Câmara pagou pelo menos R$ 52,8 mil a deputados que foram aos EUA ‘denunciar’ censura de Moraes


Eduardo Bolsonaro e Rodrigo Valadares usaram cota parlamentar para bancar as passagens aéreas; Bia Kicis, Nikolas Ferreira e Gustavo Gayer receberam diária de R$ 2 mil por declararem estar em ‘missão oficial’; todos foram procurados, mas não se manifestaram

Por Levy Teles

BRASÍLIA — A comitiva de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional que foi para os Estados Unidos no começo de maio gastou, pelo menos, R$ 52,8 mil dos recursos do Legislativo com diárias e passagens aéreas. Cinco dos oito deputados que foram a Washington, capital, americana, pediram para que a Câmara dos Deputados reembolsasse custos das viagens.

Dois deputados federais, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Rodrigo Valadares (União-SE), usaram a cota parlamentar para pagar a passagem aérea. O filho de Bolsonaro gastou R$ 8,7 mil num bilhete de ida e Valadares R$ 11,3 mil em bilhetes de ida e volta.

O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR) também esteve na comitiva de bolsonaristas do Congresso Nacional que acompanhou presencialmente a audiência na Câmara dos Representantes dos EUA. Foto: Reprodução/@eduardogiraooficial via Instagram
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Já Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) declararam estar em missão oficial para receber a diária de pouco mais de R$ 2 mil da Câmara. Somados, os três custaram R$ 32,8 mil da Casa pelos cinco dias passados nos EUA.

Quem viaja para outro país em missão oficial precisa publicar, em algum momento, um relatório sobre a viagem. Nenhum dos três relatórios até agora está protocolado no sistema da Câmara.

Os deputados federais Marcos Pollon (PL-MS) Filipe Barros (PL-PR), Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) até o momento não pediram ressarcimento do Congresso pela viagem. O valor pode aumentar já que ainda há tempo para que eles possam pedir o reembolso.

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Em solo americano, os congressistas participaram de audiência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) do país, que discutiu sobre suposta “censura” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra plataformas virtuais.

Durante a sessão, uma deputada republicana mostrou uma foto do magistrado, enquanto enumerava supostas ilegalidades cometidas por ele. Outra congressista, democrata, classificou o encontro como a apresentação de uma “visão distorcida da democracia brasileira”.

Os deputados que estiveram em missão oficial também informaram que participaram de reuniões organizadas pelo Conservative Caucus. uma organização que reúne cidadãos conservadores para “fazer lobby” com deputados e senadores americanos para aprovar leis conservadoras e “revogar gastos socialistas”. O grupo define como a esquerda como adversária.

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Procurados, apenas um deputado respondeu à reportagem sobre os gastos. Gustavo Gayer enviou uma receita de bolo, como ele costumeiramente faz quando procurado por jornalistas, como resposta às dúvidas da reportagem.

Veja quais foram os deputados que usaram recursos da Câmara para custear ida aos EUA e quanto gastaram:

  • Bia Kicis (PL-DF) - R$ 11,299,20
  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP) - R$ 8692,11
  • Gustavo Gayer (PL-GO) - R$ 11.299,20
  • Nikolas Ferreira (PL-MG) - R$ 10.169,28
  • Rodrigo Valadares (União-SE) - R$ 11.383,59

BRASÍLIA — A comitiva de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional que foi para os Estados Unidos no começo de maio gastou, pelo menos, R$ 52,8 mil dos recursos do Legislativo com diárias e passagens aéreas. Cinco dos oito deputados que foram a Washington, capital, americana, pediram para que a Câmara dos Deputados reembolsasse custos das viagens.

Dois deputados federais, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Rodrigo Valadares (União-SE), usaram a cota parlamentar para pagar a passagem aérea. O filho de Bolsonaro gastou R$ 8,7 mil num bilhete de ida e Valadares R$ 11,3 mil em bilhetes de ida e volta.

O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR) também esteve na comitiva de bolsonaristas do Congresso Nacional que acompanhou presencialmente a audiência na Câmara dos Representantes dos EUA. Foto: Reprodução/@eduardogiraooficial via Instagram

Já Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) declararam estar em missão oficial para receber a diária de pouco mais de R$ 2 mil da Câmara. Somados, os três custaram R$ 32,8 mil da Casa pelos cinco dias passados nos EUA.

Quem viaja para outro país em missão oficial precisa publicar, em algum momento, um relatório sobre a viagem. Nenhum dos três relatórios até agora está protocolado no sistema da Câmara.

Os deputados federais Marcos Pollon (PL-MS) Filipe Barros (PL-PR), Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) até o momento não pediram ressarcimento do Congresso pela viagem. O valor pode aumentar já que ainda há tempo para que eles possam pedir o reembolso.

Em solo americano, os congressistas participaram de audiência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) do país, que discutiu sobre suposta “censura” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra plataformas virtuais.

Durante a sessão, uma deputada republicana mostrou uma foto do magistrado, enquanto enumerava supostas ilegalidades cometidas por ele. Outra congressista, democrata, classificou o encontro como a apresentação de uma “visão distorcida da democracia brasileira”.

Os deputados que estiveram em missão oficial também informaram que participaram de reuniões organizadas pelo Conservative Caucus. uma organização que reúne cidadãos conservadores para “fazer lobby” com deputados e senadores americanos para aprovar leis conservadoras e “revogar gastos socialistas”. O grupo define como a esquerda como adversária.

Procurados, apenas um deputado respondeu à reportagem sobre os gastos. Gustavo Gayer enviou uma receita de bolo, como ele costumeiramente faz quando procurado por jornalistas, como resposta às dúvidas da reportagem.

Veja quais foram os deputados que usaram recursos da Câmara para custear ida aos EUA e quanto gastaram:

  • Bia Kicis (PL-DF) - R$ 11,299,20
  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP) - R$ 8692,11
  • Gustavo Gayer (PL-GO) - R$ 11.299,20
  • Nikolas Ferreira (PL-MG) - R$ 10.169,28
  • Rodrigo Valadares (União-SE) - R$ 11.383,59

BRASÍLIA — A comitiva de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Congresso Nacional que foi para os Estados Unidos no começo de maio gastou, pelo menos, R$ 52,8 mil dos recursos do Legislativo com diárias e passagens aéreas. Cinco dos oito deputados que foram a Washington, capital, americana, pediram para que a Câmara dos Deputados reembolsasse custos das viagens.

Dois deputados federais, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Rodrigo Valadares (União-SE), usaram a cota parlamentar para pagar a passagem aérea. O filho de Bolsonaro gastou R$ 8,7 mil num bilhete de ida e Valadares R$ 11,3 mil em bilhetes de ida e volta.

O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR) também esteve na comitiva de bolsonaristas do Congresso Nacional que acompanhou presencialmente a audiência na Câmara dos Representantes dos EUA. Foto: Reprodução/@eduardogiraooficial via Instagram

Já Bia Kicis (PL-DF), Nikolas Ferreira (PL-MG) e Gustavo Gayer (PL-GO) declararam estar em missão oficial para receber a diária de pouco mais de R$ 2 mil da Câmara. Somados, os três custaram R$ 32,8 mil da Casa pelos cinco dias passados nos EUA.

Quem viaja para outro país em missão oficial precisa publicar, em algum momento, um relatório sobre a viagem. Nenhum dos três relatórios até agora está protocolado no sistema da Câmara.

Os deputados federais Marcos Pollon (PL-MS) Filipe Barros (PL-PR), Cabo Gilberto Silva (PL-PB) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE) até o momento não pediram ressarcimento do Congresso pela viagem. O valor pode aumentar já que ainda há tempo para que eles possam pedir o reembolso.

Em solo americano, os congressistas participaram de audiência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes (equivalente à Câmara dos Deputados) do país, que discutiu sobre suposta “censura” do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes contra plataformas virtuais.

Durante a sessão, uma deputada republicana mostrou uma foto do magistrado, enquanto enumerava supostas ilegalidades cometidas por ele. Outra congressista, democrata, classificou o encontro como a apresentação de uma “visão distorcida da democracia brasileira”.

Os deputados que estiveram em missão oficial também informaram que participaram de reuniões organizadas pelo Conservative Caucus. uma organização que reúne cidadãos conservadores para “fazer lobby” com deputados e senadores americanos para aprovar leis conservadoras e “revogar gastos socialistas”. O grupo define como a esquerda como adversária.

Procurados, apenas um deputado respondeu à reportagem sobre os gastos. Gustavo Gayer enviou uma receita de bolo, como ele costumeiramente faz quando procurado por jornalistas, como resposta às dúvidas da reportagem.

Veja quais foram os deputados que usaram recursos da Câmara para custear ida aos EUA e quanto gastaram:

  • Bia Kicis (PL-DF) - R$ 11,299,20
  • Eduardo Bolsonaro (PL-SP) - R$ 8692,11
  • Gustavo Gayer (PL-GO) - R$ 11.299,20
  • Nikolas Ferreira (PL-MG) - R$ 10.169,28
  • Rodrigo Valadares (União-SE) - R$ 11.383,59

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