremos do espectro ideológico e menos nomes de centro, já havia expectativa de que “pautas de costumes” ganhassem espaço. Mas essas discussões ficaram represadas até a posse do prefeito Ricardo Nunes (MDB), há um mês. 

O vereador Rinaldi Digilio (PSL) na Câmara Municipal de SP Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Para a oposição, o prefeito tem identificação com a agenda conservadora, o que está estimulando os vereadores a investir nessa agenda. “O Bruno Covas represava essas coisas”, disse a vereadora Juliana Cardoso (PT). Nunes foi procurado, por meio da Prefeitura, mas não comentou. 

A ala conservadora não concorda. Rinaldi Digilio (PSL), autor do PL sobre gravidez, disse que seu projeto é “técnico” e não há relação entre essas propostas e a entrada de Nunes na Prefeitura. “A esquerda tem os projetos polêmicos deles. Têm o aborto humanizado, que fala dos diretos das mães. E os diretos das crianças?” 

“Nós temos nossas propostas”, rebateu a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL). “Temos os projetos da Agenda Marielle (conjunto de pautas antirracistas e feministas em homenagem a Marielle Franco), temos o auxílio-aluguel para vítimas de violência doméstica”, afirmou. 

O projeto de lei em discussão na Câmara Municipal de São Paulo que sugeria a abstinência sexual como método contraceptivo entre adolescentes foi a primeira batalha de uma “guerra ideológica” que passou a ser travada no Legislativo paulistano neste ano. 

Há, ainda, pelo menos mais três propostas em discussão que prometem travar votações e levar manifestações para a porta da Câmara Municipal, mesmo em meio à pandemia do novo coronavírus. 

A vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL), no plenário da Câmara Municipal Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Entre os projetos polêmicos em debate na Casa estão o que permite que pais eduquem seus filhos em casa, o que inclui discussões sobre violência de gênero nas escolas e o que proíbe o uso da palavra “todxs”, de forma a excluir os gêneros masculino e feminino nas palavras, na rede estudantil. 

Para a presidência da Câmara Municipal, esses projetos controversos têm potencial de travar a pauta de votações e atrapalhar a tramitação de outras propostas – como a nova lei das antenas de celular e discussões urbanísticas. Por isso, nesta semana, houve um dia a mais de votações (esta quinta-feira, 17) só para tratar das pautas da “guerra ideológica” – como não houve acordo, nenhuma proposta foi votada. Além do programa sobre gravidez, havia um projeto que determinava a criação de aulas sobre a Lei Maria da Penha nas escolas. As votações devem ser retomadas na semana que vem. 

Extremos

Desde a eleição passada, que compôs uma Câmara com mais vereadores nos extremos do espectro ideológico e menos nomes de centro, já havia expectativa de que “pautas de costumes” ganhassem espaço. Mas essas discussões ficaram represadas até a posse do prefeito Ricardo Nunes (MDB), há um mês. 

O vereador Rinaldi Digilio (PSL) na Câmara Municipal de SP Foto: ALEX SILVA/ESTADÃO

Para a oposição, o prefeito tem identificação com a agenda conservadora, o que está estimulando os vereadores a investir nessa agenda. “O Bruno Covas represava essas coisas”, disse a vereadora Juliana Cardoso (PT). Nunes foi procurado, por meio da Prefeitura, mas não comentou. 

A ala conservadora não concorda. Rinaldi Digilio (PSL), autor do PL sobre gravidez, disse que seu projeto é “técnico” e não há relação entre essas propostas e a entrada de Nunes na Prefeitura. “A esquerda tem os projetos polêmicos deles. Têm o aborto humanizado, que fala dos diretos das mães. E os diretos das crianças?” 

“Nós temos nossas propostas”, rebateu a vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL). “Temos os projetos da Agenda Marielle (conjunto de pautas antirracistas e feministas em homenagem a Marielle Franco), temos o auxílio-aluguel para vítimas de violência doméstica”, afirmou. 

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