Em visita ao Centro Paula Souza, na capital paulista, nesta quarta-feira, 21, a candidata à Presidência da República Simone Tebet (MDB) afirmou que o voto útil, que vem sendo pregado pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é um desrespeito à democracia.
“Eu vejo mais como desrespeito do ex-presidente Lula com a democracia e com o povo brasileiro, porque não é só pregar o voto útil, que é um direito dele. Tentar, né? Ele prega um voto útil, mas não se apresenta ao Brasil. Quem é esse Lula que está chegando? Qual é o projeto que tem para educação? Qual é o projeto de desenvolvimento?”, disse.
A postulante ao Planalto pelo MDB também cobrou do adversário presença em debates e falou que o petista estimula o cenário de polarização no País. “Essa situação é muito triste. Nós estamos indo para o encerramento de uma campanha onde os candidatos que mais pontuam (Lula e Jair Bolsonaro) não vão para debates e não apresentam propostas reais, soluções reais, para os problemas mais graves do Brasil.”
Tebet complementou que se considera a real candidata do voto útil e única com possibilidade de derrotar Lula nas urnas. “Eu sou o voto útil. Represento a única saída que o Brasil tem de não voltar com fórmulas ultrapassadas, de um governo que permaneceu quatro mandatos, mas não fez o dever de casa”, disse. A candidata também ressaltou que Bolsonaro e Lula já atingiram um teto de intenções de voto, já que ambos são os mais rejeitados e não têm chances de migração de votos dentro do cenário de polarização.
Conforme dados do agregador de pesquisas do Estadão, Tebet aparece com 4% das intenções de voto, em quarto lugar, atrás de Ciro Gomes (PDT), com 6%, Bolsonaro, 33%, e Lula, que lidera a disputa, com 45%.
Durante a visita, Tebet comentou propostas de campanha à Educação, destacando a reforma do ensino médio e um prêmio, de R$ 5 mil, para alunos que se formarem no ensino médio técnico, como forma de combate à evasão escolar. A candidata acrescentou que não pretende alterar suas estratégias nesta reta final de campanha. “Não posso, no meio da reta para o final, mudar de estratégia, porque essa não é a minha verdade. Eu estou pronta para servir ao Brasil com a minha verdade. O que eu tenho a oferecer para o Brasil é o meu amor e minha coragem.”